A morte de um advogado – após o uso repetido de um “taser” –
por dois polícias em Bogotá, na Colômbia, desencadeou violentos
protestos na capital colombiana e no resto do país, com registo de
feridos e danos materiais.
Um advogado de 46 anos foi imobilizado no chão por dois agentes e sujeito a repetidos choques elétricos,
um incidente filmado por testemunhas que causou indignação no país,
fazendo lembrar o caso do afro-americano George Floyd, sufocado por
agentes da polícia, nos Estados Unidos. O advogado, Javier Ordoñez, acabou por morrer horas depois de ser transportado para um hospital da cidade.
Um vídeo de quase dois minutos mostra dois agentes da polícia colombiana a aplicar choques elétricos a Javier Ordoñez, enquanto este implora “por favor” e “agentes, peço-vos”, com testemunhas da cena a pedirem também à polícia que pare.
Os protestos começaram no posto onde trabalham os dois polícias envolvidos na morte e espalharam-se a vários locais em Bogotá
e a outras cidades do país, com relatos de esquadras incendiadas pelos
manifestantes, segundo a agência de notícias espanhola Efe.
Na capital colombiana, multidões incendiaram postos de polícia (os
chamados “comandos de ação imediata”) em vários bairros, além de
veículos da polícia e do Ministério Público. Neste contexto, pelo menos dois homens terão ficado gravemente feridos durante os confrontos entre os manifestantes e a polícia, segundo a agência EFE.
O ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo, que
passou parte da noite numa reunião urgente de segurança, disse que os
dois agentes que atacaram o advogado “já são objeto de uma investigação
disciplinar e criminal”.
Nas redes sociais, os manifestantes divulgaram vídeos de alegados abusos policiais que têm ocorrido no país.
https://zap.aeiou.pt/estou-sufocar-morte-advogado-caso-violencia-policial-revolta-colombia-345771
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