Nos filmes, o passado parece um lugar bonito, cheio de castelos e
vestidos pomposos, embora com um toque de preconceito e guerra por todos
os lados. Mas a realidade é que pode ser muito pior, como essas
descobertas arqueológicas mostram.
5. Os bébés Ychsma mortos
Em 2012, arqueólogos descobriram uma pequena câmara de sepultamento no
antigo sítio peruano de Pachacamac, com ossadas de 3.000 anos de idade
do povo pré-inca Ychsma. Havia pelo menos 80 múmias ali.
A câmara oval era separada em duas seções aninhadas, com os
esqueletos em posição fetal e acompanhados de máscaras bisonhas de
madeira. Além disso, cerca de 12 bebês mortos estavam dispostos em um
círculo em torno das múmias. Sério.
Os Ychsma não são um povo bem conhecido, por isso os pesquisadores não têm certeza qual foi o propósito de tudo isso.
Seu melhor palpite é que as pessoas sepultadas lá dentro sofriam de
doenças, e foram atraídas para o local com promessas de uma cura
milagrosa. Quando isso não funcionou e eles morreram, foram dispostos
nesta configuração peculiar. Ainda não está claro se os bebês também
foram vítimas da doença, ou se fizeram parte de algum tipo de sacrifício
para facilitar a passagem das múmias para a vida após a morte.
4. Enterros zumbis e vampirescos
Nossos antepassados europeus eram ainda mais preocupados com
mortos-vivos do que nós. Na Irlanda, em particular, quando alguém
suspeitava de um possível “zumbi”, se certificava de que seu esqueleto
ficasse muito bem enterrado.
A foto acima mostra o que aconteceu a cavalheiros do século 8 cujos
restos mortais foram recentemente descobertos em Kilteasheen. Eles foram
encontrados enterrados lado a lado com grandes pedras pretas enfiadas
em suas bocas. A evidência deixa claro que eles não estavam enterrados
juntos inicialmente – foram transferidos de diferentes locais e
colocados juntos de propósito. Esta forma de sepultamento é chamada de
“enterro desviante”, e foi provavelmente feita em pessoas consideradas
uma ameaça à sociedade, como estupradores, assassinos, vítimas de
assassinos (o que parece um pouco injusto) e pessoas que morriam de
doenças inexplicáveis.
Por quê? Bem, estas eram as pessoas mais propensas a virar um zumbi
depois da morte. A pedra garantia que os seres reanimados não mordessem
seu caminho através da sepultura.
Mais para frente, quando a moda zumbi passou, as pessoas começaram a
crer que vampiros ressurgiriam de seus túmulos, e passaram a colocar uma
estaca no coração dos suspeitos, post-mortem (ou assim esperamos).
O esqueleto acima, da Bulgária, foi sepultado como um “vampiro”. Os
restos são de um homem em seus 40 e poucos anos com uma ponta de metal
no coração. Sua perna esquerda também foi amputada e colocada ao seu
lado, presumivelmente porque Drácula é consideravelmente menos
assustador quando vem para cima de você mancando.
Abaixo, você confere outro “vampiro” enterrado, desta vez decapitado.
Sua cabeça decepada foi colocada entre as suas pernas, condenando-o a
uma eternidade que só pode ser considerada miseravelmente
desconfortável.
3. O mistério do massacre de Forte de Sandby
Arqueólogos estavam desenterrando peças antigas de argila em uma ilha ao
largo da costa da Suécia, quando tropeçaram em uma cena saída de um
filme de terror: um antigo forte circular do século 5 repleto de corpos,
quase todos em posições que sugeriam que morreram de repente.
O local, conhecido formalmente como Forte de Sandby, é estranhamente
similar às ruínas de Pompeia: a cena inteira parece congelada no tempo,
com tudo deixado exatamente do jeito que era no dia em que
seja-lá-o-que-for aconteceu.
E como a Suécia não é particularmente conhecida por seus vulcões, os
pesquisadores suspeitam de que foram nossos antepassados escandinavos
que causaram o massacre que preservou as dezenas de mortos. O que sobrou
foi uma cena de um crime muito macabro.
A partir das evidências recolhidas, os cientistas acreditam que os
moradores da cidade na época foram tomados inteiramente de surpresa, e
mal tiveram tempo de piscar antes de serem derrubados onde estavam.
Alguns corpos foram encontrados na porta de sua cabana, mortos tentando
fugir. Um homem mais velho foi cortado no meio de um corredor. Um adulto
e uma criança pequena foram brutalmente assassinados e seus esqueletos
caíram ou foram atirados em uma lareira a lenha.
Os arqueólogos também encontraram diversos artefatos valiosos (caixas
de joias, pérolas, broches dourados etc) que parecem indicar que as
pessoas do forte eram ricas, ou pelo menos especializadas em fazer
joias.
Por que alguém iria organizar um ataque supereficiente em uma cidade
fortificada e não levar todo o tesouro consigo? Será que a cidade
escondia um tesouro ainda maior, e os atacantes não conseguiram levar
tudo? E porque ninguém que passou por ali depois levou quaisquer dos
objetos de valor após a poeira baixar?
As perguntas são infinitas. Os pesquisadores nem sequer sabem quem
foi o vilão histórico por trás do ataque (algum escandinavo pré-Viking
ainda pior que o povo que o sucedeu?), mas estão certamente usando todo
seu poder CSI para descobrir exatamente o que aconteceu nesse forte
misterioso. Quando eu também ficar sabendo, pode deixar que te conto.
2. Mulheres decapitadas de Shaanxi
A maioria das expedições arqueológicas encontra um monte de potes e
alguns ossos, mas às vezes você dá sorte (ou azar) e acaba cruzando com
80 cabeças decapitadas.
Foi o que uma equipe descobriu na província de Shaanxi, na China: o
local de um massacre de 4.300 anos de idade. Eles escavaram dezenas
cabeças de dois poços separados e espalhados por uma parede antiga.
Todas pertenciam a mulheres jovens, presumivelmente capturadas durante
violência étnica ou tribal, e utilizadas como sacrifício humano. Esta
teoria é apoiada pelo fato de que os cientistas não foram capazes de
localizar os corpos das referidas decepadas.
A maioria dos crânios mostrava sinais de incêndio e trauma
contundente, o que sugere que as mulheres foram atingidas na cabeça e
queimadas antes de serem enterradas. Estas decapitações em massa
provavelmente fizeram parte de uma cerimônia para abençoar a fundação do
muro, construído para proteger os habitantes da cidade neolítica de
Shimao.
Shimao, aliás, foi construída durante a dinastia Xia e acabou
abandonada apenas cerca de 300 anos depois. Vamos arriscar um palpite de
que este abandono rápido teve algo a ver com o fato de que eles
enterraram 80 crânios de seus inimigos nos muros da cidade.
1. O “alien” do Atacama
O deserto do Atacama é inóspito ao ponto da NASA usá-lo para testar seus
equipamentos destinados a Marte. Para você ter uma noção do quanto, a
pouca água da região vem com arsênico. Por mais inabitável que a região
pareça, no entanto, é um bom campo de pesquisa para arqueólogos.
O deserto é uma verdadeira mina de ouro para a profissão, uma vez que
suas condições são ótimas para preservar pessoas mortas antigas. Mas só
pessoas, certo? Não aliens.
Ainda assim, um foi (aparentemente) descoberto no Atacama:
Se eu sou arqueólogo e me deparo com isso, tenho certeza de que é uma
pegadinha. Um souvenir de parque temático foi colocado ali por um
colega que quer me ver em pânico. Mas esse não foi o caso. A foto é de
uma múmia real, e nada alienígena.
Nosso amiguinho, chamado pelos pesquisadores de “Ata” (de “Atacama”),
tem uma aparência estranha (a mandíbula e face subdesenvolvida, os 15
centímetros de comprimento e o fato de que tem apenas 10 costelas em vez
de 12), mas é totalmente humano.
Os cientistas acreditam que o pobre Ata não é nem antigo
– uma análise mostra que provavelmente morreu apenas algumas décadas
atrás. A razão por trás de sua aparência pouco convencional ainda está
em debate: alguns dizem que é um feto abortado, severamente malformado.
Há também evidências de que ele pode ter tido 6 a 8 anos de idade no
momento da sua morte, e sofria de uma forma extrema de nanismo, progeria
ou outra doença que pode ter sido responsável pelo seu aspecto. De
qualquer maneira, estamos quase certos de que você não vai acordar à
noite com um indivíduo pequeno como esse escalando seu travesseiro com
uma sonda.
Fonte: http://hypescience.com/5-descobertas-arqueologicas-macabras-que-tem-intrigado-especialistas/
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