Os exercícios de treino militar em que os soldados bebem
sangue de cobra e comem animais vivos podem desencadear uma nova
pandemia. O alerta é do grupo Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais
(PETA).
De acordo com o Russia Today, são milhares os soldados de diferentes países que participam, todos os anos, nos exercícios conjuntos Cobra Gold, na Tailândia.
Estes exercícios militares incluem um curso de sobrevivência, onde os
instrutores ensinam os soldados a alimentar-se em condições extremas:
extraem veneno de escorpiões e tarântulas para consumir os animais e
bebem o sangue de cobras.
Na semana passada, a PETA enviou uma carta
ao Secretário de Estado da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, na qual
solicita que o responsável passe a exigir que os organizadores destas
práticas “substituam permanentemente” o uso de animais vivos por outros métodos “mais eficazes e éticos”.
“O uso de animais vivos durante o Cobra Gold representa um risco de propagação de doenças zoonóticas semelhantes à covid-19, colocando em risco as tropas e o público em geral”, explica a organização.
A PETA lembra, na mesma missiva, que 75% das doenças infecciosas emergentes começaram como doenças em animais.
A organização condena os massacres “ritualísticos” e “bárbaros” e sublinha que a prática contribui para a extinção de espécies.
“O massacre brutal de animais durante este exercício anual não só põe
em perigo a saúde pública e espécies vulneráveis à extinção,
incluindo a cobra-real, mas também desonra as nossas tropas”, afirmou a
diretora de política científica da PETA, Julia Baines.
Citado pelo Independent, um porta-voz do Ministério da
Defesa britânico garantiu que apenas “um pequeno número de responsáveis
pelo planeamento militar” participou nos exercícios Cobra Gold e que nenhum soldado esteve envolvido neste tipo de treino.
Uma norte-americana do Michigan morreu após receber um
transplante de pulmões infetados com o SARS-CoV-2, sendo este o primeiro
caso de transmissão comprovada de doador para recetor.
Segundo avançou na segunda-feira o IFL Science, um relatório sobre caso – divulgado pelo American Journal of Transplantation
– mostrou que apesar dos exames negativos aos órgãos, a mulher testou
positivo para a covid-19 três dias após o transplante. Um dos cirurgiões
que participou na intervenção foi também infetado, tendo entretanto
recuperado.
Esses incidentes, lê-se no artigo, são extremamente raros, com a transmissão de infeções de doador para recetor a ocorrer em menos de 1% de todos os transplantes.
A norte-americana, que tinha doença pulmonar obstrutiva crónica e
estava em ventilação assistida, foi medicada com metilprednisolona, para
prevenir a rejeição dos órgãos. Recebeu os pulmões de outra mulher, que
morreu num acidente de carro. Um teste à covid-19 não mostrou sinais de
infeção, nem esta tinha relatado sintomas antes da morte.
Dois dias após o transplante, os médicos notaram que a paciente
estava com o índice cardíaco baixo (medida do desempenho do coração em
relação ao tamanho do corpo), desenvolvendo febre no terceiro dia.
Depois de as amostras serem enviadas para teste, a mulher testou
positivo para a covid-19.
Apesar das tentativas para combater o vírus, a mulher continuou a piorar e, 61 dias após o transplante, morreu por falência múltipla de órgãos e dificuldade respiratória.
Embora este seja o primeiro caso do género, os autores afirmam que um
teste pode não ser suficiente para garantir que os órgãos estão
totalmente livres do SARS-CoV-2, sendo necessário um segundo, obtido
após 24 a 48 horas.
O
perigoso asteroide Apophis estará na distância mais próxima de nosso
planeta no próximo mês. Isso é comprovado por uma fotografia recente
tirada de telescópios europeus baseados em solo.
A
imagem foi capturada pelo telescópio robótico Elena operado pelo
European's Virtual Telescope Project - em uma tomada do céu cuja
exposição durou 300 segundos.
O
asteroide chamou a atenção do mundo depois que astrônomos o viram em
2004 e calcularam na época, que havia quase 3% de chance de que
colidisse com a Terra em abril de 2029. Isso foi posteriormente
descartado quando Novas medições avançaram no ano de o risco de impacto
foi maior até 2068 . Atualmente o risco - embora existente - é inferior a
1% por cento.
Seu
nome Apophis, refere-se ao antigo deus egípcio do mal, escuridão e
destruição, coisas que impactariam nosso mundo com seus estimados 340
metros de largura. Na foto abaixo pode ser visto como um pequeno ponto
branco marcado com uma seta à direita.
Fechar etapa
Em
6 de março, o Apophis será mais brilhante para os telescópios pois
estará na distância mais próxima da Terra. Estima-se que passará cerca
de 15 milhões de quilômetros de nosso planeta, distância suficiente para
não ter que se preocupar.
Posteriormente
as atenções se voltarão para 13 de abril de 2029 quando o Deus do Caos
passará tão perto da Terra que as pessoas deverão ser capazes de
detectá-lo a olho nu. Os observadores do céu verão isso como uma mancha
de luz se movendo de leste a oeste sobre a Austrália.
Nesta ocasião cientistas de todo o mundo estudarão o tamanho a forma a composição do asteroide e até mesmo seu interior.
Apophis
ou Apep, representava na mitologia egípcia as forças do mal que habitam
o Duat e as trevas. Apophis foi a personificação do caos e também da
insurreição armada. Nepai era depreciativamente chamado de "Aquele que é
como um intestino" ou "intestino delgado". Crédito: John Rocco.
'A
abordagem de Apophis em 2029 será uma oportunidade incrível para a
ciência. Vamos observar o asteroide com telescópios ópticos e de radar.
Com as observações do radar pudemos ver detalhes da superfície " disse
Marina Brozović, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
Em
2029, a distância à Terra será de aproximadamente 31.000 quilômetros
acima da superfície da Terra, uma distância menor do que a de algumas
espaçonaves que orbitam a Terra. Ainda assim, os cientistas insistem que
essa distância será segura.
A data de maior perigo
Olhando
para 2068 quando outro passo próximo é esperado os cientistas previram
que a probabilidade de um impacto naquela época era extremamente baixa -
apenas uma em 380.000 chances. Dito de outra forma uma chance de
99,99974% de que o asteroide não atinja a Terra.
Além
disso em novembro de 2020 os cientistas descobriram que o Apophis
estava se movendo de uma maneira que eles não haviam considerado em seu
modelo anterior de sua trajetória orbital.
Esse
movimento foi posteriormente atribuído a um fenômeno conhecido como
radiação Yarkovsky no qual parte do asteroide é aquecida pelo Sol. O
calor produzido dá ao asteroide um pequeno empurrão em uma certa direção
que com o tempo pode mudar sua trajetória para o espaço.
David
Tholen, astrônomo da Universidade do Havaí em Manoa, disse que os
cientistas não levaram esse movimento em consideração quando antes
rastrearam e previram os movimentos de Apophis.
O
cenário de impacto de 2068 ainda está em jogo. Precisamos rastrear esse
asteroide com muito cuidado ”, concluiu Tholen em uma conferência
virtual no ano passado.
O vulcão Etna continua muito ativo e mais uma violenta erupção foi
registrada na última noite, dia 22, sendo a quinta explosão no período
de uma semana. A nova fase de erupções do Etna começou no dia 16 de
fevereiro quando fumaça e cinzas alcançaram cidades ao redor do monte na
Sicília, na Itália.
Grande
erupção do Etna no céu noturno fotografada a partir da ilha de Lipari, a
70 quilômetros ao norte do vulcão no dia 20. Crédito: Foto Gabriele
Costanzo/INGV.
Sequência de erupções
A
erupção de ontem aconteceu após às 22 horas e terminou nas primeiras
horas desta madrugada sendo descrita como espetacular pelo Observatório
do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) de Catânia, na
Itália.
A atividade vulcânica ocorreu novamente na cratera
Sudeste como vem sendo recorrente nos últimos dias. O INGV identificou o
início de uma atividade fraca que foi aumentando gradualmente e
resultou em novas explosões frequentes com lançamento de pedras, ao
mesmo tempo em que ocorria a intensificação do tremor vulcânico.
O
INGV relatou que os jatos de lava atingiram primeiramente 300 metros de
altura da borda da cratera e um novo transbordamento de lava escorreu
em direção ao Valle Del Bove.
Depois da meia noite, a atividade
explosiva foi intensa envolvendo várias bocas da cratera Sudeste, com
fontes de lava sendo lançada a cerca de um quilômetro de altura,
juntamente com uma coluna eruptiva de gás e cinzas que alcançou cerca de
dez quilômetros acima do cume do vulcão e se expandiu para
oeste-noroeste. A atividade mais forte durou em torno de meia hora,
segundo o relato do INGV.
Ainda durante a madrugada ocorreram
algumas atividades do vulcão menos intensas. Houve a formação de mais
dois pequenos fluxos de lava na direção do Valle Del Bove e outro em
direção ao sudoeste da cratera. Nuvens densas de cinzas também foram
empurradas pelo vento em direção ao noroeste.
Observação
do Etna a partir da extremidade sul do Valle del Bove, feita por
estudantes que acompanhavam a atividade eruptiva no dia 20. Crédito:
Foto Giuseppe Tonzuso/INGV.
O Instituto Nacional
de Geofísica e Vulcanologia informou que às 10h38 UTC desta
terça-feira, toda a atividade eruptiva da cratera Sudeste foi encerrada.
Outros eventos eruptivos do Etna vinham sendo registrados nos dias
16,18,19 e 20 de fevereiro.
As Nações Unidas alertaram que a supremacia branca e os movimentos neonazistas são uma ameaça crescente ao mundo em que vivemos.
E acrescentou que as pessoas em posições de responsabilidade os encorajam de uma forma anteriormente impensável.
“A supremacia branca e os movimentos neonazistas são mais do que ameaças de terrorismo doméstico. Eles estão se tornando uma ameaça transnacional ”, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, ao Conselho de Direitos Humanos da organização na segunda-feira.
“Hoje, esses movimentos extremistas representam a ameaça número um à segurança interna em vários países”, afirmou Guterres, acrescentando que estamos cada vez mais vendo pessoas no poder torcerem por esses grupos “de maneiras que eram consideradas inimagináveis há pouco tempo”.
O secretário-geral da ONU pediu que pessoas de todo o mundo ajudem a realizar uma “ação coordenada” para superar esta ameaça que Guterres afirma estar “crescendo a cada dia”.
Guterres afirmou que a ONU precisa desempenhar um papel central para derrotar este “perigo crescente” e prevenir “terrorismo de motivação étnica”.
Guterres afirmou que esses grupos usaram a pandemia a seu favor, por meio de “polarização social e manipulação política e cultural”, acrescentando que se envolveram em um “frenesi alimentador de ódio – arrecadação de fundos, recrutamento e comunicação online tanto em casa quanto no exterior”.
Os comentários do secretário-geral vêm seis semanas depois que o prédio do Capitólio dos EUA foi tomado por manifestantes furiosos, impulsionados pelo presidente Donald Trump. O presidente Joe Biden disse que o ataque foi realizado por “bandidos, rebeldes, extremistas políticos e supremacistas brancos”.
Trump nega que tenha agido de forma inadequada, acrescentando que “essas são as coisas e eventos que acontecem quando uma vitória eleitoral sagrada e esmagadora é eliminada de forma tão sem cerimônia e cruelmente”.
O secretário-geral da ONU alertou que a pandemia da covid-19
está a agravar as desigualdades, dando como exemplo a vacinação a nível
mundial.
Num artigo de opinião publicado esta segunda-feira no jornal britânico The Guardian, António Guterres alerta que “o mundo está a enfrentar uma pandemia de abusos dos direitos humanos”.
“A covid-19 aprofundou divisões, vulnerabilidades e
desigualdades preexistentes, e abriu novas fraturas, incluindo falhas
nos direitos humanos. A pandemia revelou a interconexão da nossa família
humana – e de todo o espectro dos direitos humanos: civis, culturais,
económicos, políticos e sociais. Quando qualquer um destes direitos está
sob ataque, outros estão em risco”, escreve o secretário-geral da ONU.
“Profissionais da linha da frente, pessoas com deficiências, idosos,
mulheres, meninas e minorias foram especialmente atingidos. Numa questão
de meses, o progresso feito na igualdade de género retrocedeu décadas”,
continua Guterres, acrescentando também que a “pobreza extrema está a
aumentar pela primeira vez em décadas”.
Para o secretário-geral português, o “mais recente ultraje moral”
é o fracasso em assegurar a equidade na vacinação contra a covid-19.
“Apenas dez países administraram mais de 75% de todas as vacinas.
Enquanto isso, mais de 130 países ainda não receberam uma única dose”,
destaca.
“O vírus está também a infetar os direitos civis e políticos, e a
reduzir ainda mais o espaço cívico. Usando a pandemia como pretexto, as
autoridades de alguns países implementaram respostas de segurança
severas e medidas de emergência para esmagar os dissidentes, criminalizar liberdades básicas, silenciar o jornalismo independente e restringir as atividades de organizações não governamentais”, diz ainda.
“Defensores dos direitos humanos, jornalistas, advogados, ativistas
políticos – até mesmo profissionais de saúde – foram detidos,
processados e submetidos a intimidação e vigilância por criticarem as
respostas dos seus Governos à pandemia”, lembra Guterres, acrescentando
que as restrições relacionadas com a covid-19 também “têm sido usadas
para subverter os processos eleitorais e enfraquecer as vozes da
oposição”.
Guterres escreve ainda que a “desinformação mortal tem sido amplificada – até por aqueles que estão no poder” – e, ao mesmo tempo, há extremistas,
“incluindo supremacistas brancos e neonazis, que têm instrumentalizado a
pandemia para crescerem, através da polarização social e da manipulação
política e cultural”.
“A pandemia também tornou os esforços de paz mais difíceis,
restringindo a capacidade de conduzir negociações, exacerbando as
necessidades humanitárias e minando o progresso noutros desafios
relacionados com direitos humanos e ligados aos conflitos”.
Por todas estas coisas, o ex-primeiro-ministro português apela: “Este
não é um momento para negligenciar os direitos humanos. Este é o
momento em que, mais do que nunca, os direitos humanos são necessários
para navegar nesta crise de uma forma que nos permita atingir o objetivo
de alcançar um desenvolvimento inclusivo e sustentável e uma paz
duradoura”.
O embaixador italiano em Kinshasa, Luca Attanasio, foi morto a
tiro num ataque armado a um comboio do Programa Alimentar Mundial
(PAM), durante uma visita perto de Goma, no leste da República
Democrática do Congo, avançaram esta terça-feira fontes diplomáticas.
O embaixador “morreu em consequência dos ferimentos”, disse à agência AFP , citada pela agência Lusa,
uma fonte diplomática em Kinshasa. No ataque foram também mortas outras
duas pessoas, de acordo com o porta-voz do exército na região do Kivu
Norte, major Guillaume Djike, que não revelou a identidade das vítimas.
O Presidente italiano Sergio Mattarella denunciou o “ataque cobarde”
que custou a vida ao embaixador, ao soldado italiano Vittorio Iacovacci e
ao seu motorista. “A república italiana está de luto por estes
servidores do Estado que perderam a vida no exercício das suas funções”,
apontou, lamentando o “ato de violência” perpetrado contra um comboio
do PAM.
Attanasio, que desempenhava as funções de embaixador na República
Democrática do Congo desde início de 2018, foi “baleado no abdómen” e
transportado “em estado crítico” para um hospital em Goma, segundo disse
à agência AFP uma fonte diplomática.
O exército congolês disse, entretanto, que “as Forças Armadas Congolesas estão a tentar descobrir quem são os agressores”.
A União Europeia (UE) já reagiu e está a seguir “de perto”, ao nível
de chefes de diplomacia, as “terríveis notícias” do ataque que resultou
na morte do embaixador italiano.
Durante a conferência de imprensa diária do executivo comunitário, o
porta-voz da Comissão, Eric Mamer, referiu que tinha acabado de tomar
conhecimento das “terríveis notícias” e adiantou que o assunto está já a
ser debatido pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, que se
encontram reunidos presencialmente em Bruxelas.
De acordo com uma porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa, o
Alto-Representante da UE, Josep Borrell, deu conta do sucedido no
Conselho de Negócios Estrangeiros que decorre neste momento em Bruxelas,
e “apresenta as suas condolências à Itália, às Nações Unidas e às
vítimas da violência no Congo”.
Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, mostrou-se
“chocado” com o ataque. “Chocado pelo ataque a um comboio do PAM na
República Democrática do Congo e pelas vidas perdidas, entre as quais a
do embaixador de Itália e de um militar”, reagiu, através da sua conta
oficial no Twitter.
O ataque ao comboio do PAM teve lugar a norte de Goma, a capital da província do Kivu Norte, que tem sido flagelada pela violência de grupos armados há mais de 25 anos.
Esta região, que acolhe o Parque Nacional da Virunga, é também o
cenário de conflito no Kivu Norte, onde dezenas de grupos armados lutam
pelo controlo da riqueza do solo e subsolo. Criado em 1925, o parque é
Património Mundial da UNESCO. Estende-se por 7.769 km2, desde Goma até
ao território de Beni, entre montanhas e florestas.
Quase 56 anos depois de Malcolm X ter sido assassinado em
Nova Iorque, advogados e membros da família do líder nacionalista negro e
defensor dos direitos civis divulgaram novas provas que, afirmam,
mostram que a polícia de Nova Iorque (NYPD) e o FBI terão estado
envolvidos na sua morte.
De acordo com o jornal britânico The Guardian,
numa carta revelada postumamente, um ex-agente infiltrado da Polícia de
Nova Iorque alega ter sido pressionado por superiores a aliciar dois dos seguranças de Malcolm X a cometer crimes, alguns dias antes do seu assassinato, em 21 de fevereiro de 1965.
As detenções terão impedido os dois homens de gerir a segurança das portas do Audubon Ballroom, em Washington Heights, no dia do tiroteio que matou Malcolm X.
O antigo polícia, que queria que o seu depoimento se tornasse público apenas após a sua morte, afirma que a NYPD e o FBI mantiveram certos aspetos do caso em segredo.
A carta, escrita por Raymond Wood, foi autorizada para libertação
póstuma por um primo e foi lida no sábado numa conferência de imprensa
com a presença de três filhas de Malcolm X e membros da família de Wood.
Não foram fornecidos detalhes sobre as circunstâncias e o momento da
morte de Wood.
“Os meus supervisores disseram-me para encorajar líderes e membros de grupos de direitos civis a cometer atos criminosos”, lê-se na carta.
No ano passado, o assassinato foi o tema de um documentário de seis
partes da Netflix, “Who Killed Malcolm X?”, que reviu questões antigas
sobre se dois dos três homens condenados pelo crime eram inocentes. Em
2011, um detetive da NYPD envolvido no caso escreveu que “a investigação foi malfeita”.
O documentário levou o procurador distrital de Manhattan, Cyrus Vance
Jr, a rever as condenações no caso. Após a conferência de imprensa de
sábado, o gabinete de Vance disse que a revisão foi “ativa e contínua”.
Numa declaração separada, o NYPD disse que “forneceu todos os
registos disponíveis relevantes para o caso” a Vance e “continua
empenhado em ajudar com esta revisão de qualquer forma”. O FBI não fez
comentários.
Malcolm X foi baleado segundos depois de chegar a um púlpito para
discursar. Dias antes, tinha dito numa entrevista que acreditava que
membros da Nação do Islão estavam a tentar matá-lo. A sua casa em Queens
foi atacada uma semana antes de ser morto.
Malcolm X estava a ser vigiado pelo FBI na época.
Uma das suas filhas, Ilyasah Shabazz, disse na conferência de imprensa de sábado que viveu com décadas de incerteza. “Qualquer
evidência que forneça uma maior compreensão da verdade por trás desta
terrível tragédia deve ser investigada exaustivamente”, disse.
A extinção dos neandertais pode estar relacionada com o
colapso temporário dos polos magnéticos da Terra há 42 mil anos, sugere
um estudo da Universidade australiana de Nova Gales do Sul e do Museu da
Austrália Meridional.
Em comunicado,
a equipa explica que o colapso temporário do campo magnético da Terra
há 42 mil anos desencadeou uma série de mudanças climáticas que, por sua
vez, levaram a mudanças ambientais e extinções em massa.
Este ponto de viragem na história do nosso planeta, que produziu
tempestades elétricas, auroras generalizadas e radiação cósmica, foi
desencadeado pela reversão dos polos magnéticos da Terra e mudança nos ventos solares.
No estudo, cujos resultados foram esta semana publicados na Science,
os cientistas batizam este período como “Evento Adams” e sugerem que
poderá explicar mistérios evolutivos, como a extinção dos neandertais ou
o repentino surgimento de arte figurativa em todo o mundo, considerando
que os humanos tiveram de procurar novos refúgios.
“Pela primeira vez, fomos capazes de datar com precisão
o tempo e os impactos ambientais da última chave magnética do polo”,
explicou Chris Turney, professor da Universidade de Nova Gales do Sul e
coautor do estudo, citado em comunicado.
“As descobertas foram possíveis graças às antigas árvores Kauri da
Nova Zelândia, que foram preservadas em sedimentos por mais de 40 mil
anos (…) Usando as árvores antigas, pudemos medir e datar o pico nos
níveis de radiocarbono atmosférico causado pelo colapso do campo
magnético da Terra”, acrescentou.
Os investigadores compararam essa escala do tempo com registos de lugares de todo o Pacífico e elaboraram modelos climáticos globais
para descobrirem que o crescimento das camadas de gelo e dos glaciares
da América do Norte e as grandes alterações nos ventos e sistemas de
tempestades tropicais podem remontar ao Evento Adams.
Uma das primeiras pistas foi a que indica que a megafauna da
Austrália continental e da Tasmânia sofreu uma extinção simultânea há 42
mil anos.
“É a descoberta mais surpreendente e importante em que já estive envolvido”, remata o professor Cooper do Museu da Austrália Meridional.
O campo magnético da Terra, recorde-se, funciona como um “escudo”,
protegendo o planeta dos raios solares e cósmicos. Quando os polos
invertem, este “escudo protetor” pode diminuir até um décimo a sua
capacidade protetora.
Apesar de poder demorar séculos, as radiações acabariam por atingir a superfície terrestre, tornando as regiões inabitáveis e causando a extinçãodeespécies.
As variantes britânica e californiana do SARS-CoV-2, o vírus
causador da covid-19, aparentam ter-se fundido num híbrido altamente
mutante.
A combinação dos dois genomas foi encontrada na Califórnia, nos
Estados Unidos, por Bette Korber, do Laboratório Nacional de Los Alamos.
Segundo a New Scientist, o híbrido é resultado da variante B.1.1.7, descoberta no Reino Unido, e da variante B.1.429,
descoberta precisamente na Califórnia. A confirmar-se, esta será a
primeira fusão de duas variantes a ser detetada nesta pandemia. Os
investigadores não se mostram surpreendidos, já que isto é comum nos
coronavírus.
A recombinação pode ser de grande importância evolutiva, de acordo com François Balloux, da University College London. É considerada por muitos como a origem do SARS-CoV-2. No pior dos casos, pode levar ao surgimento de novas e ainda mais perigosas variantes.
Korber apenas encontrou um caso desta recombinação e não sabe se o
vírus está a ser transmitido de humano para humano. “Este tipo de evento
pode permitir que o coronavírus tenha acoplado um vírus mais infeccioso a um vírus mais resistente”, disse a cientista.
O recente surgimento de múltiplas variantes do novo coronavírus pode
ter criado a matéria-prima para a recombinação, porque as pessoas podem
ser infetadas com duas variantes diferentes ao mesmo tempo.
“Podemos estar a chegar ao ponto em que isto está a acontecer a um
ritmo considerável”, diz Sergei Pond, da Temple University, na
Pensilvânia, em declarações à New Scientist. “Todos os coronavírus se
recombinam, por isso é uma questão de quando, não se”.
Dezenas de roubos meticulosamente planeados numa ilha remota
estão a intrigar as autoridades. Num mistério semelhantes aos romances
policiais de Agatha Christie, todos os habitantes são suspeitos.
De acordo com o jornal britânico The Guardian,
os três polícias de Capraia, uma ilha remota em Toscana, Itália, tem um
mistério por resolver em mãos e precisam de encontrar os culpados entre
a população de cerca de 400 habitantes.
A maior parte dos roubos, de casas e lojas, ocorre durante o inverno,
quando os visitantes se ausentam da ilha, que fica mais perto da
Córsega do que da Itália continental e só é acessível por barco, se o
tempo permitir.
No incidente mais recente, os ladrões desativaram a câmaras de vigilância de uma tabacaria antes de retirar 60 mil euros do cofre.
Os ladrões também invadiram a casa do vice-presidente da câmara, Fábio Mazzei, em novembro, e fugiram com um cofre com dinheiro e jóias
que estavam escondidos em alguns móveis. A maioria dos habitantes
guarda o seu dinheiro em casa porque o único banco da ilha fechou no ano
passado.
“Isto é muito triste, porque parece que apareceu um ladrão na família. Atacaram no dia certo, pois sabiam que eu ia visitar Pisa. Conheciam muito bem a casa”, disse Mazzei.
A presidente da câmara da ilha, Marida Bessi, disse, em declarações ao jornal italiano Corriere della Sera, que começam a surgir fendas numa comunidade que costumava serunida, com amigos e vizinhos a olhar-se com desconfiança.
Até agora, a investigação rendeu muitas teorias, mas nenhuma pista.
“Os três polícias da ilha são muito bons, estão a fazer tudo o que
podem”, disse Bessi. “Mas deveriam ter mais ferramentas de investigação,
caso contrário, é realmente uma história de crime insolúvel.”
O facto de a câmara de vigilância da praça estar estragada também está a provar ser outro obstáculo na investigação.
Dois terços dos 19 quilómetros quadrados da ilha foram ocupados por
uma colónia penal até 1986 e os habitantes viviam em paz até aos
recentes roubos. A população aumenta para cerca de 4.000 durante o
verão.
“O risco agora é que o senso de comunidade que sempre tivemos seja prejudicado”, rematou Bessi.
Após o terremoto que atingiu a região no fim de semana
passado, os níveis de água caíram em dois dos reatores da central
nuclear de Fukushima, o que pode indicar problemas adicionais.
A situação podem complicar ainda mais o difícil processo de desativação da central, que se espera que demore várias décadas.
O porta-voz da Tokyo Electric Power Co., Keisuke Matsuo, disse que a queda nos níveis de água nos reatores 1 e 3 indica que os estragos existentes nas suas câmaras de contenção foram agravados pelo terremoto de magnitude 7,3 que ocorreu no sábado, e tem permitido uma maior libertação da água.
Matsuo estima que a água que está a ser libertada tenha permanecido dentro do edíficio do reator e não há sinal de impacto externo, acrescentando que a TEPCO irá monitorizar a água e as temperaturas no fundo dos vasos de contenção.
Desde o acidente de 2011 que a água usada para resfriar o local
tem-se vindo a libertar. Para compensar as perdas, tem sido adicionada
água adicional para arrefecer o combustível derretido que permanece
dentro dos reatores.
A TEPCO revelou inicialmente que não havia nenhuma anomalia na planta do edíficio devido ao terremoto de sábado.
Porém, Matsuo revelou que o nível da água caiu até 70 centímetros na câmara de contenção primária do reator 1 e cerca de 30 centímetros no 3.
O aumento da libertação pode exigir que seja adicionada mais água aos reatores, o que resultaria em mais água contaminada, que posteriormente é tratada e armazenada em enormes tanques.
De recordar que na passada sexta-feira, o Supremo Tribunal de Tóquio
responsabilizou o governo e a TEPCO pelo acidente nuclear de 2011, sendo
que agora ambos têm de pagar cerca 2,6 milhões de dólares em recompensas por danos causados.
A decisão reverte uma anterior do tribunal distrital de Chiba que excluía o Executivo nipónico de responsabilidades, diz o TechXplore.
A Rússia anunciou este sábado detetado o primeiro caso de
transmissão a humanos da estirpe H5N8 do vírus da gripe das aves, tendo
informado a Organização Mundial de Saúde desta “importante descoberta”.
“O laboratório confirmou o primeiro caso de infeção de uma pessoa pelo vírus do grupo A, a gripe aviária AH5N8”, disse Anna Popova, diretora da agência sanitária russa Rospotrebnadzor.
O vírus foi detetado em sete pessoas infetadas num
aviário localizado no sul da Rússia, onde uma epidemia de gripe das aves
afetou os animais em dezembro de 2020, adiantou Anna Popova,
acrescentando que os doentes “se sentem bem” e não têm complicações.
“Foram tomadas medidas rapidamente para controlar a situação” neste foco de infeção, garantiu a responsável, citada pela agência France-Presse.
Apesar de esta estirpe do H5N8 ter cruzado “a barreira intraespécies” e transmitir-se também a pessoas, “esta variante do vírus não é transmitida de pessoa para pessoa atualmente”, declarou Anna Popova, adiantando que a informação já foi remetida à OMS.
Segundo a responsável da agência sanitária, esta descoberta “dá ao mundo tempo
para se preparar”, criando testes e uma vacina, “no caso de este vírus
se tornar mais patogénico e mais perigoso para o homem, e adquira a
capacidade de ser transmitido de pessoa para pessoa”.
“Estaríamos, então, totalmente armados e totalmente preparados”, acrescentou.
O vírus da gripe das aves está a espalhar-se em vários países
europeus, incluindo França, onde milhões de animais foram abatidos para
impedir a progressão da doença.
No passado dia 5 de janeiro, o Ministério da Agricultura francês informou que mais de 200 mil patos tinham sido abatidos no país,
para travar a progressão de vários surtos de gripe aviária, tendo ainda
avançado que outras 400 mil aves também seriam abatidas
preventivamente.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, declarou este sábado
o estado de catástrofe no estado do Texas, e deu indicações às agências
federais para identificarem recursos que possam fazer face às
necessidades mais urgentes e ao sofrimento da população.
Joe Biden afirmou, na sexta-feira, que pretende viajar para aquele
estado na próxima semana, mas sublinhou não desejar que a sua presença
no Texas possa de alguma forma prejudicar os esforços que estão a ser
feitos para atender as necessidades da população.
“Eles estão a trabalhar imenso para tomar conta da população”, disse o Presidente norte-americano, referindo-se às autoridades estaduais texanas.
Este é o terceiro estado de catástrofe declarado por Biden,
depois de Oklahoma e Louisiana, devido a tempestades de inverno, que
mergulharam a região num estado de congelamento profundo invulgar, que
deixou milhões de pessoas a tremer, em casas desprovidas de energia e
calor, e muitas mesmo sem água.
Pelo menos 69 mortes em todo país foram atribuídas às intempéries fora de época. A vaga de frio que assola os EUA deixou milhões sem eletricidade, depois de as redes de energia terem colapsado por sobrecarga, perante as baixas temperaturas.
As concessionárias elétricas dos estados de Minnesota, Texas e
Mississippi, entre outras, provocaram apagões repetidos para aliviar a carga sobre as redes de energia que se esforçavam para atender à extrema procura de calor e eletricidade.
Quase três milhões de clientes ficaram sem energia no Texas, Louisiana e Mississippi e mais de 200 mil pessoas foram afetadas pelos cortes
de eletricidade em quatro estados da região do oeste, assim como outras
tantas no noroeste do Pacífico, de acordo com as autoridades que
rastreiam relatórios de interrupções de serviços públicos.
A Agência Federal de Gestão de Emergências enviou dezenas de
geradores e abastecimentos, incluindo combustível, água, cobertores e
refeições prontas a consumir, para as áreas afetadas.
Desde o final da Segunda Guerra Mundial que existem muitas
teorias de que Adolf Hitler é descendente de judeus. A questão tem sido
alvo de um intenso debate entre vários historiadores, mas não há nenhuma
justificação suficientemente palpável para a corroborar.
Adolf Hitler liderou um regime que massacrou milhões de pessoas em
toda a Europa, onde as principais vítimas foram os judeus. Como tal, foi
um choque quando o advogado do líder nazi, Hans Frank, afirmou, antes da sua execução em 1946, que o ditador tinha uma costela judaica.
Como advogado pessoal do Fuhrer, e governador-geral da
Polónia durante a Segunda Guerra, Hans Frank acabou por ser executado
durante os julgamentos de Nuremberga em 1946. Em 1953, sete anos depois,
as suas memórias e declarações foram publicadas no livro Im Angesicht des Galgens.
O que não se esperava é que este pudesse conter uma revelação bombástica: Frank sugeriu que Adolf Hitler era descendente de judeus.
O braço direito dos nazis afirmou que realizou uma investigação sobre
a árvore genealógica de Hitler a pedido do próprio em 1930. De acordo
com Frank, o meio-sobrinho do ditador havia encontrado evidências da sua ascendência judaica e estava a usar essas informações para o ameaçar.
No livro é descrito que a avó paterna de Hitler, Maria Anna Schicklgruber,
teria sido cozinheira de uma família judia em Graz, na Áustria. Durante
este período, supostamente, Schicklgruber engravidou de um homem
desconhecido e deu à luz o pai de Hitler, Alois Schicklgruber, em 1837. O bebé foi registado como uma “criança ilegítima” quando nasceu, uma vez que o paradeiro do seu pai era desconhecido.
Ao longo da sua vida, o Fuhrer sempre disse que Johann Georg Hiedler – o homem que se casou com Maria Anna Schicklgruber em 1842 – era o seu avô paterno e todos acreditavam nessa versão.
No entanto, contra todos os argumentos, Frank sugere que o pai de
Alois era o filho do patrão de Maria Anna Schicklgruber, Frankenberger
Sr.
Hans Frank garantiu que as cartas entre Schicklgruber e Frankenberger
corroboravam essa teoria, já que este havia enviado dinheiro à jovem
para pagar uma pensão de alimentos. O advogado sugeriu isso como uma evidência de que o avô paterno de Hitler era realmente judeu.
Contudo, e como realça o Ati, de acordo com a lei tradicional judaica, o status
de judeu é apenas transmitido pela mãe. Uma vez que a suposta
descendência de Hitler teria sido transmitida apenas através do seu pai,
isso significaria que um ritual de conversão seria necessário para que
este fosse considerado judeu.
Várias teorias sem fundamento
Durante a década de 1950, o autor alemão Nikolaus von Preradovich
encontrou uma falha nos argumentos de Frank. Preradovich disse ter
descoberto que “não havia judeus em Graz antes de 1856”, mas isso não
impediu que a história sobre a herança genética de Hitler se difundisse.
A teoria da ascendência judaica de Hitler ressurgiu em 2019 quando o psicólogo Leonard Sax
divulgou um artigo onde analisou a alegação. No estudo, publicado no
Journal of European Studies, Sax revelou ter encontrado evidências nos
arquivos austríacos de que havia de facto uma comunidade judaica em Graz
antes de 1850, ao contrário do que tinha dito Preradovich.
De acordo com de Sax, Emanuel Mendel Baumgarten, um
dos primeiros indivíduos judeus eleitos para o conselho municipal de
Viena em 1861, havia pedido ao governador da Estíria – a província
austríaca onde Graz está localizada – para levantar as restrições aos
judeus que viviam na região.
Ainda assim, estas justificações não foram suficientes para provar
que o avô paterno do ditador era judeu. Desta forma, a teoria da
conspiração foi rejeitada por muitos historiadores.
O historiador Richard Evans, autor da Trilogia do Terceiro Reich,
foi um dos especialistas que contestou o estudo de Sax. “Mesmo que
houvesse judeus a viver em Graz na década de 1830, na época em que o pai
de Adolf Hitler, Alois, nasceu, isso não prova nada”, explicou.
Evans recorda ainda que Frank teve um desentendimento com Hitler
e estava a enfrentar uma sentença de morte, razões que o fazem
acreditar que o advogado já não tinha nada a perder ao publicar um livro
que, provavelmente, estava carregado de mentiras.
Além disso, Evans diz não haver nenhuma evidência de que a avó de
Hitler esteve em Graz, nem qualquer prova de que uma família com o
apelido “Frankenberger” estava a morar na zona durante esse período.
Também o historiador Ian Kershaw apontou, no livro Hitler 1889-1936: Hubris, lançado em 1998, que o homem que supostamente seria o avô de Hitler teria apenas 10 anos quando Alois nasceu.
Ao contrário de Hitler, Eva Braun, a sua companheira, tinha antepassados judeus.
Em 2014, um documentário do canal britânico Channel 4 teve por base um
cabelo que alegadamente pertenceu a Braun, no qual foi encontrado um
fragmento de ADN transmitido pela linha maternal – o haplogrupo N1b1 –
associado aos judeus asquenazim, de origem europeia.
Entre os séculos XVI e XVII, a morte de mais de 650 camponesas aterrorizou a Hungria. Em tempos incertos, mulheres eram sequestradas e nunca mais retornavam para seus lares ou eram vistas por alguém.
Além disso, o sistema feudal priorizava os monarcas e dava mais atenção para a guerra entre católicos e protestantes, sem se importar com o desaparecimento de centenas, causado apor apenas uma nobre conhecida como a maior serial killer da história, Elizabeth Bathory.
(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)
Torturas, espancamentos e banhos em sangue
Elizabeth nasceu em 1560, na cidade de Byrbathor, na Transilvânia
(atual Hungria). Sua família era protestante e tinha muita influência na
sociedade. Aos 15 anos de idade, ela casou com seu primo, príncipe
Ferenc Nádasdy, que muitos historiades acreditam ter sido aquele que
introduziu a mulher aos hábitos violentos.
Seu marido passava muito tempo fora de casa em batalhas, então coube à
jovem assumir o controle de suas propriedades. Não demorou muito para
que os primeiros rumores de sua crueldade surgissem, com servos sendo
punidos severamente por seus erros.
(Fonte: Wikipedia/Reprodução)
Porém, o ápice dos crimes de Bathory teriam começado aos 40 anos de
idade, quando ela passou a atrair jovens camponesas virgens para seu
castelo com a promessa de emprego. Porém, cenas verdadeiramente
horrorosas aconteciam por trás dos muros.
Segundo documentos históricos, as sessões de tortura cometidas por
ela incluíam dedos cortados, espancamentos, mãos queimadas e banhos
extremamente gelados em dias ainda mais frios. Quando as jovens morriam –
de fome, dor ou congeladas – a Elizabeth então se banhava em seu
sangue, acreditando que o ato retardaria o envelhecimento, ato
responsável pelo seu apelido de Condessa Sangrenta.
(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)
As mortes de 650 camponesas foram atribuídas em seu nome, sendo o
maior número creditado a uma mulher na história. O horror acabou apenas
quando o rei Matias II designou o Palatino da Hungria para comandar a
investigação, que reuniu 300 testemunhos de nobres, servos, padres e
possíveis cúmplices do crime.
Por mais que o rei Matias tenha sugerido a pena de morte, a linhagem
nobre de Elizabeth garantiu apenas a sentença de prisão perpétua em seu
próprio castelo, enquanto seus cúmplices foram queimados na fogueira.
Porém, Elizabeth morreu em 1614, devido aos problemas de seu
confinamento, que não era mais do que um buraco na parede com apenas
espaço para ventilação e passagem de alimentos. Até hoje, não se sabe
onde seu corpo foi sepultado.
“Viva rápido, morra jovem e tenha um cadáver bonito. Eu vou ser tão bonito que eles vão ter que me cimentar no caixão”, disse James Dean
para seus amigos certa vez quando perguntaram a ele sobre o que
escreveria na sua lápide. Em 2016, John Gilmore, jornalista e amigo
íntimo do astro, revelou essa informação em uma entrevista à revista Life, como parte da biografia James Dean: A Rebel’s Life in Pictures.
A emblemática frase é uma paráfrase de uma das falas do ator John Derek no filme O Crime Não Compensa (Knock On Any Door),
lançado em 1949, e um dos preferidos de Dean. Por incrível que pareça,
“Viva rápido e morra jovem” se transformaria na personificação da
história de vida dele.
Afinal de contas, velocidade e juventude foram duas palavras que
definiram a carreira astronômica de James Byron Dean. Após a sua 1ª
aparição na televisão aos 20 anos, em um comercial da Pepsi em 1951,
logo depois de largar a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA)
para seguir seu sonho de ser ator, ele começou a se tornar o símbolo
adolescente que marcaria gerações para sempre. Por meio de sua beleza
incomum e olhar marcante, ele ganhou o estrelato de vez quando
protagonizou o famoso filme East of Eden, em1955, seguido por Rebelde Sem Causa, que o colocou na lista de Melhores Atores da Era de Ouro de Hollywood.
O amor pela velocidade
(Fonte: Pinterest/Reprodução)
Em 1954, para fugir do estresse das câmeras dentro e fora dos sets de
gravação, dos estúdios fotográficos e também da histeria de uma legião
de jovens que queriam ter contato com um galã em plena ascensão, Dean
desenvolveu uma paixão por automobilismo.
Entre 26 e 27 de março de 1955, um pouco antes do início das filmagens de Rebelde Sem Causa,
depois de já ter comprado vários carros, incluindo um Porsche 356, ele
competiu em seu 1º evento profissional, em Palm Springs, na Califórnia.
Dean chegou em 1º lugar na classe de novatos e em 2º na corrida
principal. No mês seguinte, em Bakersfield, ele chegou na 1ª posição em
sua classe e na 3ª no evento principal, ele estava esperançoso para
disputar as 500 milhas de Indianápolis.
(Fonte: Robb Report/Reprodução)
No entanto, um contrato com a Warner Bros. para estrelar o filme Giant o
proibiu de participar das competições ou de correr durante as
gravações, por isso ele teve que colocar sua paixão de lado por um
tempo. Nesse ínterim, Dean trocou seu Porsche 356 pelo deslumbrante
Porsche 550 Spyder 1955, um modelo muito mais rápido e considerado um
dos “queridinhos” da época.
Ele o apelidou de “Little Bastard” e decidiu personalizá-lo para
ficar mais parecido com o seu estilo, portanto chamou George Barris para
acrescentar assentos tartan, duas listras vermelhas nas rodas traseiras
e o número 130 nas portas, no capô e na tampa do motor. O mecânico Rolf
Wütherich também foi convocado pelo astro para otimizar e preparar o
carro para as corridas que ele estava prestes a disputar, uma vez que o
filme já estava em pós-produção e ele já estava liberado a voltar a
correr.
Os primeiros sinais
(Fonte: Debate/Reprodução)
Até que em 23 de setembro de 1955, algo de esquisito aconteceu. Dean
se encontrou com o notório ator Sir Alec Guinness e o levou para ver seu
Little Bastard. Guinness se sentiu mal e disse que o carro tinha uma
“aura sinistra” e ainda acrescentou: “Se você entrar nesse carro, você
será encontrado morto a esta hora na semana que vem”. Dean apenas riu da
situação.
Na sexta-feira de 30 de setembro daquele ano, o plano inicial era
levar o Porsche até o local da corrida, na cidade de Salinas, na
Califórnia, porém Wütherich aconselhou o astro a ir dirigindo para que
ele se acostumasse com o motor do carro novo. Com Dean ao volante e o
mecânico ao seu lado, eles seguiram com Bill Hickman, dublê contratado
pelo ator para ajudá-los, em um trailer logo atrás.
(Fonte: RoadSTR/Reprodução)
Perto de Bakersfield, a polícia chegou a parar o comboio por excesso
de velocidade e a multá-los, porém isso não foi o suficiente para fazer o
famoso James Dean parar. Às 17h45, Dean acelerava pela Rota 46, em uma
velocidade de aproximadamente 130 km/h, quando foi de encontro ao Ford
Tudor do jovem estudante Donald Turnupseed, que decidiu fazer uma curva
repentina para a Rota 41.
Incapaz de parar a tempo, Dean colidiu com a lateral do automóvel,
bem do lado do passageiro. Wütherich foi lançado do Porsche, enquanto
Dean quebrou o pescoço e sofreu vários ferimentos fatais pelo corpo. Ele
chegou às 18h20 no War Memorial Hospital, mas foi declarado morto antes
que pudesse ser retirado da ambulância.
O “carro assassino”
(Fonte: Razão Automóvel/Reprodução)
A seguradora declarou perda total do Little Bastard, mas vendeu seus
destroços por US$ 2,5 mil para o Dr. William Eschrich, que já havia
competido contra Dean várias vezes. Ele despiu o carro de suas partes
mecânicas, instalou o motor em seu carro de corrida Lotus IX e emprestou
outras peças ao seu amigo Troy McHenry.
Em 1956, em um evento de carros esportivos em Pomona (Califórnia),
Eschrich quase morreu em uma colisão, enquanto McHenry não teve tanta
sorte e acabou encontrando a morte naquela mesma corrida ao bater em uma
árvore.
(Fonte: Pinterest/Reprodução)
A bizarra coincidência dos dois acidentes espalhou pela comunidade
automobilística e mídia a teoria de que as peças do Little Bastard eram amaldiçoadas.
George Barris, que havia customizado o carro para o ator, adquiriu os
destroços completos de Eschrich. Ele vendeu dois pneus do Porsche, que
explodiram no meio da estrada, causando um acidente quase fatal ao seu
novo proprietário. Devido à notícia da má fama do Little Bastard ter
ganhado força, a garagem de Barris foi invadida por dois ladrões que
tentaram levar o automóvel. Contudo, um deles teve o braço rasgado
tentando arrancar o volante, e o outro se feriu quando foi remover o
assento ainda manchado pelo sangue de Dean.
O sumiço
(Fonte: RoadSTR/Reprodução)
Diante desses eventos, Barris decidiu esconder o veículo, porém foi
convencido pela Patrulha Rodoviária da Califórnia a alugá-lo para uma
exibição de conscientização sobre segurança nas estradas. No mesmo dia
em que o Little Bastard foi transportado para outra garagem para ser
preparado, o local pegou fogo e foi totalmente destruído. Ironicamente, o
carro permaneceu intacto.
Uma escola secundária na cidade de Sacramento, na Califórnia, alugou a
carcaça para um evento em homenagem ao ator, porém a exposição terminou
em desgraça quando o carro despencou da armação e atingiu um aluno que
estava próximo.
(Fonte: Pinterest/Reprodução)
Então, em 1960, depois que Barris voltava de um evento de exibição do
carro em Miami, o carro simplesmente desapareceu do caminhão que o
transportava. No entanto, como o homem havia-se transformado em uma
espécie de showman que gostava de se promover por meio da
imagem do “carro assassino”, muitos acreditam que ele tenha inventado
essa história para que o mistério ao redor do Little Bastard
permanecesse, visto que a própria mídia já havia perdido interesse nele.
Até hoje ninguém sabe qual é o paradeiro do Little Bastard.
O famoso Caçador de Crocodilos, Steve Irwin,
teve sua morte documentada em 2006. No momento, ele gravava um vídeo
relativamente simples. Afinal, estava apenas nadando ao lado de uma
arraia. Porém, o animal se sentiu intimidado e Irwin foi atingido por
seus ferrões.
Ele ficou famoso no final dos 90, apresentando o programa The Crocodile Hunter. No show, Steve encontrava diversas criaturas perigosas
e se tornou um verdadeiro especialista da vida selvagem. Por mais que
muitos se preocupassem com sua segurança, ele sempre conseguiu se
proteger. Até os últimos momentos de sua vida.
A trágica morte
No dia 4 de setembro de 2006, o apresentador e sua equipe foram para
um recife gravar um novo quadro chamado “Ocean’s Deadliest” (Os Mais
Letais do Oceano). O plano era filmá-lo com um tubarão-tigre, mas eles não conseguiram encontrar a criatura. Logo, eles decidiram filmar Steve ao lado de uma arraia para outro projeto.
O roteiro dizia que Irwin deveria nadar até o animal e a equipe
gravaria o momento em que ela fugiria. Afinal, as arraias normalmente
são criaturas calmas e que costumam fugir ao se sentirem ameaçadas.
Portanto, ninguém imaginou que, em vez de seguir esse instinto, ela
atingiria o peito do apresentador.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Os ferrões entraram no corpo do homem várias vezes enquanto a equipe
de gravação filmava. Segundo eles, ninguém percebeu como suas feridas
eram sérias até que o sangue se espalhou pela água. Então, eles
conseguiram levá-lo de volta ao barco para tentar salvá-lo.
Em seus últimos momentos, ele dizia que a arraia tinha perfurado seu
pulmão. Mas, na verdade, o ferrão atingiu seu coração. Por isso, as
feridas eram extensas demais para que qualquer um pudesse salvá-lo e
Steve Irwin, o famoso Caçador de Crocodilos de apenas 44 anos, teve sua
morte inesperada completamente documentada.
No dia 4 de setembro de 2006, o apresentador e sua equipe foram para
um recife gravar um novo quadro chamado “Ocean’s Deadliest” (Os Mais
Letais do Oceano). O plano era filmá-lo com um tubarão-tigre, mas eles não conseguiram encontrar a criatura. Logo, eles decidiram filmar Steve ao lado de uma arraia para outro projeto.
O roteiro dizia que Irwin deveria nadar até o animal e a equipe
gravaria o momento em que ela fugiria. Afinal, as arraias normalmente
são criaturas calmas e que costumam fugir ao se sentirem ameaçadas.
Portanto, ninguém imaginou que, em vez de seguir esse instinto, ela
atingiria o peito do apresentador.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Os ferrões entraram no corpo do homem várias vezes enquanto a equipe
de gravação filmava. Segundo eles, ninguém percebeu como suas feridas
eram sérias até que o sangue se espalhou pela água. Então, eles
conseguiram levá-lo de volta ao barco para tentar salvá-lo.
Em seus últimos momentos, ele dizia que a arraia tinha perfurado seu
pulmão. Mas, na verdade, o ferrão atingiu seu coração. Por isso, as
feridas eram extensas demais para que qualquer um pudesse salvá-lo e
Steve Irwin, o famoso Caçador de Crocodilos de apenas 44 anos, teve sua
morte inesperada completamente documentada.
Um grupo de investigadores e entusiastas das “estranhezas” do mundo
criou, através de relatos e lendas compartilhadas por várias pessoas, o
site RoomSpook, que conta histórias por trás de vários quartos e
apartamentos dos Estados Unidos envolvendo crimes bárbaros, atividades
sobrenaturais relatadas e até mesmo infestação de insetos.
O RoomSpook foi desenvolvido em 2020, de forma a ajudar pessoas a
dormirem em locais relativamente tranquilos e que não foram assombrados
por fatos trágicos.
(Fonte: RoomSpook/Reprodução)
Segundo a equipe da companhia, são acompanhados relatos envolvendo suicídios,
assassinatos, acidentes, mortes por causas naturais, doenças
transmissíveis (incluindo covid-19), estupros, assaltos, vítimas de
tiros policiais e insetos de cama, que ficam registrados nas páginas de
apartamentos espalhados por Nova York, Las Vegas e Los Angeles para
consulta prévia.
O site reúne evidências não somente de relatos pessoais, mas de
notícias de jornais, investigações de autoridades e muitos outros
veículos de imprensa que realizam a cobertura sobre incidentes em
hotéis, motéis e pousadas. Dessa forma, o RoomSpook já conseguiu coletar
milhares de informações relevantes desde o primeiro caso reportado,
quando uma mulher caiu inesperadamente de um elevador no Waldorf Hotel,
em 1893.
Para os interessados em aventuras duvidosas e em sentir o clima
macabro de alguns apartamentos, o RoomSpook também traz um sistema
premium para usuários, no qual é possível filtrar as hospedagens por
eventos, e emitir um relatório completo sobre o incidente para uma
melhor avaliação pessoal. Parte do dinheiro obtido com o serviço é doado
para a Associação Internacional de Prevenção ao Suicídio.
Sim, o Hotel Cecil do misterioso caso de Elisa Lam também aparece!
Como não poderia faltar, o Hotel Cecil, na 206 West 118th Street em
Nova York, faz parte do vasto catálogo do site, e os clientes podem
fazer uma consulta para ver todos os principais escândalos que
aconteceram no local, incluindo o misterioso — e ainda sem resposta — desaparecimento da estudante Elisa Lam, na primeira metade de fevereiro de 2013.
Desde 1924, o Hotel Cecil
vem sendo palco para inúmeros eventos bizarros envolvendo suicídios e
crimes terríveis, tendo abrigado serial killers como Richard Ramirez e
Jack Unterweger. Só por esse nível, já é possível entender o que espera
os clientes que visitam o RoomSpook, sendo levados a conhecer um mundo
obscuro de situações que certamente prometem apavorar mesmo os mais
corajosos.