O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, deverão conversar por telefone este sábado.
Jake Sullivan, conselheiro nacional de segurança dos Estados Unidos, entende que a invasão da Ucrânia pela Rússia poderá começar “a qualquer momento” e aconselhou os cidadãos norte-americanos a saírem do país no prazo de 24 a 48 horas.
“Se um ataque russo à Ucrânia prosseguir, é provável que comece com bombardeamentos aéreos e ataques com mísseis que obviamente poderiam matar civis, sem terem em conta a nacionalidade, claro. Uma invasão terrestre subsequente obviamente envolveria o ataque de uma força maciça”, disse.
Sullivan não apresentou provas para sustentar a sua suspeita, mas todas as movimentações diplomáticas concertadas para este final de semana são o reflexo da mesma preocupação.
Segundo o Público, muitas chancelarias repetiram o apelo de saída, incluindo a União Europeia (UE) que deu autorização ao seu pessoal diplomático não essencial para deixar o país e passar a funcionar em regime de teletrabalho.
“Não estamos a promover uma retirada. Por agora, os funcionários não essenciais têm a opção de fazer teletrabalho fora do país“, explicou Peter Stano, porta-voz do Alto Representante da UE para a Política Externa e Segurança.
“Continuamos a avaliar a situação à medida que evolui, em estreita consulta e coordenação com os Estados-membros da UE”, acrescentou.
O chefe da delegação europeia em Kiev, o estoniano Matti Maasikas, também recomendou esta sexta-feira ao pessoal não essencial para que deixe a Ucrânia “o mais rápido possível”, segundo um email divulgado pelo portal EU-Observer. O porta-voz da diplomacia da UE recusou comentar o conteúdo deste email.
A Letónia e a Estónia pediram que os seus cidadãos deixem a Ucrânia por causa de uma “séria ameaça à segurança representada pela Rússia perto da fronteira ucraniana e uma ameaça credível de uma escalada da situação”, referiram os ministérios dos Negócios Estrangeiros destes países.
Também Oslo e Washington enviaram a mesma mensagem aos seus cidadãos esta sexta-feira. Por sua vez, Ben Wallace, secretário britânico da Defesa, disse aos cidadãos britânicos para deixarem de imediato a Ucrânia enquanto ainda há meios para sair do país.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha revelou que tem preparado um dispositivo para a retirada de espanhóis que pode ser “ativado se necessário”. Fontes da diplomacia espanhola confirmaram esta informação à agência EFE, acrescentando que estão a analisar a situação e em contacto com os parceiros e aliados da UE.
Com alguns países e organismos a aconselharem os seus cidadãos e pessoal não essencial a saírem da Ucrânia, outras nações na NATO e UE, tal como a Espanha, decidiram, para já, “não mudar nada”.
Joe Biden e Vladimir Putin devem falar este sábado por telefone. O Kremlin sugeriu marcar a conversa para segunda-feira, mas a Casa Branca propôs antecipar a chamada.
Rússia pode invadir Ucrânia na próxima semana
A Administração Biden indicou, esta sexta-feira, que está convicta de que Vladimir Putin decidiu invadir a Ucrânia e que a ofensiva ocorrerá já na próxima semana.
A afirmação é sustentada por imagens de um satélite comercial de uma empresa privada norte-americana, que mostram uma maior concentração de tropas russas junto à fronteira com o país.
De acordo com o Jornal de Negócios, Joe Biden já realizou uma videoconferência com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, assim como com os líderes do Canadá, França, Alemanha, Polónia e Roménia e ainda o secretário-geral da NATO e a presidente da Comissão Europeia.
O Expresso salienta que a Ucrânia também já está a demonstrar uma preocupação acrescida com a possibilidade de um conflito aberto com a Rússia.
O exército emitiu um comunicado, esta sexta-feira, onde dizia que os separatistas apoiados pela Rússia no leste do país estão a realizar exercícios militares, para situações de “fogo real”: tanques, veículos de artilharia e blindados foram vistos a deslocarem-se dentro da província de Donbass, ocupada por separatistas apoiados por Moscovo em 2014.
Já há unidades do exército ucraniano em alerta máximo, dá conta o semanário.
A inteligência norte-americana fez saber recentemente que acredita que a Rússia já tem 70% das forças precisas para invadir a Ucrânia e que o exército poderá chegar a Kiev em apenas dois dias.
As forças ocidentais também já acusaram Vladimir Putin de estar a fabricar um filme de propaganda com imagens que seriam usadas para justificar um ataque, mas Moscovo nega todas as acusações.
https://zap.aeiou.pt/debandada-diplomatica-da-ucrania-462424
Jake Sullivan, conselheiro nacional de segurança dos Estados Unidos, entende que a invasão da Ucrânia pela Rússia poderá começar “a qualquer momento” e aconselhou os cidadãos norte-americanos a saírem do país no prazo de 24 a 48 horas.
“Se um ataque russo à Ucrânia prosseguir, é provável que comece com bombardeamentos aéreos e ataques com mísseis que obviamente poderiam matar civis, sem terem em conta a nacionalidade, claro. Uma invasão terrestre subsequente obviamente envolveria o ataque de uma força maciça”, disse.
Sullivan não apresentou provas para sustentar a sua suspeita, mas todas as movimentações diplomáticas concertadas para este final de semana são o reflexo da mesma preocupação.
Segundo o Público, muitas chancelarias repetiram o apelo de saída, incluindo a União Europeia (UE) que deu autorização ao seu pessoal diplomático não essencial para deixar o país e passar a funcionar em regime de teletrabalho.
“Não estamos a promover uma retirada. Por agora, os funcionários não essenciais têm a opção de fazer teletrabalho fora do país“, explicou Peter Stano, porta-voz do Alto Representante da UE para a Política Externa e Segurança.
“Continuamos a avaliar a situação à medida que evolui, em estreita consulta e coordenação com os Estados-membros da UE”, acrescentou.
O chefe da delegação europeia em Kiev, o estoniano Matti Maasikas, também recomendou esta sexta-feira ao pessoal não essencial para que deixe a Ucrânia “o mais rápido possível”, segundo um email divulgado pelo portal EU-Observer. O porta-voz da diplomacia da UE recusou comentar o conteúdo deste email.
A Letónia e a Estónia pediram que os seus cidadãos deixem a Ucrânia por causa de uma “séria ameaça à segurança representada pela Rússia perto da fronteira ucraniana e uma ameaça credível de uma escalada da situação”, referiram os ministérios dos Negócios Estrangeiros destes países.
Também Oslo e Washington enviaram a mesma mensagem aos seus cidadãos esta sexta-feira. Por sua vez, Ben Wallace, secretário britânico da Defesa, disse aos cidadãos britânicos para deixarem de imediato a Ucrânia enquanto ainda há meios para sair do país.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha revelou que tem preparado um dispositivo para a retirada de espanhóis que pode ser “ativado se necessário”. Fontes da diplomacia espanhola confirmaram esta informação à agência EFE, acrescentando que estão a analisar a situação e em contacto com os parceiros e aliados da UE.
Com alguns países e organismos a aconselharem os seus cidadãos e pessoal não essencial a saírem da Ucrânia, outras nações na NATO e UE, tal como a Espanha, decidiram, para já, “não mudar nada”.
Joe Biden e Vladimir Putin devem falar este sábado por telefone. O Kremlin sugeriu marcar a conversa para segunda-feira, mas a Casa Branca propôs antecipar a chamada.
Rússia pode invadir Ucrânia na próxima semana
A Administração Biden indicou, esta sexta-feira, que está convicta de que Vladimir Putin decidiu invadir a Ucrânia e que a ofensiva ocorrerá já na próxima semana.
A afirmação é sustentada por imagens de um satélite comercial de uma empresa privada norte-americana, que mostram uma maior concentração de tropas russas junto à fronteira com o país.
De acordo com o Jornal de Negócios, Joe Biden já realizou uma videoconferência com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, assim como com os líderes do Canadá, França, Alemanha, Polónia e Roménia e ainda o secretário-geral da NATO e a presidente da Comissão Europeia.
O Expresso salienta que a Ucrânia também já está a demonstrar uma preocupação acrescida com a possibilidade de um conflito aberto com a Rússia.
O exército emitiu um comunicado, esta sexta-feira, onde dizia que os separatistas apoiados pela Rússia no leste do país estão a realizar exercícios militares, para situações de “fogo real”: tanques, veículos de artilharia e blindados foram vistos a deslocarem-se dentro da província de Donbass, ocupada por separatistas apoiados por Moscovo em 2014.
Já há unidades do exército ucraniano em alerta máximo, dá conta o semanário.
A inteligência norte-americana fez saber recentemente que acredita que a Rússia já tem 70% das forças precisas para invadir a Ucrânia e que o exército poderá chegar a Kiev em apenas dois dias.
As forças ocidentais também já acusaram Vladimir Putin de estar a fabricar um filme de propaganda com imagens que seriam usadas para justificar um ataque, mas Moscovo nega todas as acusações.
https://zap.aeiou.pt/debandada-diplomatica-da-ucrania-462424
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