Os líderes dos sete países mais ricos do mundo (G7) apelaram à Rússia para que termine as “provocações” e inicie uma redução da presença militar na fronteira com a Ucrânia.
“Pedimos à Rússia que termine com as suas provocações e reduza imediatamente as tensões, conforme as suas obrigações internacionais”, destacou o G7 em comunicado de imprensa conjunto.
Os líderes do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) realçaram que “estes movimentos de tropas em grande escala, ocorrendo sem notificação prévia, constituem uma ameaça e um fator de desestabilização” e apelaram a Moscovo pela “transparência” sobre esses movimentos militares, tal como “se comprometeram a fazer” perante a Organização para a Segurança de Cooperação na Europa (OSCE).
O G7 reafirmou ainda o seu “apoio inabalável à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas” e elogiou “a contenção da Ucrânia” neste novo momento de tensões.
A Ucrânia teme que o Kremlin esteja à procura de um pretexto para atacar e acusou os russos de reunirem mais de 80 mil soldados perto da fronteira oriental e na Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.
Segundo Kiev, os separatistas pró-russos têm ainda 28 mil combatentes e mais de dois mil conselheiros e instrutores militares russos naquele território que controlam desde 2014.
Os Estados Unidos alertaram Moscovo, no domingo, através do secretário de Estado Antony Blinken, que qualquer agressão contra a Ucrânia terá “consequências”.
Blinken é esperado em Bruxelas na terça-feira para reunir com os aliados da NATO sobre vários temas polémicos, incluindo as tensões russo-ucranianas.
O responsável pela diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, também irá marcar presença na NATO na terça-feira, para conversas sobre o mesmo tema.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu à NATO para que acelere a adesão do seu país a este organismo, de forma a enviar um “sinal real” à Rússia. No entanto, o organismo está a observar este pedido com uma maior cautela.
A Rússia, por sua vez, afirma que Kiev está a preparar um ataque contra os rebeldes e ameaça ir em socorro da população das zonas separatistas, onde centenas de milhares de passaportes russos foram distribuídos.
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