quinta-feira, 3 de março de 2022

Kharkiv acorda debaixo de fogo - Coluna militar russa a caminho de Kiev !

Coluna militar russa a caminho de Kiev, Ucrânia

Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, esteve debaixo de fogo durante toda a noite. O exército russo está a amontoar soldados, tanques, artilharia e outro material militar na região norte de Kiev, a capital da Ucrânia.

O centro da segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, está a ser alvo de novos bombardeamentos russos esta terça-feira.

Segundo o chefe da administração regional, Oleh Sinehubov, o edifício da administração, no centro da cidade, e vários prédios residenciais foram alvo das forças russas.

Ihor Terekhov, presidente da câmara, disse que os mísseis provocaram a morte de pelo menos 10 civis, incluindo três crianças. “Hoje tivemos um dia muito difícil. Mostrou-nos que isto não é uma guerra, é um massacre da população ucraniana”, escreveu Terekhov, no Telegram.

De acordo com a CNN Portugal, os mísseis atingiram prédios residenciais, “matando e ferindo vários civis”. Quatro pessoas morreram quando saíram do abrigo para procurar água e uma família de dois adultos e três crianças morreu dentro de um carro. Pelo menos 37 pessoas ficaram feridas.

Já esta manhã, o ataque aéreo perto de um edifício da administração local de Kharkiv provocou muitos danos. O momento da explosão foi partilhado nas redes sociais.

Esta madrugada, Kherson também foi palco de um ataque de grande escala por parte das forças de Putin. A cidade, com quase 300 mil habitantes, foi cercada por tropas russas que estabeleceram postos de controlo em todos os seus acessos.

Durante a noite, pelo menos 70 soldados ucranianos foram mortos depois de os russos terem atingido uma base militar em Okhtyrka, uma cidade entre Kharkiv e Kiev, avançou o vice-ministro da Infraestrutura da Ucrânia, no Telegram.

No Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros classificou o ataque a Kharkiv como “bárbaro”, pedindo mais sanções contra Moscovo.

“Mísseis russos bárbaros atingem a Praça da Liberdade central e bairros residenciais de Kharkiv. Putin é incapaz de quebrar a Ucrânia. Comete mais crimes de guerra por fúria, assassina civis inocentes”, escreveu Dmytro Kuleba “O mundo pode e deve fazer mais. Aumente a pressão, isole a Rússia totalmente.”

Coluna militar russa com 64 quilómetros

Imagens de satélite da empresa norte-americana Maxar Technologies, obtidas esta segunda-feira, mostram uma escolta militar russa a norte de Kiev que se estende por cerca de 64 quilómetros, a cerca de 25 quilómetros do centro da cidade.

Segundo o Público, as fotografias da Maxar dão ainda conta de destacamentos adicionais de forças terrestres e unidades de helicópteros de ataque terrestre no sul da Bielorrússia, a menos de 32 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

“Para o inimigo, Kiev é o alvo chave”, sublinhou o Presidente ucraniano Volomidir Zelenskii, numa mensagem divulgada na segunda-feira à noite. “Não permitimos que quebrassem a defesa da capital e eles enviam-nos sabotadores. Vamos neutralizá-los a todos.”

O relatório diário do Ministério britânico da Defesa sobre a situação no terreno salienta que, nas últimas 24 horas,as tropas russas registaram pequenos progressos na marcha sobre Kiev, “provavelmente por causa de contínuas dificuldades logísticas”.

O documento indica que a Rússia aumentou o uso de artilharia a norte de Kiev, em Kharkiv e em Chernihiv, o que aumenta o risco de baixas entre os civis, e dá conta do aumento das operações noturnas depois de Moscovo não ter conseguido garantir o controlo do espaço aéreo.

https://zap.aeiou.pt/kharkiv-acorda-debaixo-de-fogo-464981

 

Economia russa já vacila perante pressão das sanções: “Se eu pudesse deixar a Rússia agora mesmo, deixaria” !


Queda abrupta da divisa e filas às portas dos bancos na Rússia, no dia em que o banco central foi forçado a colocar as taxas de juro a 20%, para travar a depreciação da moeda e a escalada da inflação.

A economia russa deu esta segunda-feira sinais claros de poder estar a entrar num círculo vicioso de queda da divisa e escalada da inflação.

Segundo o Público, o banco central revela sérias dificuldades em contrariar uma crise com características semelhantes às que ocorreram em economias emergentes no passado, mas que desta vez é provocada pelas sanções económicas e financeiras com que o Ocidente respondeu ao ataque da Rússia à Ucrânia.

As medidas decididas durante o fim de semana pelos EUA, União Europeia e Reino Unido parecem ter sido o golpe capaz de fazer vacilar a economia russa.

O bloqueio do acesso de parte dos bancos russos ao sistema de mensagens para transações internacionais SWIFT e, principalmente, o congelamento das reservas de divisas estrangeiras detidas pelo banco central russo na Europa e nos Estados Unidos, acentuou a quebra de confiança dos mercados no sistema financeiro da Rússia e na sua divisa.

Logo ao início do dia, a queda do rublo face ao dólar superou os 30%, com a divisa a bater sucessivamente novos mínimos históricos.

O banco central russo não demorou a responder, mas, em vez de, como fez na última quinta-feira, intervir diretamente no mercado comprando rublos com as divisas estrangeiras que acumulou ao longo dos últimos anos, o que fez foi anunciar um aumento drástico das suas taxas de juro de referência de 9,5% para 20%.

“Se eu pudesse deixar a Rússia agora mesmo, deixaria. Mas não posso deixar o meu emprego”, diz Andrey, em entrevista à BBC.

Andrey explica que não tem dinheiro para conseguir uma hipoteca em Moscovo, agora que as taxas de juro foram aumentadas.

“Estou a planear encontrar novos clientes no estrangeiro o mais rapidamente possível e sair da Rússia com o dinheiro que estava a poupar para a primeira prestação”, diz o desenhador industrial de 31 anos.

Milhões de russos como começam a sentir o efeito das sanções económicas ocidentais destinadas a punir o país por invadir a vizinha Ucrânia.

O banco central russo decretou ainda a obrigação das principais empresas exportadoras russas, que incluem as produtoras de petróleo e gás natural, de trocarem 80% das suas receitas em divisas estrangeiras por rublos.

O anúncio das medidas fez reverter parte das perdas do rublo face ao dólar, mas mesmo assim, ao fim do dia a tendência já era outra vez de descida e depreciação ao dia anterior cifrava-se acima dos 20%.

“Quando a operação em Donbas começou, fui ao multibanco e retirei as poupanças que tinha em Sberbank em dólares. Agora guardo-as literalmente debaixo da minha almofada”, conta Anton, um cidadão russo.

“O resto das minhas poupanças ainda estão nos bancos: metade em dólares e o resto em rublos. Se as coisas piorarem, eu retiro o lote. Estou assustado porque espero uma onda de assaltos. Mas é o que é”, acrescenta.

“Tem-se dado muita importância ao SWIFT, mas parece-me que o congelamento das reservas do banco central é a sanção mais importante. Impede que a autoridade monetária russa consiga intervir de forma significativa no mercado cambial para defender a sua moeda, já que não tem à sua disposição as divisas estrangeiras que precisa para comprar rublos. Isto abre a porta a ataques especulativos à moeda e cria o risco de entrada num círculo vicioso de queda da divisa e subida da inflação”, explica Miguel Faria e Castro, economista na Reserva Federal de St. Louis, nos EUA.

Esta quebra abrupta do valor da divisa, para além de levar a uma subida imediata da inflação, faz com que as pessoas optem por gastar imediatamente o seu dinheiro para comprar bens que não percam o seu valor e tentem ficar na sua mão com o máximo de divisas estrangeiras, como o dólar ou o euro.

Esses passos já começam a ser evidentes na Rússia, com relatos de aumentos das compras de jóias e com o surgimento de filas maiores que o normal junto aos bancos e às caixas de levantamento automático.

“Em economias emergentes, como a da Rússia, é comum as pessoas terem contas bancárias em divisas estrangeiras. Mas agora, o facto de o banco central ter perdido o acesso a parte das suas divisas, faz essas pessoas terem dúvidas de que o seu banco terá os dólares ou os euros suficientes no caso de quererem levantar o dinheiro. É por isso que começam as corridas aos bancos“, diz o economista.
A arma económica que falta

Com o aumento das taxas de juro que agora realizou, o banco central tenta dar um incentivo aos aforradores para manterem os seus depósitos (já que os bancos comerciais irão também subir os juros oferecidos), limitar a subida da inflação e, principalmente, tentar contrariar a queda da divisa nos mercados internacionais.

É, como explica Miguel Faria e Castro, “uma das únicas coisas que conseguem fazer, mas tem um custo, que é encaminhar ainda mais a economia para uma recessão“.

Uma subida das taxas de juro, ainda para mais da dimensão agora decidida na Rússia, constitui um obstáculo ao acesso ao crédito e, por isso, tem como resultado uma contração do consumo e do investimento ainda maior do que a que já aconteceria tendo em conta o efeito negativo na confiança que a atual conjuntura está a gerar.

A outra medida tomada esta segunda-feira pelo banco central – a de obrigar as empresas a venderem as divisas estrangeiras que obtém com as suas exportações – também pode constituir uma ajuda para a evolução do rublo nos mercados internacionais.

No entanto, isso apenas acontecerá enquanto for possível às empresas russas continuarem a vender petróleo e gás natural.

Até agora, para evitarem a imposição de custos mais severos para as suas economias, EUA e Europa têm tido a preocupação de poupar o comércio de produtos energéticos com a Rússia. Por exemplo, existem isenções no bloqueio do acesso ao SWIFT para as transações deste tipo de bens.

“É a última grande medida que falta tomar: acabar com as exportações de petróleo e gás natural. Mas face à grande dependência que ainda existe na Europa relativamente às exportações destes bens por parte da Rússia, a verdade é que é bastante prejudicial para os dois lados. Aliás, qualquer um dos lados pode usar esta arma”, afirma o investigador da Reserva Rederal de St. Louis.

A possibilidade de não ser apenas a Rússia a registar perdas nesta guerra económica está a ser colocada pelos próprios mercados, tendo-se registado esta segunda-feira perdas significativas nos principais índices em Wall Street e nas bolsas europeias, principalmente no que diz respeito ao sector financeiro.

No mercado petrolífero, a tendência continua a ser a manutenção do nível muito elevado de preços, acima de 100 dólares por barril, algo que se irá repercutir junto dos consumidores de todo o mundo.

Mas também aqui, as empresas petrolíferas russas começam a ter mais dificuldades em saírem beneficiadas.

O preço do petróleo vendido pela Rússia já está, nos mercados internacionais, a registar um desconto face ao petróleo vendido no mercado do mar do Norte ou no mercado norte-americano.

Isto é, certamente receosos do risco que constitui atualmente estar à espera de produtos provenientes da Rússia, os compradores estão a tentar encontrar petróleo noutros mercados e isso faz com que o preço do barril recebido pelas empresas russas fique mais baixo do que o registado noutros mercados.

https://zap.aeiou.pt/economia-russa-ja-vacila-perante-pressao-das-sancoes-464943

 

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

“Qualquer um” pode lutar “contra os criminosos de guerra russos” !


Esta não é a primeira vez que o governo ucraniano pede ajuda militar, mas agora Zelensky anunciou a criação de um Corpo Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia.

O grupo que será composto por cidadãos de outros países que querem ajudar a defender a Ucrânia da invasão russa.

Este domingo, Zelensky explicou que “qualquer um que se queira juntar à defesa da Ucrânia, da Europa e do mundo,” pode lutar ao lado dos ucranianos “contra os criminosos de guerra russos“.

Aqueles que pretenderem deslocar-se até à Ucrânia devem, alerta o governo ucraniano, dirigir-se à embaixada da Ucrânia nos seus países.

De acordo com o Observador, neste caso, é aconselhável que a entrada na Ucrânia seja feita por Lviv, através da Polónia.

Varsóvia, Bratislava, Istambul, Baku ou Budapeste

O presidente ucraniano disse este domingo que os ataques da última noite e da última madrugada destruíram hospitais e infraestruturas de civis. “Isto é terror“, começou por dizer no vídeo.

Zelensky falou ainda sobre a notícia divulgada pelas agências estatais russas, de que uma delegação russa estaria a caminho da Bielorrússia para negociar com a Ucrânia.

No entanto, o presidente ucraniano rejeitou que o local para uma possível conversa fosse em território favorável ao Kremlin.

E deu várias opções para negociações: Varsóvia, Bratislava, Istambul, Baku ou Budapeste. “Qualquer outra cidade está bem para nós, desde que não existam mísseis a voar para este país”, disse Zelensky.

Liz Truss, ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, disse este domingo que não confia na veracidade da negociação que a Rússia quer fazer com a Ucrânia.

“Agora, se a Rússia quer ser séria com as negociações, terá de retirar as tropas da Ucrânia”, disse à Sky News.

“Eles não podem negociar com uma arma apontada à cabeça dos ucranianos. Honestamente, eu não confia neste chamado esforço de negociação”, acrescentou.

Lembrou ainda que serão impostas mais sanções à Rússia nos próximos dias e admitiu que este conflito pode durar anos.

A União Europeia está a avaliar a possibilidade de proibir voos russos no respetivo espaço aéreo. A informação foi avançada por fonte oficial da União Europeia à Reuters.

Esta opção será discutida ainda este domingo, pelos ministros dos negócios estrangeiros. Alguns países, como a Alemanha, já anunciaram que pretendem aplicar esta medida, mas uma proibição da nível Europeu poderá fazer parte de um novo pacote de sanções à Rússia.

Hanna Malyar, vice-ministra da Defesa da Ucrânia, avançou este domingo que o Kremlin perdeu cerca de 4.300 militares desde o início da invasão à Ucrânia.

Além do número de mortos, Hanna Malyar disse ainda que as tropas russas terão perdido cerca de 146 tanques, 27 aviões e 26 helicópteros, escreve a Reuters.
Ucrânia submete ação judicial contra a Rússia

O presidente ucraniano anunciou esta manhã que avançou com uma ação judicial contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça, que faz parte da ONU. Em causa estão os acontecimentos do último dias, a propósito da invasão da Rússia à Ucrânia.

“Devem ser responsabilizados por manipular a noção de genocídio para justificar a agressão”, escrever Zelensky no Twitter.

A Ucrânia pediu uma decisão urgente para que a Rússia seja obrigada a parar a atividade militar. Zelensky espera que “os julgamentos comecem na próxima semana”.

https://zap.aeiou.pt/qualquer-um-pode-lutar-contra-os-criminosos-de-guerra-russos-464753

 

Gary, o pirata da casa minúscula, vai pagar 13 milhões à Nintendo !


Gary Bowser foi condenado recentemente a mais de três anos de prisão. Arranjava jogos copiados para a Nintendo Switch.

A Nintendo descobriu a origem, foi a tribunal e venceu o pirata, há cerca de duas semanas: Gary Bowser foi condenado a 40 meses de prisão, quase três anos e meio.

A sentença de um tribunal de Washington obriga também o especialista em informática a pagar 4 milhões de euros à Nintendo.

Como já tinha sido condenado, noutro processo, a pagar quase 9 milhões de euros à mesma empresa, no total Gary Bowser terá de pagar praticamente 13 milhões de euros à Nintendo por danos causados.

E quais são os danos? Pirataria. Que permitiu a muitos utilizadores correrem jogos copiados na consola Nintendo Switch.

O portal para o qual Gary contribuía começou a ser muito popular – mas também originou esta sanção pesada.

Os advogados do acusado ainda tentaram evitar este desfecho, alegando que o arguido não era um funcionário de topo, nem relevante, no portal. E defenderam que Gary Bowser é “generoso e as outras pessoas têm aproveitado isso”.

“Neste caso, o proprietário Max Louarn usou Gary Bowser para ser o rosto público da empresa, enquanto Max Louarn permaneceu em segundo plano. Agora é Gary Bowser que enfrenta sozinho o peso desta acusação”, lamentam os advogados.

Uma vertente curiosa deste processo é o palco da pirataria. Gary Bowser mora na República Dominicana, num apartamento minúsculo.

A revista Vice repetiu essa descrição, indicando que a “parte mais brilhante” da sua casa são as paredes que têm cor verde-limão. De resto, é uma mini-casa, com um frigorífico, armários e uma cama num quarto; e com um fogão, um forno e um pequeno sofá na divisão ao lado. E…um computador, numa mesa.

O espaço minúsculo não foi obstáculo para os dois crimes federais pelos quais foi julgado e para os seus sete anos de colaborador no tal portal que permite utilizar jogos copiados. Recebeu 880 euros por mês ao longo desses sete anos – mas o site ganhou milhões de euros.

Gary foi vítima de violência doméstica, por parte de uma (na altura) namorada. E outra ex-namorada foi assassinada. O seu irmão mais velho morreu num acidente de avião e a sua mãe morreu quando Gary tinha 15 anos.

A Nintendo tem estado muito atenta aos movimentos de pirataria à volta dos seus jogos e das suas consolas (e agradeceu à Justiça norte-americana por esta sentença).

https://zap.aeiou.pt/pirata-nintendo-casa-minuscula-463973

 

Navio de guerra dos EUA provoca a China em Taiwan - Míssil russo atinge embarcação japonesa !


Cresce a tensão mundial no seguimento da invasão da Rússia à Ucrânia. Um míssil russo atingiu um navio de carga japonês ao largo da costa ucraniana. Enquanto isso, um navio de guerra dos EUA entrou no mar de Taiwan, território que a China reclama como seu.

Numa altura em que o mundo receia o deflagrar de uma terceira guerra mundial, há sinais preocupantes de que a situação na Ucrânia pode descambar, nomeadamente alastrando até Taiwan.

Quando se teme que a China pode aproveitar a acção russa para invadir Taiwan, um navio de guerra norte-americano entrou no estreito da ilha numa acção que pode ser vista como uma ameaça pelos chineses.

O francês Le Figaro repara que o USS Ralph Johnson atravessou pela segunda vez, neste ano, o “sensível estreito de Taiwan” que a China reclama como seu território. Este estreito separa a ilha da China continental.

A marinha norte-americana já confirmou que o navio de guerra fez uma “passagem de rotina” por “águas internacionais e de acordo com a lei internacional”.

O ministro da Defesa de Taiwan também fez questão de confirmar a presença do navio, salientando que “supervisionou totalmente as suas actividades” e notando que as acções decorreram “perto das nossas águas e do nosso ar”.

A China vê as navegações estrangeiras no estreito como um atentado à sua soberania, mas a posição dos EUA e de outros países é que esta zona é aberta a todos por se tratarem de águas internacionais.

Não é a primeira vez que os norte-americanos passam pelo estreito, mas o incidente toma proporções mais graves à luz da tensão na Ucrânia e dos receios de que a China possa tomar uma posição de força contra Taiwan.

Míssil russo atingiu navio japonês e feriu filipino

Entretanto, um míssil russo atingiu o navio japonês ‘Namura Queen’ e feriu, num ombro, um dos 20 filipinos que compõem a tripulação, disse a empresa proprietária da embarcação à agência Kyodo.

O marinheiro não corre perigo de vida.

O navio atingido tem bandeira do Panamá e é propriedade de uma empresa de logística da cidade de Ehime, no oeste do Japão.

A embarcação consegue navegar sem problemas e está no mar Negro, a caminho da Turquia, para avaliar os danos sofridos.

As autoridades ucranianas asseguram que o míssil foi disparado pelas forças russas que, desde quinta-feira, começaram a invasão da Ucrânia.

A Rússia anunciou que tinha visado as “infraestruturas militares ucranianas com armas de longo alcance de alta precisão utilizando mísseis de cruzeiro navais e aéreos”.
Ucrânia acusa Rússia de atingir navio moldavo

A Ucrânia também acusou a Rússia de ter bombardeado um navio-tanque químico com a bandeira da Moldávia perto do porto de Odessa, no Mar Negro.

O ataque terá ocorrido na sexta-feira contra o Millennial Spirit que transportava 600 toneladas de diesel, como avança a agência Reuters.

A agência naval da Moldávia informou que a tripulação do navio era russa e que dois elementos ficaram “gravemente feridos”, como reporta a mesma agência.

Antes destes dois navios comerciais já tinha sido atingido um navio de carga turco, também ao largo de Odessa.

https://zap.aeiou.pt/missil-russo-navio-guerra-eua-taiwan-464691

 

Sites russos em baixo após Anonymous declarar guerra informática !


Vários sites estatais russos continuam em baixo, mais 24 horas depois de uma declaração de guerra informática por parte do grupo de hackers Anonymous, que condenam a invasão da Rússia à Ucrânia.

“O coletivo ‘Anonymous’ está oficialmente em guerra informática contra a Rússia”, pode ler-se na página oficial na rede social Twitter deste grupo de hackers, em reação ao o início da invasão da Rússia à Ucrânia, na madrugada de quinta-feira, noticia a agência LUSA.

Desde então, o coletivo tem atualizado o resultado dos ataques, divulgando logo na quinta-feira à tarde que vários sites do governo da Rússia estavam inoperacionais.

Depois, revelaram a invasão ao site de “propaganda” da emissora estatal russa RT e, mais tarde, especificaram que o site no Ministério da Defesa russo estava em baixo.

Ao início da noite de sexta-feira, o Anonymous reportou que tinha invadido a base de dados do Ministério da Defesa da Rússia e que este site estava inoperacional.  

De resto, a emissora estatal russa RT revelou na sexta-feira ter sido alvo de “ataques massivos”.

Em comunicado, a RT apontou que os ataques às suas plataformas tiveram origem em cerca de 100 milhões de dispositivos, a maioria com base nos Estados Unidos, assegurando que estava a resolver os problemas.

Na sexta-feira, o site da emissora estatal parecia estar a funcionar normalmente, segundo noticiou a agência AP.

Este grupo de hackers, associado a iniciativas ativistas, tem denunciado a invasão russa e apelado à união pela Ucrânia.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa “desmilitarizar e desnazificar” o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus “resultados” e “relevância”.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

https://zap.aeiou.pt/sites-russos-em-baixo-apos-anonymous-declarar-guerra-informatica-464694

 

Receita para o desastre - Estudante causa explosão após tentar fabricar combustível de foguetão !


Um estudante da Universidade Brigham Young, no Utah, Estados Unidos, decidiu pôr em prática a sua receita de combustível para foguetões. O resultado foi uma gigantesca bola de fogo e um prédio evacuado.

O alarme de incêndio soou no domingo à tarde nos dormitórios de Heritage Halls. Após a inspeção pelo corpo de bombeiros, o edifício foi inundado com água e os restos de um incêndio intenso permaneceram.

Segundo o IFL Science, tudo começou com a vontade de um estudante de criar a sua própria versão de um combustível para foguetões no fogão.

O combustível é particularmente volátil e explodiu numa violenta bola de fogo, que rapidamente engoliu a cozinha e acendeu o sistema de aspersão, de acordo com o relatório a Universidade Brigham Young.

O aspersor fez com que a área comum da cozinha – que tem uma sanita exposta mesmo no centro por alguma razão desconhecida – fosse completamente inundada.  

Embora se possa esperar que a quantidade de combustível para foguetes seja relativamente pequena para uma experiência doméstica, foi na verdade uma quantidade bastante substancial.

“Poderia ter sido realmente catastrófico“, revelou o tenente da polícia Jeff Long, acrescentando que 22 residentes precisaram de ser retirados do imóvel.

O aluno, de 22 anos, poderá agora enfrentar acusações criminais e uma multa por danos que equivale a, pelo menos, 100 mil dólares.

https://zap.aeiou.pt/estudante-lanca-combustivel-foguetao-464538

 

Norte-americanas processam hospital - Foram trocadas na maternidade, em 1964 !

Um recém-nascido, ainda na maternidade, a ser pesado pela enfermeira
Um teste de ADN virou as vidas de duas norte-americanas do avesso, depois de se terem apercebido de que foram trocadas à nascença, a 18 de maio de 1964.

Tina Ennis e Jill Lopez foram trocadas durante o nascimento, no dia 18 de maio de 1964, pela equipa do Hospital Regional de Duncan, em Oklahoma, nos Estados Unidos.

Segundo o Daily Beast, em 2019, Tina Ennis e a filha decidiram fazer um teste de ADN do site Ancestry, na esperança de localizar o avô materno, mas os resultados mostraram uma árvore genealógica repleta com o sobrenome Brister – que Ennis não conhecia de lado algum.

Na altura, Kathryn Jones – que criou Ennis – decidiu realizar o mesmo teste e, para sua surpresa, descobriu que não tinha qualquer ligação genética com a sua filha (nem com a neta).

Através das redes sociais, Tina Ennis encontrou Jill Lopez, residente de Lawton e criada pelos falecidos Joyce e John Brister. Decidiu, assim, enviar-lhe uma mensagem e Lopez, respondeu-lhe, concordando em fazer o teste de ADN.  

As suspeitas foram confirmadas: Jill Lopez é filha biológica de Kathryn Jones.

As duas mulheres estão a processar o Hospital Regional de Duncan, em Oklahoma. A ação judicial alega irresponsabilidade e imposição negligente de sofrimento emocional.

O hospital nega as acusações e alega que a instalação onde as duas mulheres nasceram já não existe, tendo sido incorporada num outro sistema hospitalar, em 1975. Além disso, os médicos envolvidos nos nascimentos já morreram.

Em janeiro, o hospital pediu o arquivamento do processo devido à mudança de entidade, mas um juiz negou o pedido.

Agora, quase três anos após o início desta descoberta alucinante, as duas norte-americanas ainda estão a lutar para seguir em frente com as suas vidas.”Tive de colocar as minhas emoções em ordem durante um tempo, porque é muita coisa para assimilar”, confessou Jill.

https://zap.aeiou.pt/norte-americanas-trocadas-nascenca-464415

 

Elon Musk e o irmão investigados nos Estados Unidos !


Elon Musk e o seu irmão, Kimbal, estão a ser investigados pela Securities and Exchange Commission (SEC) por alegado abuso de informação privilegiada.

O fundador e CEO da Tesla, Elon Musk, e o irmão Kimbal estão a ser alvo de uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a Securities and Exchange Commission (SEC).

No final do ano passado, Elon e Kimbal venderam ações da Tesla valorizadas em 108 milhões de dólares. Depois de vendidas, o empresário perguntou aos seus seguidores no Twitter se devia vender 10% das suas ações da Tesla e, com uma resposta positiva, o preço das ações acabou por cair.

Poucos dias mais tarde, o CEO da Tesla vendeu ações da empresa no valor de milhares de milhões de dólares.

Segundo o Interesting Engineering, estará a ser investigada a possibilidade de “insider trading” (abuso de informação privilegiada).

Estas regras têm como objetivo prevenir que os líderes e administradores da empresa tenham a capacidade de transacionar ações com informações que não tenham sido reveladas ao público.

Na prática, a investigação da SEC vai investigar se Kimbal ficou a saber da resposta e se a dupla combinou a venda já a pensar numa eventual queda do preço das ações.

Além do grau de parentesco, Kimbal é também membro do conselho de direção da Tesla.

https://zap.aeiou.pt/elon-musk-e-o-irmao-investigados-nos-estados-unidos-464603

 

“Isto não é um meme”: Ucrânia compara Putin a Hitler no Twitter !

Cartoon em que se vê Adolf Hitler a acariciar a cara de Vladimir Putin

A Internet também tem um papel fundamental numa altura em que 2022 é catastroficamente abraçado por uma guerra. No Twitter, a conta oficial do Estado ucraniano publica memes que ridicularizam a Rússia e até um cartoon no qual se vê Adolf Hitler a acariciar o rosto de Vladimir Putin.

A Ucrânia levou a guerra para o Twitter. Seria de esperar que uma conta oficial de um Estado publicasse informação informal, mas não é a abordagem adotada por Kiev.

Segundo o Observador, além de fotografias do país e factos históricos, a conta oficial da Ucrânia no Twitter publica memes e piadas – mesmo em contexto de guerra.

Duas horas após a invasão russa, nesta quinta-feira, a conta partilhou um cartoon em que se vê Adolf Hitler a acariciar o rosto do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

A publicação veio com um aviso claro: não se trata de um meme, mas sim da realidade ucraniana e a de todo mundo.  

Mais tarde, por volta das 13h22, lançou um desafio aos seguidores: “Marquem a Rússia e digam-lhes o que pensam sobre eles“, lê-se na publicação.

No perfil, a Ucrânia salienta ainda que as redes sociais do Ocidente não devem ficar indiferentes ao conflito e, por isso, não devem autorizar a permanência da Rússia “para promover a sua imagem enquanto mata brutalmente o povo ucraniano“.

“Não há lugar para um agressor como a Rússia em plataformas de media ocidentais”, lê-se numa das publicações desta quinta-feira.

As publicações com críticas à Rússia não são uma novidade para quem já seguia a conta da Ucrânia no Twitter. O perfil na rede social é conhecido por publicar vários memes, muitos deles sobre a tensão com o país de Putin, apelidado de “vizinho mau“.

Uma publicação datada de dezembro insinua que o verdadeiro medo do Presidente russo não é a Ucrânia, mas os direitos humanos, a imprensa livre e as eleições justas.

Num outro tweet, afirma que viver perto da Rússia é uma “dor de cabeça“.

Ao final do primeiro dia da invasão, o presidente da Ucrânia anunciou que morreram 137 pessoas e 316 ficaram feridas. Só em Odessa, sul do país, 22 pessoas morreram na sequência de um bombardeio de uma unidade militar.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, só nesta quinta-feira mais de 100 mil pessoas saíram, ou tentaram sair, da Ucrânia, para fugir da zona de guerra.

Noutra contabilidade, mais de 1.700 pessoas foram detidas na Rússia, por terem participado em protestos contra o conflito. Houve protestos em 53 cidades russas.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-compara-putin-a-hitler-no-twitter-464521

 

Ucrânia: 203 ataques em poucas horas - Chernobyl entra na guerra !


Mais 18 pessoas terão morrido após um ataque a uma base militar. Militares russos tentam controlar a capital Kiev.

Pelo menos mais 18 soldados ucranianos morreram, após mais uma movimentação russa enquadrada na invasão à Ucrânia. A administração regional de Odessa informou que 18 pessoas morreram, incluindo 10 mulheres, após um ataque a uma base militar naquela região, localizada a noroeste da Península da Crimeia.

Este terá sido o ataque que causou mais vítimas no primeiro dia da invasão russa ao território ucraniano.

O exército local anunciou que quatro pessoas morreram num bombardeamento a um hospital na região de Donetsk.

Horas antes foi noticiado que um avião militar ucraniano foi abatido, com 14 pessoas a bordo; morreram cinco pessoas. Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, acrescentou que “seis ou sete aviões” e alguns helicópteros terem sido abatidos. Mais de 10 tanques foram queimados.

Em poucas horas, e segundo as autoridades, a Ucrânia já foi alvo de 203 ataques, logo no primeiro dia da invasão russa. 74 infra-estruturas foram destruídas.

O ataque russo não se restringe às zonas das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.

Veículos militares já entraram na região de Kiev e um subúrbio da capital, Brovary, foi atingido por dois mísseis de um cruzeiro russo. O presidente da Câmara Municipal de Kiev decretou um recolher obrigatório na cidade, entre as 22 horas e as 7 horas. Uma ordem repetida na região de Denipropetrovsk.

De acordo com a CNN, os russos já estão também a controlar um aeroporto perto de Kiev, o Aeroporto Internacional de Gostomel. E houve uma explosão na central elétrica em Trypilska, a cerca de 40 quilómetros de Kiev.

74 instalações militares ucranianas, incluindo 11 aeródromos, já foram destruídas ou ocupadas pelo exército russo, anunciou o ministro da Defesa da Rússia.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, avisou que Rússia está a tentar controlar a central nuclear de Chernobyl. Haverá combates a ocorrer perto da central nuclear.

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros acrescentou que, se esta invasão se prolongar, o desastre nuclear de Chernobyl, em 1986, pode repetir-se em 2022.

Volodymyr Zelensky informou ainda que pode surgir em breve uma “coligação anti-Putin”, formada por vários parceiros europeus.

O presidente ucraniano avisou que esta invasão é uma “declaração de guerra contra toda a Europa”.

Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, analisou esta operação militar, cuja duração “vai depender do seu progresso”. E recusou classificar estas movimentações com a palavra “ocupação”.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-203-ataques-em-poucas-horas-chernobyl-entra-na-guerra-464392

 

França: Putin pode chegar à Moldávia e à Geórgia !


Chefe da diplomacia gaulesa considera que a segurança do presidente da Ucrânia é central, neste momento.

As condenações à invasão russa à Ucrânia multiplicam-se. As movimentações militares ordenadas por Vladimir Putin arrancaram nesta quinta-feira e, só no primeiro dia, morreram 137 pessoas, de acordo com Volodymyr Zelensky.

O próprio presidente da Ucrânia deverá zelar pela sua segurança, no meio de todas as ofensivas do país vizinho, alertou o chefe da diplomacia de França.

“Acho que a segurança do presidente ucraniano é central. Estamos em condições de o ajudar, se necessário. Estou muito impressionado com a sua frieza e estou muito impressionado com a coragem do povo ucraniano”, declarou Jean-Yves Le Drian, em entrevista à rádio France Inter.

O chefe da diplomacia gaulesa considera que Vladimir Putin, presidente da Rússia, é um “cínico e ditador” que decidiu tirar a Ucrânia do mapa actual: “A guerra é total. O presidente Putin escolheu a guerra, escolheu uma ofensiva maciça”.

Decidiu retirar a Ucrânia do mapa de Estados e realiza as suas ofensivas de forma regular, mecânica, com grande vigor. Hoje é no leste, no sul e na capital, onde a ameaça é reforçada”, analisou Le Drian.

O responsável acha que o caso Donbass “foi apenas um pretexto. O que Putin queria era a submissão da Ucrânia. É uma situação que pode mudar a História”, afirmou.

E, avisa o ministro francês, estas movimentações militares poderão não restringir-se ao território ucraniano: Putin pode chegar à Moldávia e à Geórgia porque o objectivo do líder da Rússia é “semear guerras”.

“Putin reinventa a história, está à deriva. Vimos há alguns anos uma espécie de tripla deriva autoritária: uma deriva interna, externa e uma deriva em interferência de termos. Estamos a fazer de tudo para deter Putin. Ele vai acabar isolado neste mundo”, comentou.

Por isso, há preocupação: “Estamos preocupados com o futuro. Sempre que há uma intervenção deste tipo, Vladimir Putin tenta assustar, intimidar, mas ele sabe muito bem que a aliança atlântica é uma aliança nuclear.”

Em relação a uma eventual intervenção militar, Jean-Yves Le Drian disse que, para já, o foco é “apoiar a resistência ucraniana”.

https://zap.aeiou.pt/franca-putin-pode-chegar-a-moldavia-e-a-georgia-464502

 

Kiev sob ataque - Militares russos já estão na capital !

As tropas russas estão muito perto do centro da capital ucraniana, tendo em conta que já estão no bairro residencial de Obolon, que se situa a 15 minutos de carro do parlamento.

Segundo o Observador, os militares pedem aos ucranianos que denunciem os movimentos dos russos e que usem cocktails molotov contra o inimigo.

“Em Obolon, o inimigo. Pedimos aos cidadãos que informem sobre a circulação dos equipamentos! Façam cocktails Molotov, neutralizem o ocupante! Moradores pacíficos – tenham cuidado! Não saiam de casa!”, lê-se na publicação.

Já começam a circular vídeos nas redes sociais com imagens das explosões em Kiev esta madrugada. De acordo com a agência de notícias Associated Press, foram ouvidos tiros no local em que se situa o edifício do governo ucraniano, em Kiev.


Forças russas estarão a entrar na capital ucraniana. Zelensky diz que as bombas começaram a cair em áreas residenciais “da cidade heróica de Kiev“, lembrando o cenário de 1941.

Segundo o Público, Anton Herashchenko, ministro do Interior da Ucrânia, diz que o Exército está à espera de um ataque russo à cidade, com tanques e outros carros de combate.

“Terríveis ataques com mísseis em Kiev. A última vez que a nossa capital viveu algo semelhante foi em 1941, quando foi atacada pela Alemanha nazi“, escreveu no Twitter Dmitro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.

Foram ouvidas fortes explosões no centro de Kiev e as forças russas cercam a capital através do norte, sul e leste.

“Eles [os russos] dizem que os civis não são um alvo. É mentira, eles não distinguem as áreas em que operam”, denunciou o chefe de Estado, que assumiu que ele e a sua família eram, em si, o principal alvo da ofensiva a Kiev, prometendo, ainda assim, ficar na capital.

Os militares russos apreenderam dois carros das forças armadas ucranianas, vestiram uniformes dos militares ucranianos, e seguiram em direção a Kiev, a capital da Ucrânia da qual estão cada vez mais próximas as forças da Rússia.

Segundo a imprensa local, o anúncio foi feito pela vice-ministra ucraniana da Defesa da Ucrânia e o general ucraniano Valerii Zaluzhniy confirmou as informações em comunicado.

Tropas russas preparam cerco à capital ucraniana – que tem sido atingida com mísseis e em cujos arredores se travam combates intensos.

Zelenskii acusa Putin de alvejar civis e lamenta falta de apoio militar do Ocidente. “Fomos deixados sozinhos a defender o nosso Estado”. 

O governo ucraniano está preocupado com os ataques informáticos e procura hackers que queiram ajudar na guerra cibernética e a defender o país que está a ser invadido pela Rússia.

De acordo com o The Kyiv Independent, o executivo está a fazer um recrutamento para se proteger em termos informáticos e para conseguir espiar a Rússia.

Segundo o Jornal de Notícias, o coletivo Anonymous declarou guerra cibernética à Rússia. O grupo, formado em 2003 por pessoas de vários países e conhecido por ataques informáticos contra opressores, anunciou um ataque ao site de notícias “de propaganda russa” RT News.

https://zap.aeiou.pt/kiev-sob-ataque-militares-russos-a-cerca-de-10-km-do-centro-464478

 

Estudante de Medicina implanta aparelho Bluetooth no ouvido para passar no exame final !


Um estudante de Medicina implantou cirurgicamente um dispositivo Bluetooth no ouvido para passar no exame final, depois de ter repetidamente chumbado desde que ingressou no curso, há 11 anos.

O aluno, que estuda Medicina na faculdade privada Mahatma Gandhi Memorial Medical College, implantou um aparelho Bluetooth no interior do seu ouvido, um método invulgar para conseguir copiar e ser bem sucedido no exame final de curso.

Segundo o The Independent, esta terá sito a última e extrema oportunidade para conseguir passar, depois de ter repetidamente chumbado desde que ingressou no curso, há 11 anos.

O estratagema foi descoberto durante uma auditoria surpresa, que decorreu aquando do exame.

O aluno em questão foi apanhado com o aparelho Bluetooth e um outro com um telefone no bolso das calças. “Os dispositivos foram confiscados e as suas folhas de respostas apreendidas”, disse o reitor da Universidade, Sanjay Dixit.

Os funcionários do estabelecimento de ensino comunicaram que o estudante tinha um mini equipamento Bluetooth da cor da pele implantado cirurgicamente dentro do ouvido. O outro aluno, que também foi apanhado com um micro aparelho Bluetooth e um cartão SIM, não tinha qualquer objeto implantado.

O diário escreve que já foi iniciada uma investigação interna ao sucedido. Os responsáveis escolares estão também a considerar apresentar queixa junto das autoridades policiais indianas.

Na Índia, especialmente, é muito comum que os estudantes sejam apanhados a copiar ou a empregar meios para não serem apanhados a fazer batota em exames. Neste país, a concorrência é muito feroz, uma vez que o número de aspirantes (quer a um emprego, quer a um curso numa faculdade) é superior ao número de vagas.

https://zap.aeiou.pt/estudante-medicina-implanta-bluetooth-464337

 

137 mortos no primeiro dia da invasão à Ucrânia - Batalha em aeroporto !


Forças ucranianas tentam reagir à invasão russa. Quase 60 mortos no primeiro dia e mais de 100 mil pessoas a deixar a Ucrânia.

O exército ucraniano dá sinais de estar a reagir, ou a tentar reagir, à invasão russa iniciada na madrugada desta quinta-feira.

Dois navios de carga russos foram atacados por mísseis Forças Armadas da Ucrânia, no Mar de Azove, informou o departamento do serviço de fronteira russo, de Krasnodar. Houve danos materiais e um tripulante ficou gravemente ferido.

Na capital Kiev, onde os exercícios militares já começaram há algum tempo para muitos ucranianos, foram distribuídas mais de 10 mil armas automáticas pela população local, segundo o Ministério do Interior da Ucrânia.

Perante os mais de 60 grupos de militares da Rússia que terão entrado na Ucrânia ao longo do dia, os ucranianos começaram a reagir e teriam recuperado o controlo do Aeroporto Internacional de Gostomel.

O aeroporto localizado perto de Kiev, e ponto importante neste conflito, foi controlado por russos, depois recuperado pelos ucranianos. Mas fonte da presidência ucraniana esclareceu, já de noite, que decorrem conflitos: ucranianos e russos tentam controlar a zona, onde já houve explosões.

Mas em Chernobyl, a Agência Estatal de Regulação Nuclear da Ucrânia informou a Agência Internacional de Energia Atómica que as instalações nucleares e de radiação são agora comandadas pelo exército da Rússia.

A comitiva russa passou a dominar Fidonisi, uma ilha minúscula próxima da Crimeia, a sul da Ucrânia. A confirmação foi dada pelo serviço de fronteiras da Ucrânia.

As forças armadas russas tiveram uma baixa na região de Voronezh (Rússia, junto à fronteira com a Ucrânia), onde uma aeronave caiu. Uma falha no equipamento originou a morte de todos os tripulantes da aeronave, que transportava material militar.

Ao final do primeiro dia da invasão, o presidente da Ucrânia anunciou que morreram 137 pessoas e 316 ficaram feridas. Só em Odessa, sul do país, 22 pessoas morreram na sequência de um bombardeio de uma unidade militar.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, só nesta quinta-feira mais de 100 mil pessoas saíram, ou tentaram sair, da Ucrânia, para fugir da zona de guerra.

Noutra contabilidade, mais de 1.700 pessoas foram detidas na Rússia, por terem participado em protestos contra o conflito. Houve protestos em 53 cidades russas.

Putin e Macron

Entretanto, Vladimir Putin teve uma conversa ao telefone com Emmanuel Macron. Os presidentes de Rússia e Ucrânia abordaram a situação na Ucrânia, indicou o governo de Moscovo.

“Durante uma conversa telefónica solicitada pelo lado francês, o presidente russo Vladimir Putin e o presidente francês Emmanuel Macron tiveram uma troca de opiniões séria e franca sobre a situação na Ucrânia”, lê-se, em comunicado.

O Kremlin acrescentou que Putin deu “explicações abrangentes das razões e das circunstâncias que originaram a decisão de realizar uma operação militar especializada” na Ucrânia.

https://zap.aeiou.pt/57-mortos-no-primeiro-dia-da-invasao-a-ucrania-batalha-em-aeroporto-464443

 

Guerra de Putin pode ser “rápida, brutal e extraordinariamente destrutiva” e Taiwan pode ser a Donetsk da China !


Apesar da ameaça que pairava, o ataque da Rússia à Ucrânia deixou a Europa em choque. Desde a Segunda Guerra Mundial que o Velho Continente não vivia um conflito assim e “a guerra de Putin”, como já é chamada, pode ser “rápida, brutal e extraordinariamente destrutiva”, levando ao “colapso da arquitectura de segurança da Europa pós-Guerra Fria”.

Nesta altura, a estratégia russa quanto à Ucrânia é um pouco um mistério. Mas a teoria dos especialistas militares é que Putin pretende fazer “uma ocupação delimitada” da Ucrânia, para que seja “desmilitarizada e não seja uma base de ataque à Rússia”, como aponta o coronel português Carlos Matos Gomes em declarações à TSF.

Essa ideia já foi veiculada pelos media oficiais russos que falam na “desmilitarização” e na “desnazificação” da Ucrânia.

O especialista britânico Jonathan Marcus da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que Putin pretende “derrotar os militares ucranianos e impor um governo disposto a fazer o que Moscovo quer“, conforme uma análise para a BBC.

Marcus refere que a Rússia começou “ataques iniciais contra aeródromos, centros de logística e provavelmente centros de defesa e comando aéreos”, seguidos de “avanços terrestres na Ucrânia a partir do norte, da Crimeia no sul e dos enclaves separatistas orientais em Dombass”.

O objetivo pode ser “isolar a capital ucraniana Kiev e cortar e destruir as forças ucranianas no leste do país”, aponta ainda, frisando que os “ataques contra aeroportos na Ucrânia podem ser, em parte, um esforço para deter e impedir quaisquer outros carregamentos de armas ocidentais para o país”.

Marcus também lembra que “o combate mecanizado moderno é rápido, brutal e extraordinariamente destrutivo“, considerando que é isso que pode acontecer na Ucrânia e reparando que “a Europa não vê lutas assim desde 1945”.

O especialista britânico também alerta que há receios de que os russos possam estar a aproveitar o facto de os holofotes do mundo estarem concentrados na Ucrânia para terminarem “outros negócios inacabados”, por exemplo numa área separatista da Moldávia.

França: Putin pode chegar à Moldávia e à Geórgia

Alemanha ajudou Putin a ganhar tempo

Para o coronel Carlos Matos Gomes, Putin estará interessado em enfraquecer a Ucrânia militarmente para “depois parar e exigir negociações” para “estabelecer um acordo entre os EUA e a Rússia que obrigue a que a Ucrânia seja uma zona neutral“, conforme declarações à TSF.

O que é certo é que este conflito é uma novidade na Europa e precipita “o que muitos temem poder ser o colapso da arquitectura de segurança da Europa pós-Guerra Fria”, conforme destaca uma análise do site Politico.

Pelo meio, os líderes mundiais continuam a tentar chamar a Rússia para o diálogo, como é o caso do Chanceler alemão Olaf Scholz que aponta o dedo a Putin, acusando-o de “trazer sofrimento e destruição para os seus vizinhos” e de “colocar em risco a vida de inúmeras pessoas inocentes” na “nação irmã”.

“Não há justificativa para isto – é a guerra de Putin“, atira ainda Scholz numa publicação no Twitter. “Peço-lhe que páre o ataque imediatamente”, escreve ainda o Chanceler.

Uma posição dura de Scholz que contrasta com a postura habitual de “paninhos quentes” com que a Alemanha vem lidando com as “trapalhices” de Putin.

Aliás, a Alemanha ajudou Putin a ganhar tempo para esta invasão, nomeadamente protelando a suspensão do gasoduto Nord Stream 2 e mantendo o diálogo com os russos, dando-lhes o benefício da dúvida, quando já mais ninguém o fazia.

Mas as culpas podem estender-se ao todo da Comunidade internacional e da NATO que pouco fizeram quando Putin anexou a Crimeia, território ucraniano, e que parecem bastante de mãos atadas novamente.

Os “EUA recusaram-se a acreditar que Putin era tão perigoso como acabou por ser”, escreve o Politico, notando que o “Reino Unido andou mais interessado em atrair a riqueza de oligarcas do que em perguntar de onde é que vinha”.

Mas “nenhum país fez mais para minimizar e perdoar as transgressões da Rússia do que a Alemanha”, destaca a publicação, lembrando que “os alemães gostam de fazer negócios com a Rússia” e que são um bom “match” em termos económicos.

De resto, a opinião pública alemã é bastante pró-russa e há quem acuse a NATO por esta guerra, por se ter “expandido” para o Leste da Europa e por ter ameaçado a Rússia com o prenúncio da entrada na Ucrânia, como realça ainda o Politico.
Biden passa “batata quente” à Europa e à NATO

Entretanto, o presidente dos EUA, Joe Biden, já anunciou que não vai enviar tropas norte-americanas para a Ucrânia.

“Biden está tão determinado a evitar a possibilidade de um encontro militar entre EUA e Rússia que retirou da Ucrânia dezenas de soldados americanos que treinavam os combatentes daquele país”, destaca ainda o Politico.

Assim, a resposta dos EUA deve limitar-se a “palavras de condenação”, a “sanções económicas” e a “esforços para reunir aliados dos EUA para enfrentar Moscovo”, aponta ainda o site.

Biden já repetiu, por várias vezes, que os EUA não têm a “intenção de lutar contra a Rússia”. “Ninguém quer arriscar uma guerra nuclear com a Rússia por causa da Ucrânia”, nota ao Politico uma fonte do Pentágono.

De resto, os EUA não têm grandes razões para intervir, pois a Ucrânia não é um parceiro comercial, nem alberga bases norte-americanas. Além disso, a invasão russa do país não coloca uma ameaça de segurança imediata aos EUA.

Por outras palavras, Biden passa a batata quente aos líderes europeus e à NATO.

Contudo, nesta guerra que ninguém quer, os EUA podem ser forçados a intervir se morrerem norte-americanos no território ucraniano, se os ataques russos atingirem algum país vizinho da NATO ou ainda se a Rússia avançar com ciberataques aos seus interesses.
Taiwan, “a Donetsk da China”?

No meio disto tudo, surge a China numa situação delicada. O presidente chinês Xi Jinping ainda não declarou oficialmente qualquer apoio ao amigo Putin.

Ao longo dos anos, a China sempre defendeu a supremacia da soberania nacional, até à luz da sua realidade territorial quando tem regiões dissidentes como o Tibete e Hong Kong.

Mas há ainda a questão de Taiwan que a China reclama como território seu, contra as reivindicações do Governo do país da ilha.

Após a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, a Força Aérea de Taiwan alertou para a violação do seu espaço aéreo por parte de nove aeronaves chinesas. Mas esse tipo de incidente tem sido recorrente ao longo dos últimos anos.

Contudo, há receios de que a China possa sentir algum ímpeto de invasão a Taiwan, seguindo o exemplo russo e a aparente apatia da comunidade internacional – em especial a declarada não intervenção dos EUA na Ucrânia.

Quanto a Taiwan, os norte-americanos têm sempre mantido alguma ambiguidade, mas têm vendido armas e equipamento militar à ilha.

O Politico repara que o regime de Xi Jinping já está a aproveitar a situação na Ucrânia para falar de Taiwan como “a Donetsk da China”, apelando à comunidade internacional que apoie o país perante tentativas de independência ou de separação da ilha que considera ser território chinês.

Um dia depois de Putin ter reconhecido as regiões separatistas ucranianas, o porta-voz do Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, tratou de sublinhar aos jornalistas que “há apenas uma China no mundo” e que “Taiwan é uma parte inseparável do território chinês”.

Wang Wenbin não comentou directamente a questão na Ucrânia, mas defendeu que “as preocupações legítimas de segurança de qualquer país devem ser respeitadas, e os propósitos e princípios da Carta da ONU devem ser defendidos conjuntamente”.

Um discurso que é muito idêntico ao do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, que, citado pela agência de notícias russa RIA Novosti, aponta que os “amigos ocidentais não respeitam a lei internacional” e “tentam destruí-la”.

A Rússia “estará sempre pronta para o diálogo” que nos “devolva à justiça e aos princípios da Carta da ONU”, vinca também Lavrov.

https://zap.aeiou.pt/guerra-putin-europa-464397

 

Putin diz que “foi forçado” a invadir a Ucrânia - Biden agrava sanções à Rússia !


O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esta quinta-feira que foi “forçado” a invadir a Ucrânia e pediu compreensão aos “parceiros”.

Vladimir Putin disse, esta quinta-feira, que “não teve outra opção” a não ser pedir uma operação especial contra a Ucrânia. O Presidente da Rússia afirmou que todas as tentativas anteriores de Moscovo para mudar a situação de segurança não resultaram em nada.

Na declaração que fez ao país pediu compreensão por parte dos seus “parceiros”, uma vez que considera que “a Rússia permanece como parte da economia global”.

“Não planeamos danificar o sistema a que pertencemos“, referiu, citado pela CNN Portugal. “Os nossos parceiros deveriam perceber isso e não nos devem excluir deste sistema.”

O líder explicou que a Rússia “não teve outra hipótese senão agir de forma diferente”, ainda que tenha consciência de que “não podemos prever riscos geopolíticos”.
 
“Todas as nossas tentativas para mudar a situação foram inúteis. Fomos forçados a tomar estas medidas“, disse, durante uma reunião com empresários.
Biden agrava sanções à Rússia

O Presidente Joe Biden anunciou que Estados Unidos e aliados vão reforçar sanções à Rússia e que o dispositivo da NATO na Alemanha será reforçado com tropas norte-americanas, após a invasão russa da Ucrânia.

“Putin escolheu esta guerra” na Ucrânia, e o Presidente russo e a Rússia “suportarão as consequências de novas sanções”, disse Biden, numa declaração à comunicação social.

A partir da Casa Branca, o Presidente dos Estados Unidos anunciou que irá sancionar empresas de tecnologia e oligarcas russos, impor limites às exportações e bloquear ativos de quatro grandes bancos da Rússia.

Entre as entidades financeiras russas afetadas por estas sanções está o VTB, o segundo maior banco do país e que, segundo Biden, tem 250 mil milhões de dólares (223,3 mil milhões de euros) em ativos.

“Haverá custos severos sobre a economia russa (…) Projetamos estas sanções com propósito de maximizar o impacto a longo prazo sobre a Rússia e minimizar o impacto sobre os EUA e os nossos aliados”, garantiu.

Segundo Biden, as sanções irão limitar a capacidade da Rússia de negociar em dólares, euros, libras e ienes, além de travar a capacidade de Moscovo de financiar o seu Exército.

“Também estamos a bloquear quatro grandes bancos. Isto significa que todos os bens que possuem na América serão congelados”, detalhou o chefe de Estado, num discurso na Casa Branca.

Contudo, Biden não atendeu a um pedido das autoridades ucranianas e deixou de fora das novas sanções cortes ao acesso russo ao sistema financeiro global SWIFT, citando preocupações europeias. “É sempre uma opção, mas no momento não é essa a posição que o resto da Europa deseja tomar”, declarou Biden.

No seu pronunciamento, Joe Biden afirmou ainda que defenderá “cada centímetro do território da NATO”, mas salientou que as tropas norte-americanas não se envolverão em combates na Ucrânia.

“Autorizei o envio de forças adicionais dos Estados Unidos para a Alemanha como parte da resposta da NATO”, disse o Presidente norte-americano à imprensa. “A nossas Forças Armadas não estão a ir para a Europa para lutar na Ucrânia, mas para defender os nossos aliados da NATO e tranquilizar esses aliados“, reforçou.

De acordo com Biden, “quando a história desta era for escrita”, a escolha de Putin de “fazer esta guerra completamente injustificada na Ucrânia deixará a Rússia mais fraca e o resto do mundo mais forte”.

As sanções ditadas pelo líder dos EUA estão de acordo com a insistência da Casa Branca de que tentaria atingir o sistema financeiro da Rússia e o círculo próximo de Putin, ao mesmo tempo em que impõe barreiras de exportação que visam privar as indústrias e os militares russos de semicondutores e outros produtos de alta tecnologia.

Sites governamentais desativados

Vários sites do Governo russo, incluindo os do Kremlin e do Ministério da Defesa, ficaram desativados esta quinta-feira, de acordo um observatório das redes digitais.

Os incidentes ocorreram após o início de uma operação massiva de ataque cibernético contra a Ucrânia, que conseguiu interromper as telecomunicações em algumas das principais cidades do país.

“Confirmado: vários sites governamentais na Rússia, incluindo os do Kremlin e da Duma (Parlamento), ficaram offline; o incidente ocorre no meio a uma avalanche de ataques cibernéticos contra a vizinha Ucrânia”, disse o observatório Netblocks, com sede em Londres, no Twitter.

De acordo com o Netblocks, esta manhã ocorreu uma “grande interrupção” da Internet em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

Segundo este observatório, Kharkiv está a sofrer a maior ofensiva nas suas telecomunicações, o que deixou muitos utilizadores sem serviços, e, por enquanto, a capital ucraniana, Kiev, está a ser menos afetada por esses cortes.

O Netblocks já tinha reportado anteriormente uma outra grande interrupção do serviço de Internet em Mariupol, uma importante cidade portuária na região de Donetsk.

https://zap.aeiou.pt/putin-diz-forcado-a-invadir-a-ucrania-464432

 

Reino Unido exclui Rússia do sistema financeiro britânico !


O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou esta quinta-feira que que vai proibir a companhia aérea russa Aeroflot no Reino Unido e congelar os ativos do banco VTB, num novo pacote sanções para castigar a Rússia pela invasão da Ucrânia.

Numa declaração no Parlamento, Boris Johnson disse que as novas sanções vão “excluir totalmente os bancos russos do sistema financeiro britânico”, impedindo que os pagamentos passem pelo Reino Unido.

O VTB é um dos maiores bancos da Rússia, com ativos estimados de 154.000 milhões de libras (184.000 milhões de euros), tendo estado envolvido no processo das “dívidas ocultas” em Moçambique.

As medidas vão ser tomadas em conjunto com os Estados Unidos, vincou, com o objetivo de atingir as empresas russas, cujas transações são feitas, em cerca de metade, em dólares norte-americanos e libras esterlinas.

O Governo vai também proibir empresas estatais e privadas russas de angariar financiamento ou comercializar títulos no Reino Unido e limitar o valor monetário que pode ser depositado em contas bancárias no Reino Unido.

As sanções vão estender-se à Bielorrússia por ter acolhido algumas das tropas que invadiram a Ucrânia, resultando, no total, no congelamento de bens em mais uma centena de novas entidades e indivíduos a somar às centenas já sujeitas a sanções.

O Governo britânico vai também impor “controlos rigorosos” sobre alguns componentes eletrónicos, de telecomunicações e aeroespaciais.

“Estas sanções vão limitar as capacidades militar, industrial e tecnológica da Rússia durante muitos anos”, prometeu.

Outra medida é a criação de uma “Célula contra a Cleptocracia” na Agência de Combate ao Crime para identificar a evasão às sanções e bens russos escondidos no Reino Unido. “Isso implica que os oligarcas em Londres não vão poder esconder-se”, disse.

Legislação para tornar mais transparente a propriedade de imobiliário e empresas também vai ser introduzida que pode atingir investidores russos.

Porém, Londres não avançou com a exclusão da Rússia do sistema de pagamentos bancários SWIFT, alegando ser necessária a “unidade dos nossos parceiros no G7 e outros grupos”.

Johnson considerou este “o maior e mais severo pacote de sanções económicas que a Rússia já viu”, o qual foi aprovado pelos partidos da oposição.

Depois de ter participado esta tarde numa videoconferência com líderes do G7, o primeiro-ministro britânico revelou que vai participar numa reunião de líderes dos países da NATO na sexta-feira.

Vai convocar os países que contribuem para a Força Expedicionária Conjunta, liderada pelo Reino Unido e que inclui membros da NATO e não membros da NATO.

Uma nova reunião do comité de emergências COBRA terá lugar esta tarde, seguido por um Conselho de Ministros à noite, adiantou um porta-voz do Governo.

A Rússia lançou esta madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-exclui-russia-do-sistema-financeiro-britanico-464429 

UE aprova segunda dose de sanções à Rússia já a pensar na terceira !


Novas medidas restritivas assentam em cinco pilares — setor financeiro, energia, transportes, controlos de exportações e política de vistos.

Segundo o Público, as medidas deverão ser adotadas já esta sexta-feira. São sanções de “máximo impacto” sobre a economia e as elites políticas russas, destinadas a responsabilizar o Kremlin pela guerra na Ucrânia.

Foi um longo dia de choque e nervos, o primeiro de um novo conflito em solo europeu, que já se tinha tornado tão previsível quanto inevitável.

Seguindo o seu guião, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu a ordem que faltava às suas tropas para avançarem sobre a Ucrânia.

Cumprindo a sua palavra, os líderes da União Europeia desenharam um novo pacote de sanções e medidas restritivas sobre a economia e as elites políticas russas.

Reservaram o direito de apertar ainda mais o garrote, se o Kremlin não inverter o rumo, cessar as hostilidades e retirar as suas forças do país vizinho.

“Este é um pacote de sanções maciças, direcionadas e de máximo impacto, para responsabilizar o Kremlin”, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que criticou a escolha de Vladimir Putin de “trazer de volta a guerra” para redesenhar os mapas da Europa, mas prenunciou o seu falhanço.

“Tentou o seu melhor para nos dividir, mas falhou por completo. Conseguiu exatamente o oposto. Estamos mais unidos do que nunca, e estamos determinados”, garantiu von der Leyen.

Conforme explicou a chefe do executivo comunitário, as novas medidas que os chefes de Estado e Governo da UE acertaram, após mais de cinco horas de reunião, em Bruxelas, assentam em cinco pilares.

São eles o setor financeiro, a energia, os transportes, os controlos das exportações e a política de vistos.

Os textos jurídicos com o detalhe de todas as medidas foram fechados enquanto os líderes discutiam, e serão revistos esta sexta-feira de manhã, para a adoção (e imediata implementação) pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, na reunião extraordinária do Conselho da UE, convocada pelo Alto Representante para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, na mesma semana.

As sanções financeiras, que visam 70% do mercado bancário da Rússia e as principais empresas estatais, incluindo as da defesa, vão cortar o acesso do Estado e das elites aos mercados de capitais mais importantes.

“Estas sanções aumentarão os custos de financiamento da Rússia, aumentarão a inflação e desgastarão gradualmente a base industrial do país”, estimou Von der Leyen. Quanto aos oligarcas amigos do Presidente Putin, as medidas vão restringir os seus depósitos e impedir que possam continuar a esconder o seu dinheiro na Europa.

O segundo pilar diz respeito ao setor energético, e abrange uma proibição de exportação de petróleo, “impossibilitando a Rússia de modernizar as suas refinarias petrolíferas, que rendem receitas de mais de 20 mil milhões de euros por ano”.

As sanções na área dos transportes passam pela proibição da venda de “aeronaves, peças sobressalentes e outros equipamentos construídos na União Europeia” às companhias aéreas russas. Além disso, a UE vai impor controlos às exportações de tecnologias como semicondutores.

“Finalmente, nos vistos, diplomatas e outros altos funcionários, e empresários, deixarão de ter acesso privilegiado à União Europeia”, concluiu Ursula von der Leyen.
Fazer a Rússia pagar

“A Rússia passou da violação do direito internacional à ação de guerra”, assinalou o primeiro-ministro, António Costa, justificando a escalada da resposta europeia, apenas um dia depois da adoção de um primeiro pacote de sanções que tinham deixado insatisfeitos os líderes ucranianos e sido consideradas frouxas por vários observadores.

No dia em que a Rússia reconheceu a independência de duas províncias separatistas, a UE aprovou imediatamente um primeiro pacote de sanções para a dissuadir de prosseguir a escalada.

Tendo agora passado à guerra generalizada na Ucrânia, a UE aprovou um segundo pacote, que é muito mais extensivo e atinge sectores estratégicos da economia, para fazer a Rússia pagar pela sua ação militar.

E como não há duas sem três, os líderes da UE admitem que um terceiro pacote de sanções poderá chegar tão rapidamente quanto o segundo.

“Obviamente, se a Rússia prosseguir a sua ação, a UE considerará a adoção de medidas suplementares”, afirmou António Costa, sem querer especular se nessa terceira vaga os 27 avançariam com as sanções mais drásticas e com maiores impactos na economia europeia, como a suspensão das importações de gás natural e petróleo ou a exclusão da Rússia do sistema de transferências monetárias internacionais SWIFT.

“Muitos de nós concordamos que a Rússia tem de ser afastada do SWIFT, mas é preciso unanimidade para poder aprovar esta ação de forte impacto relacionada com o sistema de pagamentos, e ainda não estamos nesse ponto”, reconheceu o primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, no final da reunião especial do Conselho Europeu. Porém, antecipou, “já não faltará muito” para haver um conseno.

Apoio e solidariedade

Onde não faltou acordo entre os 27 foi na necessidade de estudar e precaver as consequências nefastas das sanções — e sobretudo das previsíveis contra-sanções — sobre a economia dos Estados-membros.

A Comissão ficou encarregada de elaborar um plano para minorar o impacto deste novo estado de guerra nos preços da energia, e de preparar medidas de apoio ou derrogações em matéria de política de concorrência (ajudas de Estado).

Acordo ainda quanto à necessidade de garantir o apoio humanitário às populações ucranianas deslocadas pelo conflito, e de seguir o princípio da solidariedade na receção e acolhimento de refugiados principalmente pelos Estados-membros que têm fronteiras com a Ucrânia.

Nesse aspeto, Portugal manifestou “total disponibilidade para partilhar a obrigação de assegurar proteção internacional” aos cidadãos ucranianos afetados pelo conflito, com o primeiro-ministro a confirmar a abertura para receber familiares e amigos dos membros da comunidade ucraniana residente no país.

https://zap.aeiou.pt/ue-aprova-segunda-dose-de-sancoes-a-russia-ja-a-pensar-na-terceira-464495

 

“Ficámos a lutar sozinhos”. De uniforme militar e emocionado, presidente ucraniano diz que é “alvo número 1” da Rússia !

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, lamenta que a Ucrânia está a defender-se sozinha, com o mundo a ver “com medo”. Vestindo um uniforme militar e emocionado, o líder da Ucrânia garante que vai continuar no seu país apesar de ser o “alvo número um” dos russos.

“Continuo na capital com o meu povo”, assegura Zelensky numa comunicação ao país, reportando-se à existência de notícias falsas a anunciarem que já tinha deixado Kiev.

Vestindo um uniforme militar e num tom emocionado, o presidente da Ucrânia assume que é “o alvo número um” dos russos e que a sua família é “o alvo número 2”, considerando que o objetivo da Rússia é “destruir a Ucrânia politicamente destruindo o chefe de Estado”.

“Nós defendemos o nosso Estado sozinhos. As forças mais poderosas do mundo estão a observar de longe”, salienta ainda Zelensky numa crítica aos países da NATO e da União Europeia (UE) que, até agora, se limitaram a aplicar sanções que ainda não fizeram qualquer mossa a Moscovo.

“Têm todos medo”, critica ainda o líder ucraniano num discurso dirigido à nação. “Sentimos nos nossos céus e na nossa terra que isto não é suficiente”, critica também.

Nas redes sociais, têm sido publicadas imagens que mostram Zelensky de uniforme militar ao lado das tropas ucranianas, num sinal claro à Rússia e ao mundo de que não vai abdicar do seu papel de líder da nação, e num apelo à luta do povo ucraniano.

Elogiando o “heroísmo” ucraniano face ao avanço russo, Zelensky compara a invasão russa ao ataque da “Alemanha nazi” na Segunda Guerra Mundial.

“A Rússia embarcou pelo caminho do diabo, mas a Ucrânia está a defender-se e não vai desistir da sua liberdade independentemente do que Moscovo pensa”, assegura também.
Zelensky apela a uma “coligação anti-Putin”

Nas suas redes sociais, o líder ucraniano também apela a mais sanções. “Nem todas as possibilidades de sanções foram esgotadas ainda”, aponta, sublinhando que é preciso “aumentar a pressão sobre a Rússia”.

“A Ucrânia precisa do apoio dos aliados mais do que nunca”, escreve também, salientando que o país necessita de “assistência internacional efectiva”. “Precisamos de uma coligação anti-guerra” para forçar Putin a sentar-ser à “mesa das negociações”, vinca ainda.

Zelensky desafia a UE a “desligar a Rússia do sistema SWIFT” e a atuar com vista à “introdução de uma zona de não-voo sobre a Ucrânia”, bem como para implementar “outros passos efectivos para travar o agressor”.

O presidente ucraniano já pediu aos países da NATO, do chamado grupo “Nove de Bucareste”, ajuda para defender a Ucrânia.

Este grupo reúne-se nesta sexta-feira, em Varsóvia, e é formado por Bulgária, Eslováquia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, República Checa, Polónia e Roménia, todos membros da NATO e da UE.

Este grupo foi formado em Novembro de 2015, por iniciativa da Roménia e da Polónia, após a anexação da Crimeia por parte da Rússia e do início da guerra separatista no leste da Ucrânia.

Note-se que estes nove países integraram ou estiveram sob a influência da antiga União Soviética.

“Rússia terá de falar connosco”

No seu discurso à nação, o presidente ucraniano também vinca que, “mais cedo ou mais tarde”, a Rússia terá de “falar” com a Ucrânia para pôr fim aos combates e “travar a invasão”.

“Quanto mais cedo esta conversa começar, menores serão as perdas para a própria Rússia”, defende Zelensky, acusando os russos de terem começado a “bombardear áreas civis”.

“Os nossos rapazes e raparigas, todos os defensores da Ucrânia, não permitiram que o inimigo executasse o plano operacional da invasão no primeiro dia“, realça ainda o chefe de Estado ucraniano, salientando que na maioria das direcções, o avanço das tropas russas foi travado e que os combates prosseguem.

https://zap.aeiou.pt/uniforme-presidente-ucraniano-alvo-464486

 

Aviões ucranianos abatidos, Kiev fecha cidade - Rússia invade em “várias direcções” !


Não se pode entrar na capital ucraniana, mas locais podem sair. Ex-ministro da Defesa ucraniano descreve manobras russas.

A “operação militar especializada” na Ucrânia, anunciada por Vladimir Putin, começou a originar desde cedo vítimas mortais, segundo relatos provenientes de território ucraniano.

No total, e de acordo com um conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, pelo menos 40 soldados ucranianos morreram na primeira manhã da invasão.

O portal Meduza indica que testemunhas oculares relatam bombardeios a grandes cidades da Ucrânia. O Ministério da Defesa da Federação Russa já negou esse ataque: “Só foram concretizados ataques de alta precisão em alvos militares”.

A Ucrânia fechou completamente o espaço aéreo mas, por terra, está a ser invadido em diversas frentes. O aviso foi dado por Adnriy Zagroidnyuk, ex-ministro da Defesa da Ucrânia.

“A situação é extremamente tensa. O primeiro choque nesta manhã deu-se com os ataques de mísseis, rockets e drones. Alguns dos prédios das nossas forças armadas estão simplesmente destruídos. São todos infraestruturas militares”, analisou Zagroidnyuk, em declarações ao jornal The Guardian.

O antigo ministro acrescentou que os russos já tentaram chegar à capital Kiev através da Bielorrússia – mas o exército ucraniano travou essa ofensiva, com “perdas humanas para os dois lados”.

Actualização de Podolyak

A agência Reuters informa que, nesta quinta-feira, já foi abatido um avião militar ucraniano. Estavam 14 pessoas a bordo e há, no mínimo, cinco mortos.

Ao início da tarde, Mykhailo Podolyak, conselheiro de Zelensky, confirmou que o exército russo está a movimentar-se em “várias direções principais”.

As cidades Chernihiv, Sumy, Kharkiv, Donetsk-Lugansk e Kherson foram atacadas mas as colunas militares dirigem-se apenas nas direcções de Donetsk e de Luhansk – entretanto as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk já anunciaram um ataque às posições das tropas ucranianas naquelas regiões.

Os militares russos já terão passado 100 quilómetros para além da fronteira com a Ucrânia.

E o avião militar abatido, já mencionado, não foi o único: há “perdas significativas” após “seis ou sete aviões” e alguns helicópteros terem sido abatidos. Mais de 10 tanques foram queimados.

Kiev fechada

As autoridades de Kiev fecharam as “portas de entrada”. Pode-se sair da capital ucraniana – há milhares de carros a sair de Kiev nas últimas horas – mas ninguém tem autorização para entrar em Kiev.

Em Kharkiv, outra cidade ucraniana, houve uma tentativa de capturar o noroeste da cidade, por um tanque russo. Há carruagens de metro paradas naquela cidade para poderem transportar mais pessoas. Na mesma cidade soou um alerta de ataque aéreo.

O primeiro-ministro Volodymyr Zelensky declarou estado de emergência na Ucrânia, país que cortou relações diplomáticas com a Federação Russa.

A NATO lamenta que a paz na Europa tenha sido “destruída” por causa desta decisão de Putin. O secretário-geral Jens Stoltenberg avisou: “Um ataque a um será encarado como um ataque a todos”.

Os Estados Unidos da América já deixaram de ter presença diplomática na Ucrânia, a Alemanha considera esta invasão “injustificada”.

https://zap.aeiou.pt/aviao-ucraniano-abatido-kiev-fecha-cidade-russia-invade-em-multiplas-frentes-464340

 

Consequência económica da invasão: barril de petróleo pode chegar aos 115 euros !


Mercados reagem como se esperava: escalada de preços. Barril de Brent chegou aos 100 dólares, o máximo em mais de sete anos.

A ofensiva russa na Ucrânia já mexeu com os mercados. Como se esperava, há uma escalada também nos preços, com destaque para as bolsas, o petróleo e o gás natural.

O dia nas bolsas europeias começou com quedas fortes. Nesta quinta-feira, à hora de almoço, a portuguesa PSI-20 registava uma descida de quase 4%. A Euronext 100 chegava a uma queda de 4,24%, num cenário europeu todo a vermelho: todas as principais bolsas na Europa apresentam descidas, algumas delas consideráveis – a DAX, na Alemanha, caía 5%.

A bolsa de Moscovo foi suspensa ao início da manhã, retomando às 10 horas locais. Caía mais de 33% à hora do almoço.

Em relação ao petróleo, o preço de um barril de Brent ultrapassou os 100 dólares, cerca de 90 euros – este valor não era atingido desde Setembro de 2014, quando estava “fresca” a anexação da Crimeia por parte da Rússia.  

Refira-se que o Brent é o crude negociado em Londres, que depois serve de referência às importações europeias – Portugal, por exemplo.

O jornal Observador lembra que há especialistas que prevêem que, em breve, o barril de petróleo pode chegar aos 130 dólares, pouco mais de 115 euros.

Um pico que deverá mexer muito no preço dos combustíveis, a nível global – recordando que a Rússia é um dos países que exporta mais petróleo.

Os preços do gás natural também “disparam”. Uma subida de quase 30% para entrega em Abril deste ano, de acordo com os dados nos Países Baixos. Para entrega em Junho, os aumentos chegam a 33%. E a Rússia também é um dos principais exportadores de gás natural.

https://zap.aeiou.pt/invasao-russia-ucrania-economia-barril-petroleo-115-euros-464326

 

Rússia invade Ucrânia !


Meios de comunicação internacionais avançam que as primeiras movimentações bélicas já causaram 8 mortes e 11 feridos. Capital ucraniana com filas de quilómetros de carros com cidadãos que pretendem abandonar o território.

Quando faltavam 10 minutos para as 6h da manhã em Moscovo, e o Sol estava prestes a erguer-se na capital russa, Vladimir Putin falou aos seus compatriotas para anunciar o que há semanas os governos europeus e norte-americano vinham a antecipar, mas que o Kremlin insistiu em classificar como “especulações provocatórias“. Perante os pedidos dos rebeldes para que as forças russas lhes prestassem apoio militar contra a Ucrânia, Vladimir Putin acedeu, criando um pretexto para a invasão.

Fez saber que a Rússia iria iniciar uma “operação militar especial” com o objetivo de “desmilitarizar e desnazificar” a Ucrânia. O anúncio fez-se acompanhar de um aviso: “qualquer tentativa estrangeira de interferir com a ação russa levará a consequências nunca antes vistas“. Desde o anúncio até que os jornalistas de órgãos de comunicação social internacionais presentes na Ucrânia começarem a reportar as primeiras explosões e troca de tiros foram precisos apenas poucos minutos.

Há relatos de incidentes nas cidades de Kramastorsk, Belgorod, Kharkiv, Odesa, Ivano-Frankivsk, Mariupol ou até na capital, Kiev – onde as sirenes de emergência tocaram às 7h da manhã, hora local.

À mesma hora que Putin se dirigia aos Russos, a um oceano de distância, a Organização das Nações Unidas, que reunia o seu Conselho de Segurança a pedido da Ucrânia, deparava-se com uma total impotência. Sentados à mesma mesa, em Nova Iorque, estavam representantes dos Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, numa tentativa desesperada de travar um conflito que, naquela altura, já se havia iniciado. António Guterres, secretário-geral da ONU, disse-o taxativamente: “Presidente Putin, evite que as suas tropas entrem na Ucrânia”.

Na sala, os ecos do discurso do líder russo já se faziam sentir, com o embaixador ucraniano a usar palavras de Putin para elucidar os restantes países para os perigos que a Ucrânia corria a partir daquele momento. A mensagem parecia não surtir qualquer efeito junto do representante russo, Vasily Nebenzya, a dirigir a reunião, que continuava a negar a existência de uma guerra – ao mesmo tempo que se registavam explosões em Kiev. Segundo o próprio, o objetivo da operação é proteger a região de Donbass, a qual inclui as cidades de Donestsk e Lugansk.

Os incidentes armados sucederam-se nas primeiras horas do dia, mas as cidades ucranianas a amanhecerem com relativa calma, apesar dos ataques que acontecem sobretudo por via aérea. De acordo com os repórteres no local, o grande e principal sinal de que uma invasão está em curso vem das principais estradas de saída da capital ucraniana, com filas de quilómetros de carros com pessoas que pretendem abandonar não só Kiev, mas o país.

Nas redes sociais começam também a circular vídeos onde se podem ver as tropas russas a entrar em solo ucraniano, ainda que os avanços tenham ocorrido Norte, Leste e Sul – com especial destaque para a Crimeira, território anexado pela Rússia em 2014 no âmbito de outra operação armada. A agência Reuters noticia a morte de 8 pessoas e o ferimento de 11 como consequência das primeiras movimentações bélicas.

“Uma mulher e uma criança ficaram feridas na região de Konopot, onde um carro se incendiou. Na cidade de Podolsk, na região de Odessa, há sete mortos, sete feridos e 19 desaparecidos como resultado do bombardeiro. Na cidade de Mariupol, cidade de Donetsk, há um morto e dois feridos”, descreveu Anton Guraschenko, assessor do Ministério do Interior na plataforma Telegram.

No entanto, é provável que ao longo das próximas horas e dias surjam informações contraditórias relativamente ao número de baixas, com os dois lados a tentar exacerbar as suas conquistas bélicas. O mesmo acontece no que respeita à participação de forças externas no conflito. Inicialmente, as autoridades ucranianas davam conta da participação da Bielorrúsia no ataque, um cenário que o país já veio afastar.

Reações europeias e norte-americana

Ao início desta manhã, a presidente da Comissão Europeia anunciou novas “sanções pesadas” contra a Rússia depois do início dos ataques, deixando também o aviso para que Vladimir Putin “não subestimasse” a União Europeia.

“Estamos perante um ato de agressão sem precedentes por parte da liderança russa contra um país soberano e independente. O alvo dos russos não é apenas Donbass, o alvo não é apenas a Ucrânia, o alvo é a estabilidade na Europa e toda a ordem internacional de paz e responsabilizaremos o Presidente Putin por isso, pelo que, ainda hoje apresentaremos um pacote de sanções pesadas e direcionadas aos líderes europeus”, anunciou a responsável.

Ursula von der Leyen disse ainda, numa curta declaração à imprensa, que as novas medidas atingirão “setores estratégicos da economia russa, bloqueando o acesso a tecnologias e mercados que são fundamentais para a Rússia”.

“Enfraqueceremos a base económica da Rússia e a sua capacidade de modernização e, além disso, iremos congelar os ativos russos na União Europeia e impedir o acesso dos bancos russos aos mercados financeiros europeus.”

Já Josep Borrell, Alto Representante para a Política Externa e de Segurança da União, descreveu as caracterizou os últimos acontecimentos na Ucrânia como “as horas mais negras para a Europa desde a Segunda Guerra Mundial. O diplomata confirmou que os 27 chefes de Estado e governo europeus vão discutir e votar um “pacote de sanções mais forte e mais severo que alguma vez implementámos”.

“Uma grande potência nuclear atacou um país vizinho e ameaça represálias contra qualquer outro Estado que possa vir em seu socorro”, descreveu Borrel. “A União Europeia responderá com a maior veemência possível. A liderança russa enfrentará um isolamento sem precedentes”, assegurou.

Para além das sanções, a União Europa está também a preparar um programa de assistência urgente à Ucrânia.

Joe Biden, em comunicado, fala num “ataque injustificado” que vai resultar “em sofrimento e perdas humanas catastróficas”. “A Rússia, e apenas ela, é responsável pela morte e pela destruição que este ataque vai provocar”. O presidente norte-americano apontou ainda que “o mundo vai exigir contas” a Moscovo.

Ainda segundo o mesmo documento, Joe Biden vai reunir-se ao longo do dia de hoje com os homólogos do G7.

Presidente ucraniano promete “armas a quem quiser defender o país”

Volodimir Zelenskii, presidente da Ucrânia, escreveu no Twitter que o Governo do país dará armas “a quem quiser defender o país“. “Preparem-se para apoiar a Ucrânia nas praças das nossas cidades” afirmou o governante, incentivando a mobilização da população. Já numa publicação no Facebook, Valery Zalouzhni, comandante das Forças Armadas ucranianas, fez saber que o presidente do país ordenou às tropas de Kiev que infligissem o maior número de baixas às forças russas.

Posteriormente, numa declaração ao país, Volodymyr Zelensky também anunciou o corte das relações diplomáticas com a Rússia, recordando que a relação entre Kiev e Moscovo foi mantida mesmo depois de a Rússia ter anexado a península da Crimeia, em 2014.

https://zap.aeiou.pt/de-especulacoes-provocatorias-a-operacao-militar-especial-russia-invade-ucrania-464239

 

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