Os efeitos das alterações climáticas nos oceanos são já irreversíveis, consideraram esta terça-feira peritos do Painel Intergovernamental das Nações Unidas, alertando que adiar a redução de emissões só tornará pior um cenário de degelo e subida do nível do oceano global.
Mesmo contendo o aquecimento global em dois graus centígrados acima dos valores médios da era pré-industrial, um quarto do gelo permanente acumulado em regiões como Ártico vai derreter até 2100, percentagem que poderá aumentar para 70% se o mundo aquecer ainda mais, adverte o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) num relatório especial apresentado hoje no Mónaco.
Na apresentação do primeiro relatório especial do IPCC sobre o oceano e a criosfera, a sua vice-presidente Ko Barrett assegurou que “as consequências para a natureza e para a humanidade são vastas e severas“.
Durante o século XX, o oceano “tem sido uma esponja a absorver o dióxido de carbono e o calor em excesso” produzidos pela atividade humana, com consequências para os gelos permanentes, que estão a derreter a um ritmo que acelera a cada ano.
Mesmo os glaciares mais pequenos na Europa, na África oriental, nos Andes ou na Indonésia perderão “80% da sua massa em 2100” se as emissões de gases com efeito de estufa continuarem, salientou.
Durante o século passado, o nível médio das águas oceânicas subiu 15 centímetros, podendo chegar a “1,10 metros em 2100 se as emissões não forem fortemente reduzidas”.
A mensagem dos cientistas que integram o IPCC é que “é urgente uma ação coordenada e verdadeiramente ambiciosa” para conter as mudanças nos oceanos, nas zonas costeiras e montanhosas” que ameaçam a capacidade de centenas de milhões de pessoas de viverem nas suas comunidades, de se alimentarem e de manterem os seus modos de vida.
Da pesca ao turismo, a acidificação e o aquecimento dos oceanos trazem consequências ecológicas – espécies de águas mais frias enfrentam riscos maiores de extinção e outras como os corais são afetadas pelo aumento da acidez das águas – e económicas que ainda é difícil quantificar.
A necessidade de deslocar centenas de milhões de pessoas das zonas costeiras por causa da subida do nível das águas vai depender “das soluções de adaptação” encontradas, sendo certo que “os que dependem da pesca artesanal em latitudes baixas são os mais vulneráveis”, afirmou a investigadora Valérie Masson-Delmotte.
O aumento da temperatura e do nível das águas alterou já as características dos ciclones e outros fenómenos naturais, com ondas mais altas e chuva e vento mais intensos.
Além de proteções físicas para preservar as comunidades costeiras, são necessárias verdadeiras “redes de segurança social”, destacou.
O relatório sobre os oceanos e a criosfera foi feito ao longo de dois anos, reunindo informação de quase sete mil estudos, feitos por 104 cientistas de 36 países.
As conclusões serão levadas à conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas de 2019, a COP25, que se realiza no Chile no próximo mês de dezembro.
Mesmo contendo o aquecimento global em dois graus centígrados acima dos valores médios da era pré-industrial, um quarto do gelo permanente acumulado em regiões como Ártico vai derreter até 2100, percentagem que poderá aumentar para 70% se o mundo aquecer ainda mais, adverte o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) num relatório especial apresentado hoje no Mónaco.
Na apresentação do primeiro relatório especial do IPCC sobre o oceano e a criosfera, a sua vice-presidente Ko Barrett assegurou que “as consequências para a natureza e para a humanidade são vastas e severas“.
Durante o século XX, o oceano “tem sido uma esponja a absorver o dióxido de carbono e o calor em excesso” produzidos pela atividade humana, com consequências para os gelos permanentes, que estão a derreter a um ritmo que acelera a cada ano.
Mesmo os glaciares mais pequenos na Europa, na África oriental, nos Andes ou na Indonésia perderão “80% da sua massa em 2100” se as emissões de gases com efeito de estufa continuarem, salientou.
Durante o século passado, o nível médio das águas oceânicas subiu 15 centímetros, podendo chegar a “1,10 metros em 2100 se as emissões não forem fortemente reduzidas”.
A mensagem dos cientistas que integram o IPCC é que “é urgente uma ação coordenada e verdadeiramente ambiciosa” para conter as mudanças nos oceanos, nas zonas costeiras e montanhosas” que ameaçam a capacidade de centenas de milhões de pessoas de viverem nas suas comunidades, de se alimentarem e de manterem os seus modos de vida.
Da pesca ao turismo, a acidificação e o aquecimento dos oceanos trazem consequências ecológicas – espécies de águas mais frias enfrentam riscos maiores de extinção e outras como os corais são afetadas pelo aumento da acidez das águas – e económicas que ainda é difícil quantificar.
A necessidade de deslocar centenas de milhões de pessoas das zonas costeiras por causa da subida do nível das águas vai depender “das soluções de adaptação” encontradas, sendo certo que “os que dependem da pesca artesanal em latitudes baixas são os mais vulneráveis”, afirmou a investigadora Valérie Masson-Delmotte.
O aumento da temperatura e do nível das águas alterou já as características dos ciclones e outros fenómenos naturais, com ondas mais altas e chuva e vento mais intensos.
Além de proteções físicas para preservar as comunidades costeiras, são necessárias verdadeiras “redes de segurança social”, destacou.
O relatório sobre os oceanos e a criosfera foi feito ao longo de dois anos, reunindo informação de quase sete mil estudos, feitos por 104 cientistas de 36 países.
As conclusões serão levadas à conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas de 2019, a COP25, que se realiza no Chile no próximo mês de dezembro.
Fonte: https://www.msn.com/pt-pt/meteorologia/noticias/efeitos-das-altera%c3%a7%c3%b5es-clim%c3%a1ticas-j%c3%a1-s%c3%a3o-irrevers%c3%adveis-alerta-a-onu/ar-AAHPzAr?li=BBoPWjC
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