sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Professores alemães querem que se estude livro de Hitler nas escolas !

A associação dos professores alemães mostrou-se esta sexta-feira favorável à utilização no liceu da edição comentada de "Mein Kampf", a surgir em janeiro, para ajudar a "imunizar" os jovens contra o extremismo, segundo o presidente.
"É melhor que a apresentação de 'Mein Kampf', de Adolf Hitler, seja feita por professores experientes", afirmou ao jornal Handelsblatt o presidente da associação, Josef Kraus, acrescentando que os adolescentes que quiserem ler o livro encontram-no facilmente na Internet.
Os direitos sobre Mein Kampf (A minha luta), um panfleto antissemita de Adolfo Hitler escrito em 1924 quando estava na prisão, caem em domínio público a 01 de janeiro, o que torna possível a publicação na Alemanha de uma edição anotada com milhares de observações feitas por um instituto de pesquisa sobre o nazismo.
"Um tratamento profissional de partes do texto em sala de aula pode contribuir significativamente para a imunização dos adolescentes contra o extremismo político", afirmou Josef Kraus, considerando que o estudo do livro é adequado aos alunos do segundo ciclo, a partir dos 16 ou 17 anos.
O responsável pelas questões educativas no partido social-democrata (SPD), Ernst Dieter Rossmann, também considerou que "explicar o mecanismo da propaganda faz parte de uma educação moderna, conduzida por professores qualificados para tal".
Desde o fim da II Guerra Mundial que a Baviera, detentora até agora dos direitos do livro, se opõe à reedição de "Mein Kampf", ainda que o livro não esteja interdito, já que edições originais podem ser encontradas em alguns alfarrabistas.
Mesmo depois do próximo ano, as autoridades alemãs pretendem processar os que quiserem editar o livro tal como foi escrito para "incitação ao ódio racial".
O objetivo é impedir que grupos de extrema-direita se aproveitem do livro.
A publicação da edição comentada, que já está a suscitar muitas reações, está prevista para a primeira quinzena de janeiro. Em dois volumes, o livro compreende cerca de 2.000 páginas e milhares de anotações e de comentários de historiadores do Instituto de História Contemporânea, de Munique.

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4944586&page=2

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