Miguel Dias, o pai do
rapaz de 16 anos que foi regado com álcool e queimado pela própria mãe e
por um primo, ficou com a custódia dos dois filhos (a vítima e um irmão
de nove anos).
Os menores vão continuar a frequentar a escola na Póvoa
de Santa Iria, Vila Franca de Xira, até final do presente ano letivo e
depois vão morar com o pai no Algarve.
A decisão do poder paternal, favorável a Miguel Dias, vendedor de 42
anos, foi tomada por um juiz da comarca de Sintra, em finais de março.
"Separei-me da mãe dos meus filhos em 2009 e requeri a custódia de
ambos.
O processo acelerou quando a minha ex-mulher contactou o
tribunal, dizendo que não queria ficar com o meu filho mais velho,
porque ele não a respeitava", explicou Miguel Dias ao CM.
O juiz que apreciou o processo não autorizou a separação dos irmãos,
determinando a entrega de ambos ao pai. Segundo Miguel Dias, a relação
dos menores com a mãe piorou desde essa altura. "Os dois queixavam-se de
agressões", relatou.
Na segunda-feira,
segundo conta, a mãe separou os menores. "O mais novo ficou noutra casa e
ela e o primo esperaram pelo mais velho", explicou Miguel Dias. "Eles
[mãe e primo do rapaz] acusaram-no de roubar peças de ouro.
Apertaram-lhe o pescoço e regaram-no com álcool numa perna. Perguntaram-
-lhe depois se ele queria ser queimado, e atiraram-lhe um isqueiro
aceso para cima", acrescentou o pai, que ontem veio de Faro para a Póvoa
de Santa Iria para resgatar os dois filhos.
O Ministério Público está a investigar as agressões.
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