Uma jovem mulher que vivia na cidade síria de Raqqa, sob o domínio do
Estado Islâmico, foi morta por membros do grupo terrorista por
"espionagem". Ruqia Hassan tinha 30 anos e era uma de vários
"jornalistas cidadãos" que tentam fazer ver ao mundo exterior como é a
vida no território dos extremistas.
De
acordo com a televisão norte-americana CNN, que cita "as contas de
redes sociais de jornalistas cidadãos em Raqqa", a jovem terá sido morta
no final de 2015, mas os membros do grupo terrorista só informaram a
família esta semana, dizendo que Hassan tinha sido "executada" por
espionagem.
Hassan,
que escrevia na Internet sob o pseudónimo de Nisan Ibrahim, era vista
nas suas fotografias nas redes sociais a sorrir com batôn rosa, e sempre
a usar o hijab, o lenço religioso islâmico que cobre os cabelos e o
pescoço.
As suas últimas publicações nas redes sociais foram em julho de 2015,
quando escrevia ainda sobre o dia a dia em Raqqa, uma das cidades sírias
que há mais tempo é controlada pelo grupo terrorista. Alguma das suas
publicações, divulgadas pela CNN, referiam-se aos ataques aéreos
realizados pela coligação liderada pelos Estados Unidos: "Que Deus
proteja os civis e leve os restantes", escrevia. "As pessoas no mercado
esbarram umas nas outras... não porque sejam muitas... mas porque têm os
olhos colados ao céu".
A sua morte foi divulgada pelo grupo de ativistas Raqqa Is Being
Slaughtered Silently (Raqqa está a ser silenciosamente massacrada),
fundado em abril de 2014 por Abu Mohammed.
Fonte: http://www.msn.com/pt-pt/noticias/sociedade/a-mulher-de-hijab-e-bat%C3%B4n-rosa-que-o-estado-isl%C3%A2mico-matou/ar-AAgre80?li=AAaYVP2
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