A Organização do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares (CTBTO,
na sigla em inglês) confirmou ter detetado um "inusual evento sísmico"
na Coreia do Norte, com uma magnitude "mais forte" do que a verificada
nos testes nucleares anteriores.
Trinta e quatro estações de medição daquele organismo autónomo das
Nações Unidas registaram a detonação, que originou o forte terramoto
detetado na Coreia do Norte, afirmou a CTBTO, numa primeira reação,
através da rede social Twitter.
O CTBTO, organização
da qual a Coreia do Norte não faz parte, dispõe de uma rede com cerca
de 300 sofisticadas estações de medição espalhadas pelo planeta, através
das quais consegue detetar, em tempo real, qualquer detonação ou
explosão fora do comum.
No ano passado, estes sensores determinaram, num espaço de minutos, que a Coreia do Norte tinha detonado uma bomba atómica.
Estes
dados, não apenas sísmicos mas também de poluição nuclear, são
recolhidos num grande centro de dados na sede da CTBTO, em Viena, e
enviados aos países aderentes.
A CTBTO ainda não
confirmou se as suas estações registaram radionuclídeos (partículas
radioativas) no ar, o que seria a confirmação definitiva de que se
tratou de um ensaio nuclear.
Não obstante, foi a essa conclusão que o Japão revelou entretanto ter chegado, enquanto Seul ainda analisa essa possibilidade.
"Após
ter analisado, entre outras, as informações da agência meteorológica, o
governo [do Japão] confirma que a Coreia do Norte realizou um teste
nuclear", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Taro
Kono, aos jornalistas.
Segundo Taro Kono, Tóquio
endereçou um protesto formal à embaixada da Coreia do Norte em Pequim
ainda antes de ter confirmado que o abalo se deveu à realização de um
ensaio nuclear, qualificando o ato de "completamente imperdoável".
O
Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitoriza a atividade
sísmica mundial, registou um abalo de magnitude 6,3 pelas 12:00 na hora
de Pyongyang (04:30 em Lisboa), sinalizando a possibilidade de uma
"explosão".
O tremor ocorreu a 24 quilómetros da
localidade de Sungjibaegam, na província de Hamgyong Norte, no nordeste
da Coreia do Norte, onde se localiza a base de Punggye-ri, que foi palco
dos cinco testes nucleares levados a cabo até à data por Pyongyang, o
último dos quais em setembro de 2016.
Fonte: http://www.msn.com/pt-pt/noticias/mundo/eventual-teste-nuclear-da-coreia-do-norte-foi-mais-forte-do-que-anteriores/ar-AAraPSO?li=BBoPWjC&ocid=SK216DHP
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