O mundo vive momentos muito tensos por estes dias devido à guerra na Ucrânia e há até receios de que o conflito dê origem a uma terceira guerra mundial e que possam ser usadas armas nucleares.
Este cenário tem levado muitas pessoas a entrar em pânico, especialmente agora que as tropas da Rússia controlam a maior central nuclear da Europa, com muitos a fazer compras em massa de iodo.
Num sinal destes tempos incertos que vivemos, um simulador de explosões nucleares — Nukemap — que foi foi lançado há já 10 anos, também notou um pico de tráfego tão grande nos últimos dias que o site até tem ficado indisponível.
Criado em 2012 por Alen Wellerstein, um historiador especializado em armas nucleares e professor no Instituto de Tecnologia de Stevens, o simulador permite ter uma ideia do alcance dos ataques com vários tipos de armas nucleares numa cidade ou região à escolha do utilizador, revela o IFLScience.
Para além de mostrar o raio de alcance da explosão inicial causada pela bomba, o simulador também dá uma ideia das zonas mais afectadas pela radiação, em que a exposição seria “provavelmente fatal no período de um mês” e em que “15% dos sobreviventes eventualmente morrerão com cancro”.
O mapa mostra ainda a área onde é mais provável que os habitantes sofram queimaduras que Wellerstein descreve como “queimaduras de terceiro grau que se estendem nas camadas da pele e são frequentemente indolores porque destroem os nervos” e que podem chegar a causar amputações.
O simular foi inicialmente criado para Wellerstein perceber melhor como funcionam as armas nucleares, com o especialista a reconhecer, em entrevista à The Atlantic, que tinha dificuldades em “visualizar” os números e “transformar as equações em código” que lhe permitem “entender melhor estas armas” para o seu trabalho.
O Nukemap tornou-se inicialmente viral depois de tablóides britânicos terem começado a cobri-lo e com o conflito na Ucrânia, voltou a ganhar popularidade. O site recebeu tanto tráfico nos últimos dias que Wellerstein criou um outro endereço com um sistema igual para que os utilizadores continuassem a aceder ao simulador.
O criador também já notou alguns padrões nas simulações que os utilizadores fazem, que se podem dividir em duas categorias — as bombas nucleares catárticas, referentes a simulações sobre o que aconteceria se o utilizador bombardeasse um país inimigo, e as bombas experimentais, que testam o que aconteceria se o inimigo nos bombardeasse a nós.
Segundo Wellerstein, a generalidade dos norte-americanos cai na segunda opção, preferindo testar o que aconteceria se os Estados Unidos fossem atacados.
https://zap.aeiou.pt/ucrania-simulador-nucleares-excesso-trafego-466481
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