Um novo surto ainda não detetado numa cidade perto da
fronteira com a Rússia e o aparecimento de novos casos em Wuhan estão a
fazer a China temer uma nova onda de casos de covid-19.
Na edição desta segunda-feira, o britânico The Guardian
destacou a preocupação do país que, no último domingo, registou o maior
aumento de casos em duas semanas, uma semana depois de ter classificado
todas as regiões como de baixo ou médio risco.
Este domingo, Shulan, uma cidade perto das fronteiras com a Rússia e a
Coreia do Norte, foi classificada de alto risco, depois de vários casos
relacionados com uma mulher que não tinha qualquer histórico conhecido
de viagem ou exposição ao vírus.
Mas este não é, segundo o The Guardian, o único sinal alarmante. No
domingo, a comissão nacional de saúde registou 17 novos casos. Apesar de
o número ser muito pequeno, ainda assim é o segundo dia seguido em que o
aumento é de dois dígitos. Além disso, é o valor mais alto em duas semanas.
Destes 17 casos, cinco foram transmitidos localmente em três
províncias que fazem fronteira com a Rússia ou com a Coreia do Norte –
três em Jilin, um em Heilongjiang e outro em Liaoning. No caso de Jilin,
os três novos casos surgiram na cidade de Shulan.
As autoridades chinesas já impuseram quarentena aos cidadãos e o encerramento temporário dos locais públicos da cidade. Segundo o Observador,
também os transportes públicos foram encerrados e os táxis não podem
sair de Shulan. As autoridades chinesas acreditam que houve 290 pessoas
que tiveram contacto próximo com infetados.
A preocupação em Shulan também está relacionada com a origem daquele que parece ser um novo surto,
uma vez que a comissão de saúde da província diz que o primeiro caso
registado foi uma mulher que não viajou para fora da província, nem
apresenta qualquer historial de contacto com pessoas que vieram de
províncias afetadas ou do exterior do país.
Ainda assim, na cidade de Wuhan também foram registados cinco novos
casos este domingo. Novamente, apesar de não ser um número preocupante, é
o maior número de novos casos em quase dois meses.
A China registou, até agora, um total de 82.918 casos positivos, dos
quais 78.144 foram curados. Existem apenas 141 casos ativos no país.
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