Helena Martins, de 43 anos, foi atacada
numa rua de Londres, Inglaterra, por um homem que a tentou estrangular.
A portuguesa diz que se tratou de um ataque homofóbico.
Segundo relatou ao Standard,
Helena Martins foi atacada numa rua próxima de casa, em Tooting, onde
vive com a sua companheira há três anos, na noite de quinta-feira.
O
homem deu-lhe um murro num olho e tentou sufocá-la com a gravata que
trazia vestida. Nesse momento, o implante auditivo que usa diariamente
caiu ao chão. Helena, que tem prática de taekondo, uma arte marcial,
tentou defender-se e o agressor arranhou-a na cara e deu-lhe mais murros
no rosto. Helena acabou por conseguir pontapeá-lo e o homem fugiu.
"Estou
muito abalada. Não tenho dúvidas de que fui um alvo por ser uma mulher a
usar uma gravata. Ele estava muito fixado na gravata. Não exagero, mas
tenho um estilo masculino" - disse Helena ao Standard.
A
portuguesa sofre da Doença de Ménière, o que a torna dependente de um
aparelho auditivo e lhe causa problemas de equilíbrio ao andar. "Não
ando de forma direita. É possível que pareça que estou embriagada quando
não estou, pelo que posso tornar-me um alvo fácil", explicou.
No final do ataque, Helena fugiu para dentro de casa.
A
viver em Londres há 12 anos, Helena Martins considera que a cidade "é
muito diferente agora do que quando cheguei, em 1998. É mais intolerante
em relação às pessoas que são diferentes. Mesmo assim adoro Londres e o
povo britânico", contou.
Responsável pelo projeto digital da
Sociedade Nacional de Crianças Surdas em Inglaterra, Helena recebeu
muitas mensagens de apoio através do Facebook depois de partilhar a sua história e fotografias que mostravam as marcas das agressões.
A Polícia está a investigar o caso.
Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4925753&page=-1
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