terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Emergência climática - Catástrofe planetária deixou de ser ficção científica

Aqui jaz a defunta albufeira da barragem de Graaff-Reinet, na África do SulGreta Thunberg e António Guterres foram as vozes de alerta: podemos bem ter atingido este ano o ponto de não retorno para a civilização e até para a maioria da vida na Terra.
O ano de 2019 foi o último em que pudemos consumir sem consciência, poluir sem remorsos ou andar de automóvel (pior, de avião!) sem sermos cúmplices do apocalipse. A emergência climática, finalmente declarada pelos líderes mundiais - entre os quais António Guterres e a jovem Greta Thunberg assumiram protagonismo - significa que a humanidade está no possível ponto de não retorno. Reduzir já não basta. Temos de parar de poluir.
De acordo com o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o aquecimento global está nos níveis mais altos da história, com temperaturas recorde na atmosfera e nos oceanos, que têm promovido o degelo glaciar e a subida do nível do mar. Se as emissões de gases de estufa continuarem iguais às atuais, chegaremos a 2100 com mais 4,8 graus Celsius de temperatura média na Terra. O nível do mar poderá subir 80 centímetros. As consequências negativas para o homem e para os ecossistemas podem ser irreversíveis, com aquecimento cumulativo e duradouro.
"Enfrentamos uma crise sem precedentes que nunca foi tratada como tal e os nossos líderes estão a agir como crianças. Precisamos acordar e mudar tudo", exigiu Greta Thunberg, num dos primeiros discursos globais, nos protestos climáticos de Londres (Extinction Rebellion), no final de 2018. A jovem ativista sueca, que continua a promover as greves das escolas pelo clima às sextas-feiras (Fridays for Future), é a figura do ano da revista "Time".

O planeta que se afunda

Fotografado com água pelos joelhos e o título "O nosso planeta a afundar-se", o secretário-geral da ONU, António Guterres, foi capa da "Time", em junho, para alertar que "o Mundo enfrenta uma grave emergência climática que acontece agora e para todos. A mudança climática avança ainda mais rapidamente do que o previsto por grandes cientistas e supera os esforços para resolvê-la".
Em novembro, a União Europeia declarou a emergência climática. Setenta países comprometeram-se, este mês, com o objetivo da neutralidade carbónica até 2050. De que forma a consciência da emergência climática, que impõe a suspensão de emissões de combustíveis ​​​​​​​fósseis até 2050 se quisermos sobreviver, poderá ou irá mudar a forma como vivemos, a economia global, o turismo, a saúde e os transportes, é algo que a próxima década nos dirá.

Fonte: https://www.jn.pt/mundo/emergencia-climatica-catastrofe-planetaria-deixou-de-ser-ficcao-cientifica-11659957.html

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