terça-feira, 7 de julho de 2015

Insolvência da Grécia e ou da China - Qual o pior cenário para a economia ?

Ninguém pode prever exatamente como será o pior cenário para a economia global, mas apenas com alguns dominós caindo a imagem pode tornar-se muito desconfortável nos mercados. A revista norte-americana “Foreign Policy”, analisou o que nos aguardam nesta situação e acredita que os riscos são mais evidentes na zona do euro devido a Grécia e China.

"Se a Grécia sofre um 'default' e, finalmente, deixa o euro, o brilho de invencibilidade da moeda desaparecerá", diz Daniel Altman, um economista da “Foreign Policy”. Nesse caso, os investidores serão forçados a considerar que outros países também pode deixar a zona do euro, e Portugal poderia ser o próximo na lista, destaque Altman.

"Crescerá a incerteza sobre o valor subjacente do euro"

"Crescerá dramaticamente a incerteza sobre o valor subjacente do euro. Se a composição da área do euro em si é imprevisível, não há nenhuma maneira de saber o que vai custar o euro ou dos títulos em euros", observa o economista. Diz a tendência dos bancos centrais para criar reservas em euros como um contrapeso para o dólar inverteu, mas com o 'Grexit' poderia despencar.

No entanto, a saída da Grécia da zona do euro poderia adicionar valor para o euro, apoiou Altman e os mais fracos em termos de posições fiscais e da procura de países de títulos servem apenas para diluir a força da Alemanha, França e outros pilares do euro, ele explica. Ainda assim, a apreciação do euro poderia prejudicar as exportações desses países, corroendo o baixo crescimento econômico que tem conseguido, explica o jornalista.

"Os maiores mercados cairão"

Em quanto a Pequim, é temido o colapso da chamado “bolha” do mercado de ações finalmente acontecer, como preveem os sinoescépticos, as consequências serão devastadoras, não só para a riqueza nacional da China e incentivos privados locais, mas para os mercados globais. O contágio dos problemas da Grécia para os países menos solventes será ampliado.

Não são apenas muitas instituições financeiras que investiram em ativos chineses que vão perder uma parte considerável de suas carteiras, mas os investidores chineses terão de vender seus ativos no exterior para cobrir as perdas que sofreriam em tal caso: os maiores mercados caem, disse Altman.

"Oriente Médio e África seguirão desestabilizados"

Mais importante ainda, a demanda da China por importações vai diminuir, destaca o economista. E devemos ter em mente que a Austrália, Hong Kong, Mongólia, Turquemenistão, uma dúzia de países sub-saarianos, as duas Coréias, Omã e Chile destinam pelo menos um quarto das suas exportações para a China. "Uma crise fiscal e/ou monetária desses países desestabilizaria ainda mais as regiões fronteiriças que já sofrem com conflito e ameaça por parte de grupos extremistas [...]. O potencial de violência no Oriente Médio e no norte da África continuaria crescendo" adverte o economista.

"Quando essas áreas se inflamam, o preço do petróleo sobe, como os custos de segurança e de seguro para o comércio global. Como resultado, a economia global pode enfrentar um freio adicional enquanto os mercados financeiros oscilam", disse Altman.

Fonte: http://www.ultimosacontecimentos.com.br/ultimas-noticias/grexit-e-chexit-como-sera-o-pior-cenario-para-a-economia.html

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