Numa
reviravolta de acontecimentos, o Departamento de Segurança Interna está
a destacar cães-robô para patrulhar a fronteira sul dos Estados Unidos.
Por detrás do destacamento está a Ghost Robotics, uma empresa
tecnológica que, no ano passado, montou uma espingarda num cão-robô.
Segundo o Departamento de Segurança Interna
(DHS), a empresa ajudou a criar o último cão-robô a patrulhar o terreno
deserto no sudoeste americano e a denunciar qualquer refugiado que
tentasse atravessar a fronteira.
“A fronteira sul pode ser um
lugar inóspito para o homem e para o animal, e é exatamente por isso que
uma máquina pode sobressair ali”, explicou Brenda Long, gerente de
programa da Direção de Ciência e Tecnologia do DHS.
Não demorou muito até alguns começarem a referir-se às máquinas como “Terminator Dogs“, nas redes sociais.
“Será que ninguém viu Black Mirror?!” escreveu um. “Em nenhum mundo precisamos de cães-robô a caçar seres humanos”.
Esta extensão do estado policial americano está também a ser referida como um “multiplicador de força” pelo DHS.
Uma
vez operacionais, os cães-robô armados poderão completar tarefas como o
serviço de sentinela e o transporte de cargas úteis em terrenos
acidentados.
Os críticos da utilização dos cães-robô por agentes da lei descreveram a ferramenta como desumanizante e invasiva.
“Há
um potencial para estes robôs aumentarem a militarização dos
departamentos policiais e utilizá-la de formas inaceitáveis”, disse
Jongwook Kim, diretor legal da União Americana das Liberdades Civis do
Havai, à Associated Press.
Os
agentes da polícia que fazem experiências com as máquinas de quatro
patas afirmam ser apenas mais uma ferramenta, como os drones existentes e
os simples robôs com rodas, para manter as equipas de emergência fora
de perigo, enquanto procuram os perigos.
“Talvez não seja algo que queiramos deixar que as forças da lei tenham“, conclui Jongwook Kim.
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