Pela primeira vez na sua história e face à propagação da 
pandemia de covid-19, os Estados Unidos declararam o estado de 
calamidade em todo o território.
A imprensa internacional frisa que esta é a primeira vez que uma 
ameaça atinge os 50 estados norte-americanos em simultâneo, frisando que
 os lares e os estabelecimentos prisionais são dois dos primeiros focos 
principais da doença.
O número de reclusos infetados no sistema prisional do estado da Califórnia subiu 700% só numa semana, de acordo com a SIC Notícias, que refere que as unidades prisionais são autênticos “barris de pólvora” nesta pandemia.
Os Estados Unidos, o país do mundo mais afetado pelo novo coronavírus
 oriundo da China, registaram, nas últimas 24 horas, 1.514 mortes, elevando para 22.020 o número total de mortos devido à covid-19, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
Este é o segundo dia consecutivo de descida do número de vítimas 
mortais da doença, depois de a mesma universidade ter registado, na 
contagem que divulga diariamente, 1.920 mortes no sábado e 2.108 na 
sexta-feira.
Nova Iorque continua a ser o estado
 mais afetado pela pandemia do novo coronavírus, com quase 200 mil casos
 e mais de duas mil mortes, escreve a Rádio Renascença.
Apesar dos números, o Presidente dos Estados Unidos continua a dizer 
que espera “reabrir” o país em breve. Na mensagem de Páscoa, transmitida
 neste domingo, Donald Trump afirmou que o país já está a vencer a luta 
contra a covid-19.
Atividade económica deve retomar em maio
A atividade económica nos Estados Unidos pode ser retomada em maio, 
de forma gradual e localizada, desde que se consiga identificar e isolar
 as pessoas infetadas pela covid-19, avançou este domingo o diretor do 
Instituto de Doenças Infecciosas.
“Esperamos que, no final do mês, possamos ver o que está acontecer e se existem elementos que nos permitam reiniciar com segurança”, disse o imunologista Anthony Fauci, membro do grupo de trabalho do Governo dos EUA sobre o novo coronavírus.
Em entrevista à CNN, Anthony Fauci explicou que, se houver condições 
de segurança, é possível que a “reabertura contínua” da economia dos 
Estados Unidos da América aconteça a partir de maio, mas o processo “não
 é como acender uma lâmpada”.
Mantendo-se muito cauteloso quanto à evolução da 
epidemia, o especialista adiantou que “não é possível garantir” que seja
 seguro para os americanos votarem pessoalmente na eleição presidencial,
 agendada para 3 de novembro deste ano.
Na perspetiva do diretor do Instituto de Doenças Infecciosas, a 
reabertura da economia do país tem que ser um processo gradual, com base
 na evolução da pandemia nas várias zonas dos Estados Unidos e na 
disponibilidade de testes rápidos e generalizados.
Sobre o combate ao novo coronavírus, Anthony Fauci admitiu que a antecipação dos esforços de mitigação da doença teria salvado mais vidas nos Estados Unidos.
“Se houvesse um processo em andamento e se iniciasse a mitigação mais
 cedo, poderiam ter-se salvado vidas”, reconheceu o principal 
especialista em doenças infecciosas do país, referindo-se a medidas de 
distanciamento social e permanência em casa, que podiam ter sido 
implementadas em fevereiro, em vez de meados de março.
Neste domingo, Donald Trump partilhou um tweet que pede a demissão do especialista em doenças infecciosas que criticou a resposta tardia do país ao surto de covid-19.
“Hora de despedir Fauci”, foi a hastag que o
 Presidente norte-americano republicou, sendo esta originalmente 
publicada por De Anna Lorraine, uma antiga candidata ao Congresso 
republicano, detalha o Diário de Notícias,
 que frisa que Trump e Fauci já tiveram algumas divergências públicas, 
recordando que o especialista contrariou a opinião do Presidente quanto 
às potencialidades da cloroquina no combate à covid-19.
https://zap.aeiou.pt/eua-declaram-estado-emergencia-os-estados-318845
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