sábado, 6 de novembro de 2021

“Vamos enterrar o inimigo com o nosso sangue”: Após um ano de guerra civil em Tigré, há receios de que a Etiópia se desintegre !


A recente escalada de tensões na guerra civil com o avanço dos tigrés na Etiópia tem causado receios de que a região do corno de África seja abalada. A ONU aponta crimes contra a humanidade cometidos por todos os lados.

Foi apenas há dois anos que Abiy Ahmed foi aplaudido como um defensor da paz por ter acabado com o conflito de décadas com a Eritreia, sendo até galardoado com o Nobel da Paz, mas o seu discurso mudou de tom no último ano. De achar que a “guerra é o epítome do inferno para todos os envolvidos”, o primeiro-ministro da Etiópia está a agora a disputar uma guerra civil na região de Tigré, no norte do país.

Milhares de militares e civis já perderam a vida desde o início do conflito há cerca de um ano e mais de 60 mil etíopes já procuraram asilo no vizinho Sudão, com as Nações Unidas a estimar que cerca de 350 mil tigrés estejam a passar fome, com cerca de 1.8 milhões de habitantes da região numa situação de emergência.

O conflito começou a 4 de Novembro de 2020, quando Ahmed ordenou uma ofensiva militar contra a Frente de Libertação do Povo Tigré (FLPT), como retaliação a um ataque numa base militar onde estavam tropas governamentais. 

No entanto, as raízes desta guerra civil já existem há décadas. Enquanto se expandia como império, a Etiópia acabou por ser um agregado de várias etnias e culturas diferentes, o que acabou por levar a tensões e conflito.

Até ao início da década de 90, a Frente da Libertação do Povo Eritreu (FLPE) era aliada dos tigrés na luta contra o governo militar etíope de Mengistu Haile Maria. Com a sua queda em 1991, a Eritreia conseguiu a independência, enquanto que a FLPT se tornou a força principal na coligação que dominou o país 2018.

Desde 1994 que a Etiópia está organizada num sistema federal, com diferentes grupos étnicos a controlar 10 regiões. A FLPT foi muito influente na criação deste sistema, o que levou a fim azedo da aliança com a Eritreia quando rebentou a guerra entre os dois países em 1998. Desde então que a Eritreia vê os tigrés como inimigos.

Os dois países odiavam-se e, apesar de terem chegado a um acordo em 2000, ficaram num estado de tensão armada durante quase 18 anos. A coligação que então governava a Etiópia deu autonomia às regiões do país, mas manteve um controlo apertado no governo central.

O descontentamento com esta situação levou a protestos e a que Abiy Ahmed, na altura do Partido Democrático Oromo, acabasse se tornar primeiro-ministro em 2018. Quando chegou ao poder, Ahmed prometeu fazer reformas políticas estruturais — e fê-las mesmo.

A principal mudança geopolítica veio com o fim oficial da guerra entre a Eritreia e a Etiópia e a conquista do Nobel da Paz. Agora aliado da Eritreia, Ahmed contava com o apoio dos antigos inimigos na luta contra os tigrés. O primeiro-ministro também dissolveu a coligação liderada pela FLPT em 2019 e afastou vários líderes tigrés acusados de corrupção do poder.

Ahmed criou um novo Partido da Prosperidade, mas a FLPT recusou integrá-lo. O novo partido de Ahmed venceu as eleições de Julho com uma larga maioria — que tinham sido adiadas devido à pandemia — conquistando 410 dos 436 lugares e um mandato de cinco anos. No entanto, a região de Tigré não votou e houve também acusações da oposição de que as eleições não foram limpas.

Berhanu Nega, do partido Cidadãos Etíopes pela Justiça Social, apresentou mais de 200 queixas, alegando que os observadores foram bloqueados por militares e responsáveis governamentais em várias regiões do país.

A guerra civil chegou a um ponto ainda mais tenso em Setembro de 2020, quando os tigrés desafiaram o governo central e decidiram organizar as suas próprias eleições regionais, algo que o executivo de Ahmed considerou ilegal. Ambos os lados acusam o outro de ser ilegítimo, com a FLPT a argumentar que o governo central não foi testado numa eleição nacional desde que Ahmed chegou ao poder em 2018, já que algumas regiões da Etiópia não votaram em Julho.

Os tigrés consideram também amizade de Ahmed com o Presidente da Eritreia, Isaias Afwerki, “sem princípios”. Afwerki enviou tropas para a região Tigré em apoio ao novo aliado.

Em Outubro de 2020, o governo central também suspendeu o financiamento e cortou as relações com a região, algo que a administração regional considerou uma “declaração de guerra”. A gota de água final para o início da guerra foi quando Ahmed acusou a FLPT de “cruzar uma linha vermelha” depois desta ter alegadamente atacado as bases militares do governo central para roubar armas.

“O governo federal é assim obrigado a entrar num confronto militar“, declarou o primeiro-ministro etíope. Desde o início do conflito militar a 4 de Novembro de 2020, mais de seis milhões de habitantes na região tigré tiveram de abandonar as suas casas. Segundo as estimativas de investigadores da Universidade de Ghent, já mais de 10 mil pessoas morreram e houve 230 massacres. O conflito também está a causar preocupação sobre a estabilidade da região do corno de África e sobre uma possível separação das regiões da Etiópia.

Crimes de guerra cometidos por ambos os lados, acusa ONU

Nas últimas semanas, as ameaças têm crescido ainda mais. Depois do conflito estar mais contido no norte do país, com um cerco das forças centrais aos tigrés, a guerra está agora a mover-se mais para sul do país. A FLPT tem conquistado diversas localidades estratégicas na região de Amhara e contam agora com o apoio do Exército de Libertação Oromo, uma facção rebelde da Frente de Libertação Oromo. Juntas, as forças têm ganhado terreno contra o governo central e querem chegar à capital, Adis Abeba.

Em resposta ao avanço, Abiy Ahmed declarou o estado de emergência na segunda-feira, argumentando que as forças tigrés representam “um perigo grave e iminente” para a existência da Etiópia. “Todos vão ser testados”, escreveu no Twitter, dizendo que a declaração foi feita para “encurtar o período de tribulação e dar tempo para se encontrar uma solução”.

O estado de emergência entra em vigor imediatamente e dura seis meses. O governo pode impor um recolher obrigatório, recrutar os cidadãos maiores de idade para o serviço militar, mobilizar tropas para as regiões do país, suspender as licenças dos meios de comunicação e romper os serviços de transporte e viagens.

O executivo poderá também deter por tempo indeterminado e sem ordem judicial qualquer pessoa suspeita de ter ligações com grupos terroristas. A FLPT é considerada um grupo terrorista pelo governo de Ahmed. As administrações locais podem ser dissolvidas e é proibida qualquer manifestação de oposição à declaração.

Num discurso perante as forças militares, Abiy Ahmed também deixou mais ameaças. “A cova que está a ser cavada vai ser muito funda, vai ser onde o inimigo será enterrado, não onde a Etiópia se vai desintegrar. Vamos enterrar este inimigo com o nosso sangue e ossos e elevar novamente alta a glória da Etiópia”, atirou.

Entretanto, um relatório das Nações Unidas fez um retrato da “brutalidade extrema” do conflito no país africano. A Alta Comissária para os Direitos Humanos fala em “crimes contra a humanidade” cometidos por ambos os lados.

“A gravidade das violações e dos abusos que identificamos ressaltam a necessidade de responsabilização dos responsáveis, independentemente do lado em que se encontrem”, disse Michelle Bachelet, em Genebra, na apresentação do relatório elaborado em conjunto com a Comissão dos Direitos Humanos da Etiópia, criada pelo governo etíope. “Existem razões para acreditar que todas as partes em conflito na região do Tigré cometeram, em vários níveis de gravidade, violações contra o direito internacional, direito humanitário e direito internacional dos refugiados, o que pode constituir crimes de guerra ou crimes contra a humanidade”, indica o documento.

Já Daniel Bekele, comissário da Comissão Etíope dos Direitos Humanos, acredita que o relatório “é uma oportunidade para todas as partes reconhecerem responsabilidades, para se empenharem em medidas concretas sobre responsabilidades, na reparação (dos crimes) junto das vítimas, e de encontrarem uma solução duradoura para porem um fim ao sofrimento de milhões de pessoas”.

O documento refere-se ao período entre o dia 3 de Novembro de 2020 – quando o primeiro-ministro e Prémio Nobel da Paz, Abiy Ahmed, desencadeou a ofensiva contra as autoridades dissidentes da região montanhosa do Tigré – e o passado dia 28 de Junho, data do cessar-fogo unilateral assumido por Adis Abeba.

O relatório tem como base 296 entrevistas confidenciais e reuniões com as autoridades locais e federais da Etiópia, organizações não-governamentais e equipas médicas.

Mesmo assim, a equipa que elaborou o documento conjunto encontrou vários obstáculos para efectuar as visitas a certos pontos do Tigray, sublinha a Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

A investigação também levantou dúvidas em relação à imparcialidade dos relatos porque um dos investigadores do Alto Comissariado foi expulso pelas autoridades juntamente com outros seis funcionários da ONU.

Antes da publicação do documento, o TPLF criticou os investigadores que acusou de estarem a aplicar uma “metodologia pouco eficiente e que mancha a reputação” do Alto Comissariado.

Por contrário, o Governo de Adis Abeba encarou a colaboração como uma “demonstração de seriedade” com que abordou as questões respeitantes aos direitos humanos.

O relatório denuncia, apoiado em depoimentos, “ataques indiscriminados” contra civis, execuções extrajudiciais, atos de tortura, sequestros e detenções arbitrárias, bem como violência sexual e saques.

Os investigadores encontraram sobreviventes, incluindo casos de violência sexual contra homens e relatam o caso de um jovem de 16 anos, violado por soldados eritreus, e que acabou por se suicidar.

A tortura é frequente sendo que as “vítimas são espancadas com cabos elétricos e barras de ferro e mantidas presas de forma incomunicável, ameaçadas com armas de fogo e privadas de comida ou água”.

O relatório refere-se igualmente a massacres de centenas de civis realçando que “todas as partes” envolvidas no conflito atacaram civis, e tiveram como alvos as escolas, hospitais e locais de culto religioso.

O documento frisa também o papel das tropas da Eritreia que apoiaram as forças do Governo e que forçaram os refugiados a regressarem à Etiópia.

Os autores do inquérito elaboraram uma série de recomendações em que, nomeadamente, pedem ao Governo a responsabilização dos autores dos crimes que foram cometidos.

António Guterres também já anunciou no Twitter que falou na quarta-feira com Ahmed para “oferecer os bons ofícios para criar as condições para o diálogo e para que a luta acabe”.

Os EUA também já tinham acusado o executivo etíope em Agosto de estar a agravar a crise humanitária ao bloquear o acesso a Tigré, algo que o governo de Adis Abeba negou fazer propositadamente.

https://zap.aeiou.pt/ano-guerra-civil-tigre-etiopia-se-desintegre-442503

 

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Virus Nipah poderá vír a causar a próxima pandemia !


Poderá o vírus Nipah ser uma possível ameaça de pandemia semelhante ao SARS-CoV-2, o coronavírus causador da covid-19? Embora haja um ligeiro risco, a probabilidade é reduzida.

As consequências graves e devastadoras da pandemia de coronavírus foram, sem dúvida, agravadas por uma falta substancial de preparação para a pandemia, com exceção do Leste e Sudeste Asiático, que criaram defesas após a sua experiência com a SARS em 2003. Portanto, é crucial que os governos comecem a desenvolver estratégias para nos proteger se outros vírus mortais surgirem.

Um recente surto do vírus Nipah na Índia levantou a questão de saber se devemos começar a considerá-lo uma ameaça futura e procurar construir o nosso arsenal de defesas agora.

O rápido desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus, SARS-CoV-2, proporcionou uma saída para esta pandemia. Portanto, se vacinas para outros vírus potencialmente perigosos pudessem ser desenvolvidas e armazenadas, elas poderiam ser lançadas assim que qualquer novo surto fosse detetado. Estaríamos assim um passo à frente e uma pandemia poderia ser evitada.

Esta abordagem é louvável — mas assume que os vírus com potencial pandémico podem ser identificados com antecedência, o que não é fácil de fazer. E também corre o risco de que uma mentalidade “não se preocupe, há uma vacina” possa fazer com que métodos preventivos mais simples sejam negligenciados.

O vírus Nipah foi identificado pela primeira vez na Malásia em 1998. Casos como a morte recente de um menino em Kerala, na Índia, levantaram preocupações de que pudesse sofrer mutação e aumentar a sua eficiência de transmissão, levando a uma ampla circulação.

Esse cenário é assustador, pois o vírus atualmente tem uma taxa de letalidade de mais de 50% e não há vacina ou tratamento testado e comprovado.

Mas antes de podermos investir recursos no desenvolvimento de vacinas contra o Nipah, precisamos de avaliar se é uma ameaça de pandemia realista. E mesmo que seja, existem outros vírus por aí, por isso devemos entender onde é que deve ser classificado na lista de prioridades.
Avaliar o risco de pandemia de Nipah

Para avaliar o risco, precisamos de observar como é que o vírus se transmite e se replica.

Nipah é um paramixovírus. Está relacionado com um vírus humano, o vírus da parainfluenza humana, um dos poucos vírus que causam a constipação. O seu hospedeiro natural é o morcego, e as grandes e pequenas raposas voadoras que se distribuem pelo sul e sudeste da Ásia. Todos os casos de infeção humana com o vírus Nipah até ao momento foram devido ao contacto direto ou indireto com morcegos infetados.

A infeção em morcegos passa despercebida. O vírus é excretado na urina, o que garante a transferência dentro e entre as colónias.

Frutas ou sumo de frutas contaminadas pela urina de morcego são a principal via de transmissão do vírus para as pessoas.

Um estudo em Bangladesh, onde surtos regulares do vírus Nipah ocorrem entre o seu povo, sugere que a densidade populacional de morcegos, a prevalência do vírus e as pessoas que bebem seiva de tamareira são os principais fatores que explicam o padrão de transmissão. Os morcegos contaminam a seiva enquanto ela é extraída da tamareira e depois é consumida localmente.

Esta é uma descoberta importante. Como vimos com o SARS-CoV-2, os vírus de melhor transmissão evoluem enquanto o vírus está a circular entre os seus hospedeiros humanos, não animais. Portanto, manter o número de infeções em pessoas ao mínimo não apenas minimiza a taxa de mortalidade do próprio Nipah, mas também reduz a probabilidade de adaptação do vírus. Pare a transmissão e interromperá a ameaça de pandemia.

Nos casos de infeção humana, até agora, a disseminação foi limitada apenas a contactos próximos do indivíduo infetado, como membros da família ou, se a pessoa estiver hospitalizada, funcionários do hospital.

A transmissão geral não ocorre, principalmente porque as proteínas que o vírus Nipah usa para entrar nas células, os recetores, estão concentradas no cérebro e nos tecidos nervosos centrais.

A infeção por Nipah leva à morte por encefalite aguda na maioria dos casos, uma vez que o vírus replica-se melhor nos tecidos, onde é fácil para o vírus entrar nas células.

É claro que um indivíduo muito doente terá vírus em todo o lado, mas como no ébola, o vírus não é transmitido de forma eficiente pela via respiratória e requer toque ou transferência de fluidos corporais. O contacto muito próximo é necessário para infetar outra pessoa.

A probabilidade de o vírus mudar para se replicar no trato respiratório superior, de onde certamente seria mais transmissível, é pequena e, embora não exclua o potencial pandémico, diminui significativamente a sua probabilidade.

É caso para inventar uma vacina contra o Nipah, mas mais para uso de emergência em pessoas em contacto com um caso primário do que para uma campanha de vacinação em geral.

https://zap.aeiou.pt/nipah-pode-o-virus-causar-a-proxima-pandemia-441136

 

Biden volta ao modo Obama no Irão com armas nucleares !

Os Estados Unidos retiraram as exigências para que o Irã interrompa o desenvolvimento de mísseis balísticos e a agressão de desestabilização regional da tentativa de renegociar um acordo nuclear com o Irã. Isso foi indicado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, na cúpula do G20 que ocorreu na semana passada em Roma. Ele meramente "prometeu" que "se os EUA retornarem ao acordo nuclear com o Irã, eles só sairão posteriormente se Teerã claramente quebrar os termos do acordo". Essas demandas foram essenciais para o apoio de Israel ao caminho diplomático que Biden defendeu para resolver a questão de um Irã com armas nucleares. No entanto, os signatários europeus do acordo nuclear original de 2015 (JCPOA) saudaram esta promessa como a chave para desbloquear o impasse diplomático alcançado na via de Viena. A chanceler alemã Angela Merkel, o presidente francês Emmanuel Macron e o britânico Boris Johnson declararam: "Saudamos o compromisso claramente demonstrado do presidente Biden de retornar os EUA ao cumprimento total do JCPOA e de permanecer em conformidade total, desde que o Irã faça o mesmo." Não é de admirar que Teerã tenha se acomodado de repente e concordado em retomar as negociações no próximo mês. Visto de Israel, o governo Biden recuou de sua aceitação anterior da necessidade de conter a beligerância regional e os mísseis balísticos do Irã, junto com a busca por uma capacidade de arma nuclear:

O Irã já cometeu várias violações dos termos do acordo de 2015, privando-o de conteúdo por avanços em seu objetivo nuclear. O que Biden, Johnson, Merkel e Macron propõem fazer para atrasar o relógio nuclear do Irã e também o seu próprio?
Quanto valerá a promessa de Biden se sua presidência terminar em 2024? Não será vinculativo para seus sucessores, uma vez que o Senado nunca endossou o JCPOA e, na verdade, ele nunca foi formalmente assinado por Barack Obama e restou apenas sua promessa pessoal que Biden agora se oferece para renovar.
Ao voltar à posição de Obama, Biden também está pronto para dar rédea solta ao Irã em seu programa de mísseis balísticos e guerra regional usando organizações terroristas como o Hezbollah libanês, as milícias xiitas iraquianas e os rebeldes hutis do Iêmen.

Essas omissões da agenda de Washington para o Irã preocupam Israel não menos do que a questão nuclear.

Teerã, por sua vez, não deixou de aproveitar o momento como uma chance de voltar ao ponto de partida. O ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, disse sucintamente: “Não há necessidade de negociação e a solução mais simples é Biden emitir uma ordem executiva dizendo que estava voltando ao acordo nuclear e suspendendo as sanções”. Em outras palavras, eliminando a política de "pressão máxima" de Donald Trump e voltando ao modo conciliador de Barack Obama.

No entanto, ao presumir que Biden havia abandonado totalmente todas as opções militares, Teerã pode ter se precipitado - especialmente no que diz respeito à vida ou aos interesses dos americanos,
Em 30 de outubro, o presidente dos Estados Unidos também disse: “Com relação à questão de como vamos responder às ações tomadas por eles contra os interesses dos Estados Unidos - sejam ataques de drones ou qualquer outra coisa - somos nós vamos responder, e vamos continuar a responder. ”
Ele estava se referindo ao ataque combinado pró-iraniano de drone-artilharia armada de 20 de outubro contra a guarnição dos EUA em al-Tanf, no sul da Síria, nas fronteiras do Iraque e da Jordânia. Washington não respondeu até então. O atraso pode ter ocorrido devido à longa ausência do presidente de Washington na cúpula do G20 e na conferência do clima em Glasgow. No entanto, a impressão que se ficou em Teerã foi a de um presidente americano que vacilava em recorrer à ação militar diante da agressão. 

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“Vamos ser esquecidos outra vez”: Desde activistas a países insulares, muitas vozes de peso não estão a ser ouvidas na Cop26 !


A Cop26 está a reunir mais de 120 representantes de países em Glasgow, na Escócia, mas muitos dos países mais afectados pelas alterações climáticas não estão a ser devidamente ouvidos na cimeira.

O Presidente da Cop26 garantiu que esta vai ser a “Cop mais inclusiva de sempre“, mas apesar desta ser a maior conferência relacionada com o clima desde a assinatura do Acordo de Paris em 2015, há muitos nomes de peso que não estão em Glasgow.

Entre os 25 mil delegados de muitos países que estão na Escócia, vários políticos e activistas importantes ficaram de fora, seja por causa da pandemia, dos custos da viagem e estadia ou outros problemas logísticos.

As regiões MAPA — Áreas e Pessoas Mais Afectadas — são das que menos contribuem para as alterações climáticas e das que mais vão ser afectadas, mas estão pouco representadas tendo em conta o impacto da crise climática que vão sofrer.

Segundo a Island Innovation, um terço dos países insulares do Pacífico anunciaram que não tinham possibilidades para enviar delegações pela primeira vez na história da Cop.

Conhecidos como Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS), apenas as Fiji, Papua Nova Guiné, Palau e Tuvalu enviaram os seus líderes para Glasgow. Os restantes países tem uma representação bastante mais limitada ou até nenhuma, principalmente devido à pandemia. Por contraste, só os Estados Unidos enviaram uma delegação de mil pessoas.

“É vital considerar os desafios climáticos únicos que os SIDS enfrentam, que experienciam uma vulnerabilidade extrema a desastres ambientais e ao aumento do nível dos mares. É por isto que a influência de organizações como a Aliança de Pequenos Estados Insulares (AOSIS) é tão crucial na ajuda para o reconhecimento das necessidades únicas do SIDS. Já que 20% dos membros da ONU integram a AOSIS, há muitas discussões ao mais alto nível relacionadas com o efeito das alterações climáticas nestas ilhas. Membros da AOSIS têm uma voz forte enquanto bloco e vão colaborar juntos para garantir que os seus interesses são protegidos”, escreve a Island Innovation.

A própria existência destes pequenos países está ameaçada em alguns casos, como nas Ilhas Marshall. Um relatório do Banco Mundial concluiu que este país será um dos primeiros no mundo cuja existência estará em risco devido à subida do nível das águas do mar. O estudo visualizou como o aumento entre 0,5 e dois metros que está previsto pode levar a que as ilhas tenham de enfrentar um difícil processo para protegerem serviços como escolas e hospitais e de deslocação de várias comunidades.

A investigação aponta infraestruturas específicas que podem ficar submersas nos próximos 100 anos, mas realça que o impacto será dependente da proximidade do mundo às metas definidas no Acordo de Paris. “Acho que não pode ser aceitável para qualquer pessoa neste mundo a eliminação de um país“, revelou Tina Stege, representante do pequeno país insula com 60 mil habitantes, à Sky News, falando já num “plano de sobrevivência”.

As Ilhas Marshall foram também essenciais para a criação da coligação High Ambition das Nações Unidas, que foi o grupo que pressionou os líderes a comprometerem-se em não deixar subir a temperatura global mais que 1.5ºC no Acordo de Paris. Na altura, o chefe das negociações foi Tony de Brum, tendo o representante do país insular passado meses a reunir-se com os responsáveis políticos dos países mais desenvolvidos e mais poluidores.

Os SIDS estão também muito mais em risco do que qualquer país do hemisfério Norte. Para além da subida do nível das águas do mar, o aumento das temperaturas e a maior frequência de fenómenos meteorológicos extremos, como furacões ou incêndios, também ameaçam afectar ainda mais estas nações insulares, que já estão em desvantagem devido ao pequeno tamanho e poder económico.

Mas apesar de terem sido essenciais vitais no compromisso dos 1.5ºC, estamos já nos 1.1ºC — e muitos dos que mais estão a sofrer não estão a ser ouvidos em Glasglow.

“A nossa soberania e mera sobrevivência está em risco“, afirma o primeiro-ministro das Fiji, Frank Bainimaram, que considera que a Cop26 pode ser a “última oportunidade” para se prevenir o pior.

Há também uma sensação entre muitos activistas que não estão na Escócia de que a ausência dos países MAPA vai levar a que as conclusões da cimeira fiquem muito aquém do necessário dada da gravidade e urgência das adopção de medidas sérias contra as alterações climáticas, escreve a Euronews.

“Sinto que perdi a minha voz e da minha comunidade. Somos os mais afectados pelas alterações climáticas porque a nossa comunidade depende de recursos naturais”, afirma Aqli Farah, um ambientalista da Somália. Numa publicação no Twitter, Farah deixa também um apelo a que de “oiçam os MAPA”.

O activista acredita também que há muitas conversas e trocas de ideias que só podem ser feitas através da ida presencial à Cop26. “Trocar informações é tão importante, para se ter o conhecimento extra da experiência de outras nações na luta contra as alterações climáticas”, acrescenta à Euronews.

Já Lidy Nacpil, uma activista que coordena o Movimento das Pessoas Asiáticas sobre Dívida e Desenvolvimento, já enviou grupos para as Cops desde a 13ª edição em Bali. No entanto, esta é a primeira cimeira desde 2007 onde não vai marcar presença, o que considera “muito frustrante“, tendo de acompanhar o evento online.

“Apesar de não termos ilusões de que as soluções para a justiça climática saiam principalmente de negociações, as Cops são arenas muito importantes para discutir, desafiar a pressionar os governos. As Cops são dominadas pelos governos ricos e interesses corporativos, por isso é sempre preciso um grande esforço para amplificar as vozes, perspectivas e apelos das pessoas e comunidades, especialmente do hemisfério Sul. Com uma presença do Sul tão reduzida na Cop26, vai ser um processo ainda mais desigual e pouco democrático”, critica.
“Precisamos de líderes que oiçam as nossas histórias”

Muitos países em desenvolvimento vão ser os mais prejudicados com a crise climática e, dado o seu poder económico reduzido, os activistas acreditam que os seus apelos vão ser ignorados. “Vamos ser esquecidos outra vez”, revela a activista filipa Mitzi Jonelle Tan, à AFP. “Precisamos de líderes que oiçam as nossas histórias; eles não sabem como é ter medo de morrer por causa das cheias”, acrescenta a jovem de 24 anos, que vive em Marikina, uma região das Filipinas que sofre regularmente com tufões cada vez mais fortes.

Tan está também ligada ao movimento Fridays For Future, criado pela sueca Greta Thunberg, que inspirou greves de jovens e protestos nas ruas um pouco por todo o mundo. No entanto, a mesma pandemia que limitou o acesso dos activistas à Cop26 devido à falta de vacinas, restrições sanitárias ou financiamentos mais pequenos, também obrigou os jovens a passarem as manifestações das ruas para a internet.

“Nos espaços online, as distâncias entre o Norte global e o Sul global tornam-se menos relevantes”, explica Joost de Moor, professor na Universidade de Paris, à AFP. Mitzi Jonelle Tan criou depois um grupo no WhatsApp onde jovens de todos os cantos do mundo começaram a trocar experiências e ideias sobre o activismo climático

Foi até criado um segmento para as regiões MAPA dentro do Fridays For Future, que quer que se encare a luta climática num contexto holístico que englobe outras injustiças relacionadas com a classe económica, o racismo, as deficiências ou a discriminação de género. “Para jovens ambientalistas no Sul, as alterações climáticas afectam directamente a sua qualidade de vida, habitação e capacidade de se alimentarem”, afirma Sarah Pickard, investigadora sobre a participação política dos jovens.

Outro problema que muitos acreditam que vai ser varrido para debaixo do tapete na Cop26 é o impacto da exploração de recursos para a produção de energias renováveis. As estimativas do Banco Mundial apontam para que mais de três mil milhões de toneladas de minerais e metais sejam precisas para se criar a energia eólica, solar e geotérmica necessária para haver uma transição total para a produção energética renovável. Mas há abusos a decorrer na exploração destes recursos.

“Não é só sobre a redução das emissões de carbono, mas também sobre a forma como isso é feito. A verdadeira mudança vem das ruas. Temos de fazer tanto barulho que eles não nos possam ignorar”, remata Tan.

Uns não vão porque não podem, outros porque não querem

Apesar da maioria dos países estarem representados nas conversas da Cop26, há alguns líderes de países grandes e muito poluidores que são faltas notórias na cimeira. O Presidente russo Vladimir Putin, assim como o líder chinês Xi Jinping e o chefe de Estado brasileiro Jair Bolsonaro estão entre os pesos pesados que não estão em Glasgow.

O Presidente do México, Andres Manuel Lopez Obrador, o Presidente da África do Sul Cyril Ramaphosa e o Presidente iraniano Ebrahim Raisi também não participaram na Cop26. Do lado português e a braços com uma crise política, António Costa também não esteve presente, o que lhe valeu críticas da associação Zero.

A Zero acredita que a cimeira “justificava uma participação presencial” também devido ao “papel de Portugal e do próprio primeiro-ministro, que sempre elegeu, e bem, a relevância das alterações climáticas e da descarbonização”.

A ONG refere que se entende a ausência dada “a situação que o país atravessa”, mas realçou que “este é um momento decisivo para a luta contra as alterações climáticas, na qual Portugal tem demonstrado um papel activo e deve assumir uma liderança forte e ambiciosa ao nível da União Europeia”, insistindo, que está em causa “a imagem, reputação e credibilidade das políticas desenvolvidas em nome do país”.

Joe Biden também deixou algumas alfinetadas aos líderes russo e chinês por não marcarem presença. O Presidente dos EUA considera as ausências de Xi Jinping, enquanto líder do país que é o maior poluidor do mundo, e de Putin “um enorme erro”.

O chefe de Estado norte-americsno afirma que as alterações climáticas são uma “questão gigantesca”, lamentando que os principais responsáveis russos e chineses se tenham alheado de um evento onde estão presentes líderes de 120 países.

https://zap.aeiou.pt/esquecidos-outra-vez-insulares-cop26-442221

 

Meghan Markle alvo de campanha de ódio no Twitter !


Megan Markle e o Príncipe Harry foram alvo de uma campanha coordenada de ódio no Twitter, revela um relatório da Bot Sentinel.

A Duquesa de Sussex, que disse evitar as redes sociais para “própria autopreservação”, foi objeto de uma campanha coordenada de ódio e desinformação no Twitter, sugere um relatório publicado recentemente.

Segundo o jornal britânico The Guardian, tanto Megan Markle como o Príncipe Harry foram alvo daquela plataforma e Meghan terá recebido cerca de 80% dos abusos.

O relatório, que analisou 114 mil tweets relacionados com o casal, identificou 83 contas que estavam por detrás de 70% dos tweets anti-Sussex mais virais.

“A nossa análise permitiu-nos isolar 55 contas que tinham apenas uma finalidade e que identificámos como as contas primárias de ódio”, lê-se no relatório, que acrescenta que foram ainda identificadas 28 contas secundárias que amplificavam as contas primárias.

No total, essas contas criadas para espalhar o ódio contam com 187.631 seguidores e têm “um alcance potencial combinado único de 17 milhões de utilizadores”.

Alguns tweets utilizam linguagem racista codificada, o que sugere um esforço coordenado para ampliar o assédio ao casal, revela o relatório.

A maioria destas contas parecia, no entanto, ser gerada por seres humanos, disse Christopher Bouzy, chefe executivo da empresa Bot Sentinel — um website que analisa contas do Twitter para identificar atividades que violem os termos de serviço da plataforma.

Em declarações ao Washington Post, Bouzy explicou que a sua empresa procurou, mas encontrou “muito poucas provas de atividade de bots”.

Quatro das 55 contas primárias destacadas no relatório foram suspensas pelo Twitter, mas a rede social não encontrou qualquer prova de coordenação generalizada da utilização de contas múltiplas por pessoas únicas, ou outras táticas de manipulação de plataformas.

Bouzy disse ainda que houve uma queda notável na atividade dirigida ao casal pouco depois de o relatório ter sido publicado.

“Esta campanha vem de pessoas que sabem manipular os algoritmos, manipular o Twitter, ficar fora do radar para evitar a deteção e a suspensão. Este nível de complexidade vem de pessoas que sabem como fazer estas coisas, que são pagas para fazer estas coisas”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/meghan-markle-alvo-da-campanha-de-odio-no-twitter-442013

 

Ilhas Marshall imploram aos líderes mundiais que impeçam a nação de se afogar !

Ilhas Marshall
Um relatório do Banco Mundial indicou, no mês passado, que as Ilhas Marshall serão uma das primeiras nações cuja existência será ameaçada pela subida do nível da água do mar.

A subida do nível do mar pode vir a inundar grande parte das Ilhas Marshall, aponta um recente relatório do Banco Mundial, citado pelo The Washington Post.

Tina Stege, enviada-especial da ONU para o Clima nas Ilhas Marshall, recusa aceitar esse cenário e pede aos líderes mundiais que façam alguma coisa para impedir a realidade iminente.

“Não creio que deva ser aceitável para qualquer pessoa neste mundo que anule um país”, disse em declarações à Sky News, na cimeira COP26, que começou na segunda-feira em Glasgow, na Escócia.

A nação, que é a casa de quase 60 mil pessoas, está a recuperar das secas e inundações enquanto prepara aquilo a que Tina Stege chamou de “plano de sobrevivência”. Mas é preciso mais, nomeadamente, ajuda internacional e dinheiro.

Alguns países desenvolvidos comprometeram-se, há mais de uma década, a mobilizar 100 mil milhões de dólares por ano até 2020 para ajudar os mais pobres a enfrentar os impactos climáticos, mas a promessa ficou aquém das expectativas.

“As nações mais ricas que realmente criaram o problema em primeiro lugar têm os recursos para responder e nós não“, disse a responsável, desta vez à BBC.

O apelo surge depois de um relatório do Banco Mundial ter indicado que as Ilhas Marshall serão uma das primeiras nações cuja existência será ameaçada pela subida do nível da água do mar.

A investigação não conseguiu prever quando é que o mar atingirá um nível problemático, uma vez que tal também depende do cumprimento dos objetivos do acordo climático de Paris de 2015.

“Estamos na linha da frente”, disse Tina Stege. “Somos os mais vulneráveis e, se protegermos os mais vulneráveis, protegemo-nos a nós próprios”, apelou.

https://zap.aeiou.pt/ilhas-marshall-imploram-afogar-442144

 

Explosões e tiroteio em hospital militar em Cabul fazem 15 mortos e 34 feridos !


Os ataques ainda não foram reivindicados. Ouviu-se uma primeira explosão, seguindo-se um tiroteio. Dez minutos depois, ouviu-se uma segunda explosão, ainda maior que a primeira.

Pelo menos 15 pessoas morreram e 34 ficaram feridas quando duas explosões e um tiroteio abalaram o maior hospital militar do Afeganistão, em Cabul. Segundo a Reuters, as explosões aconteceram à entrada do hospital Sardar Mohammad Daud Khan, no centro da capital afegã, e as forças de segurança foram enviadas para a área, afirmou o porta-voz do Ministério do Interior.

Ainda não há confirmação no número de mortos, mas um responsável talibã em condição de anonimato afirmou que há pelo menos 15 mortos e 34 feridos. O grupo de ajuda humanitária italiano Emergency, que tem um hospital acerca de três quilómetros do local, avançou que já recebeu nove feridos.

Várias imagens partilhadas nas redes sociais mostram uma nuvem de fumo na zona das explosões e testemunhas afirmam que pelo menos dois helicópteros sobrevoaram a área. Ainda ninguém reivindicou as explosões, mas a agência de notícias Bakhtar afirma que testemunhas disseram que um número de combatentes do Estado Islâmico entraram no hospital e envolveram-se em confrontos com as forças de segurança.

Um trabalhador do hospital afirma que ouviu uma grande explosão, seguindo-se alguns minutos de tiros. Cerca de dez minutos depois, ouviu-se uma segunda explosão, ainda maior que a primeira.

Recorde-se que o Estado Islâmico, que já levou a cabo uma série de ataques em mesquitas e noutros alvos, incluindo no aeroporto de Cabul, desde que os talibãs voltaram ao poder em Agosto, já tinham atacado o hospital em 2017, tendo matado mais de 30 pessoas.

Os ataques do grupo têm causado preocupação sobre a possibilidade do Afeganistão voltar a ser um refúgio para grupos terroristas, tal como aconteceu antes da invasão norte-americana em 2001. Na altura, o governo talibã era aliado da Al-Qaeda, o grupo que levou a cabo os ataques do 11 de Setembro.

https://zap.aeiou.pt/explosoes-tiroteio-hospital-cabul-441943

 

“O que descobri estava a colocar vidas em risco”, diz denunciante do Facebook !


A forma de a Facebook dar prioridade à informação tem o efeito colateral de amplificar os conteúdos mais extremos, disse esta segunda-feira Frances Haugen, ex-funcionária e denunciante da empresa, durante o evento de abertura da Web Summit em Lisboa.

“Um dos custos humanos da série de decisões que a Facebook tomou é que há muitas pessoas que têm a mesma experiência que eu, que entrei a querer trabalhar sobre a desinformação e descobri coisas que acreditava estarem a colocar vidas em risco“, disse Frances Haugen quando questionada sobre as motivações que a levaram a denunciar as alegadas más práticas da empresa.

A ex-funcionária da Facebook forneceu em setembro dezenas de milhares de documentos internos à Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora dos mercados financeiros nos Estados Unidos, e ao “Wall Street Journal”. Adiantou que em lugares como os Estados Unidos “isso pode causar jantares de Ação de Graças arruinados“.

“Em lugares mais frágeis do mundo, que quase universalmente não têm os sistemas de segurança básicos do Facebook, os sistemas que até o próprio Mark [Zuckerberg] disse que a classificação baseada no engajamento é perigosa, as consequências são mais graves“, afirmou.

Haugen deu o exemplo da Etiópia, “onde um incidente de violência étnica está a acontecer agora e está a ser amplificado nas redes sociais”, onde há 100 milhões de pessoas, que falam seis línguas e 95 dialetos.

“Quando a base de segurança é língua por língua, essa não chega aos lugares mais frágeis do mundo“.

Haugen alega que os documentos comprovam que a empresa liderada por Mark Zuckerberg tem mentido sobre a eficácia dos seus esforços para erradicar o discurso do ódio e da violência e a desinformação na rede social.

A 6 de outubro, depois de uma audição de Haugen no Congresso, Zuckerberg disse que a ex-funcionária está a pintar uma falsa imagem da empresa.

Zuckerberg revelou em 28 de outubro que a Facebook vai mudar de nome para Meta, numa tentativa de abranger a sua visão de realidade virtual para o futuro.

Frances Haugen foi contratada pela Facebook em 2018. Entre 2019 e maio de 2021, quando deixou a empresa, foi gestora de produto no departamento de integridade cívica.

De acordo com o Público, o debate sobre o papel do Facebook na sociedade deve continuar nos próximos dias. Esta terça-feira, o responsável de assuntos globais da empresa, Nick Clegg, terá oportunidade de se defender das críticas de Haugen.

Mais tarde, Chris Cox, responsável pelos muitos produtos do grupo, falará dos planos para o metaverso. Do lado dos críticos, participa o magnata Roger Mcnamee, um dos primeiros mentores de Mark Zuckerberg que, com os anos, se tornou dos maiores críticos da empresa.

A edição de 2021 da Web Summit decorre até 4 de Novembro na FIL e na Altice Arena, em Lisboa.

https://zap.aeiou.pt/colocar-vidas-em-risco-facebook-441934

 

Cinco milhões de mortos por covid-19 - “Uma vergonha global” !


O mundo atingiu esta segunda-feira a marca de 5 milhões de mortes confirmadas por covid-19, menos de dois anos após o início de uma pandemia que devastou países pobres, mas também abateu nações ricas com sistemas de saúde de primeira linha.

Em menos de dois anos, 5 milhões de mortos — algo como metade da população portuguesa. “Uma vergonha global”, considera o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, “uma marca arrasadora que nos recorda que estamos a fracassar em grande parte do mundo”.

Esta segunda-feira, Guterres realçou que enquanto os países ricos avançam para terceiras doses da vacina, apenas cerca de 5% de pessoas em África estão totalmente inoculadas.

Mas apesar da escassa vacinação nos países em desenvolvimento, é nos países mais ricos que se regista maior número de mortes por covid-19.

Juntos, os Estados Unidos, a União Europeia (UE), o Reino Unido e o Brasil – países com rendimento médio-alto ou alto – representam um oitavo da população mundial, mas somam quase metade de todas as mortes oficialmente notificadas.

Os Estados Unidos, sozinhos, registaram mais de 745 mil óbitos — número superior ao de qualquer outra nação, em números absolutos.

Segue-se o Brasil, com mais de 607 mil vidas perdidas. Os dois países juntos somam quase 25% do total de mortes, embora representem menos de 7% da população mundial.

O total de mortes oficialmente notificadas no mundo, calculado pela Universidade Johns Hopkins, nos EUA, é, à hora desta edição, de 5.004.153, com 247.000.948 casos confirmados em todo o mundo.

O número é semelhante ao total de pessoas mortas em batalhas entre nações desde 1950, segundo estimativas do Peace Research Institute Oslo, instituição privada de pesquisa em estudos de paz e conflitos, com sede na Noruega.

A covid-19 é agora a terceira principal causa de morte em todo o mundo, depois das doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais.

Apenas a Gripe Espanhola de 1918, que vitimou 50 milhões de pessoas (3% da população mundial) e a SIDA, que levou a vida a 36,3 milhões de pessoas, provocaram mais mortos do que a covid-19.

Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais de mortes na pandemia devem ser ainda maiores, devido à falta de testes em larga escala e de pessoas que morrem em casa sem atenção médica, especialmente em regiões mais pobres.

Os países em situação mais grave doenças cardíacas e derrame desde que o primeiro caso foi detetado, na cidade de Wuhan, na China, transformando diferentes lugares no mapa mundo em “zonas vermelhas”.

Atualmente, o vírus afeta principalmente a Rússia, a Ucrânia e outros países do Leste Europeu, especialmente onde as teorias da conspiração, a desinformação e a desconfiança no governo têm prejudicado os esforços de vacinação.

Na Ucrânia, apenas 17% da população adulta está completamente vacinada. Na Arménia, apenas 7%.

Entre os continentes, a situação é pior na Europa, cujos óbitos aumentaram 14% na semana passada em relação à semana anterior, e na Ásia, com uma subida de 13%.

Em África, por outro lado, as mortes caíram 21%, apesar do lento ritmo de vacinação. Ao todo, as mortes globais subiram 5% na última semana, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Desigualdade

“O que é singularmente diferente sobre esta pandemia é que ela atingiu com mais força os países com mais recursos“, observou a epidemiologista Wafaa El-Sadr, da Universidade Columbia, nos Estados Unidos. “Essa é a ironia da covid-19“.

Nações mais ricas com expectativas de vida mais longas têm proporções maiores de idosos, de residentes em lares e de sobreviventes de cancro, que são especialmente vulneráveis à doença causada pelo coronavírus, aponta El-Sadr.

Já países mais pobres tendem a ter mais crianças, adolescentes e jovens adultos, que são menos propensos a adoecer gravemente.

Mas o padrão que ressalta em grande escala, ao comparar países, é diferente quando são examinados de perto. Em cada nação desenvolvida, quando as infecções são rastreadas, as regiões e bairros mais pobres são os mais atingidos.

Nos EUA, por exemplo, a covid-19 teve um impacto muito maior nas populações negra e hispânica, que são mais propensas a viver em regiões mais pobres e têm menos acesso a cuidados de saúde.

A economia também desempenhou um papel importante na campanha global de vacinação, com os países ricos a ser acusados de bloquear a distribuição de vacinas.

Enquanto os EUA e outros países desenvolvidos já estão a administrar doses de reforço das vacinas, milhões de pessoas em África não receberam sequer a primeira dose.

África continua a ser a região menos vacinada do mundo, com apenas 5% de sua população de 1,3 mil milhões de pessoas totalmente vacinada.

https://zap.aeiou.pt/em-menos-de-dois-anos-5-milhoes-de-mortos-441867

 

Vítima das alterações climáticas, lago turco seca e mata milhares de flamingos !

Lago Tuz, na Turquia
O lago Tuz, no centro da Turquia, acolheu durante séculos colónias de flamingos. No verão, os animais chegavam para procriar, alimentando-se das algas do lago. Este ano, a imagem idílica foi substituída por uma mais desoladora, com flamingos mortos no leito ressequido do lago.

Já não resta uma única gota de água no lago de 1.665 quilómetros quadrados, o segundo maior da Turquia. O Tuz (Salt Lake, em inglês) é vítima de uma seca provocada pelas alterações climáticas e décadas de políticas agrícolas que esgotaram as águas subterrâneas.

De acordo com o The Independent, Tuz não é o único: outros lagos turcos também recuaram, afetados pela baixa precipitação e práticas insustentáveis de irrigação.

Especialistas em Clima advertem que toda a bacia mediterrânica, que inclui a Turquia, está particularmente em risco de seca severa e desertificação.  

Um estudo, conduzido pela Universidade Ege, mostra que os níveis de água no Lago Tuz começaram a baixar a partir do ano 2000. Segundo a Agência Estatal Anadolu, o lago recuou completamente este ano devido ao aumento das temperaturas, evaporação intensificada e chuva insuficiente.

O mesmo estudo indicou ainda um declínio acentuado dos níveis das águas subterrâneas em torno do Lago Tuz, um lago hipersalino que atravessa as províncias turcas de Ankara, Konya e Aksaray.

Os grupos ambientalistas argumentam que as pobres políticas agrícolas governamentais desempenham um papel significativo na deterioração dos lagos turcos.

“Se não lhes pagarem dinheiro suficiente, os agricultores vão plantar o que quer que seja de água intensiva e ganhar dinheiro. E se simplesmente lhes disserem que não é permitido, eles não vão votar nessa pessoa nas próximas eleições”, disse Levent Kurnaz, cientista do Bogazici University’s Center for Climate Change and Policy Studies.

O uso excessivo das águas subterrâneas está também a tornar a região mais suscetível à formação de depressões.

“Continuam a dizer às pessoas que não devem utilizar as águas subterrâneas para esta agricultura e as pessoas não estão a ouvir. Existem cerca de 120 mil poços não licenciados na região, e todos estão a bombear água como se essa água durasse para sempre”, afirmou Kurnaz.

A seca e as mortes de flamingos no Lago Tuz foram apenas um de um conjunto de desastres ecológicos a atingir a Turquia neste verão, em parte devido às alterações climáticas.

https://zap.aeiou.pt/lago-turco-seca-e-mata-flamingos-441402

 

“A Batalha do Lago Changjin” transforma a dolorosa história da Guerra da Coreia em gloriosa vitória da China !

Na China de hoje, refletir sobre a guerra pode ter consequências graves. Recentemente, o antigo jornalista de investigação Luo Changping foi preso por ridicularizar o filme chinês de propaganda “A Batalha do Lago Changjin”, um drama sobre o Exército Voluntário Popular durante a Guerra da Coreia.

A longa metragem foi lançada no âmbito das comemorações do centésimo aniversário do Partido Comunista da China.

Com um orçamento de produção de 200 milhões de dólares, o filme é realizado pelos premiados cineastas Chen Kaige, Tsui Hark e Dante Lam e protagonizado pelo célebre ator Wu Jing.

O lançamento ocorreu no Dia Nacional da China, e a receita de bilheteria na China Continental ultrapassou 4 mil milhões de yuans (cerca de 520 milhões de euros) em menos de 10 dias.

O filme conta a história do heroísmo altruísta dos soldados voluntários chineses para vencer dramaticamente o exército americano na batalha do Reservatório de Chosin.
A batalha do Reservatório de Chosin

A batalha aconteceu entre 27 de novembro e 13 de dezembro de 1950, um mês depois de o líder chinês, Mao Tsé-Tung, ter lançado oficialmente a China na Guerra da Coreia.

A guerra de três anos entre a Coreia do Norte, apoiada pelos soviéticos, e a Coreia do Sul, apoiada pelas Nações Unidas, começou depois de as forças militares norte-coreanas terem cruzado a fronteira e entrado na Coreia do Sul, em 25 de junho de 1950.

Sob o slogan “resistir aos EUA para apoiar a Coreia”, Mao ordenou o ataque do exército de libertação chinês às tropas das Nações Unidas, compostas principalmente por forças dos EUA, para impedir a unificação da Coreia sob forças capitalistas.

Para evitar declarar guerra contra a ONU e os EUA, as tropas chinesas foram nomeadas “Exército Voluntário Popular”. Cerca de 3 milhões de civis chineses e pessoal militar serviram na Guerra da Coreia.

Durante a guerra, 120.000 soldados chineses do 9º Exército Voluntário Popular foram enviados para o campo de batalha na Coreia do Norte, a meio do inverno, para atacar 30.000 soldados das Nações Unidas no Reservatório Chosin.

O exército voluntário chinês estava tão pouco equipado que dezenas de milhares de soldados morreram congelados, quando as temperaturas no Reservatório Chosin chegaram aos 30°C negativos.

Segundo relatórios oficiais chineses, o exército teve 48.156 baixas durante o combate, com quase 29.000 mortes não vinculadas à batalha.

Quanto às tropas da ONU, foram registadas 17.843 vidas perdidas, sendo 7.338 mortes devido ao tempo brutalmente frio.

Contudo, as tropas das Nações Unidas conseguiram bater em retirada e evacuar 98.100 refugiados e civis que queriam escapar a um regime militar apoiado pelos soviéticos no nordeste da Coreia do Norte, numa região cercada pelo Exército Popular da Coreia.
Controvérsia e crítica

A escolha da batalha como filme de propaganda patriótico é controversa, porque a Guerra da Coreia foi um período muito doloroso para China e Coreia.

Estima-se que a Coreia do Norte e a China tenham perdido, cada uma, entre 200.000 e 400.00 soldados, enquanto o exército sul-coreano perdeu 162.394.

O exército norte-americano perdeu 36.574 vidas na Guerra da Coreia, e as forças aéreas da União Soviética perderam 335 aviões e 299 vidas.

A intervenção chinesa na Guerra da Coreia foi altamente controversa até há pouco tempo, porque a guerra causou enormes perdas de ambos os lados. Mais de três milhões de civis coreanos morreram na guerra.

Segundo o analista chinês Adam Ni, radicado na Alemanha, a batalha do Reservatório de Chosin foi considerada pelo próprio 9º Exército Voluntário Popular uma “falha com um custo massivo”.

“Mesmo antes do fim da batalha, já havia no Centro do Partido um documento intitulado ‘Autocrítica do 9º Grupo Militar sobre a batalha na frente leste‘, declarando-a um fracasso de alto custo. Hoje, esse fracasso é celebrado“, escreve Adan Ni.

No entanto, na China de hoje, refletir sobre a guerra pode ter consequências graves. O antigo jornalista de investigação Luo Changping foi preso por “infringir a reputação e honra dos mártires nacionais” depois de ter escrito um comentário nas redes sociais chinesas.

“Depois de meio século, as pessoas neste país pouco refletem sobre a causa dessa guerra. A situação é como a das tropas congeladas da altura, elas não questionaram a ‘grave decisão’ vinda de cima”, opinou Changping.

Apesar de a maior parte dos comentários negativos sobre o filme e críticas sobre a intervenção da China na Guerra da Coreia serem silenciados e censurados, a mensagem de Luo espalhou-se pelas redes sociais.

Propaganda concertada

Recentemente, o internauta @fangshimin partilhou duas interpretações ditas “pessoais” de bloggers chinesas sobre o filme, para mostrar o esforço de propaganda das autoridades em defender um patriotismo “a sangue quente” e o desejo de lutar pelo país.

“Aqui vai o roteiro de propaganda de Batalha do Lago Changjing“, diz o utilizador.

É comum ver bloggers pró-governo chinês a partilhar os pontos de vista das autoridades. Um exemplo notável foi a enxurrada de vídeos sobre a vida dos uigures em Xinjiang.

Jornalistas de investigação apontaram na altura que a chamada “experiência partilhada por mais de mil uigures” parecia tirada de uma cartilha comum, o que sugeria que os vídeos eram parte de uma campanha coordenada de influência.

@fangshimin acredita que as bloggers usaram a mesma tática para discutir o filme patriótico. Ambas diziam que tinham um avô que tinha lutado na Batalha do Reservatório de Chosin e que a história mostra que é necessário suprimir a masculinidade efeminada e a cultura de fãs.

O governo chinês anunciou recentemente que vai apertar as regras aplicáveis aos programas televisivos, e lançou uma campanha de comunicação para abolir os “homens efeminados” e a cultura de fãs.

O filme criou também um debate sobre as batalhas à volta da edição chinesa da Wikipédia.

William Long, conhecido blogger de tecnologia, notou que alguns utilizadores da Wikipédia estão continuamente a tentar editar a nota original sobre o termo chinês Batalha do Reservatório de Chosin, para sugerir que a China teve uma “vitória decisiva” no confronto.

O repórter do New York Times Evan Hill, realça entretanto que no exterior da China o espaço para expressão crítica sobre a história do país está também a encolher.

Segundo Hill, Hollywood tem embarcado alegremente numa auto-censura à sua produção artística — em nome dos lucros no mercado chinês.

“É muito engraçado que o cinema ocidental não produza nada sobre o nacionalismo anti-China. A indústria de Hollywood quer desesperadamente dinheiro, e entretanto o filme mais popular do mundo vai ser sobre soldados chineses a derrotar soldados americanos na Guerra da Coreia.”

https://zap.aeiou.pt/a-batalha-do-lago-changjin-transforma-a-dolorosa-historia-da-guerra-da-coreia-em-gloriosa-vitoria-da-china-441830


segunda-feira, 1 de novembro de 2021

A Última PROFECIA do menino prodígio indiano: "Dois Grandes Perigos virão em Dezembro" !

O prodígio indiano da profecia continuou recentemente a fazer previsões sobre a situação futura do Mundo com base em seus julgamentos astrológicos.
 
O prodígio profético indiano Abhigya Anand causou recentemente uma "febre" ao fazer previsões precisas sobre a situação do mercado de criptomoedas. Em um vídeo postado em 21 de setembro de 2021, Abhigya Anand acredita que as moedas virtuais estabelecerão um recorde antes do final de novembro. Pensando que essa previsão estava errada quando a maioria das criptomoedas, normalmente Bitcoin, todas elas declinaram no final de setembro e início de outubro , principalmente devido à repressão pelas autoridades chinesas, mas nos últimos dias de outubro, o preço do Bitcoin subitamente aumentou para um nível recorde de quase 67.000 dólares, duas vezes mais alto e meio em comparação com apenas um mês atrás. Além do Bitcoin, uma série de outras criptomoedas também surgiu.
Essa previsão se tornou realidade ajudando o nome de Abhigya Anand a ser conhecido e confiável para mais pessoas. Em 22 de outubro de 2021 o profeta prodígio de 15 anos continuou a enviar um novo vídeo em seu canal do Youtube para fazer as últimas previsões sobre o futuro destino do mundo através da astrologia. Notavelmente, há duas profecias sobre o grande perigo que o Mundo pode enfrentar em breve.

Em um vídeo divulgado em 22 de outubro, Abhigya Anand menciona como Júpiter é afetado por um retrógrado, que teve um grande impacto no mundo. Especificamente, após 20 de junho, embora muitos países tenham taxas muito altas de vacinação contra COVID-19 mas ainda não possam controlar a doença. Algumas partes da Europa têm altas taxas de vacinação, mas ainda enfrentam uma terceira ou quarta onda da doença.

Sobre a tendência futura da epidemia, Abhigya Anand destacou que um surto maior deve estourar na segunda semana de dezembro . Independentemente das taxas de vacinação, muitos países ao redor do mundo ainda são muito afetados. Tomando Cingapura como exemplo, Abhigya Anand disse que o país tem uma das taxas de vacinação contra COVID-19 mais rápidas e mais altas do Mundo, mas ainda enfrenta um alto número de infecções.

Abhigya Anand passou a falar sobre o segundo perigo mundial no futuro relacionado à crise global de energia, condições climáticas extremas e desafios econômicos . Quando Júpiter entrar em Capricórnio em 13 de setembro e um objeto desconhecido atingir a superfície de Júpiter, muitas mudanças acontecerão no mundo. Especificamente, o clima, os preços do carvão, a energia e a economia em geral são todos voláteis. Abhigya Anand acredita que o país mais afetado será a China.
O prodígio indiano também mencionou que o clima severo afetará o mundo neste inverno, tornando-se ainda pior depois de 10 de dezembro com temperaturas muito baixas e fortes chuvas em muitos lugares. Essa situação pode perdurar até maio de 2022.

Abhigya Anand disse que só em meados de 2022 a situação geral do Mundo irá melhorar gradualmente a epidemia será controlada gradualmente e a economia começará a se recuperar.

Abhigya Anand, 15 é saudado como uma criança prodígio aos 14 anos, tem pós-graduação, é fluente em seis idiomas e tem uma grande paixão pela astrologia. Todas as previsões da Abhigya Anand são baseadas na astrologia. Até o momento, algumas das profecias do menino se tornaram realidade, a mais famosa delas é a profecia sobre a pandemia de COVID-19.

 
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Asteróide passou a rasar a Terra sem ser detetado !


O corpo celeste, identificado como 2021 UA1, sobrevoou a Antártica no dia 24 de outubro a uma velocidade de 57 mil quilómetros por hora, a uma distância 125 vezes menor do que a da Terra à Lua.

Um pequeno asteróide, com dois metros de diâmetro, passou a apenas 3.047 quilómetros da superfície de nosso planeta no dia 24 de outubro, sem ser detetado pelos astrónomos.

À escala astronómica, esta distância é um “fio de cabelo”, 125 vezes menor do que a distância da Terra à Lua, 384.400 km. Uma simulação por computador mostra como o corpo celeste passou “a rasar” pela Terra.

Segundo o Catalina Sky Survey, o corpo celeste, identificado como 2021 UA1, sobrevoou a Antártica a uma velocidade de 57 mil quilómetros por hora.
 
De acordo com os especialistas, um asteróide deste tamanho não representa risco, já que quando se aproxima da Terra incinera-se e desintegra-se ao entrar em contacto com a atmosfera terrestre, sem afetar a superfície do planeta.

O facto mais preocupante, no entanto, é que o asteróide passou pela Terra sem ser detetado, tendo sido identificado apenas após a sua passagem.

O corpo celeste aproximou-se da Terra durante o dia, numa rota que passou por trás do Sol, pelo que era indetetável antes de se ter aproximado, explica o astrónomo Tony Dunn no seu perfil no Twitter.

Este é o terceiro asteróide que nas últimas semanas passou próximo da Terra, depois do 2020 HQ e do 2020 VT4 — ambos demasiado pequenos para representar uma ameaça à segurança, e cuja aproximação, em ambos os casos, tinha sido detetada.

Em setembro, um asteróide potencialmente mais perigoso passou pela Terra a uma distância de apenas 366.000 quilómetros — o que significa que, por breves momentos, esteve mais próximo do nosso planeta do que a Lua. O 2010 RJ53, com 774 metros de diâmetro, tinha mais do dobro da altura da Torre Eiffel.

https://zap.aeiou.pt/asteroide-passou-a-rasar-a-terra-sem-ser-detetado-441757

 

Professor e escritor Yuval Harari avisa que os "Humanos começarão a ser hackeados" !

Professor e Escritor Yuval Harari avisa que humanos serão "hackeados" se a inteligência artificial não for regulamentada globalmente. Harari diz que a cooperação global é necessária para evitar que os dados humanos caiam nas mãos de alguns poucos poderosos. Relatórios de 60 minutos deste domingo.

O futuro poderia ver os dados humanos do mundo, entregues através do poder crescente e alcance da inteligência artificial, nas mãos de poucos poderosos - uma receita para um amanhã distópico povoado por "humanos hackeados", diz Yuval Noah Harari. 

O autor de renome mundial diz a Anderson Cooper que as nações devem começar a cooperar para evitar isso regulando a inteligência artificial e a coleta de dados em todas as nações. A entrevista com Harari será transmitida no dia 60 Minutes, domingo, 31 de outubro, às 19h ET / PT na CBS.

Harari diz que os países e empresas que controlam a maioria dos dados controlarão o Mundo.

“O Mundo está cada vez mais dividido em esferas de coleta de dados, de coleta de dados. Na Guerra Fria, você tinha a Cortina de Ferro. Agora temos a Cortina de Silício, que está cada vez mais dividido entre os EUA e a China”. Harari diz a Cooper. "Seus dados vão para a Califórnia ou vão para Shenzhen, Xangai e Pequim?"
Yuval Harari sendo entrevistado. Crédito: 60 minutos.

Harari professor de história da Universidade Hebraica de Jerusalém, publicou seu primeiro livro, "Sapiens", em 2014; foi um best-seller global. Desde então, publicou mais dois livros com temas futuristas, "Homo Deus" e "21 Lições para o Século 21". Os três livros juntos venderam 35 milhões de cópias em 65 idiomas.

Ele tem alertado as pessoas sobre um futuro não tão distante de mudanças incríveis dizendo que a inteligência artificial em funcionamento hoje por meio de algoritmos apenas fortalecerá seu controle sobre os humanos.

"A Netflix nos diz o que assistir e a Amazon nos diz o que comprar. Eventualmente, em 10, 20 ou 30 anos, esses algoritmos também podem dizer o que estudar na faculdade e onde trabalhar, com quem se casar e até mesmo em quem votar." diz Harari.

E ele aponta a pandemia abriu a porta para uma coleta ainda mais intrusiva de nossos dados.  

“São dados sobre o que está acontecendo dentro do meu corpo. O que vimos até agora, são corporações e governos coletando dados sobre aonde vamos, quem encontramos, que filmes assistimos. A próxima fase é a vigilância sob nossa pele”, avisa. . 

"Certamente, agora estamos no ponto em que precisamos de cooperação global. Você não pode regular o poder explosivo da inteligência artificial em nível nacional", disse Harari, que disse a Cooper o que acha que precisa ser feito. "Uma regra importante é que, se você conseguir meus dados, eles devem ser usados ​​para me ajudar e não para me manipular. Outra regra importante é que sempre que você aumentar a vigilância de indivíduos, deverá simultaneamente aumentar a vigilância da empresa, dos governos e das pessoas no topo. E o terceiro princípio é que - nunca permita que todos os dados sejam concentrados em um só lugar. Essa é a receita para uma ditadura. " 

Harari diz que os humanos correm o risco de serem 'hackeados' se a inteligência artificial não se tornar mais bem regulamentada.

"Hackear um ser humano é conhecer essa pessoa melhor do que ela mesma. E com base nisso manipulá-lo cada vez mais", diz Harari.  

Há uma vantagem no surgimento da inteligência artificial também, diz Harari, mas apenas se for acompanhada por regulamentação.

“A coisa toda é que não é apenas distópico. Também é utópico. Quer dizer, esse tipo de dado também pode nos permitir criar o melhor sistema de saúde da história”, diz ele. "A questão é o que mais está sendo feito com esses dados? E quem os supervisiona? Quem os regulamenta?" 
 
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Jornalistas agredidos em Roma por seguranças de Bolsonaro !


Homens que faziam a segurança do presidente brasileiro na capital italiana deram murros e empurraram repórteres. Segundo a Globo, a “retórica beligerante” de Bolsonaro contra os jornalistas “está na raiz desse tipo de ataque”.

Jornalistas brasileiros que acompanham a visita de Jair Bolsonaro a Roma foram hostilizados pelo presidente e agredidos na noite deste domingo por homens que faziam a segurança do chefe de Estado brasileiro durante uma caminhada no centro da capital italiana.

As agressões foram dirigidas a jornalistas da Globo, Folha e UOL, relata a Deutsche Welle.

O primeiro incidente envolveu a jornalista Ana Estela de Sousa Pinto, do jornal Folha de S.Paulo, que relatou ter sido empurrada por um segurança enquanto aguardava em frente à embaixada brasileira na capital italiana, onde Bolsonaro está alojado.

Pouco depois, Bolsonaro deixou o prédio e fez uma caminhada improvisada para se encontrar com algumas dezenas de apoiantes que se concentravam em frente à embaixada, tendo-se então gerado um tumulto no local.

Nesse momento, os jornalistas aproximaram-se para tentar colocar perguntas, tendo sido afastados de forma violenta do presidente brasileiro. O correspondente da Globo, Leonardo Monteiro, perguntou a Bolsonaro por que motivo não compareceu aos eventos do G20 na manhã deste domingo.

“É a Globo? Você não tem vergonha na cara….”, disse Bolsonaro. Seguidamente, o jornalista levou um murro no estômago de um segurança e foi empurrado com violência.

O jornalista Jamil Chade, do portal UOL, começou a filmar a violência contra os jornalistas, tendo então sido empurrado por um segurança — que lhe agarrou e torceu o braço, tirando-lhe o telemóvel Seguidamente, o segurança atirou o aparelho ao chão, relatou o jornalista.

Chade também perguntou a Bolsonaro por que motivo não estará presente na Cimeirs do Clima COP26, em Glasgow, ao que o presidente respondeu que “não te devo satisfação”.

Pouco antes do início dos tumultos, uma assistente da Globo que aguardava para gravar imagens do presidente foi intimidada, tendo sido alvo de gritos de “infiltrada” por apoiantes do presidente.

O presidente brasileiro encontrava-se em Roma para participar na cimeira do G20. Ao contrário de outros líderes, a agenda de Bolsonaro tem sido pouco preenchida, e o chefe de estado brasileiro tem gastado boa parte do tempo em passeios e encontros com apoiantes. Este foi o terceiro passeio de Bolsonaro nas ruas da capital italiana em três dias.

Segundo os relatos dos jornalistas, não é claro se os responsáveis pelas agressões eram agentes da polícia ou seguranças particulares.

Este não é o primeiro incidente envolvendo agressões físicas e verbais a jornalistas que desagradam a Bolsonaro.

Em janeiro, um relatório divulgado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) brasileiros anotou que Bolsonaro protagonizou 175 ataques contra a imprensa em 2020.

Em maio, em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente mandou um jornalista da Folha “calar a boca”. Em agosto do mesmo ano, disse a um jornalista que tinha “vontade de encher tua boca com porrada, tá? Seu safado”.

Também são comuns agressões físicas e verbais por parte de apoiantes do presidente, que muitas vezes estimula os ataques.

Em julho deste ano, a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) incluiu Bolsonaro numa lista de 37 líderes de todo o mundo que a organização considera “predadores da liberdade de imprensa“.

A lista inclui ainda os chefes de Estado da Síria, Bashar al-Assad, e da China, Xi Jinping.

https://zap.aeiou.pt/jornalistas-agredidos-em-roma-por-segurancas-de-bolsonaro-441773

 

Crianças afegãs traumatizadas sofrem num abrigo que não está apto para cuidar delas !


Há crianças afegãs refugiadas nos Estados Unidos que estão traumatizadas e já se magoaram a si e a outros menores num abrigo em Chicago.

Em Chicago, nos Estados Unidos, um abrigo recebeu várias crianças afegãs que fugiram do país após os talibãs terem assumido controlo. A ProPublica escreve que algumas destas crianças magoaram-se a si mesmas ou a outras pessoas. Outras até ameaçaram algum do pessoal que trabalha no abrigo. Há ainda alguns casos de menores que tentaram escapar ou disseram que queriam morrer.

O cenário dentro do abrigo é retratado por três funcionários e outras pessoas que têm conhecimentos das condições vividas lá dentro. A ProPublica também obteve documentos internos e relatórios da polícia que corroboraram algumas das situações descritas.

Os funcionários da organização sem fins lucrativos Heartland Alliance dizem que o abrigo não tem condições para receber as cerca de 40 crianças e jovens afegãos. Muitos deles, contam, têm problemas psicológicos e estão traumatizadas. As barreiras linguísticas e culturais só agravam a situação, nunca antes vivida por estes trabalhadores, assumem os próprios.

“Não sabemos se estão a dizer que vão se magoar até finalmente conseguirmos um tradutor na linha”, disse um trabalhador do abrigo.

“Eles podem estar a dizer-nos algo… Tentamos adivinhar. Tentamos comunicar com dicas, linguagem gestual, fazendo movimentos como se estivéssemos com fome ou precisássemos disto ou daquilo”, explicou ainda um membro do staff.

Há quatro abrigos da Heartland em Chicago que têm um total de 79 crianças afegãs, mas o de Bronzeville é onde estão a ser relatados os problemas. Um número representativo, tendo em conta que o governo norte-americano recebeu um total de 186 crianças e jovens.

“Estes jovens afegãos estão a enfrentar fardos de trauma muito altos e problemas de saúde mental por terem vivido num país devastado pela guerra, exacerbado pela sua chegada caótica e não tradicional sozinhas a um país estrangeiro”, disse a Heartland em comunicado. “Algo tão simples como um telefonema para casa é altamente emocional… E se os meus pais não responderem? Estarão mortos? Ausentes? Voltarei a vê-los? E se os talibãs me encontrarem aqui?”. São perguntas como estas que passam pela cabeças das crianças deste — e de outros — abrigos.

Embora os trabalhadores entendam que fatores fora do controlo da Heartland são os principais culpados pelos problemas, mostram-se insatisfeitos com a resposta da própria organização e do Office of Refugee Resettlement, o órgão federal que gere o restabelecimento de refugiados nos Estados Unidos.

Funcionários da Heartland dizem que fornecem “cuidados residenciais seguros e acolhedores 24 horas por dia, sete dias por semana, que incluem alimentação, roupa, abrigo, escola e cuidados médicos básicos”.

No Michigan, a resposta ao problema tem sido diferente. Lá, a Starr Commonwealth tem um intérprete em cada chalé que fala afegão, persa afegão ou ambos.

https://zap.aeiou.pt/criancas-afegas-traumatizadas-sofrem-num-abrigo-que-nao-esta-apto-para-cuidar-delas-441087

 

domingo, 31 de outubro de 2021

Manuscritos recém-descobertos de antigo escritor antissemita abrem batalha legal em França !

Os manuscritos de Louis-Ferdinand Céline.
Jean-Pierre Thibaudat, antigo escritor de cultura de um jornal francês, revelou um conjunto de manuscritos do tão aclamado quanto polémico escritor Louis-Ferdinand Céline.

A sua magnum opus é “Viagem ao Fim da Noite”, embora também seja conhecido pela obra “Morte a Crédito”. No entanto, o autor francês tem um lado negro: escreveu três panfletos que revelam uma identidade abertamente antissemita, facto que lhe terá valido a famosa acusação por parte de Jean-Paul Sartre de ter colaborado com os nazis.

Thibaudat levou os manuscritos a Emmanuel Pierrat, um advogado especializado em propriedade intelectual. “Esta é a maior descoberta literária de sempre”, disse Pierrat citado pelo The New York Times.

Os manuscritos estavam perdidos há mais de 75 anos, com Céline a alegar que tinham sido roubados do seu apartamento em Paris quando escapou para a Alemanha, em 1944, temendo que fosse castigado por ter colaborado com as forças nazis.

Céline voltou para França em 1951 após receber amnistia. O escritor culpou Oscar Rosembly, um vizinho que contratou para fazer a sua contabilidade, pelo desaparecimento dos papéis.

O acervo contém 6 mil páginas não publicadas que incluem uma versão completa de um romance que foi impresso, mas que estava inacabado, e outra obra totalmente desconhecida até hoje.

Thibaudat diz que recebeu os manuscritos de um benfeitor ou benfeitores anónimos há cerca de 15 anos. O escritor manteve-os em segredo este tempo todo — a pedido do tal benfeitor — até que a viúva de Céline morresse, para que uma “família antissemita” não lucrasse com o tesouro literário. A ideia é manter as obras sob domínio público e acessíveis a investigadores.

A controvérsia surgiu, entretanto, com os herdeiro de Céline a entrarem com uma ação judicial contra Thibaudat em fevereiro, acusando-o de manusear bens roubados e exigindo os manuscritos como legítimos proprietários dos bens do falecido escritor.

David Alliot, um investigador literário, diz que o problema para muitos franceses era que, embora Céline fosse um “génio literário”, era um ser humano com vários defeitos.

Émile Brami, livreiro judeu em Paris que dedicou a sua vida ao trabalho de Céline, diz que nos anos 90 encontrou a filha de Rosembly, Marie-Luce, que disse que ainda tinha “muitas coisas de Céline” na sua posse.

“As pessoas que me deram os manuscritos viram como uma forma de livrar-se deles”, disse Thibaudat numa entrevista telefónica. “Era um fardo para eles”.

O antigo escritor diz que não podia ter revelado os documentos sem cumprir a promessa que tinha feito ao benfeitor.

“Fui obrigado por este juramento. Eu não poderia trair as pessoas”, disse o gaulês. “Por isso estava à espera. Não achei que fosse demorar tanto”.

https://zap.aeiou.pt/manuscritos-recem-descobertos-de-antigo-escritor-antissemita-abrem-batalha-legal-em-franca-440733

 

RÚSSIA E UCRÂNIA A UM PASSO DO CAOS !!!


https://undhorizontenews2.blogspot.com/
 

Israel realiza ataques na Síria a luz do dia !


A mídia estatal síria noticia que mísseis solo-solo foram disparados de Israel na manhã de sábado, 31 de outubro, em direção aos subúrbios da capital, Damasco. Nenhum detalhe foi oferecido, exceto para alegar que alguns dos mísseis foram abatidos pelas defesas aéreas da Síria e feriram dois soldados sírios.

O DEBKAfile acrescenta que a principal rodovia da Síria ao Líbano foi alvo, assim como as bases do Hezbollah na área de Dimas a oeste da capital síria, para restringir as entregas de armas iranianas ao Hezbollah. Este último ataque foi incomum, pois usou mísseis terra-terra precisos em prol de um alto grau de precisão no ataque a alvos iranianos e pró-iranianos.

Essa ação ocorreu após a conversa do primeiro-ministro Naftali Bennett em Sochi com o presidente Vladimir Putin em 22 de outubro. O líder russo informou a Israel que Moscou não toleraria mais ataques aéreos capazes de desestabilizar o regime de Assad. Ele também pediu a Israel que avisasse com antecedência sobre os próximos ataques contra alvos iranianos na Síria em um estágio anterior ao atual.
Uma consequência provável dessa conversa foi o recurso da IDF a mísseis de superfície extra-precisos para conter a presença militar iraniana na Síria, em vez de ataques aéreos noturnos de rotina .

https://www.debka.com

 

Países ricos gastam mais dinheiro a aumentar poder militar – E deixam de lado os compromissos climáticos !

De acordo com um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), os países mais ricos estão cada vez mais atrasados no que diz respeito ao cumprimento da promessa de ajudar os estados mais pobres a ajustarem-se ao impacto das alterações climáticas.

O relatório da organização, no âmbito da 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), sugere que as potências com maior capacidade financeira têm canalizado os seus fundos para aumentar o seu poder militar, deixando de lado os compromissos ambientais.

Em 2009, os países mais ricos fizeram a promessa de contribuir com cerca de 100 mil milhões de dólares por ano para ajudar as nações mais empobrecidas a dar resposta aos problemas causados pelas alterações climáticas. Na altura, ficou definido que o valor total das ajudas seria alcançado em 2020, mas a meta já foi deixada para trás.

Segundo a ONU, que na passada segunda-feira apresentou um plano, mesmo que este seja cumprido, demoraria até 2023 até estar concluído – ou seja, três anos após o prazo inicial.

Esta não é a primeira vez que surgem este tipo de críticas. O Fundo Verde para o Clima tem sido assombrado por problemas desde o início, tendo já sido criticado por má gestão, escreve o Gizmodo.

Em setembro, o presidente dos EUA, Joe Biden, informou que o país iria oferecer 5,7 mil milhões de dólares – um grande passo em relação ao que o país contribuiu com o ex-presidente Donald Trump, quando deu menos do que a França, Alemanha, Japão ou Reino Unido, apesar de ser o maior poluidor histórico.

A quantia pode parecer bastante elevada para os EUA desembolsarem todos os anos, mas a verdade é que o país está a gastar muito mais noutros campos. Tendo em conta o relatório apresentado, as maiores economias do mundo estão a investir centenas de milhões de dólares no armamento das suas fronteiras.

Sete dos maiores emissores históricos do mundo, segundo o relatório do Instituto Transnacional sem fins lucrativos internacional, gastam em média 2,3 vezes mais para tornar a segurança das suas fronteiras fortemente militarizada, do que para ajudar outros países a enfrentar o impacto das mudanças climáticas.

Os autores do relatório destacam que em vez de ajudarem as populações mais fragilizadas, os países mais ricos só estão a fazer com que estes investimentos aumentem as mortes e a violência, e não farão nada para conter a migração climática, já que as condições meteorológicas extremas têm obrigado a que mais pessoas abandonem as suas casas.

Embora os EUA não sejam o pior infrator na lista apresentada no relatório, ainda assim, gastam 11 vezes mais com segurança de fronteira. O país gasta uma média de 19,6 mil milhões de dólares por ano em elementos como drones, tecnologia de reconhecimento facial e construções, como é o caso do muro na fronteira com o México. O valor total também inclui custos de manutenção, vigilância e pagamentos a agentes armados.

Ao contrário do que seria esperado, refere o relatório, as mudanças climáticas estão a ser cada vez mais usadas como instrumentos para intensificar a militarização, em vez de fornecerem uma oportunidade de recuar e avaliar as razões por trás do motivo pelo qual as pessoas estão a ser deslocadas.

O relatório frisa que esta é uma visão sombria de um futuro onde o dinheiro que deveria ser atribuído aos países mais pobres para ajudar a mitigar os desastres climáticos, é dado para pagar os serviços de empresas contratadas com o intuito de endurecer as fronteiras.

“Se os maiores poluidores históricos se desfizessem minimamente da militarização das fronteiras e investissem esse dinheiro no financiamento do clima para o Sul Global, poderíamos evitar uma catástrofe no sofrimento humano”, remata Mohamed Adow, diretor do Power Shift Africa.

https://zap.aeiou.pt/paises-ricos-poder-militar-440518
 

Polónia avança com construção de muro para travar migrantes na fronteira com Bielorrússia !


A União Europeia, que recusa financiar “arame farpado e muros”, aponta o dedo à Bielorrúsia, que acusa de facilitar a entrada de migrantes na Europa para depois os deixar avançar até às fronteiras com a Lituânia, a Letónia e a Polónia para se vingar das sanções económicas impostas pela UE.

O Parlamento polaco aprovou ontem o plano do governo de construir um muro na fronteira com a Bielorrússia para impedir a passagem de migrantes e refugiados para a Polónia. O custo do muro está estimado em 353 milhões de euros e este deve estender-se por mais de 100 quilómetros ao longo da fronteira oriental da União Europeia.

O Presidente polaco, Andrzej Duda, tinha já anunciado que assinaria a lei se esta fosse aprovada pelo Parlamento. Milhares de migrantes, na sua maioria oriundos do Médio Oriente, atravessaram ou tentaram atravessar a fronteira da Bielorrússia desde o verão.

A União Europeia acusa o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, de trazer cidadãos de países do Médio Oriente e África para Minsk e depois facilitar-lhes a passagem através das suas fronteiras para a Lituânia, Letónia e Polónia, como retaliação pelas sanções económicas da UE contra o seu regime. Em resposta, a Polónia impôs um estado de emergência na zona fronteiriça, enviou milhares de soldados e legalizou a controversa prática de expulsão direta.

A Polónia é um dos 12 estados membros da UE que na semana passada pediu à União Europeia para financiar a construção de “barreiras” nas suas fronteiras.

Contudo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que Bruxelas não iria financiar a construção de barreiras nas fronteiras da UE. Von der Leyen relembrou aos líderes presentes na cimeira em Bruxelas na semana passada uma posição conjunta da Comissão e do Parlamento Europeu de que “não haverá financiamento para arame farpado e muros”.

O primeiro-ministro polaco, o nacionalista Mateusz Morawiecki, insistiu que a Polónia está “sob ataque” da Bielorrússia e disse que o muro é essencial para “proteger” a Polónia.

As Nações Unidas pediram, na semana passada, uma ação urgente para salvar vidas e prevenir o sofrimento na fronteira entre a UE e a Bielorrússia após a morte de vários requerentes de asilo.

https://zap.aeiou.pt/polonia-avanca-com-construcao-de-muro-para-travar-migrantes-na-fronteira-com-bielorrussia-441536

 

Engenheiros australianos patenteiam bloco térmico para armazenar energia renovável !

Engenheiros de uma universidade australiana patentearam um material que armazena energia renovável. O objetivo é deixar a energia fóssil para trás.

Uma equipa de engenheiros da Universidade de Newcastle, na Austrália, patenteou um material concebido para armazenar energia térmica sob a forma de um bloco. Os seus inventores esperam que possa ser utilizado para facilitar a transição da energia alimentada a carvão para energias mais sustentáveis.

Conhecidos como Miscibility Gaps Alloy (MGA), os tijolos, feitos de alumínio e grafite, armazenam energia gerada a partir de fontes renováveis e prevê-se que possam durar cerca de 30 anos sem qualquer alteração na fiabilidade.

O co-inventor do bloco térmico, Erich Kisi, disse que estava a trabalhar com a sua equipa em conversores termiónicos, que criam energia através do calor, quando tiveram a ideia revolucionária de passar para o armazenamento de energia.
 
“Os ingredientes (mais importantes) para os tijolos são as partículas de alumínio que fornecem o calor latente, aquela energia de fusão de que estamos a falar”, disse Kisi, em declarações à Reuters.

“Assim, [as partículas de alumínio] derreterão e solidificarão muitos milhares de vezes durante a vida do bloco, mas serão mantidas em posição por grafite, neste caso, temos outros sistemas mas a grafite é o corpo principal”, continuou.

Cada tijolo pesa cerca de seis quilogramas e contém energia térmica armazenada de cerca de um quilowatt hora. No entanto, Kisi recusou-se a revelar o preço de cada bloco.

Agora, a MGA Thermal, empresa que fabrica estes blocos, está a fazer uma parceria com a E2S Power AG, da Suíça, para os utilizar como parte da tecnologia de conceção para a modernização e reequipamento de centrais a carvão na Europa.

O grupo espera suavizar a transição da energia alimentada a carvão através da construção de armazenamento de energia térmica, ao mesmo tempo que desativa gradualmente as caldeiras numa central elétrica.

“Isto permite que estes ativos, que atualmente valem milhares de milhões de dólares mas que não valerão nada dentro de cinco anos, sejam reequipados”, disse Kisi.

“É necessário que haja transição no pensamento dos governos para longe dos assuntos de curto prazo, tais como eleições, e o pensamento seja sobre o longo prazo”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/bloco-termico-energia-renovavel-441273
 

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