O Centro Nacional de Inteligência (CNI) espanhol argumenta que hackers chineses terão, alegadamente, acedido a informações confidenciais sobre o desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus.
A diretora do CNI, Paz Esteban, alerta para um aumento “qualitativo e quantitativo” dos ataques durante o período de confinamento. Em causa está o aumento do número de funcionários em teletrabalho, o que potencia a exposição a estas ameaças.
De acordo com o Expresso, os ciberataques foram dirigidos a “setores sensíveis como o sanitário e o farmacêutico”. Esteban refere que o fenómeno não é exclusivo a Espanha e que se trata de “uma campanha especialmente viral contra laboratórios que trabalham na busca de uma vacina para a covid-19”.
Os ataques informático são provenientes, principalmente, da China e da Rússia. O objetivo é conseguir informações para depois serem vendidas no mercado negro.
Moderna publica protocolo completo do ensaio clínico para a vacina
A sociedade americana de biotecnologia Moderna, uma das nove no mundo na última fase de ensaios clínicos de uma vacina contra a covid-19, publicou esta quinta-feira um protocolo completo do ensaio, sendo a primeira empresa a responder aos apelos de maior transparência.
A iniciativa acentua a pressão sobre as concorrentes, nomeadamente o laboratório Pfizer, outro fabricante americano atualmente na fase 3 ativa dos ensaios nos Estados Unidos, que passa por verificar em dezenas de milhares de voluntários a eficácia e a segurança da vacina experimental.
A corrida às vacinas tornou-se muito politizada nos EUA com a aproximação da eleição presidencial de 3 de novembro. Donald Trump já prometeu na quarta-feira que haverá uma vacina autorizada até outubro, sustentando dúvidas de eventuais pressões sobre a Agência dos Medicamentos (FDA), que deverá tomar a decisão.
“Não confio em Donald Trump”, afirmou o rival democrata, Joe Biden.
Os peritos e responsáveis da administração Trump dizem que não podem prever os resultados dos ensaios em curso e que é de todo improvável ter resultados antes do fim do ano. As doses serão muito limitadas na fase inicial, insistiram as autoridades sanitárias.
A própria Moderna aponta para resultados em novembro. Outubro é possível, mas “improvável”, disse esta quinta-feira na CNBC o diretor-geral da empresa, Stéphane Bancel. O protocolo publicado, com 135 páginas e classificado como “confidencial”, fixa os parâmetros do ensaio e os critérios para dizer quando e como considerar os resultados conclusivos.
https://zap.aeiou.pt/espanha-hackers-chineses-vacina-347510
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