terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

“O cofre-forte da Europa” - Investigação revela o submundo do centro financeiro do Luxemburgo !

Depois dos Panama Papers e dos Luanda Leaks, chega a OpenLux, uma investigação que destapa o submundo do centro financeiro do Luxemburgo, um paraíso fiscal que é usado por grandes empresas, milionários, artistas e por criminosos, incluindo a máfia, para branqueamento de capitais e evasão fiscal.


A investigação denominada OpenLux juntou sete meios de comunicação internacionais – Süddeutsche Zeitung, Le Soir, OCCRP, IrpiMedia, McClatchy, Woxx e Le Monde – que não precisaram de nenhuma fuga informática ou garganta funda para investigar os meandros do centro financeiro daquele que é um dos países mais ricos do mundo, em termos de Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, apesar da sua pequena dimensão territorial.

Durante mais de um ano de pesquisas, o grupo de jornalistas internacionais conseguiu analisar mais de 3 milhões de documentos acedendo a dados tornados públicos pelo próprio Governo do Luxemburgo.

O mais antigo desses documentos remonta a 1950, numa análise que permitiu chegar aos “arquivos da vida de mais de 260 mil sociedades luxemburguesas“, como atesta o jornal francês Le Monde.

A investigação permitiu concluir que “o Luxemburgo é actor-chave da evasão fiscal na Europa”, custando aos países vizinhos milhões de euros em impostos não pagos, como reporta o referido diário.

Grandes fortunas e empresas multinacionais são atraídas pelas vantagens fiscais e pela discrição oferecida pelo país numa estratégia que remonta ao tempo do ex-primeiro-ministro luxemburguês Jean-Claude Juncker, que foi depois presidente da Comissão Europeia.

De Shakira ao príncipe saudita, passando pela Amazon, até à máfia

A OpenLux aponta “a face escondida do Luxemburgo, um paraíso fiscal localizado no coração da União Europeia”, conforme destaca, mais uma vez, o jornal francês, vincando que o país é um verdadeiro “imã para a riqueza do mundo”.

O Grão-Ducado, onde vivem milhares de portugueses emigrantes, está entre os 5 maiores paraísos fiscais do mundo e acolhe milhões de activos financeiros que estão sedeados em sociedades offshore que custam biliões de euros em impostos que não são pagos a outros países da União Europeia (UE).

Entre 140 mil entidades investigadas de 157 nacionalidades diferentes, quase 90% são controladas por estrangeiros, sendo que os franceses surgem destacados com 17 mil empresas e mais de 100 mil milhões de euros de activos.

A lista de pessoas que guardam as suas fortunas no Luxemburgo inclui, além de multinacionais e milionários, artistas, desportistas e criminosos de colarinho branco.

A investigação permitiu apurar que 67% dos fundos mundiais de investimento estão domiciliados no Luxemburgo. Entre estes, existem alguns “fundos duvidosos”, suspeitos de serem alimentados por “actividades criminosas” ou de estarem “ligados a criminosos visados por inquéritos judiciais”, incluindo alguns com ligações à máfia italiana e ao submundo russo, aponta o Le Monde.

O partido de extrema-direita de Itália também terá escondido no Luxemburgo uma quantia que é procurada pelas autoridades italianas, e pessoas próximas do regime de Nicolas Maduro, na Venezuela, terão reciclado “fundos contaminados de compras públicas” no pequeno país europeu.

O golfista Tiger Woods, a cantora Shakira, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, mas também a Amazon, a Pfizer e a KFC, rede de restaurantes de fast-food norte-americana, estão entre os que têm as suas fortunas guardadas no Grão-Ducado.

Esse leque de privilegiados integra ainda 279 dos mais de 2 mil multimilionários que constituem a lista da revista Forbes, bem como 37 das 50 famílias francesas mais ricas, incluindo os Mulliez, proprietários da cadeia de lojas Auchan, os Guerrand-Hermès, detentores da marca de luxo Hermès, e Bernard Arnault que é o presidente da LVMH que detém a marca Louis Vuitton.

Estas pessoas e empresas guardam os seus activos e investimentos no “cofre-forte” que é o Luxemburgo, usando uma estrutura de “sociedades fantasma sem escritório, nem assalariados”, como vinca o Le Monde.

Cerca de “metade das empresas comerciais registadas no país são puras holdings financeiras”, ou seja, empresas sem actividade económica real, cuja existência visa simplesmente ter participações noutras sociedades e efectuar operações, como acrescenta o mesmo jornal.

O Le Monde aponta ainda que 55 mil sociedades offshores gerem activos financeiros de 6.500 mil milhões de euros. Mas este número estará longe do valor real do dinheiro que passa pelo país.

Metade das offshores não têm “proprietário identificável”

A OpenLux resultou da consulta exaustiva, ao longo de um ano, dos registos de comércio e das sociedades (RCS) que organizam todos os actos administrativos das empresas luxemburguesas, e do Registo dos Beneficiários Efectivos (RBE), um mecanismo implementado pelo Ministério da Justiça do Luxemburgo que visa garantir a “respeitabilidade” e a transparência do país.

O RBE foi criado a 1 de Setembro de 2019 no âmbito de uma directiva da União Europeia (UE) contra o branqueamento de capitais e o Luxemburgo foi “um dos únicos países” da UE que optou por “um registo completamente aberto e acessível, sem qualquer restrição, ao grande público”.

Os dados podem ser consultados online, mas é uma rede intrincada e infinda de documentos que só foi possível analisar graças a um programa informático que passou a pente fino os registos, recolhendo e organizando automaticamente a informação.

A análise dos dados permitiu concluir que metade das sociedades registadas no Luxemburgo não têm “nenhum proprietário identificável” – está em causa um universo de cerca de 68 mil entidades. Apenas 52% delas incluem “beneficiários verdadeiros”, salienta o Le Monde.

Governo assegura que Luxemburgo não é paraíso fiscal

O Governo do Luxemburgo já reagiu à investigação, contestando a ideia de que o país seja um paraíso fiscal e assegurando que cumpre “todos os regulamentos e normas de transparência da UE e internacionais”, aplicando todas as medidas para “combater o abuso e a evasão fiscal”, como cita o jornal Contacto que é editado no Grão-Ducado em Língua Portuguesa.

O Luxemburgo “não prevê qualquer regime fiscal favorável às empresas multinacionais, nem às empresas digitais, que têm de cumprir as mesmas regras e legislação que qualquer outra empresa” no país, assegura ainda o Executivo.

Além disso, o Governo nota que avalia e actualiza “continuamente a sua arquitectura de supervisão e o arsenal de medidas para combater o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo”.

Entretanto, os ministros das Finanças e da Justiça, Pierre Gramegna e Sam Tanson, foram chamados a dar explicações, por videoconferência, às Comissões Parlamentares de Justiça e de Finanças, onde reiteraram a ideia de que o Grão-Ducado cumpre todas as normas internacionais e da UE.

https://zap.aeiou.pt/cofre-forte-europa-submundo-luxemburgo-379228

 

Bolsonaro mobilizou autoridades para produzir e distribuir cloroquina de forma ilegal !

Mesmo sem eficácia comprovada pela ciência, a distribuição de cloroquina aos quatro cantos do Brasil mobilizou pelo menos cinco ministérios, uma estatal, dois conselhos da área económica, Exército e Força Aérea.


A Folha de S.Paulo identificou dezenas de atos oficiais, todos eles públicos, adotados nas mais diferentes esferas de governo para garantir a circulação de cloroquina e hidroxicloroquina.

O facto de distribuir o medicamento tornou-se uma política de governo, com a contribuição dos Ministérios da Saúde, Defesa, Economia, Relações Exteriores e Ciência e Tecnologia. Estes órgãos estavam envolvidos desde a orientação técnica para o uso até ao fornecimento final da substância, passando por isenções de impostos e facilitações na circulação do produto.

Uma ferramenta do Ministério da Saúde aponta para uma distribuição de 5.416.510 comprimidos de cloroquina e 481.500 comprimidos de hidroxicloroquina. Os medicamentos, sem eficácia comprovada para a covid-19 foram enviados principalmente para o Norte e Nordeste do Brasil, refere o Folha de São Paulo.

Depois de quase 11 meses de adoção dessa estratégia para enfrentar o novo coronavírus, as investigações sobre crimes e ilegalidades começam a ser desencadeadas.

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, é investigado num inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por omissão na crise de escassez de oxigénio no Amazonas. Numa altura em que faltava oxigénio nos hospitais, o Ministério irrigou Manaus com 120 mil comprimidos de hidroxicloroquina.

Um segundo procedimento, ainda preliminar, foi instaurado pela Procuradoria-Geral da República para apurar a distribuição do medicamento no país. Já a Procuradoria da República no Distrito Federal abriu um processo para investigar improbidade na distribuição de cloroquina.

No Tribunal de Contas da União (TCU), uma auditoria apontou ainda ilegalidades no uso de dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) para pagar a distribuição da cloroquina. Segundo os auditores, não existe um aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o fornecimento através do SUS.

A Anvisa afirmou à Folha de São Paulo que o registo da cloroquina no órgão se destina a tratamento de artrite, lúpus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária. “Apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovem o uso desse medicamento para o tratamento da covid-19”, disse, em nota.

“Não há recomendação da Anvisa para a sua utilização em pacientes infetados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus”, finalizou.

Milhões de doses

De acordo com a Folha de São Paulo, o SUS, ferramenta usada para atualizar os dados sobre ações na pandemia, informa que os comprimidos de cloroquina custaram 238,3 mil reais (37 mil euros). No entanto, o valor está subestimado.

O Exército, que produziu 3,2 milhões de comprimidos de cloroquina a partir de solicitações dos ministérios da Defesa e da Saúde, informou a Folha que o gasto com a produção foi de 1,16 milhões de reais (180 mil euros). O Laboratório Químico Farmacêutico do Exército fez pelo menos nove dispensas de licitação para adquirir materiais e o princípio ativo da droga.

A pulverização da cloroquina no país foi possível graças também a isenções de impostos pelo Ministério da Economia e a permissões de entregas antecipadas pelas Finanças. Em nota, a pasta de Paulo Guedes defendeu as medidas.

A permissão para isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) à cloroquina e outros produtos voltados ao combate à pandemia foi estendida até 31 de julho, segundo o ministério. A medida foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

A redução a zero da alíquota de importação sobre produtos transportados em remessas aéreas permitiu doações de diferentes partes do mundo, conforme a pasta. A medida foi encerrada a 1 de outubro.

A simplificação do despacho aduaneiro de produtos foi outra medida adotada, e incluiu a cloroquina. “Esta medida é aplicada a todas as mercadorias declaradas essenciais ao combate à covid-19, atualmente com mais de 200 itens diferentes”, diz a nota. Também houve redução de impostos pela Camex (Câmara de Comércio Exterior). A cloroquina foi incluída.

Por outro lado, o Ministério das Relações Exteriores viabilizou uma doação de dois milhões de comprimidos pelos EUA, ainda no governo de Donald Trump.​ Em nota, o Itamaraty diz ter facilitado os entendimentos entre Ministério da Saúde e governo dos EUA para a doação do medicamento. A intermediação coube à Embaixada do Brasil em Washington e à Agência Brasileira de Cooperação, segundo o ministério.

Já o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações patrocinou uma investigação sobre quimioprofilaxia com cloroquina em população de alto risco. O valor do convénio é de 1,44 milhões de reais (220 mil euros). O Ministério não respondeu às perguntas sobre a evolução da investigação.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-distribuir-cloroquina-ilegal-379275

 

Trump regressa ao banco dos réus - Julgamento do ex-Presidente arranca hoje

O julgamento político do antigo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump começa esta terça-feira no Senado, mas esbarra contra a oposição dos republicanos, que alegam falta de legitimidade constitucional.


Donald Trump regressa esta terça-feira ao banco dos réus, acusado de incitar os seus apoiantes a invadirem o Capitólio num apelo público. Em causa está o seu envolvimento nos acontecimentos de 6 de janeiro, quando o Congresso se reuniu para certificar a eleição de Joe Biden como 46.º Presidente dos Estados Unidos.

Em frente à Casa Branca, o Presidente cessante pediu aos apoiantes que “lutassem com tudo” para impedirem a certificação da vitória de Biden, e incitou-os a marcharem até ao Capitólio. As duas câmaras do Congresso foram invadidas, naquela que foi a primeira ocupação do edifício desde a invasão das tropas britânicas em 1814.

Depois de terem conseguido aprovar a destituição de Trump na Câmara de Representantes, onde têm uma confortável maioria, os democratas dificilmente conseguirão a maioria qualificada no Senado, onde estão em empate de votos com os republicanos e enfrentam uma grande resistência em convencer a oposição da responsabilidade direta do ex-Presidente.

O artigo de impeachment acusa Trump de “incitação à insurreição”, mas um dos senadores republicanos, Ron Johnson, já disse que não só não aceitará essa acusação contra o ex-Presidente, como admite imputar essa mesma responsabilidade a Nancy Pelosi, a líder da maioria democrata na Casa de Representantes.

Johnson alega que Pelosi teve, ao longo dos últimos quatro anos, um discurso radicalizado de perseguição política ao ex-Presidente, que incentivou a ações mais violentas por parte dos apoiantes de Trump, levando-os a procurar justiça pelas suas próprias mãos no ataque ao Capitólio.

A quase totalidade dos senadores republicanos (45 em 50) já disse que vai rejeitar o artigo de impeachment, alegando que ele está ferido de inconstitucionalidade, pelo facto de tentar retirar do cargo um Presidente que já saiu da Casa Branca em 20 de janeiro.

“O Presidente nem esteve presente, nem foi ouvido, na Câmara de Representantes. Eles nem sequer recolheram provas. Em cinco horas, analisaram o processo e destituíram-no. (…) Parecia um julgamento da era soviética”, disse Bill Cassidy, senador republicano, numa recente entrevista televisiva.

Os democratas invocam antecedentes históricos, em que julgamentos de destituição foram aplicados a funcionários do Estado, mesmo depois do seu abandono de funções (embora nunca tenha sucedido com qualquer Presidente) e recordam que a condenação de Trump terá consequências efetivas, nomeadamente impedindo-o de se voltar a candidatar a um cargo público.

Esta questão é particularmente sensível dentro do Partido Republicano, já que vários senadores continuam a manifestar o seu apoio político a Trump e a depositar confiança num seu regresso a uma candidatura presidencial, em 2024, que ficaria rejeitada se houvesse uma condenação na câmara alta do Congresso.

Outros senadores republicanos, como Lindsey Graham, dizem que, se há razões para admitir a responsabilidade de Trump no ataque ao Capitólio, essa ação deve ser julgada no sistema legal convencional.

“Se acreditam que ele cometeu um crime, ele pode ser acusado tal como qualquer outro cidadão. O impeachment é uma coisa diferente, é um julgamento político”, argumentou Graham, no programa Face the Nation, da cadeia televisiva CBS.

Para conseguir a condenação de Trump, os democratas teriam de convencer pelo menos 17 senadores republicanos, para atingir os 2/3 de votos, um objetivo que parece dificilmente atingível.

https://zap.aeiou.pt/trump-julgamento-arranca-379290

Polícia alemã confiscou 50 milhões em bitcoin, mas não consegue aceder ao dinheiro - Golpista não revela a senha !

A polícia alemã apreendeu mais de 50 milhões de euros em bitcoin, mas não consegue aceder ao dinheiro, uma vez que o proprietário da carteira digital, condenado por obter ilegalmente este valor, não revela a senha de acesso. 


De acordo com a agência Reuters, o homem, que se encontra a cumprir pena de prisão, continua sem nada dizer sobre a password da carteira digital, apesar das repetidas investidas da polícia germânica para aceder às mais de 1.700 bitcoins.

“Nós perguntamos-lhe [sobre a password], mas ele não disse. Talvez não saiba“, disse Sebastian Murer, procurador na cidade de Kempten, em declarações à agência.

Esta moeda digital é armazenada num software conhecido como carteira digital que, por sua vez, é protegido por criptografia. É utilizada uma senha de acesso como chave para descriptografar a carteira e aceder às bitcoins armazenadas.

Sem uma senha, o utilizador não consegue “abrir” a carteira digital.

O homem em causa foi condenado a mais de dois anos de prisão por instalar secretamente um sofware noutros computadores para utilizar o seu poder de “minerar” – processo computacional através do qual são mantidas em movimento as transações na cadeia de blocos para obter mais moedas ou taxas de transação – ou produzir bitcoin.

Quando foi preso, o valor da sua carteira digital valeria uma fração do preço atual.

O preço da bitcoin disparou no ano passado, alcançando um recorde de 42.000 dólares me meados de janeiro. Na passada sexta-feira, estava a ser negociada a 37.577 euros, de acordo com o site Coindesk, especializado em criptomoeda e blockchain.

Os procuradores deixaram claro que mesmo que o homem saiba a senha de acesso e pretenda usá-la quando for libertado, não conseguirá fazê-lo.

Recentemente, um programador alemão a viver nos Estados Unidos revelou, em declarações ao jornal norte-americano The New York Times, que está com problemas em aceder à sua carteira digital que guarda 236 milhões de dólares.

Stefan Thomas não se recorda da sua password da carteira digital e já só lhe restam duas das dez tentativas para inserir a senha correta.

https://zap.aeiou.pt/procuradores-alemaes-apreenderam-50-milhoes-bitcoin-378836

 

Ébola ressurge no leste da República Democrática do Congo !

Uma mulher infetada pelo vírus Ébola morreu no leste da República Democrática do Congo (RDC), anunciou este domingo o ministro da Saúde, Eteni Longondo, que evocou um ressurgimento do vírus no país.


“Temos mais um episódio de doença pelo vírus Ébola no leste”, perto da cidade de Butembo, no Kivu-Norte, disse o ministro à televisão estatal, RTNC.

“Trata-se de uma agricultora, mulher de um sobrevivente da doença do vírus Ébola, que a 1 de fevereiro apresentou os sinais típicos desta doença“, precisou.

O ministro apelou à população de Butembo que não “entre em pânico”, assegurando que “a resposta está organizada”, que “uma equipa chegará amanhã” [segunda-feira] à zona e que pessoal adicional será enviado de Kinshasa nos próximos dias.

Este caso ocorre cerca de três meses depois de, a 18 de novembro, a RDC ter anunciado o fim do 11.º surto de Ébola no país, que matou 55 pessoas e infetou outras 150, segundo números oficiais.

Na altura tinham decorrido cerca de cinco meses desde que, em finais de junho, fora declarado extinto o 10.º surto, que assolava desde agosto de 2018 três províncias do norte do país e provocou a morte a 2.280 pessoas, segundo números da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Esse surto foi o mais grave no país e o segundo mais grave no mundo, depois da epidemia de Ébola que assolou a África ocidental entre 2014 e 2016, com 11.300 mortos e mais de 28.500 casos de infeção.

O Ébola transmite-se por contacto direto com sangue ou outros fluidos e secreções corporais de pessoas ou animais infetados. O vírus provoca febre hemorrágica e pode alcançar uma taxa de mortalidade de 90%.

https://zap.aeiou.pt/ebola-ressurge-republica-congo-378904

 

Em 2010, um vírus semelhante ao SARS-CoV-2 já estava presente no Camboja

Um coronavírus bastante semelhante ao SARS-CoV-2, causador da covid-19, foi encontrado há mais de dez anos no Camboja por uma equipa de investigadores.


Em novembro e dezembro de 2010, a UNESCO e as autoridades cambojanas convidaram investigadores do Muséum National d’Histoire Naturelle, em Paris, para explorar vários locais no norte do Camboja. O objetivo era estudar a biodiversidade de morcegos, próximo do Templo de Preah Vihear.

Um grande número de espécies de morcegos foram capturadas durante este levantamento, incluindo oito tipos de morcegos-ferradura (género Rhinolophus), que são de grande interesse para os virologistas, pois são o reservatório de todos os sarbecovírus – o grupo de coronavírus que inclui o SARS-CoV e o SARS-CoV-2, respetivamente responsáveis pela epidemia de SARS em 2002-2004 e pela atual pandemia de covid-19.

Em 2020, dez anos após a expedição, as amostras armazenadas num congelador a -80ºC foram retiradas e testadas pelo Institut Pasteur do Camboja (IPC) para procurar sarbecovírus. Um teste de PCR mostrou dois resultados positivos e um sequenciamento completo do genoma foi iniciado.

Duas variantes de um vírus próximo ao SARS-CoV-2 foram descobertas em dois morcegos da espécie Rhinolophus shameli que os investigadores capturaram em 2010, numa caverna na província de Steung Treng.

Os resultados desta investigação estão disponíveis gratuitamente no site bioRxiv e aguardam revisão por pares.

A descoberta é importante porque o vírus é o primeiro encontrado fora da China próximo ao SARS-CoV-2. Todos os descritos anteriormente foram detetados em animais apanhados na China, incluindo dois vírus encontrados em duas espécies de morcegos Rhinolophus, no sul da China, e mais dois vírus divergentes encontrados em pangolins apreendidos pela alfândega chinesa, nas províncias de Guangdong e Guangxi.

O vírus do Camboja foi detetado numa espécie de morcego endémica do sudeste da Ásia que não se estende além de Yunnan, onde os dois vírus anteriores semelhantes ao SARS-CoV-2 de morcego foram encontrados.

A implicação direta é que vírus semelhantes ao SARS-CoV-2 estão a circular há várias décadas por todo o sudeste da Ásia e Yunnan, e que diferentes espécies de morcegos podem ter trocado esses vírus nas cavernas que habitam.

Investigadores chineses têm pesquisado sarbecovírus em todo o país há cerca de 15 anos e encontraram mais de 100 vírus semelhantes ao SARS-CoV, mas apenas dois relacionados ao SARS-CoV-2. Os novos dados validam, portanto, a hipótese de que os vírus semelhantes ao SARS-CoV-2 estão presentes principalmente no sudeste da Ásia, enquanto os vírus semelhantes ao SARS-CoV são dominantes na China.

Número de casos por milhão de habitantes e mortes por milhão de habitantes em diferentes países do sudeste asiático.

Os dados no gráfico acima suportam indiretamente a hipótese de que o grupo SARS-CoV-2 teve, na verdade, origem no sudeste da Ásia continental. As populações do Camboja, Laos, Tailândia e Vietname parecem ser muito menos afetadas pela pandemia de covid-19 do que outros países da região, como Bangladesh, Mianmar, Malásia, Filipinas e Indonésia.

Isso sugere que as populações desses quatro países podem estar a beneficiar de um nível de imunidade de grupo aos sarbecovírus.

https://zap.aeiou.pt/2010-virus-semelhante-sars-cov-2-camboja-378627

 

Estudo revela que nível do mar deve subir mais rápido do que o esperado !

Os níveis do mar devem ultrapassar as previsões feitas pela maioria dos modelos climáticos nos próximos anos, é o que diz um novo estudo publicado na Ocean Science. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, a maioria dos estudos subestimou a força dos ataques sofridos pela Terra nos últimos anos.

Em 2019, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) indicou que os níveis do mar subiriam entre 0,61 metro e 1,10 metro até 2100. Esse tipo de modelo climático leva em consideração as mudanças climáticas, o aquecimento dos oceanos, as emissões de gases do efeito estufa (GEE) e a ameaça de comportamento nocivo humano.

Números preocupantes

(Fonte: Pixabay)
(Fonte: Pixabay)

Para a criação de um novo modelo climático, os cientistas dinamarqueses optaram por examinar os aumentos de nível do mar ao longo da história. Através dessa análise, foi possível contemplar que os oceanos têm crescido conforme a temperatura do planeta tem aumentado, o que gerou um padrão de quebra de expectativas ao longo dos anos.

Sendo assim, os pesquisadores criaram a teoria de que os modelos atuais de mudanças climáticas tendem a “menosprezar” as alterações no nível do mar quando comparadas com as extrapolações numéricas encontradas no acervo histórico. “As comparações sugerem que os números gerados pelos relatórios da IPCC seriam muito baixos”, relata o artigo.

Modelo climático do IPCC

(Fonte: Pixabay)
(Fonte: Pixabay)

Em entrevista para o Live Science, a pesquisadora da Universidade de Wake Forest, Kaitlin Hill, defendeu que os relatórios do IPCC também levam em consideração uma base histórica para suas análises climáticas. Segundo Hill, é importante que as pessoas compreendam que os modelos climáticos não funcionam como uma “previsão do tempo.”

Esse tipo de metodologia científica teria sido criado para ajudar a população a compreender o clima global de suas épocas e quais fatores são importantes para serem levados em consideração para o futuro do planeta. 

Por outro lado, a oceanógrafa da Universidade do Arizona, Joellen Russell, disse não estar surpresa pelos relatórios do IPCC subestimarem as previsões para o nível do mar. Para a cientista, por mais que o painel faça um levantamento histórico de informações, os modelos atuais falham ao não analisar o derretimento das calotas polares — o que mudaria completamente o panorama apresentado nas pesquisas.

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117573-nivel-do-mar-deve-subir-mais-rapido-do-que-o-esperado-diz-estudo.htm

 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Milirem Robotics revela o Type-X, o novo braço direito dos soldados no campo de batalha

A Milirem Robotics, uma empresa de robótica e sistemas autónomos da Estónia, anunciou que o Veículo de Combate Robótico Type-X passou nos testes iniciais de mobilidade. 

A Milirem Robotics lançou o Veículo de Combate Robótico Type-X no ano passado e anunciou que a viatura passou com sucesso nos primeiros testes de mobilidade. Segundo o New Atlas, trata-se de uma plataforma blindada autónoma desenhada para fornecer reconhecimento e apoio de fogo para unidades mecanizadas e de escolta.

O Type-X tem como principal objetivo apoiar tanques de batalha e veículos de infantaria em combate. Ao fazê-lo, diminui o risco de letalidade para os soldados no campo de batalha.

Ao assumir as tarefas e posições mais perigosas, o Type-X atua como um “braço direito inteligente” dos seres humanos. A ideia não é apenas agir como um multiplicador de força mais barato (usando um robô em vez de uma tripulação humana), mas também manter os soldados fora de perigo.

Segundo a empresa, o veículo é equipado com funções inteligentes, como navegação por waypoint e deteção de obstáculos, e algoritmos baseados em Inteligência Artificial (IA). Além disso, os engenheiros de software da Milrem Robotics adotaram uma abordagem inovadora que permite operações controladas remotamente em velocidades mais altas.

A plataforma principal pesa aproximadamente 12.000 kg e consegue transportar uma carga útil de até 4.100 kg, que pode incluir um canhão de 30 mm quando lançado de um C-140 J Hercules transport ou do KC-390 Millennium jet transport. O tamanho médio permite que um Atlas A400M carregue dois Type-X e o C-17 Globemaster III, cinco. O maior módulo de projétil que pode carregar é um canhão de 50 mm.

Com uma altura de apenas 68 centímetros e um motor montado na parte traseira, atinge uma velocidade máxima em estrada de 80 km/h para a frente e 50 km/h ao contrário. A Milirem indica que é quatro vezes mais leve e custa muito menos do que um veículo convencional de combate de infantaria.

O Type-X é também equipado com uma visão panorâmica de 360 graus e câmaras CCD, térmicas e de imagem fundida, que funcionam em conjunto com um sistema de Inteligência Artificial.

https://zap.aeiou.pt/novo-type-x-braco-direito-377897

 

Documentos revelam que Isabel II fez lobby para mudar a lei e esconder fortuna pessoal “embaraçosa” !

Documentos descobertos pelo jornal britânico The Guardian revelam que a rainha Isabel II pressionou com sucesso o Governo para mudar um projeto de lei, a fim de esconder a sua riqueza privada “embaraçosa” do público.


Segundo o matutino britânico, memorandos do Governo descobertos nos Arquivos Nacionais revelam que o advogado particular de Isabel II pressionou os ministros a alterar a legislação proposta para impedir que as suas participações fossem divulgadas ao público. O Governo inseriu uma cláusula na lei, atribuindo-se o poder de isentar as empresas utilizadas por “chefes de estado”.

O acordo, que foi arquitetado na década de 1970, foi usado para criar uma corporação de fachada apoiada pelo Estado que se entende por ter colocado um véu de sigilo sobre as participações e investimentos privados da rainha até pelo menos 2011.

Estas evidências foram descobertas por uma investigação do The Guardian sobre o uso pela família real de um procedimento parlamentar misterioso, conhecido como “consentimento da Rainha”, para influenciar secretamente a formação das leis britânicas. Ao contrário do procedimento mais conhecido de consentimento real, uma formalidade que marca o momento em que um projeto se torna lei, o consentimento da rainha deve ser procurado antes que a legislação possa ser aprovada pelo parlamento.

Documentos descobertos nos Arquivos Nacionais sugerem que o processo de consentimento, que dá à Rainha e aos seus advogados uma visão antecipada de projetos de lei que chegam ao parlamento, permitiu que fizesse lobby secretamente.

Os documentos revelam que, em novembro de 1973, a rainha temia que um projeto de lei para trazer transparência às participações da empresa pudesse permitir ao público examinar as suas finanças. Como resultado, enviou o seu advogado particular para pressionar o governo a fazer mudanças.

Matthew Farrer visitou funcionários do então Departamento de Comércio e Indústria para discutir as medidas de transparência propostas no projeto de lei das empresas, que havia sido elaborado pelo governo de Edward Heath.

O projeto de lei procurava evitar que os investidores acumulassem secretamente participações significativas em empresas listadas, adquirindo as suas ações através de empresas de fachada ou nomeados. Portanto, incluiria uma cláusula que concede aos diretores o direito de exigir que quaisquer nomeados que detenham as ações da sua empresa revelem, quando solicitados, a identidade dos seus clientes.

Três páginas de correspondência entre funcionários públicos do departamento de comércio revelam que Farrer retransmitiu a objeção da Rainha de que a lei revelaria os seus investimentos privados em empresas listadas, bem como o seu valor.

“Falei com o Sr. Farrer”, escreveu o funcionário público CM Drukker em 9 de novembro. “Como tinha lembrado, ele – ou melhor, acho que os seus clientes – estão tão preocupados com o risco de divulgação aos diretores de uma empresa quanto aos acionistas e ao público em geral”. “Ele justifica não só pelo risco de fuga inadvertida ou indiscreta para outras pessoas. Mas mais porque revelar a qualquer pessoa seria embaraçoso”.

Após ser informado de que isentar apenas a coroa da legislação significaria que era óbvio que quaisquer participações tão anónimas eram propriedade da Rainha, Farrer “assustou-se um pouco, enfatizou que o problema foi levado muito a sério e sugeriu – um tanto provisoriamente – que os colocamos neste dilema e, portanto, devemos encontrar uma saída”.

“Não gostou de nenhuma sugestão de que as propriedades não eram tão embaraçosas hoje em dia, dado o amplo conhecimento, por exemplo, das propriedades imobiliárias. Também não viu que o problema poderia ser resolvido por qualquer evasão de participações em empresas específicas. Era o conhecimento em si que era questionável”.

No mês seguinte, o Governo desenvolveu uma proposta que poderia resolver o dilema da rainha. “Com a ajuda do Banco da Inglaterra, o meu departamento desenvolveu as seguintes soluções, que aparecerão no projeto de lei”, escreveu o secretário de comércio conservador, Geoffrey Howe, a um ministro.

Howe propôs que o Governo inserisse uma nova cláusula no projeto de lei, concedendo ao Governo o poder de isentar certas empresas da obrigação de declarar a identidade dos seus acionistas. Oficialmente, a mudança beneficiaria uma variedade de investidores ricos.  Na prática, porém, a rainha era a beneficiária pretendido do acordo.

O projeto de lei e sua cláusula secreta foram convertidos em lei três anos depois. A isenção foi quase imediatamente concedida a uma empresa recém-formada chamada Bank of England Nominees Limited, operada por indivíduos seniores no Bank of England, que foi previamente identificada como um possível veículo através do qual a Rainha detinha ações.

Acredita-se que esta isenção tenha ajudado a esconder a fortuna privada da rainha até pelo menos 2011, quando o Governo divulgou que os nomeados do Banco da Inglaterra já não estavam cobertos por ela. Há quatro anos, a empresa foi fechada. O que exatamente aconteceu com as ações que detinha em nome de terceiros não é claro.

A verdadeira escala da riqueza de Isabel II nunca foi revelada, embora se estime que chegue a centenas de milhões de libras.

https://zap.aeiou.pt/documentos-revelam-isabel-ii-lobby-mudar-lei-esconder-fortuna-pessoal-378940

 

Cientistas alertam que a covid-19 pode mexer com a fertilidade masculina !

Cientistas estão a estudar o impacto que o novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, pode ter na fertilidade masculina.


De acordo com o site Science Alert, investigadores da Universidade Huazhong de Ciência e Tecnologia, em Wuhan, na China, analisaram os relatórios existentes sobre os possíveis mecanismos que o SARS-CoV-2 pode utilizar para interferir na reprodução masculina.

Embora ainda não possa afirmar com segurança que haja uma redução clara da fertilidade, a equipa alerta que há motivos que justificam a nossa atenção.

“Propomos que haja uma necessidade urgente de rastrear pacientes do sexo masculino com covid-19 durante a sua recuperação”, argumentam o microbiologista Yu Tian e o biólogo reprodutivo Li-quan Zhou no relatório publicado este mês, na revista Reproduction.

Anteriormente, cientistas já tinham observado a presença do vírus em amostras de sémen, mas as conclusões nunca foram consistentes. E as investigações anteriores com o seu antecessor (SARS-CoV-1) também desvalorizaram a possibilidade de os testículos serem vulneráveis.

Mas, agora, uma investigação conduzida por investigadores da Universidade de Giessen, na Alemanha, e da Universidade Allameh Tabataba’i, no Irão, relata evidências experimentais diretas desses eventuais danos.

O estudo analisou marcadores de inflamação em amostras de tecido de 84 homens diagnosticados com covid-19, ao lado de 105 homens saudáveis. Também foi avaliada a qualidade do esperma e foram procurados sinais de stress oxidativo nas amostras.

Segundo o mesmo site, a inflamação e o stress celular foram duas vezes mais severas nos participantes que estavam infetados. Além disso, os seus espermatozoides eram cerca de três vezes mais lentos e a contagem de espermatozoides também era muito mais baixa.

“Embora estes efeitos tendam a melhorar com o tempo, permaneceram significativa e anormalmente mais altos nos pacientes com covid-19, e a magnitude destas mudanças também foi relacionada com a gravidade da doença”, explicou Behzad Hajizadeh Maleki, cientista da universidade alemã e autor do estudo publicado, em janeiro, também na revista Reproduction.

O que isto significa para os homens que já tiveram covid-19 ainda não é totalmente claro, sobretudo a longo prazo, e por isso os cientistas destacam que são necessárias mais pesquisas sobre o tema antes de fazer qualquer chamada de atenção.

https://zap.aeiou.pt/covid-19-fertilidade-masculina-377968

 

 

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Mais uma vez... Devido aos Extremos Climáticos - Colapso de glaciar nos Himalaias faz pelo menos três mortos e 150 desaparecidos !

Pelo menos três pessoas morreram e 150 estão desaparecidas, no norte da Índia, na sequência de uma avalanche de água e lama provocada pelo colapso de um glaciar dos Himalaias.

O desastre ocorreu no início da manhã no distrito de Chamoli, no Estado de Uttarakhand. A enxurrada provocada pelo degelo do glaciar destruiu uma barragem em construção.

O diretor-geral da Força Nacional de Resposta a Desastres (NDRF), Satya Narayan Pradhan, disse que em declarações aos jornalistas que foram enviadas equipas de resgate para ajudar as forças de segurança da região.

Vídeos filmados com telemóveis do momento da avalanche, divulgados nas redes sociais, mostram a chegada repentina de uma grande coluna de lama e água por um leito de rio, atingindo com força as encostas do vale e destruindo estruturas como uma barragem em construção.

O chefe regional das equipas de resgate, Ridhim Aggarwal, revelou que os responsáveis pela barragem em construção no rio Rishiganga “não conseguiram contactar os cerca de 150 trabalhadores na obra”.

O chefe do governo de Uttarakhand, Trivendra Singh Rawat, acrescentou no Twitter que “a boa notícia” é que o nível de água de outro dos rios, o Alaknanda, “voltou ao normal”.

A polícia regional pediu aos habitantes das áreas afetadas nas redes sociais que mantivessem a calma e se mudassem para locais seguros enquanto os serviços de resgate chegam.

Esta região montanhosa já sofreu enchentes, deslizamentos de terra e o colapso de edifícios em junho de 2013.

Essa tragédia causou cerca de 7.000 mortes ou desaparecidos, muitos deles peregrinos hindus que se deslocaram a Uttarakhand para visitar alguns dos lugares mais importantes para a religião, e onde também nasce o sagrado rio Ganges.

https://zap.aeiou.pt/colapso-glaciar-himalaias-tres-mortos-378870

 

GUERRA DAS MALVINAS: A HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE !

 

Geoforça Brasil


 

Proud Boys - O “exército de Donald Trump” virou-se contra o ex-Presidente !

Os elementos do grupo de extrema-direita Proud Boys estavam entre os fãs mais leais de Donald Trump. Agora, chamam-no de “fraco”.


Com a saída de Donald Trump da Casa Branca, os Proud Boys começaram a abandonar o antigo Presidente dos Estados Unidos. A insatisfação foi manifestada por alguns elementos em fóruns de discussão, como o Gab e o Telegram, e a mudança de posição acontece depois de alguns membros terem participado na invasão do Capitólio, em Washington.

Diante da repercussão negativa do ataque, o ex-Presidente norte-americano condenou a violência do grupo, que, segundo o The New York Times, encarou a atitude de Trump como um ato de traição.

Alguns também se queixam da falta de apoio do antigo governante, depois de alguns elementos terem sido detidos e terem de responder judicialmente por crimes cometidos durante a invasão do Capitólio.

Foi o caso de Joseph Biggs, líder dos Proud Boys, que foi preso na Flórida e acusado de entrada ilegal e obstrução corrupta. Pelo menos quatro outros membros do grupo também enfrentam acusações decorrentes do ataque.

Agora, o diário norte-americano cita dezenas de conversas no Gab e no Telegram onde os membros do grupo chamam Donald Trump de “palhaço” e “extraordinariamente fraco“. Estes comentários são uma mudança radical dos Proud Boys, que durante anos apoiaram Trump e promoveram a violência política.

“Quando Trump disse que, se deixasse o cargo, a América cairia no abismo, eles acreditaram nele”, disse Arieh Kovler, consultor político e investigador independente em Israel, ao matutino. “Agora que ele deixou o cargo, os Proud Boys acreditam que Trump se rendeu e falhou em cumprir o seu dever patriótico.”

O The New York Times escreve ainda que outros grupos de extrema-direita – como os Oath Keepers, America First e Three Percenters – também começaram a criticar Donald Trump em canais privados do Telegram.

Na semana passada, Nicholas Fuentes, líder do America First, escreveu que a resposta do ex-Presidente ao tumulto no Capitólio foi “muito fraca e flácida“. “Não é o mesmo que correu em 2015.”

https://zap.aeiou.pt/proud-boys-contra-trump-378330

 

Cientistas usam publicações na Internet para prever separações 3 meses antes de ocorrerem !

Um estudo que examinou a linguagem que as pessoas usam quando estão a passar por uma separação revelou que os marcadores desse evento iminente podem ser vistos três meses antes de ocorrer.


Uma equipa de investigadores da Universidade do Texas analisou 1.027.541 publicações de 6.803 utilizadores do Reddit. Os utilizadores foram escolhidos especificamente porque publicaram na temática “Separações”. Assim, explica o IFLScience, os cientistas conseguiram ver como as separações afetaram o uso da linguagem.

A equipa analisou as publicações antes, durante e depois das separações em dois anos de publicações, descobrindo que os marcadores de linguagem que indicam uma separação começaram três meses antes e os utilizadores não regressaram à linha de base até, em média, cerca de seis meses após o evento.

“Os sinais incluíram um aumento nas palavras começadas com os pronomes ‘eu’, [“I”, em inglês], ‘nós’ e palavras de processamento cognitivo (característica da depressão, foco coletivo e processo de construção de significado, respetivamente) e quedas no pensamento analítico (indicando uma linguagem mais pessoal e informal)”, escreveu a equipa.

Num dos exemplos analisados no estudo, existiam sinais de processamento cognitivo, bem como uma abundância de na referência da pessoa a si mesma – eu, mim, me.

Estou indeciso se devo ou não partilhar a minha história. Preciso de ajuda porque me sinto perdido, mas a minha história é longa e não tenho certeza se vale a pena partilhá-la”, lê-se no exemplo partilhado pelos investigadores.

Na versão original, é possível perceber a abundância de palavras começadas com ‘I’ – o pronome pessoal “eu”, em inglês: “I’m undecided whether or not to share my story. I need some help because I feel lost but my story is long and not sure whether it’s worth sharing.”

As mudanças subtis no uso de pronomes e outras mudanças na linguagem foram vistas não só quando os utilizadores estavam a falar sobre as suas relações, mas também quando se referiam a outros tópicos.

“Parece que, mesmo antes de as pessoas saberem que vai acontecer uma separação, isso começa a afetar as suas vidas”, disse Sarah Seraj, candidata ao doutoramento em psicologia na Universidade do Texas, citada pelo Science Daily.

“Realmente não notamos quantas vezes estamos a usar preposições, artigos ou pronomes, mas estas palavras funcionais são alteradas de uma forma quando se está a passar por uma revolta pessoal,  que pode dizer muito sobre o nosso estado emocional e psicológico”.

As mudanças na linguagem atingiram o pico durante a semana da separação e, geralmente, voltaram ao normal seis meses após o fim da relação.

No entanto, quem publicou sobre a sua separação durante períodos de tempo mais longos foi considerado “menos adaptado [à situação] um ano após a separação, em comparação com aqueles que publicaram durante um período de tempo mais curto”.

Este estudo vai ser publicado em fevereiro na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

https://zap.aeiou.pt/publicacoes-internet-prever-separacoes-377703

 

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Serial killer nazi matou pelo menos 22 judeus e negros !

No período de três anos, entre 1977 e 1980, Joseph Paul Franklin viajou pelos Estados Unidos assassinando negros e judeus com um rifle. O serial killer passou por mais de 11 estados, deixando para trás, pelo menos, 22 pessoas mortas. Durante todo esse tempo, ele se autoproclamou como racista e um membro do Partido Americano Nazista.

Além disso, Franklin confessou também a tentativa de assassinato de Vernon Jordan Jr., líder de um movimento de direitos civis, e de Larry Flynt, editor de uma revista, que ficou paralisado da cintura para baixo após os tiros.

(Fonte: YouTube/Reprodução)
(Fonte: YouTube/Reprodução)

Conheça o passado de Joseph Paul Franklin

O serial killer nasceu no Alabama, em 1950 e seu nome verdadeiro era James Clayton Vaughan Jr. Seu pai, James Vaughan Sr., foi um veterano da 2ª Guerra Mundial e sua mãe trabalhava como garçonete. Porém, seu pai virou um alcoólatra e costumava desaparecer por meses a fio. Então, quando James tinha apenas 8 anos, ele foi embora.

Sua mãe se tornou agressiva após ser abandonada e eles não tinham muito dinheiro. Enquanto adolescente, Joseph foi um membro da Igreja de Deus, um culto evangélico fervoroso. Então, em 1967, ele saiu da escola e se casou com Bobbie Louise Dorman, a quem conheceu há apenas duas semanas.

Segundo Dorman, ele foi um cavalheiro por pouco tempo e, então, começou a bater nela. Os dois se divorciaram depois de 4 meses.

Adolescentes Darrell Lane e Dante Evans Brown, que foram mortos enquanto iam comprar doces. (Judge Melissa Powers/Reprodução)
Adolescentes Darrell Lane e Dante Evans Brown, que foram mortos enquanto iam comprar doces. (Judge Melissa Powers/Reprodução)

No final dos anos 60, Joseph Paul Franklin começou a participar de organizações de supremacia branca. Ele começou a estudar literatura racista e mostrou tendências nazistas, inclusive bordando a suástica em suas roupas. Não demorou muito para que ele começasse a sua viagem de caça aos negros e judeus pelo país.

A idade, condição econômica e gênero das vítimas variava, mas todos eram negros ou judeus. Durante a viagem, Franklin levou diversos rifles de caça e assassinou as vítimas sem arrependimento. O objetivo dos assassinatos era começar uma guerra racial – da qual ele esperava que os negros e judeus não saíssem vivos.

Joseph Paul Franklin foi finalmente capturado em 1980. Ele foi condenado por diversos homicídios e recebeu a pena de morte. Em 2013, o serial killer foi assassinado com injeção letal.

https://www.megacurioso.com.br/misterios/117558-serial-killer-nazista-matou-pelo-menos-22-judeus-e-negros.htm

 

Infestação de aranhas 'altamente canibais' invade casa na Austrália

Em Sidney, na Austrália, um encontro apavorante foi publicado no Twitter por Petra Rogers no último sábado (30): uma infestação de aranhas-caçadoras no quarto da filha de uma amiga que pediu para não ser identificada. A reação foi engraçada: “Gaaaahhhhhhhh, uma amiga minha em Sydney acabou de entrar no quarto de sua filha e encontrou isso”, tuitou Petra.

A filha adolescente disse para a mãe que havia aranhas na parte superior da casa. Quando a amiga de Rogers subiu para investigar, topou com alguns aracnídeos no canto da sala. Tudo bem, disse ela, devem ser umas 50 ou 60. Mas, quando se virou, notou mais de uma centena de filhotinhos passeando pelo teto e pelas paredes.

Depois de filmar os bichinhos peludos, a mulher pesquisou e descobriu que eram aranhas-caçadoras bebês, da família Sparassidae, muito comuns na Austrália e em outros lugares com climas quentes. Embora numerosas, essas aranhas têm um comprimento máximo de corpo de 2,5 cm e uma envergadura de até 12,7 cm de pernas.

Infestações de aranhas-caçadoras na Austrália

Fonte: Darren Saunders/Reprodução
Fonte: Darren Saunders/Reprodução

Essa infestação de aranhas-caçadoras está se tornando comum na Austrália durante o verão. Para o especialista em aranhas do Museu de Queensland, dr. Robert Raven, durante a temporada de seca, as caçadoras saem em busca de fontes de água. E o melhor lugar é embaixo das banheiras, no ralo. Elas colocam seus ovos ali, logo acima da água.

Em épocas de baixa pressão atmosférica, explica Raven, o ar quente e a umidade das chuvas constituem “um dos gatilhos para a emergência da bolsa de ovos”, pois as aranhas bebês têm a pele muito fina, que desidrata em ambientes muito secos. E essas bolsas de ovos geralmente dão origem a centenas de caçadoras bebês.

Infelizmente para as pessoas que, como Petra Rogers, acham essas aranhas “fofinhas”, esses grupos não duram muito, explica a aracnologista Lizzie Lowe, da Universidade Macquarie. Os filhotes são “altamente canibais” e rapidamente se devoram uns aos outros em um ou dois dias.

Os especialistas também explicam que a picada da aranha-caçadora não é tóxica, sendo considerada de baixo risco para os humanos. Além disso, elas não são agressivas, exceto em alguns casos no verão, quando a aranha fêmea pode estar vigiando seus ovos ou sua ninhada.  

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117524-infestacao-de-aranhas-altamente-canibais-invade-casa-na-australia.htm

 

Depois de ter denunciado o próprio pai por invadir Capitólio, Jackson Reffitt escondeu-se !

Jackson Reffitt , um jovem de 18 anos do Texas, denunciou o próprio pai ao FBI por ter participado na invasão ao Capitólio, nos Estados Unidos.


Jackson Reffitt, um adolescente de 18 anos residente no Texas, Estados Unidos, contou ao The New York Times que se escondeu depois de ter denunciado o seu próprio pai ao FBI na sequência do seu envolvimento no ataque ao Capitólio.

“Se me denunciarem são traidores (…) e vocês sabem o que acontece a traidores, traidores levam um tiro“, terá dito Guy Reffitt, pai do jovem, que acabou por ser detido e acusado de invasão e obstrução à justiça.

“Apesar das suas emoções” e do quanto “ama a família”, Jackson acabou por tomar a difícil decisão de denunciar o pai porque era “a coisa certa a fazer”. “Não pensei que ele fosse fazer alguma coisa má, mas só o facto de ele dizer algo ameaçador a mim, à minha irmã e a funcionários do Governo, era demasiado.”

O jovem norte-americano disse também que não se arrepende de ter denunciado o pai e que não tem a certeza se ele sabe que foi ele quem o denunciou. “Temo que ele saiba. “Não pela minha vida ou qualquer coisa, mas pelo que ele possa pensar”, confessou, com esperança de que, no futuro, consiga reatar o relacionamento.

Segundo o adolescente, a atitude do pai alterou muito nos últimos quatro anos, tendo-se associado a milícias de extrema-direita. Apesar de não referir diretamente o nome de Donald Trump, Jackson disse que o antigo Presidente dos Estados Unidos é a principal influência do progenitor.

Ao diário norte-americano, o adolescente disse que já não vive com a família e recusou divulgar a sua localização por questões de segurança. Na sequência da sua decisão, criou uma campanha de angariação de fundos para ajudar a pagar os seus estudos.

https://zap.aeiou.pt/denunciado-pai-invadir-capitolio-escondeu-378552

 

Em Nápoles, a máfia proibiu as ambulâncias de ligar as sirenes - Atrapalham o negócio !

Os condutores de ambulâncias na cidade italiana de Nápoles estão a exigir proteção policial, depois de terem sido ameaçados pela máfia. O problema? As sirenes e as luzes intermitentes dos veículos atrapalham o negócio.


O mais recente ataque aconteceu no passado sábado, quando uma das ambulâncias passou pelo Quartieri Spagnoli, um dos bairros mais movimentados de Nápoles, e dois homens abordaram o condutor do veículo.

“Já não sabes que aqui não podes usar a sirene? Desliga-a ou disparo“, disse um dos suspeitos, segundo o relato feito pelo grupo Nessuno Tocchi Ippocrate na sua página de Facebook.

O motorista da ambulância, assustado, alertou imediatamente a polícia, enquanto toda a equipa médica se tornou “refém do bairro, sem poder mover-se”, uma vez que os homens patrulhavam a área incessantemente. A ambulância só conseguiu sair daquela zona escoltada pelas forças de segurança.

Segundo o canal estatal russo RT, este é um dos vários episódios que têm sido perpetrados por membros da Camorra, organização criminosa napolitana aliada à máfia siciliana, que proibiram os paramédicos de ligar as sirenes e as luzes intermitentes das ambulâncias em certos bairros da cidade.

Os elementos da máfia consideram que a passagem das ambulâncias atrapalha o negócio, sobretudo do tráfico de droga, uma vez que o barulho e as luzes destes veículos, muito parecidos com os da polícia, os assusta e os obriga a fugir.

Além disso, às vezes são também os próprios familiares dos pacientes que atacam estes profissionais de saúde. Dias depois, a mesma ambulância que tinha sido atacada no sábado foi vítima da raiva dos parentes de um homem, de 71 anos, que acabou por morrer de paragem cardíaca antes da chegada dos paramédicos.

A equipa foi recebida no local com agressões, tanto verbais como físicas, e um dos atacantes abriu a porta da ambulância com um isqueiro na mão, tendo ameaçado incendiar o veículo.

Em declarações ao jornal The Times, o médico Manuel Ruggiero, presidente desta organização, contou que, nos últimos três anos, ocorreram 300 incidentes deste tipo. O responsável acrescentou que a violência contra estes profissionais de saúde não para de aumentar porque “só há 17 ambulâncias em toda a cidade para um milhão de pessoas”, situação que muitas vezes impossibilita as equipas de chegarem a tempo.

https://zap.aeiou.pt/napoles-mafia-ambulancias-negocio-378338

 

Turquia acusada de deportar uigures para a China em troca de vacinas !

Deputados da oposição na Turquia acusam o Governo de Erdogan de estar secretamente a enviar uigures para a China em troca de vacinas contra a covid-19.


Nos últimos meses, cerca de 50 uigures foram detidos pelas autoridades turcas e colocados em centros de deportação, escreve a RTP. As deportações são negadas tanto pela Turquia como pela China, embora a Associated Press saliente que o número de uigures detidos aumentou exponencialmente em relação ao ano passado.

Acredita-se que a Turquia esteja a deportar estes cidadãos para a China para obter dezenas de milhões de vacinas para a covid-19, prometidas por Pequim e que ainda não foram entregues.

As suspeitas surgiram após o primeiro carregamento de vacinas da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech ter sido retido durante semanas em dezembro. As autoridades alegaram, na altura, problemas com as licenças.

“Um atraso destes não é normal. Nós pagamos por estas vacinas”, disse Yildirim Kaya, deputado do principal partido da oposição da Turquia. “Estará a China a chantagear a Turquia?”, questiona.

Em dezembro, o chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, disse que o atraso das vacinas não estava relacionado com os uigures: “Não usamos os uigures para fins políticos, defendemos os seus direitos humanos”.

A Turquia e a China assinaram um acordo de extradição em 2017, mas este apenas foi ratificado por Pequim em dezembro do ano passado. O Parlamento turco ainda não ratificou o acordo, embora a diáspora uigur (estimada em 50 mil pessoas) na Turquia já tenha demonstrado a sua preocupação.

“Estou com medo de ser deportada”, disse Melike à Associated Press. O seu marido, Abdullah Metseydi, é um dos uigures que se refugiaram na Turquia atualmente detido num centro de deportação.

A Turquia tem laços linguísticos e culturais com os uigures, muçulmanos que falam uma língua turca. Ancara foi durante muito tempo um dos principais defensores da sua causa a nível internacional, antes de se tornar mais discreta.

A China tem estado debaixo de fogo devio à detenção de uigures, cazaques e outras minorias muçulmanas no estado de Xinjiang, no extremo oeste da China. A China lançou nesta região uma política de vigilância máxima dos uigures, após numerosos atentados contra civis que Pequim atribuiu ao movimento separatista uigur.

Desde 2014, até dois milhões de muçulmanos uigures e outras minorias étnicas foram detidos em campos como parte de uma suposta campanha antiterrorista. A China insistiu que está a administrar o que chama de centros de “treino vocacional” para combater o extremismo na região.

https://zap.aeiou.pt/turquia-deportar-uigures-troca-vacinas-378780

 

Wikipédia lança código de conduta global para combater bullying na sua plataforma !

A fundação que opera a Wikipédia vai lançar o seu primeiro código de conduta global como resposta às críticas de que não consegue combater o assédio e de que sofre com a falta de diversidade.


“Precisamos de ser muito mais inclusivos”, disse María Sefidari, presidente do conselho de curadores da Fundação Wikimedia, citada pela agência Reuters. “Estamos a perder muitas vozes, estamos a perder mulheres, estamos a perder grupos marginalizados”.

As plataformas online estão sob intenso escrutínio em relação ao comportamento abusivo, retórica violenta e outras formas de conteúdo problemático, obrigando-as a renovar as regras de conteúdo e aplicá-las de forma mais restrita.

Ao contrário do Facebook Inc e do Twitter Inc, que adotam abordagens mais de cima para baixo para moderação de conteúdo, a enciclopédia online, que completou 20 anos no mês passado, depende em grande parte de voluntários para lidar com problemas em torno do comportamento dos utilizadores.

A Wikimedia disse que mais de 1.500 voluntários da Wikipédia de cinco continentes e 30 idiomas participaram na criação das novas regras depois de o conselho de curadores ter votado em maio do ano passado para desenvolver novos padrões vinculativos.

“Tem havido um processo de mudança em todas as comunidades”, disse Katherine Maher, diretora executiva da Fundação Wikimedia. “Demorou para construir o apoio necessário para fazer as consultas para que as pessoas entendessem por que isso é uma prioridade.”

O novo código de conduta proíbe o assédio dentro e fora do site, impedindo comportamentos como discurso de ódio, uso de calúnias, estereótipos ou ataques com base em características pessoais, bem como ameaças de violência física e perseguição ou seguir alguém em diferentes artigos para criticar o seu trabalho.

Além disso, proíbe a introdução deliberada de informações falsas ou tendenciosas no conteúdo.

A Wikipédia é um site relativamente confiável em comparação com as principais plataformas de redes sociais que têm lutado para conter a desinformação. Maher disse que as preocupações de alguns utilizadores de que as novas regras significavam que o site estava a tornar-se mais centralizado eram infundadas.

A Wikipédia tem 230 mil editores voluntários que trabalham em artigos de crowdsourcing e mais de 3.500 “administradores” que podem realizar ações como bloquear contas ou restringir edições em certas páginas. Às vezes, as reclamações são decididas por painéis de utilizadores eleitos pelas comunidades.

A Wikimedia disse que a próxima fase será trabalhar na aplicação das regras. “Um código de conduta sem fiscalização não vai ser útil”, disse Sefidari. “Vamos resolver isto com as comunidades”.

Maher disse ainda que haverá um treino para as comunidades e grupos de trabalho interessados.

A Wikimedia não tem planos imediatos para reforçar a sua pequena equipa de “confiança e segurança”, um grupo de cerca de uma dúzia de funcionários que atualmente atua em questões urgentes, como ameaças de morte ou partilha de informações privadas de pessoas.

https://zap.aeiou.pt/wikipedia-lanca-codigo-conduta-global-combater-bullying-na-plataforma-378370

Comer cascas de árvores e beber de poças - “Desastre humanitário de proporções bíblicas” em Tigray !

A região de Tigray, no norte da Etiópia, vive uma guerra, motivada por diferenças étnicas e religiosas, que matou dezenas de pessoas e originou milhares de deslocados. “Já há pessoas a morrer à fome” e caminhamos para “um desastre humanitário de proporções bíblicas”.


O conflito armado estalou em Tigray, região da Etiópia que faz fronteira com a Eritreia e o Sudão, em Novembro passado.

Tudo começou quando as tropas regionais da Frente de Libertação do Povo de Tigray (TPLF na sigla em Inglês), que controlaram a região durante os últimos 30 anos, tomaram de assalto bases militares federais, após romperem relações com o primeiro-ministro Abiy Ahmed.

O exército da Etiópia ripostou e capturou a capital da região, Mekelle, acusando o TPLF de ameaçar a integridade territorial do país e de querer derrubar o Governo.

As autoridades regionais revelam que já morreram, pelo menos, 52 mil pessoas, uma versão que o Governo nega, falando apenas em algumas baixas civis.

Cerca de 2 milhões de pessoas terão fugido devido ao conflito e haverá à roda de 60 mil pessoas de Tigray a viver em campos de refugiados no Sudão.

75% da população precisa de ajuda alimentar de emergência

Os três partidos da oposição ao Governo etíope – Partido da Independência de Tigray (TIP), Salsay Weyane Tigray e o Congresso Nacional do Grande Tigray – alertaram, num comunicado conjunto, que se não chegarem medicamentos e comida à zona de forma imediata está “iminente um desastre humanitário de proporções bíblicas“.

Já há pessoas a morrer de fome, nomeadamente crianças que falecem durante o sono, segundo reporta o blogue FoRB in Full que faz advocacia pela liberdade de religião e de crença em todo o mundo.

Um porta-voz da ONU citado pela BBC fala em relatos de pessoas que são obrigadas a comer cascas de árvores e a beber água de poças por não terem outras condições para se alimentarem.

Um elemento da administração de Tigray salienta que há 4,5 milhões de pessoas, cerca de 75% da população da região, a precisarem de ajuda alimentar de emergência.

O Governo alega que há dificuldades em fazer chegar comida às populações porque “o TPLF está a matar motoristas” de camiões com abastecimentos. Assim, acusa o TPFL de estar a “orquestrar a fome como arma para manipular a opinião global e obter simpatia para a sua causa”.

Da parte dos partidos opositores ao Governo, acusa-se que “cidades e aldeias foram demolidas por bombardeamentos cegos de artilharia“.

“As nossas instalações de saúde e de educação foram saqueadas e destruídas e, para surpresa de qualquer mente sã, as nossas instituições religiosas também foram atacadas e os seus bens sagrados saqueados”, salientam os partidos, apelando à retirada das tropas da Etiópia e da Eritreia da região e pedindo uma investigação a alegados crimes de guerra que terão sido cometidos.

A fome como “arma de guerra”

O acesso da Cruz Vermelha e do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (UNHCR) à região tem sido muito limitado, pelo que não é possível chegar à maioria daqueles que precisam de ajuda.

O activista eritreu pelos direitos humanos Paulos Tesfagiorgis considera, em declarações à BBC, que o Governo está a usar a fome como uma arma de guerra.

“Os soldados do Governo queimaram as colheitas dos Tigrayans; a ofensiva aconteceu durante a época da colheita, e mataram as suas cabeças de gado”, denuncia, frisando que enquanto isso foi imposto “um bloqueio total em Tigray”.

“Não havia comida a chegar lá”, nota ainda, salientando que “as pessoas já estão a morrer de fome” numa guerra que é “travada sem compaixão”.

“Para enfraquecer a TPLF, o governo de Abiy tem que subjugar os civis, incluindo submetê-los à fome”, acusa ainda Paulos Tesfagiorgis.

“Eles matam quem quer que encontrem”

O blogue FoRB in Full conclui que aquilo que está a acontecer em Tigray, com “massacres, fome e destruição gratuita”, é uma tentativa de “privar a região de todos os meios de sobrevivência e recuperação”.

Esta publicação apela à comunidade internacional para agir para “salvar a região”, relatando “bombardeamentos indiscriminados” e assassinatos de crianças e jovens, além de saques de casas, empresas e locais históricos, como o mosteiro do Século VI na montanha Debre Damo e a mesquita Al Nejashi na cidade de Shire, uma das mais antigas de África.

Cerca de 750 pessoas terão sido assassinadas por forças da Etiópia e pela milícia aliada Amhara na Igreja Maryam Zion em Axum, que se acredita abrigar a bíblica Arca da Aliança.

Eles matam quem quer que encontrem em qualquer aldeia onde entrem”, denuncia um depoimento citado pelo blogue.

A publicação também fala de “violência sexual e de género em grande escala“, referindo que os homens estão a ser obrigados a escolherem entre a morte ou violar mulheres da sua família.

A tragédia humanitária está também a afectar os cerca de 100 mil eritreus que vivem em campos de refugiados em Tigray, para onde fugiram ao Governo repressivo do seu país.

Alguns refugiados estarão a ser executados e, pelo menos, 6 mil deles terão sido levados à força de volta à Eritreia ou obrigados a regressarem a pé.

Um campo de refugiados terá sido destruído e outras infraestruturas estarão a ser alvo de ataques de grupos armados que roubam os poucos bens das pessoas.

Os soldados da Eritreia, que também ocupam a zona, são acusados de roubarem civis, tirando-lhes dinheiro e jóias, mas também de saquearem as suas casas para tirarem até cobertores, roupas e sapatos.

Ora, como se o cenário não fosse suficientemente grave, a pandemia de covid-19 está a agravar ainda mais as coisas.

Com os deslocamentos em massa de pessoas teme-se que a propagação do vírus aumente consideravelmente.

Além disso, a Eritreia vive uma situação de fome severa devido a um confinamento restrito que está em vigor desde Março de 2020.

Um barril de pólvora pronto a explodir

A comunidade internacional tem apelado a conversações de paz e à necessidade de deixar entrar a ajuda humanitária na região de forma urgente.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, já manifestou “a preocupação quanto à crise em Tigray” ao primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, apelando a que seja permitido “o acesso humanitário seguro e desimpedido para evitar mais perdas de vidas”.

“Apesar dos desafios actuais, os EUA estão prontos para apoiar reformas e eleições pacíficas”, salientou ainda Blinken numa publicação no Twitter.

Na resposta, Abiy Ahmed agradeceu o “compromisso [dos EUA] em apoiar as profundas reformas na Etiópia”, prometendo que vai prosseguir esse caminho sem se deixar travar pelos obstáculos.

“As nossas aspirações para democratizar e construir um país multimensional próspero e pacífico para todos serão reforçadas através do fortalecimento das relações Etiópia-EUA”, vincou ainda.

Contudo, apesar desta declaração de boas intenções, Abiy Ahmed é visto como um dos culpados pelo clima de guerra civil que se vive na região.

O blogue FoRB in Full refere que a guerra em Tigray resulta de “uma vingança” do presidente da Eritreia, Isais Afewerki, contra o TPLF, contando para isso com a ajuda dos líderes da Etiópia e da Somália.

A publicação acusa Abiy Ahmed de ter “uma antipatia” pela liderança Tigray e de ter a “ambição de centralizar o poder” com este conflito.

Segundo o mesmo blogue, nesta altura, “a Eritreia está, efectivamente, a administrar a região” numa guerra que conta também com a intervenção do exército da Somália, além de uma milícia armada de etnia Amhara.

Os Amhara, povo da região de Amara no norte da Etiópia, são uma das várias etnias que compõem a nação etíope. E são as tensões étnicas, mas também religiosas, que ajudam a explicar este conflito.

Certo é que a crise em Tigray perturba a própria estabilidade da África Oriental numa área geográfica que é um verdadeiro barril de pólvora.

Enquanto a Eritreia é acusada de perseguir os Cristãos Evangélicos do país, a Somália tem um problema com os terroristas Al Shabaab e há um conflito por território na fronteira entre a Etiópia e o Sudão.

O Sudão e o Egipto também têm velhas contendas, enquanto se registam disputas entre soldados etíopes e eritreus.

Entre as diferenças étnicas, religiosas, políticas e económicas, ninguém pode prever para onde é que esta crise vai evoluir.

https://zap.aeiou.pt/comer-cascas-arvores-beber-pocas-desastre-humanitario-proporcoes-biblicas-tigray-378710

 

 

ONU diz que extremistas planeiam executar ataques assim que restrições para controle da covid-19 foram levantadas !

Extremistas islâmicos estão a planear uma possível “onda de ataques” para o momento em que as restrições impostas durante a pandemia de covid-19 forem levantadas, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU).


Um relatório da ONU, que tem por base informações de diferentes membros, revelou que o Estado Islâmico buscará “acabar com a marginalização das notícias” com uma onda de violência, com o grupo a pedir recentemente aos apoiantes que se afastem das redes sociais, libertando assim tempo para operações contra os seus inimigos.

O grupo terrorista “tem desfrutado de um público cativo, com as pessoas a enfrentar restrições de deslocação e a passar mais tempo ‘online’. Ameaças podem se ter acumulado nesse período e não terem sido detetadas, podendo se manifestar no momento oportuno”, apontou o relatório, elaborado por especialistas da ONU que monitorizam as sanções internacionais contra a Al Qaeda e o Estado Islâmico e citado pelo Guardian.

Em outubro, o porta-voz do Estado Islâmico, Abu Hamza al-Qurashi, pediu aos apoiantes “que passassem menos tempo nas redes sociais”, bem como “mais esforços em ataques de alto impacto, fugas de prisão e outras atividades operacionais”.

Embora a ameaça de ataques terroristas permaneça relativamente baixa em “zonas de não conflito”, como a Europa, os analistas acreditam que a pandemia proporcionará oportunidades significativas para os extremistas islâmicos em zonas do mundo onde já estão estabelecidos.

“A pandemia enfraqueceu mais os governos em zonas de conflito” e o “seu impacto de longo prazo nas economias, recursos do governo e cooperação internacional podem agravar ainda mais a ameaça”, indicou o relatório.

Os grupos extremistas reagiram de maneiras diferentes à pandemia. Inicialmente, o Estado Islâmico descreveu a covid-19, na sua revista al-Naba, como uma punição para as “nações cruzadas” e apelou a ataques. No entanto, artigos de edições seguintes indicavam que era errado os muçulmanos acreditarem que seriam poupados da doença.

Já a Al Qaeda emitiu seis páginas de conselhos e comentários sobre a covid-19, argumentando que, embora o vírus tivesse lançado “uma sombra sobre o mundo inteiro”, a chegada da pandemia no mundo muçulmano foi uma consequência dos “próprios pecados e da obscenidade e corrupção moral generalizadas nos países muçulmanos”.

O relatório da ONU referiu ainda que o Estado Islâmico continua a enfatizar o “castigo divino para a arrogância e a descrença” sobre a pandemia, e exortar os seguidores a atacar o inimigo, enquanto as defesas estão supostamente enfraquecidas. Contudo, a ideia de transformar o vírus em arma, usando infetados para transmitir a doença, “não progrediu”.

https://zap.aeiou.pt/extremistas-ataques-restricoes-covid-levantadas-378690

Alemanha acusa secretária de campo nazi de cumplicidade em 10 mil assassinatos !

 

Promotores alemães informaram esta sexta-feira que acusaram uma ex-secretária de um campo de concentração nazi de cumplicidade no assassinato de 10 mil pessoas, o primeiro caso contra uma mulher nos últimos anos.

De acordo com a agência France Presse (AFP), a mulher, atualmente com 95 anos, trabalhou no campo de Stutthof, perto de Danzig (agora Gdansk), na Polónia. O seu nome não foi divulgado, mas a emissora regional NDR identificou-a como Irmgard F., residindo agora num lar para idosos no norte de Hamburgo.

A ré “é acusada de ter ajudado os responsáveis ​​no campo no assassinato sistemático de prisioneiros judeus, guerrilheiros polacos e prisioneiros de guerra soviéticos na sua função de estenógrafa e secretária do comandante”, entre junho de 1943 e abril de 1945, indicaram os promotores em comunicado.

A mulher, que era menor na época dos supostos crimes, é acusada de “auxílio e cumplicidade em homicídio em mais de 10 mil casos”, bem como de cumplicidade em tentativa de homicídio.

Os investigadores realizaram uma investigação “muito elaborada”, incluindo entrevistas com testemunhas que vivem nos Estados Unidos (EUA) e em Israel. Os historiadores também foram encarregados de avaliar o trabalho da acusada no campo, já que uma questão-chave é a “responsabilidade concreta” que teve nas mortes.

Devido à sua idade na época dos crimes, será julgada num tribunal de menores.

A Alemanha tem levado à justiça os sobreviventes da equipa nazi após a condenação, em 2011, do ex-guarda John Demjanjuk. O tesoureiro Oskar Groening e o ex-guarda da SS no mesmo campo, Reinhold Hanning, foram também condenados por cumplicidade em assassinato em massa. Ambos tinham 94 anos e morreram antes de serem presos.

No veredicto mais recente, o ex-guarda da SS Bruno Dey foi considerado culpado, aos 93 anos, e recebeu uma pena suspensa de dois anos. Este trabalhava no mesmo campo de Stutthof, criado em 1939, utilizado inicialmente para deter prisioneiros políticos polacos. Cerca de 65 mil pessoas morreram no campo.

Os promotores ainda estão a analisar mais uma dúzia de casos contra ex-nazis ou funcionários da SS que trabalharam nos campos de Buchenwald, Sachsenhausen, Neuengamme ou Mauthausen. Em julho, foi aberto um caso contra outro ex-guarda em Stutthof, por cumplicidade no assassinato de várias centenas de pessoas.

https://zap.aeiou.pt/alemanha-secretaria-campo-nazi-assassinatos-378664

 

 

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