Entre
2014 e 2018, mais de 400 gatos foram encontrados mutilados em Londres.
Uma nova investigação revelou, recentemente, a identidade do misterioso
assassino em série.
Os londrinos encontraram mais de quatro centenas de gatos mortos entre 2014 e 2018. Muitos tinham sido mutilados com precisão cirúrgica, o que levantou rumores sobre a existência de um sinistro Croydon Cat Killer (assassino de gatos de Croydon).
Recentemente, investigadores do Royal Veterinary College concluíram que os gatos não foram mortos por um ser humano, mas por raposas vermelhas.
O estudo, publicado a 6 de dezembro na Veterinary Pathology, envolveu testes de ADN, imagens científicas e as autópsias de 32 gatos encontrados mortos entre 2016 e 2018.
Segundo as conclusões da análise forense, citadas pelo All That’s Interesting, um terço dos felinos foram mortos por raposas, enquanto que os restantes morreram na sequência de causas naturais ou acidentes.
Os padrões de mutilação nos gatos examinados eram muito semelhantes aos padrões encontrados nos cordeiros, uma presa das raposas. “Estas descobertas apoiam a teoria de que a causa da mutilação foi o abate post-mortem por raposas vermelhas (Vulpes vulpes)”, escreveram os autores do estudo.
“Embora a preocupação da população com a segurança dos seus animais de estimação seja totalmente compreensível, a nossa investigação sobre as mortes destes gatos demonstra a importância de uma abordagem baseada em provas para investigar incidentes como este”, salientou Henry Martineau, diretor de Patologia Forense Veterinária do Royal Veterinary College.
“A narrativa do ‘assassino de gatos’ foi um bom exemplo da tendência humana para escolher o que queremos dos dados, demonstrando a nossa inclinação para parar de investigar quando pensamos ter feito uma descoberta importante ou notado um padrão particular. É tarefa dos cientistas – neste caso, dos patologistas veterinários – identificar e ultrapassar esse preconceito de confirmação”, acrescentou.
Já em 2018, a Polícia Metropolitana de Londres divulgou os resultados da sua investigação sobre as mortes, apelidada de “Operação Takahe“, que também não encontrou vestígios de envolvimento humano.
Uma grande parte da população londrina rejeitou as conclusões e mais de 20 mil pessoas assinaram uma petição em linha em protesto, assegurando que o Croydon Cat Killer continuava à solta.
O mistério teve agora o merecido (mas tardio) ponto final. O assassino de gatos de Croydon era, afinal, uma ou várias das cerca de 10 mil raposas vermelhas que consideram Londres a sua casa.
https://zap.aeiou.pt/assassino-gatos-croydon-identificado-451085
Os londrinos encontraram mais de quatro centenas de gatos mortos entre 2014 e 2018. Muitos tinham sido mutilados com precisão cirúrgica, o que levantou rumores sobre a existência de um sinistro Croydon Cat Killer (assassino de gatos de Croydon).
Recentemente, investigadores do Royal Veterinary College concluíram que os gatos não foram mortos por um ser humano, mas por raposas vermelhas.
O estudo, publicado a 6 de dezembro na Veterinary Pathology, envolveu testes de ADN, imagens científicas e as autópsias de 32 gatos encontrados mortos entre 2016 e 2018.
Segundo as conclusões da análise forense, citadas pelo All That’s Interesting, um terço dos felinos foram mortos por raposas, enquanto que os restantes morreram na sequência de causas naturais ou acidentes.
Os padrões de mutilação nos gatos examinados eram muito semelhantes aos padrões encontrados nos cordeiros, uma presa das raposas. “Estas descobertas apoiam a teoria de que a causa da mutilação foi o abate post-mortem por raposas vermelhas (Vulpes vulpes)”, escreveram os autores do estudo.
“Embora a preocupação da população com a segurança dos seus animais de estimação seja totalmente compreensível, a nossa investigação sobre as mortes destes gatos demonstra a importância de uma abordagem baseada em provas para investigar incidentes como este”, salientou Henry Martineau, diretor de Patologia Forense Veterinária do Royal Veterinary College.
“A narrativa do ‘assassino de gatos’ foi um bom exemplo da tendência humana para escolher o que queremos dos dados, demonstrando a nossa inclinação para parar de investigar quando pensamos ter feito uma descoberta importante ou notado um padrão particular. É tarefa dos cientistas – neste caso, dos patologistas veterinários – identificar e ultrapassar esse preconceito de confirmação”, acrescentou.
Já em 2018, a Polícia Metropolitana de Londres divulgou os resultados da sua investigação sobre as mortes, apelidada de “Operação Takahe“, que também não encontrou vestígios de envolvimento humano.
Uma grande parte da população londrina rejeitou as conclusões e mais de 20 mil pessoas assinaram uma petição em linha em protesto, assegurando que o Croydon Cat Killer continuava à solta.
O mistério teve agora o merecido (mas tardio) ponto final. O assassino de gatos de Croydon era, afinal, uma ou várias das cerca de 10 mil raposas vermelhas que consideram Londres a sua casa.
https://zap.aeiou.pt/assassino-gatos-croydon-identificado-451085
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