Os destroços encontrados há uma semana, numa ilha do Índico, pertencem ao voo MH370, o que confirma o despenho da aeronave desaparecida há 17 meses.
"Hoje, 515 dias depois do avião ter desaparecido, é com o coração pesado que digo que uma equipa internacional de especialistas confirmou que os destroços da aeronave encontrada na Ilha Reunião pertencem de facto ao voo MH370", disse o primeiro-ministro Najib Razak.
"Agora temos evidências físicas que, tal como disse a 24 de março do ano passado, o voo MH370 terminou tragicamente no sul do oceano Índico", afirmou Najib Razak.
O anúncio do primeiro-ministro da Malásia põe fim à espera angustiante das famílias dos 239 passageiros e tripulantes que tinham exigido uma prova concreta sobre o que aconteceu ao voo MH370.
Mas alguns familiares das vítimas afirmaram já que a confirmação da queda do aparelho não chega.
"Agora quero saber onde está o corpo principal do avião para que possamos tirar os passageiros e a caixa negra para saber o que realmente aconteceu", disse Jacquita Gonzales, cujo marido era o comissário chefe do MH370.
"Eu ainda não estou satisfeito. Ainda há muitas questões sem resposta, tantas peças soltas no quebra-cabeças", disse Lee Khim Fatt, cuja mulher também era comissária de bordo.
"Até hoje não temos respostas. Não me mostrem uma aba da asa, mostrem mais e respondam às perguntas", acrescentou.
Segundo o primeiro-ministro da Malásia, apesar do esforço o caso MH370 permanece um mistério.
Para os investigadores e a indústria da aviação ainda permanece a perturbadora questão sobre o que aconteceu ao Boeing 777 da Malaysia Airlines a 08 de março de 2014, quando devia ter feito o voo de ligação entre Kuala Lumpur e Pequim.
A companhia aérea proprietária do avião afirmou hoje que a confirmação de que os destroços encontrados são do MH370 é um "grande avanço" para resolver o mistério do desaparecimento do voo.
Os destroços encontrados foram levados para a cidade francesa de Toulouse, onde foram examinados por técnicos franceses, da Malásia e por representantes da Boeing.
Mais cauteloso, o vice-procurador de Paris, Serge Mackowiak, afirmou que há uma "grande probabilidade" dos destroços pertencerem ao MH370.
Segundo o procurador francês, os investigadores confirmaram que parte da asa é do Boeing 777 devido às suas "características técnicas".
"Os peritos estão a tentar realizar o seu trabalho o mais rápido possível para dar informações mais detalhadas e fiáveis às famílias das vítimas", acrescentou.
Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4716989&page=-1
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