Joe
Biden anunciou a morte de Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, durante
uma operação antiterrorismo na província de Idleb, no noroeste do país.
Segundo
a LUSA, uma operação das forças especiais dos Estados Unidos no
noroeste da Síria matou esta quinta-feira o líder máximo do Daesh, Abu
Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, anunciou o Presidente norte-americano,
Joe Biden.
“Na noite passada e sob minhas ordens, as forças
militares dos Estados Unidos no noroeste da Síria conduziram com sucesso
uma operação de contraterrorismo para proteger o povo americano e os
nossos aliados e tornar o mundo um lugar mais seguro”, afirmou Biden,
num comunicado.
“Graças à capacidade e coragem das nossas Forças
Armadas, removemos Abu Ibrahim al Hashimi al Quraishi, líder do Daesh,
do campo de batalha”, acrescentou o Presidente norte-americano.
O
presidente dos Estados Unidos afirmou que o líder do Daesh tirou a
própria vida. Numa conferência de imprensa realizada na Casa Branca, Joe
Biden disse que Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi se fez explodir
quando as tropas norte-americanas se aproximaram da sua casa na
província de Idleb, no noroeste da Síria.
“Sabemos que enquanto
as nossas tropas se aproximavam para capturar o terrorista, num ato
final de cobardia desesperada, sem qualquer consideração pelas vidas da
sua própria família ou de outros no edifício, ele escolheu fazer-se
explodir“, relatou o presidente norte americano, em declarações aos
jornalistas.
“Explodiu não apenas o colete, mas todo o terceiro
andar, em vez de enfrentar a justiça pelos crimes que cometeu, levando
consigo vários membros da sua família, tal como o seu predecessor tinha
feito”, acrescentou.
Nas declarações, Joe Biden notou que al Qurayshi tinha assumido a liderança do Daesh após a morte do anterior líder, Abu Bakr al-Baghdadi, em 2019.
“Desde
então, o Daesh dirigiu operações terroristas que tiveram como alvo
americanos, aliados, os nossos parceiros e inúmeros civis no Médio
Oriente, África e sul da Ásia”, explicou.
Na operação
antiterrorismo dos Estados Unidos lançada na província de Idleb,
morreram pelo menos 13 pessoas, entre os quais mulheres e crianças,
segundo uma organização não-governamental.
“Na noite passada, as
forças dos Estados Unidos atuaram com sucesso sob uma enorme ameaça
terrorista para o mundo, o líder global da ISIS [autoproclamado Estado
Islâmico]”, disse o presidente norte-americano.
Não
existiram quaisquer baixas entre as forças dos EUA durante o confronto
de duas horas num prédio na localidade de Atme, tendo sido “um sucesso”.
“As Forças Especiais dos EUA conduziram uma missão de contraterrorismo durante a noite no Noroeste da Síria”, acrescentou o Pentágono, em comunicado à AFP.
O OSDH não especificou as identidades dos jihadistas e referiu que “pelo menos 13 pessoas, incluindo quatro crianças e três mulheres, foram mortas na operação”.
De acordo com os correspondentes da AFP no local, a operação americana teve como alvo um prédio de dois andares numa área cercada por árvores, sendo que grande parte foi destruída e o chão dos quartos ficou coberto de sangue.
De acordo com moradores, líderes jihadistas do grupo Daesh foram alvejados durante a operação, à noite.
Os especialistas locais referiram à AFP que os campos sobrelotados na região de Atme, localizada no norte da província de Idlib, têm servido de base para líderes jihadistas se esconderem entre os deslocados.
Assim, os jihadistas acabam por aproveitar estes espaços como “células adormecidas”, prontas para organizar e realizar ataques.
Esta foi a maior operação das forças dos EUA na Síria desde a morte, em outubro de 2019, de Abu Bakr al-Baghdadi, líder do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), morto num ataque na região de Idleb, que escapa ao controlo do poder na Síria, informou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.
A operação desta quinta-feira ocorreu poucos dias após o fim de um ataque do Daesh a uma prisão das Forças Democráticas Sírias (FDS), dominadas pelos curdos, na região de Hassaké, no nordeste.
O ataque à prisão e os combates que se seguiram deixaram 373 mortos, incluindo 268 jihadistas, 98 membros das forças curdas e sete civis, segundo o OSDH.
A complexa guerra na Síria, um país fragmentado onde intervêm diferentes protagonistas, já matou cerca de 500 mil pessoas desde 2011.
https://zap.aeiou.pt/lider-do-daesh-na-siria-morto-pelas-forcas-especiais-dos-eua-460883
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