O exército ucraniano dá sinais de estar a reagir, ou a tentar reagir, à invasão russa iniciada na madrugada desta quinta-feira.
Dois navios de carga russos foram atacados por mísseis Forças Armadas da Ucrânia, no Mar de Azove, informou o departamento do serviço de fronteira russo, de Krasnodar. Houve danos materiais e um tripulante ficou gravemente ferido.
Na capital Kiev, onde os exercícios militares já começaram há algum tempo para muitos ucranianos, foram distribuídas mais de 10 mil armas automáticas pela população local, segundo o Ministério do Interior da Ucrânia.
Perante os mais de 60 grupos de militares da Rússia que terão entrado na Ucrânia ao longo do dia, os ucranianos começaram a reagir e teriam recuperado o controlo do Aeroporto Internacional de Gostomel.
O aeroporto localizado perto de Kiev, e ponto importante neste conflito, foi controlado por russos, depois recuperado pelos ucranianos. Mas fonte da presidência ucraniana esclareceu, já de noite, que decorrem conflitos: ucranianos e russos tentam controlar a zona, onde já houve explosões.
Mas em Chernobyl, a Agência Estatal de Regulação Nuclear da Ucrânia informou a Agência Internacional de Energia Atómica que as instalações nucleares e de radiação são agora comandadas pelo exército da Rússia.
A comitiva russa passou a dominar Fidonisi, uma ilha minúscula próxima da Crimeia, a sul da Ucrânia. A confirmação foi dada pelo serviço de fronteiras da Ucrânia.
As forças armadas russas tiveram uma baixa na região de Voronezh (Rússia, junto à fronteira com a Ucrânia), onde uma aeronave caiu. Uma falha no equipamento originou a morte de todos os tripulantes da aeronave, que transportava material militar.
Ao final do primeiro dia da invasão, o presidente da Ucrânia anunciou que morreram 137 pessoas e 316 ficaram feridas. Só em Odessa, sul do país, 22 pessoas morreram na sequência de um bombardeio de uma unidade militar.
Noutra contabilidade, mais de 1.700 pessoas foram detidas na Rússia, por terem participado em protestos contra o conflito. Houve protestos em 53 cidades russas.
Putin e Macron
Entretanto, Vladimir Putin teve uma conversa ao telefone com Emmanuel Macron. Os presidentes de Rússia e Ucrânia abordaram a situação na Ucrânia, indicou o governo de Moscovo.
“Durante uma conversa telefónica solicitada pelo lado francês, o presidente russo Vladimir Putin e o presidente francês Emmanuel Macron tiveram uma troca de opiniões séria e franca sobre a situação na Ucrânia”, lê-se, em comunicado.
O Kremlin acrescentou que Putin deu “explicações abrangentes das razões e das circunstâncias que originaram a decisão de realizar uma operação militar especializada” na Ucrânia.
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