Segundo reportado pela Newsweek, o armazém da Andaluzia era um verdadeiro santuário dedicado a Adolf Hitler, com a presença de uniformes, emblemas e medalhas nazistas. Além disso, parte do local estava enfeitado com quadros e retratos nazistas, e manequins a caráter estavam espalhados por todo o seu interior, de forma organizada e bem distribuída como se fosse um museu das tropas alemãs.
O prédio havia sido aparentemente alugado por um grupo de três homens, sendo dois alemães e um britânico. O trio é suspeito de liderar um dos maiores esquemas de modificações e comercialização de armas ilegais em todo o continente europeu, realizando atualizações de munição e no sistema automatizado e também falsificando números de séries dos equipamentos.
As investigações sobre as atividades dos contrabandistas direcionaram as autoridades à Málaga, outra região da Espanha, onde supostamente as armas são modificadas em uma oficina secreta para logo em seguida serem transferidas para o depósito nazista, dando início ao processo de distribuição às mulas e grupos armados. Quanto aos donos do armazém, os três já foram acusados de tráfico de drogas e falsificação de documentos e um deles possui ligações com o movimento neonazista.
Todos os caminhos levam à Andaluzia
Nos últimos anos, o estreito da Andaluzia, que liga a Espanha à África, tornou-se polo de ação de contrabandistas e traficantes de drogas, com um aumento substancial no número de armas de fogo e munições. Dessa forma, a Inteligência espanhola logo relacionou o território a um dos alemães que vivia no país com identidade falsa, e os rastros levaram ao santuário de Hitler.
No armazém, foram encontrados 22 rifles de assalto AK-47, oito metralhadoras e 121 armas de curto alcance, além de quase 10 mil balas e três quilos de explosivo. A polícia também acredita que as armas foram compradas de traficantes do leste europeu e chegariam em Costa del Sol e Campo de Gibraltar.
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