Os Estados Unidos registaram 754 mortos e 60.383 infetados
(um novo recorde) por covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com um
balanço da Universidade Johns Hopkins.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em
fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos
confirmados e mais mortes. Esta sexta-feira, os Estados Unidos bateram
mesmo o record de casos confirmados de covid-19 em 24 horas, que é agora de 60.383.
Os norte-americanos registam agora 129.405 óbitos e 2.793.022 casos
desde o início da pandemia, segundo o balanço realizado às 20:00 de
sexta-feira (01:00 de hoje em Lisboa), pela agência de notícias Efe.
Os números diários no país cresceram significativamente como resultado do surto de infeções nos estados do sul e oeste, como Florida, Texas, Califórnia, Arizona, Geórgia e Carolina do Norte e Carolina do Sul.
Nova Iorque continua a ser o estado mais fortemente afetado
pelo coronavírus nos Estados Unidos, com 395.872 casos confirmados e
32.081 mortes, um número apenas inferior ao do Brasil, Reino Unido e
Itália. Só na cidade de Nova Iorque, morreram 23.140 pessoas.
Nova Iorque é seguida pela vizinha Nova Jersey, com
15.164 mortos, Massachusetts, com 8.149, e Illinois, com 7.005. Outros
estados com um grande número de mortes são a Pensilvânia (6.746),
Michigan (6.215), Califórnia (6.278), Connecticut (4.335).
Em termos de infeções, a Califórnia está atrás apenas de Nova Iorque,
com 250.514 casos. O Texas, com 185.244 infetados, e a Florida, com
178.594, ocupam o terceiro e o quarto lugar na estatística de casos
confirmados.
Os Estados Unidos são o país no mundo com mais mortos e mais casos
de infeção confirmados. O Instituto de Métricas e Avaliações em Saúde
da Universidade de Washington, cujos modelos para a evolução da pandemia
são frequentemente utilizados pela Casa Branca, estima que o país chegue a outubro com cerca de 175 mil mortes.
México supera 245 mil casos e perto de 30 mil mortos
O México está perto de atingir as 30 mil mortos devido à covid-19 e
excedeu os 245 mil infetados, ao somar 654 óbitos e 6.740 contágios nas
últimas 24 horas, informaram as autoridades. O país contabiliza agora
29.843 óbitos e um total de 245.251 infeções.
“Nas últimas 24 horas, 6.740 casos foram confirmados,
o que representa um aumento de 2,8% em relação ao dia anterior”,
afirmou o diretor de Epidemiologia do Governo mexicano, José Luis
Alomía.
Alomía acrescentou que 60% das pessoas infetadas recuperaram com sucesso
e que 2.169 das mortes são consideradas suspeitas e as autoridades
aguardam os resultados de testes laboratoriais para confirmar a causa do
óbito, com a taxa global de mortalidade a atingir atualmente os 4,8%.
O mesmo responsável destacou que os estados que concentram o maior número de casos ativos são Cidade do México, Estado do México, Guanajuato,
Nuevo León e Puebla, enquanto aqueles com maior número de mortes são
Cidade e Estado do México, Baja California, Veracruz e Puebla.
O México está na quinta semana da etapa chamada “novo normal”, que opera com base num semáforo epidemiológico que marca o risco de contágio.
Este semáforo é um instrumento que gera o alerta para que a população conheça o risco de contrair esta doença e varia do nível máximo (vermelho) ao alto (laranja), médio (amarelo) e baixo (verde).
O diretor geral de Promoção da Saúde, Ricardo Cortés, informou que, para a semana de 6 a 12 de julho, 15 dos 32 estados do México estarão na cor vermelha do semáforo epidemiológico e os outros 17 vão adotar a cor laranja.
Sob o sinal vermelho, os hotéis podem ter 25% de ocupação, os
restaurantes só podem vender comida para fora, e os salões de beleza,
barbearias e cabeleireiros só funcionam com hora marcada, enquanto os
parques abrem para 25% da capacidade.
Nos semáforos laranja, os hotéis aumentam a capacidade para 50%, bem
como a ocupação em restaurantes, parques, cabeleireiros e centros
comerciais.
Brasil ultrapassa 1,5 milhões de casos
O Brasil ultrapassou hoje a barreira de 1,5 milhões de pessoas diagnosticadas com covid-19, totalizando ainda 63.174 mortos devido ao novo coronavírus desde o início da pandemia, informou o executivo.
Os dados fazem parte do último boletim do Ministério da Saúde, que indicou que nas últimas 24 horas foram registados 1.290 óbitos e 42.223 novos infetados pelo novo coronavírus.
A taxa de letalidade da doença no país mantém-se hoje nos 4,1%, momento em que se encontra ainda sob investigação uma eventual relação de 3.968 vítimas
mortais com a covid-19. De acordo com o executivo, 488 das 1.290 mortes
ocorreram nos últimos três dias, mas foram incluídas nos dados de hoje.
No país sul-americano, dos 1.539.081 casos confirmados, 868.372
pacientes já recuperaram da doença causada pelo novo coronavírus e
607.535 infetados continuam sob acompanhamento.
Além da segunda posição na lista de países com mais mortos e infetados pela pandemia, o Brasil é também a segunda nação com maior número de doentes recuperados da covid-19, apenas atrás dos Estados Unidos da América.
Geograficamente, o foco da pandemia no país está em São Paulo,
estado que tem hoje 310.702 pessoas diagnosticadas e 15.694 óbitos,
sendo seguido pelo Rio de Janeiro, que acumula 118.956 casos de infeção e
10.500 vítimas mortais.
O Brasil, com uma população estimada de 210 milhões de pessoas, tem hoje uma incidência de 30,1 mortes e 732,4 casos da doença por cada 100 mil habitantes.
O diretor do programa de Emergências Sanitárias da Organização Mundial de Saúde, OMS, Michael Ryan, afirmou que há alguns sinais de estabilização do contágio no Brasil.
“Os números estabilizaram-se nos últimos dias. A esperança é de que não
voltem a aumentar”, disse Ryan esta sexta-feira, numa conferência de
imprensa em Genebra, Suíça.
O Brasil continua a ser um dos países que menos testa a população,
numa média de 15,4 mil testes por cada 100 mil habitantes. Em termos de
comparação, Portugal testou 118,2 mil cidadãos em cada 100 mil
habitantes, de acordo com o portal Worldometer.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde brasileiro, Elcio Franco, a “diferença entre o número de pessoas infetadas é seis vezes maior do que o número de casos
notificados” no país, tendo em conta um estudo apresentado na
quinta-feira, que dá conta de que o Brasil terá pelo menos oitos milhões
de casos confirmados.
Rússia ultrapassa ‘barreira’ dos 10.000 mortos
O número de vítimas mortais da covid-19 na Rússia ultrapassou hoje a ‘barreira’ dos 10.000 óbitos, após a morte de 168 infetados
elevar o total para 10.027, informaram as autoridades sanitárias do
país. 9.986 pacientes foram dados como curados nas últimas 24 horas, o
que eleva o total de recuperados para 446.879.
Nas últimas 24 horas, Moscovo detetou 6.632 novos casos de
infeção pelo novo coronavírus, em 84 regiões, dos quais 1.960 (29,6%)
são assintomáticos, aumentando o total de casos no país para 674.515. Na
capital, o principal foco de covid-19 no país, foram detetados 680 novos casos, 25 mortes e 1.620 curados.
A Rússia ocupa atualmente o terceiro lugar na lista de países com mais contágios de covid-19, superada apenas pelos Estados Unidos e pelo Brasil.
11 milhões de casos no mundo
A pandemia do novo coronavírus provocou pelo menos 526.663 mortos em
todo o mundo e ultrapassou os 11 milhões de casos desde o início da
pandemia, segundo um balanço feito pela agência France Presse, a partir
de fontes oficiais.
Segundo o balanço mundial, que reflete a situação epidemiológica da covid-19 às (12:00 em Portugal, foram contabilizados 11.103.630 casos confirmados do novo coronavírus, em que pelo menos 5.715.100 deles são considerados curados.
Os números, porém, alerta a France Press, refletem apenas uma fração do total real de contaminações, dado que vários países só realizam testes em casos graves,
outros como prioridade para ações de despistagem e outros ainda, os
mais desfavorecidos e pobres, têm capacidade limitada de testagens.
Os Estados Unidos, que registaram o primeiro óbito associado à
covid-19 no início de fevereiro, continuam a ser o país mais afetado,
quer no número de casos quer no de mortes — 2.795.163 infetados e
129.437 óbitos. Pelo menos 790.404 pessoas são consideradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, o país mais afetado é o Brasil, com 63.174
mortes em 1.539.081 casos de infeção, seguido pelo Reino Unido (44.131
mortes em 284.276 casos), Itália (34.833 — 241.184) e França (29.893 —
203.367).
A China, sem os territórios de Hong Kong e de Macau, contabilizou oficialmente um total de 83.545 casos de infeção, 4.634 óbitos e 78.509 curados.
A Europa totaliza hoje 198.878 mortes em 2.706.195 casos,
os Estados Unidos e Canadá 138.147 óbitos em 2.900.189, a América
Latina e as Caraíbas 124.327 mortes (2.804.894), a Ásia 36.998 mortes
(1.431.419), o Médio Oriente 17.289 mortes (801.681), a África 10.891
mortes (449.376) e Oceânia 133 mortes (9.882 casos).
Em Portugal, morreram 1.598 pessoas
das 43.156 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais
recente da Direção-Geral da Saúde. O balanço da agência noticiosa
francesa é realizado com base nos dados recolhidos junto das autoridades
nacionais competentes e de informações da OMS.
https://zap.aeiou.pt/covid-alastra-na-america-eua-bate-recorde-diario-60-mil-infetados-333323
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