Correspondendo a aproximadamente 1% da população mundial geral, psicopatas são muito raros. Com traços de personalidade que incluem uma grande quantidade de crueldade, falta de empatia e consciência, frieza sobre pressão, além de muito charme e carisma, estes seres humanos capazes de matar sem nenhum remorso causam uma mistura peculiar de fascínio e repulsa, sendo retratados em diversos filmes, séries e livros.
Porém, nem todos os personagens de obras famosas realmente são precisos, como provou o projeto do belga professor de psiquiatria, Samuel Leistedt, que em 2014 iniciou uma saga com sua equipe de assistir mais de 400 filmes, produzidos desde 1915 a 2010, para encontrar aqueles que realmente personificavam as características reais da psicopatia.
Depois de três anos, a missão revelou que apenas 126 eram críveis, e entre eles, só haviam 21 mulheres. De forma surpreendente, os infames Patrick Bateman (Psicopata Americano), Norman Bates (Psicose) e Hannibal Lecter (Silêncio dos Inocentes) não passaram no corte, sendo considerados mais um tipo de “bicho-papão universal”.
Confira abaixo 2 figuras famosas das telonas que ganharam o selo de verdadeiros psicopatas:
1. Annie Wilkes
Louca Obsessão, a adaptação cinematográfica do livro de Stephen King, foi lançado em 1990 e trouxe uma das cenas mais agoniantes possíveis.
Tudo começa quando a ex-enfermeira Annie Wilkes (Kathy Bates) prende o renomado escritor Paul Sheldon (James Caan) em sua casa por ser sua “fã número um” e não aceitar o rumo que ele tomou em suas obras, torturando-o diversas vezes para que ele volte atrás na decisão.
Annie apresenta severas mudanças de humor, passando de doce a completamente violenta rapidamente, além de ser completamente narcisista, obrigando Paul a queimar o novo manuscrito por não gostar da linguagem obscena que ele apresentava.
Vale lembrar que nem todos narcisistas são psicopatas, e vice e versa, porém a determinação implacável da mulher de fazer de tudo para conseguir o que quer mostra toda sua psicopatia, ah e claro, a parte da marreta também não ajuda né?
2. Anton Chigurh
Annie pode ser assustadora, mas quem levou o prêmio de mais crível nas telonas foi o personagem de Javier Bardem, Anton Chigurh, em Onde os Fracos Não Têm Vez, uma adaptação do romance de Cormac McCarthy lançada em 2007. O longa foi tão aclamado que ganhou quatro premiações do Oscar, incluindo a de Melhor Filme.
A trama se passa da década de 80 no oeste do Texas, e conta a história de um veterano de guerra Llewelyn Moss (Josh Brolin) que passa a ser caçado por Chigurh, um rastreador profissional, ao encontrar uma grande quantia de dinheiro em uma transação de drogas que deu errado.
Ao falar de seu personagem, Bardem afirmou que “[Anton] é um cara de palavra, de certa forma, e um símbolo, um destino violento, o gênio fora da lâmpada. E quando a violência aparece, é impossível impedi-la, só cria miséria e dor e não leva a lugar nenhum. Não é que eu goste do cara, mas gosto da ideia por trás do cara, gosto do que ele representa”.
Segundo Leistedt e sua equipe, o rastreador pareceu “efetivamente invulnerável e resistente a qualquer forma de emoção ou humanidade”. Então, se você curte filmes de psicopatas e ainda não assistiu esse, talvez seja uma boa colocar na sua lista!
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