A
companhia aérea norte-americana United Airlines revelou que os
trabalhadores não vacinados lhe custam milhões de dólares — a empresa
paga quase 3 milhões de dólares por mês para manter centenas de
empregados que se recusam a ser vacinados contra a covid-19 em licença
remunerada.
A United Airlines revelou em documentos legais que
está a gastar 1,4 milhões de dólares de duas em duas semanas em
benefícios para trabalhadores que não cumpriram o mandato de vacinação
da empresa e se encontram em licença.
De acordo com a CBS News,
a United foi a primeira grande companhia aérea a exigir a vacinação de
todos os trabalhadores e 99,7% de cerca dos 67 mil cumpriram a
obrigatoriedade.
No entanto, 232 trabalhadores não tomaram a
vacina — o que significa que estão em risco de rescisão de contrato — e
alguns vão levar a empresa a tribunal, disse o CEO da United Airlines,
Scott Kirby, em declarações à CBS Mornings.
Esta situação
reflete a vontade dos empregadores em que os seus trabalhadores estejam
vacinados e a reticência de várias pessoas em fazê-lo — nos Estados
Unidos, o movimento negacionista é muito amplo.
Assim, milhares
de trabalhadores estão a demitir-se, ou a ser despedidos, por se
recusarem a tomar a vacina e, enquanto muitos desses conflitos têm
ocorrido à porta fechada, outros têm vindo a público.
Na United
Airlines, vários funcionários não vacinados entraram com uma ação
judicial contra a empresa e estão agora a receber benefícios de licença
prolongada até que o assunto seja resolvido em tribunal.
Em
resposta ao processo, o juiz Mark Pittman, do Tribunal Distrital dos
EUA, impôs uma ordem de restrição temporária à United, impedindo-a de
implementar o seu mandato vacinal.
Em causa estão funcionários
não vacinados que disseram ter razões médicas ou religiosas que os
impedem de receber a vacina. Muitas companhias aéreas permitem que os
seus empregados optem por não cumprir um mandato de vacinação, mas a
United não oferece tal margem de manobra.
Pittman negou na semana passada o pedido da United de levantar a ordem de restrição e prorrogou-a até 8 de novembro.
“Algumas pessoas têm objeções religiosas sinceras à vacina contra a covid-19, e a Lei dos Direitos Civis de 1964 exige que os empregadores respeitem e acomodem essas crenças”, disse o advogado Mark Paoletta.
https://zap.aeiou.pt/trabalhadores-nao-vacinados-custam-milhoes-de-dolares-a-united-airlines-440663
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