O Departamento Federal de Investigação (FBI) deteve na quinta-feira um funcionário do ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump pela invasão ao Capitólio a 6 de janeiro, noticiaram os media norte-americanos.
Trata-se de Federico Klein, um homem de 42 anos que, durante a administração Trump, foi nomeado para trabalhar no Departamento de Estado.
O detido foi primeiro designado para o Gabinete de Assuntos do Hemisfério Ocidental, especificamente no departamento responsável por acompanhar o Brasil e o Cone Sul (região da América do Sul), e depois transferido para aquele que gere os pedidos de acesso à informação federal, conhecido como FOIA.
Klein, que foi detido na Virgínia, tinha trabalhado anteriormente para a campanha presidencial de 2016 de Trump como analista.
Antes de se envolver na política ao lado de Trump, Klein serviu no Corpo de Fuzileiros Navais no Iraque.
Mais de 300 pessoas foram acusadas no tribunal federal pelo ataque ao Capitólio, mas Klein é o primeiro com laços claros com a administração Trump.
A 6 de janeiro, uma multidão de apoiantes do Trump invadiu o Congresso com a intenção de parar o processo de certificação – que nessa altura estava a decorrer nas duas câmaras legislativas – do resultado das eleições que deu a vitória ao atual Presidente, Joe Biden.
Durante a invasão foram mortas cinco pessoas, quatro apoiantes de Trump e um polícia. Dois outros agentes que participaram na operação durante a agressão suicidaram-se nos dias que se seguiram.
Trump foi sujeito a um segundo processo de destituição no Congresso, na sequência da invasão ao Capitólio, acusado do crime de “incitamento à insurreição”, mas foi absolvido do impeachment, com 56 votos contra e 44 a favor.
Polícia pede mais 2 meses de ajuda da Guarda Nacional
A polícia do Capitólio pediu esta quinta-feira que a Guarda Nacional continue a prestar segurança no edifício do Congresso dos Estados Unidos durante mais dois meses.
O pedido realça as preocupações sobre a segurança e o potencial de violência no Capitólio, dois meses depois de manifestantes terem invadido o edifício num ataque que provocou cinco mortes.
Esta quinta-feira, as forças de segurança estiveram em alerta máximo em torno do Capitólio, depois de os serviços de inteligência terem alertado para a ameaça de uma milícia invadir a sede do Congresso, no dia em que membros do movimento de conspiração de extrema-direita QAnon acreditam que Donald Trump será investido como Presidente dos Estados Unidos, para um segundo mandato.
A congressista Elissa Slotkin disse que soube que o pedido de prorrogação de 60 dias foi feito nas últimas 36 horas e que a Guarda Nacional está a procurar voluntários de todo o país para atender a esta necessidade.
O Pentágono também já confirmou que o pedido está a ser analisado e que a Guarda Nacional está a verificar a existência de elementos disponíveis para esta tarefa.
Os mais de 5.000 membros da Guarda Nacional atualmente em Washington, D.C., deveriam voltar para casa em 12 de março, encerrando a sua missão na capital dos Estados Unidos.
Slotkin disse que alguns membros do Congresso estão preocupados com a possibilidade de não existir um plano que garanta segurança a quem trabalha o edifício.
“Queremos entender qual é o plano. (…) Nenhum de nós gosta de olhar para a cerca, os portões, a presença uniformizada em torno do Capitólio. Não podemos depender da Guarda Nacional para a nossa segurança”, disse a legisladora, referindo-se ao arame farpado que foi colocado em volta do edifício do Congresso.
Oficiais da polícia do Capitólio também disseram aos líderes do Congresso que a cerca de arame farpado deve permanecer no local durante mais vários meses.
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