Derek Chauvin, o polícia responsável pela morte de George
Floyd, foi detido e aguarda a sua primeira audiência. No entanto, há
precedentes que sugerem que o agente pode sair impune.
Derek Chauvin tem a sua primeira audiência em tribunal agendada para o dia 8 de junho. O polícia é acusado da morte de George Floyd, sendo-lhe imputado o crime de homicídio em segundo grau.
O Ministério Público norte-americano agravou esta quarta-feira para
homicídio em segundo grau a acusação do agente da polícia que pressionou
o pescoço de George Floyd durante minutos e, pela primeira vez, acusou
formalmente os três outros agentes que o acompanhavam, noticiou a
imprensa local.
A morte do homem de 46 anos não é a primeira de um afro-americano a acontecer às mãos de um agente da polícia. O portal OZY compilou
alguns casos do passado e os precedentes não são encorajadores para
aqueles que procuram justiça pela morte de George Floyd.
Em 2014, Timothy Loehmann matou a tiro uma criança afro-americana de
12 anos. O agente do Estado de Cleveland confundiu a arma de airsoft (que
dispara projéteis plásticos não letais) da criança com uma arma real.
Embora tenha sido demitido das forças policiais, uma recente audiência
em tribunal revelou que Loehmann quase chegou a ser recontratado em 2018. O agente omitiu os acontecimentos no seu curriculum, mas acabou por ser descoberto.
A agente Betty Jo Shelby, de Oklahoma, foi acusada – e mais tarde
absolvida – do homicídio em primeiro grau de Terence Crutcher, em 2016. A
norte-americana foi relegada a trabalho de escritório, mas acabou por
se demitir, alegando que “estar sentada atrás de uma secretária não é
para mim”. Apenas dois anos mais tarde voltou ao trabalho em Rogers County.
O caso de George Floyd também não é o primeiro a acontecer em
Minneapolis. Em novembro de 2015, Dustin Schwarze atingiu fatalmente à
queima roupa Jamar Clark, de 24 anos. O testemunho de Schwarze indica
que Clark tentou roubar a arma do seu colega, Mark Ringgenberg.
No entanto, várias testemunhas oculares contrariaram esta versão da
história, argumentando que na altura em que foi baleado, o jovem
afro-americano já estava algemado no chão. Ambos os agentes ainda continuam a trabalhar no Departamento Policial de Minneapolis.
A morte de George Floyd, a 25 de maio, deu origem a protestos contra a
violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas. O
ativismo também se alargou às redes sociais, que ficaram inundadas com
mensagens de apoio à causa.
https://zap.aeiou.pt/derek-chauvin-precedentes-impune-328167
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