Nick Fuentes tem sido o nome mais mediático nos últimos dias. Mas o movimento de extrema-direita está a crescer claramente.
Florida foi o palco, Nick Fuentes foi o protagonista. Numa conferência que juntou apoiantes do “nacionalismo branco”, um dos rostos mais conhecidos do movimento disse algo que o próprio admitiu, no momento, que não deveria ter dito.
“Agora vão andar a falar sobre a Rússia e a dizer que o Vladimir Putin é o Hitler – e dizem que isso não é uma coisa positiva“, afirmou Nick, antes de se começar a rir.
“Eu não deveria ter dito isto. Não deveria ter dito isto. Claro que é uma comparação terrível”, corrigiu, ainda entre sorrisos.
Quem também esteve no evento em Orlando – que contou com diversos apoiantes de Putin – foi Marjorie Taylor Greene. A congressista republicana está no centro das atenções dentro do Partido Republicano: os líderes têm sido pressionados para expulsar Marjorie do partido.
Com ou sem Marjorie, o grupo que apela à supremacia da raça branca ainda é pequeno mas está a crescer de forma visível. São pessoas de extrema-direita que protagonizam mensagens racistas e anti-semitas, destaca o portal Axios.
Há outro aspecto que une os membros deste movimento: a ascendência hispânica. O pai do próprio Nick Fuentes vem de família mexicana.
Já em Janeiro de 2021, na invasão ao Capitólio, um dos líderes terá sido Enrique Tarrio, que foi preso nesta terça-feira. Enrique, de família cubana, também era líder de outro grupo extremista, os Proud Boys.
E a lista de casos violentos sobre negros, em que os criminosos foram brancos hispânicos, é longa, nos últimos anos.
É uma movimentação ainda escassa, mas que tem crescido dentro da vasta comunidade latina que vive nos Estados Unidos da América.
Há três origens para estas posturas extremistas: os norte-americanos hispânicos que se apresentam como “brancos”, a disseminação de desinformação online e as constantes perspectivas anti-negras e anti-semitas entre os latinos dos EUA (um assunto que raramente é comentado na praça pública).
A História traz uma explicação para este terceiro ponto: havia muitos escravos nos países da América Latina, que arrastou preconceitos até hoje. E, mais recentemente, discursos do antigo presidente Donald Trump “alimentaram” esses preconceitos.
“A franja racista está a tentar tornar-se mais popular“, avisou Brian Levin, director do Centro para o Estudo do Ódio e Extremismo da Universidade do Estado da Califórnia.
Essa franja racista tem em Nick Fuentes um dos nomes mais mediáticos. Nick, que lidera um podcast, duvida do Holocausto e critica o casamento entre pessoas de raças diferentes.
No entanto, os censos mais recentes nos EUA demonstram um panorama diferente: ao longo da última década cresceu muito o número de latinos que se apresentam como multi-raciais; e desceu muito o número de latinos que se apresentam exclusivamente como brancos.
https://zap.aeiou.pt/eua-hispanicos-nacionalismo-branco-466962
Florida foi o palco, Nick Fuentes foi o protagonista. Numa conferência que juntou apoiantes do “nacionalismo branco”, um dos rostos mais conhecidos do movimento disse algo que o próprio admitiu, no momento, que não deveria ter dito.
“Agora vão andar a falar sobre a Rússia e a dizer que o Vladimir Putin é o Hitler – e dizem que isso não é uma coisa positiva“, afirmou Nick, antes de se começar a rir.
“Eu não deveria ter dito isto. Não deveria ter dito isto. Claro que é uma comparação terrível”, corrigiu, ainda entre sorrisos.
Quem também esteve no evento em Orlando – que contou com diversos apoiantes de Putin – foi Marjorie Taylor Greene. A congressista republicana está no centro das atenções dentro do Partido Republicano: os líderes têm sido pressionados para expulsar Marjorie do partido.
Com ou sem Marjorie, o grupo que apela à supremacia da raça branca ainda é pequeno mas está a crescer de forma visível. São pessoas de extrema-direita que protagonizam mensagens racistas e anti-semitas, destaca o portal Axios.
Há outro aspecto que une os membros deste movimento: a ascendência hispânica. O pai do próprio Nick Fuentes vem de família mexicana.
Já em Janeiro de 2021, na invasão ao Capitólio, um dos líderes terá sido Enrique Tarrio, que foi preso nesta terça-feira. Enrique, de família cubana, também era líder de outro grupo extremista, os Proud Boys.
E a lista de casos violentos sobre negros, em que os criminosos foram brancos hispânicos, é longa, nos últimos anos.
É uma movimentação ainda escassa, mas que tem crescido dentro da vasta comunidade latina que vive nos Estados Unidos da América.
Há três origens para estas posturas extremistas: os norte-americanos hispânicos que se apresentam como “brancos”, a disseminação de desinformação online e as constantes perspectivas anti-negras e anti-semitas entre os latinos dos EUA (um assunto que raramente é comentado na praça pública).
A História traz uma explicação para este terceiro ponto: havia muitos escravos nos países da América Latina, que arrastou preconceitos até hoje. E, mais recentemente, discursos do antigo presidente Donald Trump “alimentaram” esses preconceitos.
“A franja racista está a tentar tornar-se mais popular“, avisou Brian Levin, director do Centro para o Estudo do Ódio e Extremismo da Universidade do Estado da Califórnia.
Essa franja racista tem em Nick Fuentes um dos nomes mais mediáticos. Nick, que lidera um podcast, duvida do Holocausto e critica o casamento entre pessoas de raças diferentes.
No entanto, os censos mais recentes nos EUA demonstram um panorama diferente: ao longo da última década cresceu muito o número de latinos que se apresentam como multi-raciais; e desceu muito o número de latinos que se apresentam exclusivamente como brancos.
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