Corpo de um dos 12 reclusos enforcados nesta terça-feira no Paquistão RIZWAN
O Paquistão executou nesta terça-feira o maior número de pessoas desde que em Dezembro suspendeu não oficialmente a moratória sobre a pena de morte imposta pelo actual Governo. Foram enforcados 12 homens condenados por vários crimes, de acordo com um comunicado do porta-voz do Ministério do Interior paquistanês, citado pela Reuters.
O Governo paquistanês suspendeu a moratória sobre a pena de morte um dia depois de um grupo de taliban ter matado 154 pessoas, a grande maioria delas crianças, numa escola em Peshawar, no Nordeste do país. A decisão do executivo destinava-se a dar uma resposta à ameaça extremista na região, mas há agora sinais de que as autoridades se querem servir dela para levar a cabo execuções em grande escala, incluindo de reclusos que não foram condenados pela prática de terrorismo.
Foram enforcadas 39 pessoas desde Dezembro e estão ainda agendadas mais de 40 execuções para a próxima semana. De acordo com a Reuters, o número de execuções deverá aumentar exponencialmente ao longo das próximas semanas. Há 8000 reclusos condenados à morte no Paquistão. Centenas deles já perderam a possibilidade de recurso em tribunal e os seus casos estão a ser analisados pelo Ministério do Interior, que decidirá agora se avançam para a execução.
Um dos 40 reclusos com execução agendada para a próxima semana é Shafqat Hussain. A sua defesa ficou a cargo do grupo de defesa de direitos humanos Projecto de Justiça Paquistão, que alega que Shafqat Hussain tinha apenas 14 anos quando confessou ter raptado e morto uma criança e que esta confissão aconteceu apenas depois de nove dias de tortura. O Ministério do Interior já veio a público dizer que investigará o caso, mas a equipa de defesa de Hussain manifestou dúvidas de que isso acontecerá
O Governo paquistanês suspendeu a moratória sobre a pena de morte um dia depois de um grupo de taliban ter matado 154 pessoas, a grande maioria delas crianças, numa escola em Peshawar, no Nordeste do país. A decisão do executivo destinava-se a dar uma resposta à ameaça extremista na região, mas há agora sinais de que as autoridades se querem servir dela para levar a cabo execuções em grande escala, incluindo de reclusos que não foram condenados pela prática de terrorismo.
Foram enforcadas 39 pessoas desde Dezembro e estão ainda agendadas mais de 40 execuções para a próxima semana. De acordo com a Reuters, o número de execuções deverá aumentar exponencialmente ao longo das próximas semanas. Há 8000 reclusos condenados à morte no Paquistão. Centenas deles já perderam a possibilidade de recurso em tribunal e os seus casos estão a ser analisados pelo Ministério do Interior, que decidirá agora se avançam para a execução.
Um dos 40 reclusos com execução agendada para a próxima semana é Shafqat Hussain. A sua defesa ficou a cargo do grupo de defesa de direitos humanos Projecto de Justiça Paquistão, que alega que Shafqat Hussain tinha apenas 14 anos quando confessou ter raptado e morto uma criança e que esta confissão aconteceu apenas depois de nove dias de tortura. O Ministério do Interior já veio a público dizer que investigará o caso, mas a equipa de defesa de Hussain manifestou dúvidas de que isso acontecerá
Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia/paquistao-executou-12-presos-num-dia-e-os-numeros-vao-aumentar-1689430
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