segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Borrachas “Orelha de Van Gogh” e kits de emergência psicológica - Galeria acusada de explorar saúde mental !


Galeria de arte já retirou de venda alguns artigos de venda, tanto na loja física como online.

Uma galeria de arte londrina decidiu tirar de venda alguns dos artigos alusivos com Vicent Van Gogh da sua loja de lembranças, depois de estes terem sido considerados insensíveis e pouco úteis na valorização da causa da saúde mental.

O espaço em causa é a Caurtauld Gallery, que pode ser visitada na Somerset House, e tem atualmente em exibição a exposição “Van Gogh. Self-portraits”.

A polémica começou há alguns dias e tem como foco alguns dos artigos na loja física da galeria, mas também na loja online, nomeadamente uma borracha com a forma de uma orelha, o que parece ser uma referência aos relatos de que o pintor cortou a sua durante um dos seus surtos.

Depois deste acontecimento, o pintor holandês passou um ano no hospital de Saint-Paul de Mausole, em França.

Apesar de não haver certezas, são muitas as biografias que abordam os problemas mentais de Van Gogh, que em 1890, com 37 anos, acabou por pôr termo à sua vida.

Na segunda-feira, num comunicado, a galeria abordou algumas das acusações que lhe são dirigidas, reconhecendo as “preocupações levantadas em relação a um pequeno número de artigos disponíveis nas lojas físicas e online”.

“A The Courtauld encara com a saúde mental com extrema seriedade. Nunca foi nossa intenção apresentar uma atitude insensível ou desvalorizadora em relação à saúde mental ao comercializar estes produtos”, pode ler-se no documento.

“Os artigos em questão formam uma pequena fração dos disponíveis como parte da exibição. Como resposta às preocupações demonstradas, os artigos deixarão de ser vendidos nas nossas lojas.”

A galeria não detalhou que artigos iriam ser retirados, mas, de acordo com a CNN, a referida borracha já não se encontra disponível na loja online.

De acordo com o Mail on Sunday, outro dos artigos vendidos na exposição consistia numa barra de sabão descrita como ideal para “o artista torturado que gosta de bolhas fofas”, assim como um “kit de primeiros socorros emocionais” para “20 situações psicológicas chave” – que ainda se encontra disponível.

“Este caso parece ser um pequeno mas claro exemplo do cinismo e comercialismo que tem vindo a afetar o cenário da arte moderna, já que a saúde e as doenças mentais são tratadas como uma piada ou uma novidade, o que não são”, descreveu Charles Thomson, cofundador do movimento de arte Stuckist.

Investigador revela a verdadeira razão pela qual Van Gogh cortou uma orelha

O artista afirmou ainda que a escala de “insensibilidade” dos artigos é um reflexo da atitude dos círculos artísticos, onde as “pessoas querem ser espertas e modernas à custa de ter dignidade na arte”.

Charles Thomson entende ainda que o incidente “diz muito” sobre a atitude atual da sociedade em relação à saúde mental e às suas consequências. “Ainda não levamos o assunto a sério.”

Já David Lee, crítico de arte e editor da revista Jackdaw, afirmou ao Mail On Sunday não conseguir acreditar que o incidente “não se trata de uma tentativa falhada de alguém do departamento do marketing desprovido de qualquer tipo de gosto”.

https://zap.aeiou.pt/borrachas-em-forma-de-orelha-e-kits-de-emergencia-psicologica-galeria-de-arte-com-exposicao-de-van-gogh-acusada-de-usar-saude-mental-para-ganhar-dinheiro-463066

 

Cena “de filme” mostra morte misteriosa de dezenas de melros !


Vídeo retrata a queda repentina de centenas de melros. Muitos não sobreviveram mas não se consegue perceber porquê.

O vídeo, que partilhamos mais abaixo, poderia ter sido incluído num filme ou numa série de ficção. Mas não foi.

O vídeo é real e mostra um momento invulgar que decorreu no México, na semana passada, no dia 7 de Fevereiro.

As imagens, retiradas de uma câmara de vigilância colocada numa rua da cidade Cuauhtémoc, retratam a queda repentina de centenas de melros, junto a uma casa, ou mesmo para a parte superior da casa.

A maioria, aparentemente, sobreviveu. Muitos recuperaram de imediato e voaram. Mas algumas dezenas nunca mais se levantaram – uma filmagem posterior confirma a morte de muitos melros.

Mas o vídeo não mostra porque isto aconteceu. Uma electrocussão, talvez, num fio eléctrico onde os melros estavam.

Especialistas apontam para a poluição – aquecedores a lenha e agroquímicos – que levou a que as aves inalassem fumo tóxico.

Outras causas prováveis: baixas temperaturas, ave de rapina, ou um predador que originasse um choque forte com uma infraestrutura.

https://zap.aeiou.pt/imagens-de-filme-mostram-morte-misteriosa-de-dezenas-de-melros-462856

 

Banido para sempre de apps de encontros, “Impostor do Tinder” aposta numa nova carreira !

O documentário “O Impostor do Tinder”, lançado pela Netflix, tem sido um sucesso e expôs, a nível mundial, o israelita Simon Leviev que enganou várias mulheres com ilusões de amor. Agora, e após ter sido banido da app de encontros, Leviev quer aproveitar a fama para triunfar em Hollywood.

Fontes próximas de Leviev garantem ao site TMZ que ele já está a trabalhar com um gestor de talentos para iniciar uma carreira em Hollywood.

O “Impostor do Tinder” planeia escrever um livro e ter um programa de encontros, onde várias mulheres disputem o seu amor, avança ainda o site de celebridades.

Além disso, gostaria de liderar um podcast dedicado a esta área, onde poderia partilhar dicas do que fazer ou não fazer num encontro, por exemplo, de acordo com a mesma fonte.

A ideia de Simon Leviev é aproveitar a fama que conseguiu com o documentário da Netflix, onde mulheres que conheceu no Tinder contam como ele as enganou, levando-as a emprestarem-lhe dinheiro e até a fazerem empréstimos avultados para o ajudar.
Milionário, mas só a fingir…

Leviev fingia que era um milionário ligado ao negócio dos diamantes.

Assim, conquistava as mulheres, levando-as a crer que estava apaixonado por elas, para depois lhes revelar que estaria a ser ameaçado pelos seus “inimigos”, no âmbito dos diamantes, e que, por questões de segurança, não podia usar nem os cartões de crédito, nem as contas bancárias.

Começava, então, a pedir-lhes dinheiro emprestado, para depois desaparecer sem lhes pagar um cêntimo.

O israelita colocou em marcha uma espécie de esquema Ponzi, ou seja, em pirâmide, que passava por enganar mulheres umas atrás das outras, usando o dinheiro que lhe era emprestado por umas para conquistar as outras e ter uma vida de luxo.

Leviev terá levado as suas vítimas a darem-lhe cerca de 10 milhões de dólares, enganando mulheres em vários países do mundo.

Nunca foi acusado, nem condenado pelas alegadas fraudes contra estas mulheres que, deliberadamente, lhe emprestaram dinheiro, caindo na sua “cantiga do bandido”.

Foi detido em 2019, em Israel, por estar a usar um passaporte falso e acabou condenado a 15 meses de prisão. Mas só passou cinco meses preso, beneficiando de uma amnistia, durante a pandemia, no âmbito de um programa que visou reduzir a população prisional para controlar a propagação da covid-19.

Banido do Tinder e de outras apps de encontros

Entretanto, foi banido do Tinder por ter violado os termos de utilização da app de encontros, nomeadamente devido à “falsificação de identidade” e ao facto de ter “solicitado dinheiro”.

A sua conta foi eliminada e se tentar voltar a criar algum perfil, os responsáveis do Tinder asseguram que voltarão a bani-lo, caso o detectem, como já anunciaram. A medida foi tomada em 2019 depois de a sua história ter sido divulgada por um jornal norueguês.

“Fizemos investigações internas e podemos confirmar que Simon Leviev não está mais activo no Tinder sob nenhum dos seus pseudónimos conhecidos”, garantem fontes oficiais do Tinder. Leviev usou vários nomes para enganar as suas vítimas e as autoridades.

Entretanto, a empresa que detém o Tinder, a Match Group, anunciou que Leviev foi banido das diversas apps de que é proprietária, incluindo Match.com, Meetic, OkCupid, Hinge, PlentyOfFish e OurTime. Este grupo detém o que é definido como “o maior portefólio do mundo” de produtos de namoro.

https://zap.aeiou.pt/impostor-do-tinder-carreira-hollywood-462983
 

Grupo de hackers está a incriminar pessoas por crimes que não cometeram !


Um estudo recente mostra as táticas de um grupo de cibercrime conhecido por plantar provas incriminatórias nos dispositivos de ativistas na Índia.

Durante pelo menos uma década, um grupo de hackers tem atingido pessoas na Índia, usando os seus poderes digitais para colocar provas fabricadas de atividade criminosa nos seus dispositivos.

De acordo com o Gizmodo, essas provas falsas, em determinadas situações, fornecem um pretexto para a detenção das vítimas.

Um estudo publicado esta semana pela empresa de segurança cibernética Sentinel One revela detalhes sobre o grupo, mostrando a forma como os seus truques digitais têm sido utilizados para vigiar e atingir “ativistas dos direitos humanos, defensores dos direitos humanos, académicos, e advogados” em toda a Índia.

O grupo, a que os investigadores chamaram “ModifiedElephant”, está focado em espionagem, mas por vezes intervém para, aparentemente, incriminar os seus alvos de crimes.

O objetivo do ModifiedElephant é a vigilância a longo prazo que, por vezes, termina com a entrega de provas — ficheiros que incriminam o alvo em crimes específicos — dando prioridade a detenções convenientemente coordenadas.

Um dos casos está relacionado com o ativista Rona Wilson e seus associados, que em 2018, foram presos pelos serviços de segurança da Índia e acusados de conspiração para derrubar o governo.

As provas da suposta conspiração — incluindo um documento que detalha os planos de assassinato do primeiro-ministro do país, Narendra Modi — foram encontradas no portátil de Wilson.

Contudo, uma análise forense posterior do dispositivo mostrou que os documentos eram na realidade falsos e tinham sido plantados utilizando malware. Segundo os investigadores do Sentinel, foi o grupo de hackers que os colocou lá.

O caso, que ganhou maior relevo após ter sido coberto pelo The Washington Post, foi reaberto depois de o referido portátil ter sido analisado por uma empresa forense digital, a Arsenal Consulting, sediada em Boston.

A empresa forense concluiu que Wilson e os alegados co-conspiradores, assim como muitos outros ativistas, tinham sido alvo de manipulação digital.

“Conseguimos ligar o mesmo atacante a uma infraestrutura de malware que foi implantada ao longo de aproximadamente quatro anos, não só para atacar e comprometer o computador de Wilson durante 22 meses, mas também para atacar os seus co-arguidos no caso Bhima Koregaon e os arguidos noutros casos indianos de grande visibilidade”, explicou a empresa, num relatório.

De acordo com o relatório da Sentinel One, os ModifiedElephant utilizam ferramentas e técnicas comuns de hacking para ganhar controlo dos computadores das vítimas.

Os e-mails de phishing, normalmente adaptados aos interesses da vítima, são carregados com documentos maliciosos que contêm ferramentas de acesso remoto (RATs) comercialmente disponíveis — programas fáceis de usar disponíveis na dar web e que podem “sequestrar” computadores.

Mais especificamente, foi demonstrado que o grupo usa DarkComet e Netwire, dois conhecidos malwares.

Quando um utilizador é vítima de phishing com sucesso e o malware dos hackers é descarregado, o RAT permite aos hackers controlo sobre o dispositivo da vítima.

Os hackers podem então espiar as vítimas sem que elas se apercebam disso, ou, como no caso de Wilson, descarregar documentos falsos e incriminatórios para o dispositivo.

Como em tudo no mundo dos hackers, é difícil saber ao certo quem são realmente os ModifiedElephant.

No entanto, as provas reveladas sugerem que o grupo tem em mente os “interesses” do governo indiano, segundo a equipa de investigação.

“Observamos que a atividade da ModifiedElephant se alinha fortemente com os interesses do estado indiano e que existe uma correlação observável entre os ataques da ModifiedElephant e as detenções de indivíduos em casos controversos e políticos”, escrevem os investigadores. Mas os ModifiedElephant não são o único grupo que tem feito este tipo de coisas.

Pensa-se que um grupo completamente diferente conduziu operações semelhantes contra Baris Pehlivan, um jornalista na Turquia que foi preso durante 19 meses em 2016, depois do governo turco o ter acusado de terrorismo.

A investigação forense digital revelou mais tarde que os documentos utilizados para justificar as acusações de Pehlivan tinham sido plantados, tal como os que se encontram no portátil de Wilson.

“Muitas perguntas sobre este grupo de hackers e as suas operações permanecem”, escrevem os investigadores da Sentinel One, relativamente aos ModifiedElephant.

“Contudo, uma coisa é clara: os críticos dos governos autoritários de todo o mundo devem compreender cuidadosamente as capacidades técnicas daqueles que procurariam silenciá-los”, concluem.

https://zap.aeiou.pt/hackers-incriminam-pessoas-por-crimes-que-nao-cometeram-462580

 

“Ameaça séria à liberdade nos EUA”. Programa da CIA recolhe dados dos cidadãos em massa !


A carta é datada de Abril de 2021, mas só foi conhecida agora. Os Senadores Democratas Ron Wyden e Martin Heinrich falam num programa ilegal da CIA que recolhe os dados privados dos norte-americanos em massa.

A CIA tem continuado um programa secreto de recolha de dados privados dos norte-americanos em massa, de acordo com novos documentos confidenciais revelados por dois Senadores Democratas que pertencem ao Comité de Inteligência.

Ron Wyden, Senador do Oregon, e Martin Heinrich, Senador do Novo México, acusam a CIA de esconder o programa do Congresso e da população numa carta que enviaram aos responsáveis pela inteligência onde afirmam que este opera “fora da estrutura legal que o Congresso e o público acreditam que regula esta recolha”.

“É crítico que o Congresso não legisle sem ter conhecimento de um programa da CIA e que a população americana não seja enganada de forma a acreditar que as reformas em qualquer legislação de reautorização cobrem completamente a recolha dos registos da comunidade de inteligência”, criticam os Senadores.

Os dois Senadores, que são críticos frequentes da CIA, afirmam ainda que não podem adiantar informações mais específicas sobre os tipos de dados que foram violados e apelam a que sejam revelados mais detalhes sobre o programa.

A carta em questão foi enviada em Abril de 2021, mas só agora foi tornada pública e os documentos da CIA foram censurados. Tanto a CIA como a NSA estão geralmente impedidas de investigar cidadãos ou negócios americanos, mas recolhem comunicações estrangeiras que frequentemente incluem dados de norte-americanos.

As agências são obrigadas a ter protocolos de protecção dos dados dos americanos que incluem a censura de nomes de todos os cidadãos nos relatórios, a não ser que estes sejam relevantes para uma investigação.

“A CIA reconhece e leva muito a sério a nossa obrigação de respeitar a privacidade e as liberdades civis das pessoas nos Estados Unidos na conduta da nossa missão vital de segurança nacional. A CIA compromete-se com a transparência consistente com a nossa obrigação de proteger as fontes e os métodos de inteligência”, respondeu Kristi Scott, responsável pela privacidade e direitos civis da agência.

O painel de Supervisão da Privacidade e Liberdades Civis da CIA emitiu também uma série de recomendações rasuradas onde mostram que os analistas são avisados de que os cidadãos estão protegidos pelas leis e que a recolha dos seus dados tem de ter um propósito, no entanto, os analistas não são obrigados a lembrarem-se da justificação caso decidam avançar com a recolha da informação privada.

A revelação já foi condenada publicamente por Patrick Toomer, advogado da União Americana pelas Liberdades Civis, que considera que levanta “questões sérias sobre os tipos de informação que a CIA está a aspirar em massa e como a agência explora essa informação para espiar os americanos”.

Já Edward Snowden, ex-funcionário da NSA que denunciou a vigilância em massa aos norte-americanos e vive agora exilado, comentou o caso no Twitter. “Estão prestes a testemunhar um enorme debate político em que as agências de espionagem e os seus apologistas na TV vos vão dizer que isto é normal e ok que a CIA não sabe quantos americanos estão na base de dados ou como sequer ficaram lá. Mas isso não é ok”, escreveu.

O antigo congressista Republicano Justin Amash acusou ainda “agências trapaceiras como a NSA, o FBI e a CIA” de ser uma “ameaça mais séria à liberdade na América” do que “os inimigos de quem dizem que nos protegem”.

Já há décadas que a espionagem aos cidadãos nos Estados Unidos é um tema polémico e as preocupações intensificaram-se ainda mais com a aprovação do Patriot Act, em Outubro de 2001, na sequência dos ataques do 11 de Setembro.

Wyden e Heinrich já têm um historial de serem grandes críticos da espionagem em massa. Em 2013, Wyden questionou James Clapper, na altura o director da inteligência nacional, se a NSA recolhia dados de milhões de americanos, algo que Clapper negou.

Poucos meses depois, Edward Snowden revelou que as autoridades norte-americanas têm acesso aos dados privados dos cidadãos através de empresas tecnológicas e que mantém registos de emails, chamadas e outras informações pessoais. O caso agitou os EUA e o mundo e levou à alteração da legislação.

https://zap.aeiou.pt/ameaca-liberdade-eua-cia-dados-massa-462710

 

A busca pelo amor levou a que os norte-americanos perdessem quase 900 milhões em burlas “românticas” em 2021!


Nos últimos anos, as burlas românticas têm recorrido mais a esquemas com criptomoedas. O maior aumento de casos de fraude foi entre os mais jovens.

Na proximidade do Dia dos Namorados, com o comércio e a sociedade a celebrarem o amor, é natural que muitos solteiros se sintam solitários. Mas esta busca pelo amor pode deixá-los vulneráveis a burlas, fraudes e esquemas.

O FBI estima que cerca de 24 mil norte-americanos foram burlados em mil milhões de dólares (cerca de 877 milhões de euros) em 2021, mas o número concreto só vai ser conhecido após a divulgação do relatório anual do Centro de Queixas Crime da Internet.

A Comissão Federal do Comércio (FTC) considera que o ano passado foi o mais lucrativo para estes burlões, com muitos a aproveitarem o anonimato ao pedirem transferências de dinheiro em criptomoedas.

De acordo com a Forbes, a FTC só reporta as fraudes que são denunciadas à Rede Sentinela do Consumidor (uma base de dados para esquemas e crimes como o roubo de identidade).

Os dados revelam que as perdas com as burlas românticas subiram para os 547 milhões de dólares em 2021 (480 milhões de euros), uma subida em relação aos 307 milhões registados em 2020 e aos 202 milhões perdidos em 2019.

Cerca de 25% das perdas denunciadas à FTC foram pagas com criptomoedas e registou-se um aumento do número de burlões que enganaram as vítimas ao aconselharem-nas a fazer investimentos fraudulentos.

O maior aumento de casos notou-se nas faixas etárias entre os 18 e os 29 anos, mas os mais jovens tiveram uma perda média de apenas 750 dólares, enquanto que as vítimas acima dos 70 anos registaram perdas, em média de 9000 dólares.

Em 2021, os cartões de presente foram o método de pagamento mais usado (28%), seguindo-se as criptomoedas (18%), as aplicações de pagamentos (14%), as transferências bancárias (13%) e as transferências eletrónicas (12%).

Mais de um terço das vítimas foi inicialmente contactada através do Facebook ou do Instagram, apesar de muitas também terem conhecido os burlões em aplicações de namoro.

https://zap.aeiou.pt/americanos-milhoes-burlas-romanticas-462342

 

“Morte a Joe Biden”. Afegãos protestam após os EUA apreenderem as reservas do país — E talibãs ameaçam retaliar !


Biden assinou uma ordem executiva que define que parte das reservas do Banco Central do Afeganistão que estão congeladas desde Agosto seja dada às famílias das vítimas do 11 de Setembro. A decisão está a motivar protestos em massa no Afeganistão e os talibãs ameaçam retaliar.

A decisão foi conhecida na sexta-feira e foi rapidamente criticada. Joe Biden assinou uma ordem executiva que permite que sete dos nove mil milhões de dólares em bens congelados do Banco Central do Afeganistão sejam agora libertados e que metade seja dada às famílias das vítimas dos ataques do 11 de Setembro.

Os fundos em questão foram depositados nos Estados Unidos e congelados após a tomada do poder pelos talibãs em Agosto para serem depois eventualmente usados para ajudar a população do país, onde a população está a passar fome.

Biden quer agora que metade deste dinheiro — 3.5 mil milhões de dólares — sejam dados às vítimas do 11 de Setembro, permitindo aos EUA tomar posse dos activos de outro país ao serem depositados na Reserva Federal de Nova Iorque.

As famílias das vítimas dos ataques já exigem uma compensação financeira aos talibãs há anos e os apelos subiram de tom depois do grupo voltar ao poder no Afeganistão, regresso esse que levou ao congelamento dos bens.  

Estes pedidos ainda vão ser litigados em tribunal e os representantes da Casa Branca lembram que o descongelamento do dinheiro é preciso para que o processo avance e que este é apenas o primeiro passo. Já há vários meses que a administração Biden estava a ponderar sobre o que fazer com o dinheiro perante os pedidos das vítimas.

Os EUA vão ainda colocar as restantes reservas num fundo “separado e distinto” da ajuda humanitária norte-americana que está a chegar ao Afeganistão. “Planeamos ter muitas consultas nos próximos meses, incluindo com a comunidade afegã, sobre a gestão e o uso dos fundos que queremos libertar”, afirma a Casa Branca.

“As pessoas do Afeganistão estão a enfrentar muitos desafios com a dependência na ajuda económica, secas severas, a covid-19 e a corrupção interna. As reservas do Banco Central Afegão não têm sido acedidas há meses por causa da incerteza sobre quem pode autorizar as transações na conta, mas também por causa das litigações pendentes das vítimas do 11 de Setembro e de outras vítimas de terrorismo”, revela Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado.

Price acrescenta ainda que a Casa Branca não sabe quanto tempo é que o processo em tribunal vai demorar, mas lembra que a “situação humanitária e económica no Afeganistão continua a deteriorar-se” para justificar a decisão de Biden.

A escolha do chefe de Estado de dividir o dinheiro está a ser criticada por vários ângulos. Por um lado, um grupo que representa as famílias do 11 de Setembro argumenta que os familiares de todas as vítimas — e não só daquelas que abriram os processos — devem ser compensadas e tratadas de forma igual.

Por outro, alguns imigrantes e refugiados afegãos nos EUA concentraram-se ainda em frente à Casa Branca, acusando Biden de os trair e de estar abertamente a roubar um outro país.
“O dinheiro é do povo do Afeganistão”

Mas as críticas mais duras partem dos activistas no Afeganistão que afirmam que a divisão do dinheiro vai prejudicar a população afegã, que já está numa situação precária e nada teve a ver com o 11 de Setembro.

Os talibãs já reclamaram o direito aos fundos, mas os EUA recusam reconhecer a legitimidade do Governo do grupo radical. “O roubo dos fundos bloqueados à nação afegã pelos Estados Unidos mostra o baixo nível da humanidade do país“, criticou Mohammad Naeem, porta-voz dos talibãs, no Twitter.

Já esta segunda-feira, o Governo talibã ameaçou “reconsiderar a sua política” relativamente aos Estados Unidos se Washington não recuar. “Os ataques de 11 de setembro não têm nada a ver com o Afeganistão”, disse o vice-porta-voz, Inamullah Samangani, em comunicado, qualificando a apreensão dos activos como “um roubo”.

O Banco Central do Afeganistão também já pediu a Biden que reverta a ordem executiva e liberte a totalidade dos fundos, alegando, que as verbas pertencem ao povo afegão e não a um Governo ou partido.

A decisão motivou protestos por todo o país desde sábado, com os cidadãos a saírem à rua e a exigirem uma indemnização a Washington pela morte e destruição causada pela guerra de 20 anos que chegou ao fim em Agosto de 2021.

“E o nosso povo afegão que fez muitos sacrifícios com milhares de perdas de vidas?”, questionou o organizador da manifestação, Abdul Rahman, citado pela Associated Press. Rahman acrescenta ainda que há mais manifestações planeadas e sublinha que o “dinheiro pertence ao povo do Afeganistão, não aos Estados Unidos”.

As manifestações tiveram como palavras de ordem “Morte a Joe Biden” e “Morte à América”. “Se alguém merece compensação, deve ser os afegãos”, defendeu hoje o presidente da Associação de Corretores da Bolsa do Afeganistão, Mir Afghan Safi, que participou do protesto desta manhã em Cabul.

“As duas torres [do World Trade Centre, em Nova Iorque] foram destruídas [a 11 de setembro de 2001], mas, no nosso caso, foram todos os distritos e todo o país que foram destruídos”, acrescentou.

Torek Farhadi, consultor financeiro do ex-governo do Afeganistão apoiado pelos EUA, também questionou se a ordem de Biden é legal a nível internacional. “A decisão de Biden é unilateral e não condiz com a lei internacional”, refere, sublinhando que “nenhum outro país toma tais decisões de confisco sobre as reservas de outro país”.

Já esta segunda-feira, o Governo talibã ameaçou “reconsiderar a sua política” relativamente aos Estados Unidos se a medida não for revertida. “Os ataques de 11 de Setembro não têm nada a ver com o Afeganistão”, disse o vice-porta-voz Inamullah Samangani, qualificando a apreensão dos activos como “um roubo”.

O antigo Presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, também condenou a decisão “injusta” de Biden e apelou a que o chefe de Estado norte-americano recue, lembrando que os afegãos também foram vítimas da Al-Qaeda.

“O povo do Afeganistão partilha da dor do povo americano, partilha a dor das famílias daquelas que morreram na tragédia do 11 de Setembro. Apreender o dinheiro do povo do Afeganistão em seu nome é injusto e é uma atrocidade“, critica.

Recorde-se que o Afeganistão esteve mergulhado em guerras quase 40 anos, o que o tornou um dos países mais pobres do mundo. O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico anunciou hoje que irá organizar no próximo mês, em conjunto com a ONU, uma cimeira para responder às necessidades crescentes do Afeganistão.

A ONU espera arrecadar 3,8 mil milhões de euros para ajudar os mais de 24,4 milhões de cidadãos afegãos que precisam de ajuda humanitária urgente para sobreviver, num momento em que mais de metade do país enfrenta fome severa.

https://zap.aeiou.pt/morte-joe-biden-afegaos-protestam-462732

 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Ingrid foi levada por nazis para criar “raça superior”, mas só descobriu meio século depois !

Ingrid von Oelhafen

Ingrid von Oelhafen tinha já 58 anos quando descobriu que tinha sido levada por nazis no âmbito de um projeto que tinha como objetivo cuidar de mulheres racial e geneticamente valiosas.

Quando Ingrid von Oelhafen tinha apenas três anos, a Alemanha estava ainda em ressaca da Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, o casal que a criava separou-se e Ingrid foi parar a um orfanato.

Mais tarde, já com 11 anos de idade, o seu pai reapareceu. Certo dia, o seu pai levou-a a uma consulta médica, na qual foi chamada de Erika Matko.

“Eu não sabia quem era a Erika, mas não perguntei”, lembrou Ingrid à BBC. Este era o nome que aparecia em todos os seus documentos oficiais, reparou depois.

Ingrid acabaria por falar com a empregada de limpeza da casa, que lhe confidenciou que o casal com quem a jovem estava não eram os seus pais biológicos.

Aos 13 anos, Ingrid foi para Hamburgo para morar com a mãe. Um ano depois encontrou algo que a deixou perplexa.

“Lembro-me de estar numa esquina e havia muitos pósteres da organização da Cruz Vermelha com fotos de crianças… e vi a minha própria cara. Fiquei atordoada. O meu corpo ficou dormente. As fotos eram de crianças deslocadas pela guerra ou tiradas das suas casas e a Cruz Vermelha estava a realizar uma campanha para reuni-las com as suas famílias”, contou Ingrid à BBC.

A jovem não teve coragem de confrontar a sua mãe e prosseguiu com a vida, também ignorando a identidade de Erika Matko.

“O meu diploma de fisioterapeuta tinha esse nome. Eu não podia mudar os nomes que estavam nos documentos”, salientou Ingrid.

Em 1999, quando já tinha 58 anos, Ingrid recebeu uma chamada da Cruz Vermelha a perguntar se desejava saber mais sobre os seus pais biológicos.

“Disse imediatamente que sim e eles colocaram-me em contacto com um historiador para me ajudar a descobrir um pouco sobre a minha história”, contou a jovem.

Enquanto isso, Ingrid encontrou algo estranho nos seus documentos: “Eu tinha uma ficha de vacinação contra a varicela. O documento foi assinado por um nazi, Dr. Hesch, e tinha o meu nome, data e local de nascimento. Dizia que eu era cidadã alemã. Mas também tinha a palavra Lebensborn”.

Ingrid nunca tinha ouvido falar da palavra e, por isso, decidiu fazer uma breve pesquisa na internet.

“O objetivo do Lebensborn é acomodar e cuidar de mulheres grávidas racial e geneticamente valiosas, que, após cuidadosa investigação das suas famílias e dos pais das crianças, podem dar à luz crianças igualmente valiosas”, lia-se no resultado da pesquisa.

Com o objetivo de criar uma “raça superior”, os nazis não só mataram milhões de pessoas, como também lançaram projetos para trazer novos “arianos” ao mundo.

“Lebensborn era um programa da SS e estabeleceu lares para as chamadas mães arianas. Além disso, também traziam crianças roubadas da Polónia, Noruega e Jugoslávia, para fins de germanização”, conta a fisioterapeuta. “Escolhiam bebés loiros com olhos azuis”.

O historiador concluiu que Ingrid vinha de uma região daquilo que é hoje a Eslovénia. Após contactarem as autoridades eslovenos descobriram a sua verdadeira identidade. A mãe chamava-se Helena e o pai chamava-se Johan Matko. Os dois tiveram uma filha chamada Erika. “Fiquei tão feliz. Foi uma sensação incrível!”, confessou Ingrid à BBC.

Posteriormente, recebeu uma carta a dizer que a filha do casal em questão ainda estava viva. Assim sendo, Ingrid não era Erika. Eram duas pessoas distintas.

Ingrid acabaria por conseguir localizar Erika, mas esta recusou conversar consigo — ao contrário de outras membros da família Matko, que até aceitaram fazer um teste de ADN. Os resultados revelaram que Ingrid “tinha mais de 90% de parentesco com essa família”.

Alguns anos mais tarde, Ingrid descobriu que o seu pai, Johan Matko, tinha sido um combatente da resistência que lutou contra a ocupação nazi da Jugoslávia. Johan foi capturado, enviado para um campo de concentração e a sua filha, Ingrid, foi afastada dos pais e levada para a Alemanha.

A pele branca, os cabelos loiros e os olhos azuis chamaram a atenção dos soldados nazis, que aproveitaram a criança para o programa Lebensborn.

O mesmo arquivo de documentos nazis que revelou a identidade do pai de Ingrid, também adensou ainda mais o mistério.

“Os documentos mostram que Erika Matko foi levada como parte do programa Lebensborn, mas também dizem que minha mãe veio com três filhos e saiu com três filhos”, conta Ingrid.

Assim, a outra menina era filha de uma outra família. A criança foi criada pelos pais biológicos de Ingrid, que não só lhe deram o nome de Erika Matko, como também nunca procuraram a sua filha biológica.

https://zap.aeiou.pt/ingrid-levada-nazis-raca-superior-461897

 

Rússia pode atacar em 48 horas, avisa Boris - Kiev reitera intenção de aderir à NATO !


A Rússia tem repetidamente exigido que a Ucrânia nunca entre na NATO para aliviar as tensões, mas o país reiterou hoje a intenção de integrar a aliança atlântica. Zelensky convidou ontem Biden a visitar Kiev.

O embaixador ucraniano no Reino Unido, Vadym Prystaiko, afirmou hoje à BBC que o país seria “flexível” na sua intenção de integrar a NATO, referindo que a Ucrânia é um país “responsável”, cita o The Guardian.

Recorde-se que a Rússia tem repetidamente afirmado que a integração da Ucrânia na NATO é um acto de agressão por parte do Ocidente e tem exigido garantias de que este cenário nunca se colocará em troca do alívio das tensões e da retirada das tropas da fronteira.

Actualmente, a Ucrânia não é um membro da aliança atlântica, mas foi-lhe prometida em 2008 uma oportunidade futura de entrar. Em 2019, foi feita uma revisão constitucional no país que definiu a integração na NATO como um objectivo.

Caso se concretize, esta decisão levaria a aliança militar liderada pelos Estados Unidos até à fronteira russa, algo que o Kremlin considera uma linha vermelha.  

“Podemos (não aderir), especialmente a ser ameaçados assim, intimidados assim”, afirmou Prystaiko, questionado se Kiev mudaria a sua posição de integrar a NATO.

Os comentários do embaixador foram rapidamente clarificados por um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Kiev, que afirmou que as declarações foram descontextualizadas.

“O embaixador Prystaiko afirmou correctamente na sua entrevista que a prospeção da integração na NATO está estabelecida na Constituição da Ucrânia, apesar da Ucrânia não ser de momento um membro da NATO ou de qualquer outra aliança de segurança”, escreveu Oleg Nikolenko no Facebook.

O responsável reforça que o essencial são as “garantias de segurança” e que as “ameaças à Ucrânia existem aqui e agora”, mas reforça que não pode ser tomada nenhuma posição que vá contra a Constituição.

Prystaiko também esclareceu a sua posição, afirmando que nunca disse que a Ucrânia está a ponderar abandonar a intenção de se juntar à NATO. “Não somos um membro da NATO agora e para evitar a guerra, estamos prontos para várias concessões e é isso que estamos a fazer nas conversas com os russos”, afirma.

“Não é um adiamento das nossas ambições, mas não estamos na família agora por isso temos de olhar para outras opções, como os acordos bilaterais com o Reino Unido ou com os Estados Unidos. Além da NATO, estamos a olhar para outros acordos que nos permitam sobreviver a este problema em particular agora”, remata.

Esta manhã, Boris Johnson avançou ainda que um ataque russo pode avançar já nas próximas 48 horas, uma situação que considera “extremamente preocupante” e “muito, muito perigosa”. O primeiro-ministro britânico apelou ainda a que o Ocidente se una e que não troque o direito da adesão da Ucrânia à NATO.

Johnson deixou ainda um aviso a Vladimir Putin. “Estamos à beira do precipício mas ainda há tempo para o Presidente Putin voltar atrás”, alerta Boris, acrescentando que uma invasão seria “um erro desastroso” para Moscovo.
Zelensky convida Biden a ir a Kiev

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, estendeu ainda ontem um convite a Joe Biden para que o chefe de Estado norte-americano visite Kiev nos próximos dias, algo que descreve como um “sinal poderoso” de união entre os dois países. Esta segunda-feira, o chanceler alemão Olaf Scholz também tem encontros marcados na Ucrânia e na Rússia.

“Estou convencido de que sua chegada a Kiev nos próximos dias, que são cruciais para estabilizar a situação, será um sinal poderoso e contribuirá para a desescalada” da tensão, referiu o líder da Ucrânia numa conversa telefónica com Joe Biden.

De acordo com a Presidência ucraniana, os líderes ucranianos e norte-americano reafirmaram a unidade de posições sobre a “importância de continuar os esforços políticos e diplomáticos para desbloquear o processo de paz” para o leste da Ucrânia e restaurar a estabilidade na zona.

Segundo a Casa Branca, Joe Biden reiterou o seu compromisso com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia face a um eventual ataque da Rússia e garantiu que os Estados Unidos responderão de forma “rápida e decisiva”, em conjunto com os seus aliados, a uma eventual agressão militar.

Esta conversa decorreu no mesmo dia em que Kiev exigiu uma reunião com Moscovo nos próximos dois dias depois das autoridades russas terem ignorado o ultimato para justificarem o envio de militares para a fronteira entre os países.

A Ucrânia invocou na sexta-feira o Documento de Viena sobre Redução de Riscos, exigindo que a Rússia forneça explicações detalhadas sobre as actividades militares perto da fronteira ucraniana. O documento é vinculativo e aplicável a todos os membros da OSCE.

“A Rússia não respondeu ao nosso pedido sobre o Documento de Viena” acerca de medidas destinadas a construir confiança e segurança, referiu o chefe da diplomacia ucraniana, Dmitro Kuleba, no Twitter.

“Exigimos uma reunião com a Rússia e todos os Estados participantes no prazo de 48 horas para discutir o reforço e a redistribuição ao longo de nossa fronteira e da Crimeia temporariamente ocupada”, acrescentou.

Kuleba lembrou ainda que a Rússia deve honrar os seus compromissos com a transparência militar para diminuir a tensão e melhorar a segurança de todos se quiser falar seriamente sobre segurança indivisível no seio da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
“Não podemos cometer o erro que cometemos com Hitler e com Estaline”

O antigo ministro ucraniano dos Transportes, apelou ainda à União Europeia que se una para travar as intenções imperialistas de Vladimir Putin. Em entrevista à TSF, Volodymyr Omelhan pediu que os países “não cometam o erro que cometemos com Hitler e com Estaline há 70 anos” porque “teria sido fácil travá-los no início“.

Para isto, o ex-Ministro recomenda a imposição de sanções económicas a Moscovo e a suspensão da construção do gasoduto Nord Stream 2 que liga a Rússia à Alemanha e o corte dos fluxos financeiros do exterior para os bancos russos. “Sairá muito mais caro concertar os efeitos da invasão do que preveni-la”, avisa.

Omelhan alerta ainda que a Ucrânia não é o único alvo de Putin. “Na cabeça deles não é apenas a Ucrânia, estão prontos a chegar ao canal da mancha, França, a Portugal e expandirem-se por toda a Ásia Central. Por isso, devemos levá-los a sério porque se amanhã invadirem a Ucrânia, no dia seguinte estarão na Polónia e vão tentar continuar”, sublinha.

Algumas companhias aéreas já começaram a cancelar voos com destino à Ucrânia ou a desviar as rotas, sendo que um voo com origem no Funchal e com destino a Kiev foi desviado para a Moldávia no sábado.

O ex-Ministro considera que esta resposta é exagerada. “Há muitos voos para Israel, África e outros países onde há guerra e ninguém acha que haja um grande risco. Na Ucrânia não há registo de bombardeamentos ou coisas do género”, conclui.

https://zap.aeiou.pt/kiev-nato-embaixador-flexivel-462509

 

Os media também são um palco das novas Guerras Frias — E os EUA já destinaram 500 milhões para a propaganda anti-China !


Em competição económica e tecnológica com a China, os Estados Unidos estão a ampliar os investimentos em meios de comunicação que façam uma cobertura mediática negativa de iniciativas chinesas como a Nova Rota da Seda.

A Câmara dos Representantes aprovou recentemente o America COMPETES Act, um lei que pretende estimular a produção industrial e tecnológica nos Estados Unidos.

Mas para além dos apoios de milhares de milhões de dólares destinados a estimular a investigação de semicondutores e de outro ramos científicos, a lei deixa ainda bem claro um outro objectivo — esmagar a competição chinesa.

Para isso, os EUA vão destinar 500 milhões de dólares para incentivar a cobertura mediática negativa da China. A Presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, referiu no discurso após a aprovação que objectivo é “responsabilizar” a China pelos seus abusos comerciais que “prejudicam os trabalhadores norte-americanos”.

“As pessoas têm de entender a ligação entre as violações dos direitos humanos a justiça para com os trabalhadores americanos. O que se passa na China com os uyghurs vai além dos direitos humanos, é um genocídio. Este uso de trabalho forçado é imoral e horrível e prejudica os trabalhadores americanos que têm de competir com trabalho escravo”, declarou Pelosi.

A versão desta legislação que foi agora aprovada na Câmara dos Representantes segue nos passos da lei USICA, que também procura aumentar a competitividade americana no sector tecnológico perante a concorrência chinesa, que passou no Senado em Junho do ano passado.

O plano será criar um comité conjunto entre o Senado e a Câmara dos Representantes para a fusão das duas leis nas próximas semanas, apesar de já se anteciparem algumas dificuldades porque os Republicanos não aprovam algumas das medidas incluídas no pacote destinadas ao combate às alterações climáticas, à imigração e às leis laborais.

Mais consensuais parecem ser as secções chamadas “apoio aos media independentes e combate à desinformação” presentes nos dois documentos, nota o The American Prospect.

As duas propostas de lei estipulam que a cobertura mediática financiada pelo Estado deve ser “independente”, mas impõem alguns requerimentos que podem pôr essa independência em questão.

Por exemplo, a lei do Senado encoraja a cobertura negativa dos investimentos chineses em países em desenvolvimento e do projecto da Nova Rota da Seda e quer ainda produzir conteúdos anti-China especialmente nas regiões onde o Partido Comunista Chinês está a promover “mercados mediáticos manipulados”.

A Nova Rota da Seda é um projecto chinês de financiamento de obras e renovação das infraestruturas de vários países em desenvolvimento, que pretende estreitar os laços económicos e comerciais entre os Estados e já foi comparado ao Plano Marshall que os Estados Unidos adoptaram para apoiar a reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial.

Os EUA têm sido grandes opositores do projecto e uma das medidas aprovadas na USICA prevê a criação de um “Fundo Contra a Influência Chinesa” que receberá mais de 1.5 mil milhões de dólares ao longo de cinco anos. Mais de um terço deste dinheiro tem como destino os meios de comunicação.

O passado polémico da USAGM

As preocupações com a isenção desta cobertura mediática são ainda mais acentuadas porque a maior parte do financiamento desta lei vai para a Agência para os Media Global (USAGM), que tem um passado controverso.

A USAGM é uma agência com financiamento federal que é responsável por órgãos como o Voice of America, Radio Free Europe, Radio Free Asia (RFA), e o Office of Cuba Broadcasting (OCB) e já foi várias vezes acusada de fazer propaganda partidária e em nome dos interesses norte-americanos.

Os órgãos da agência trabalham para fazer chegar uma perspectiva pró-Ocidente à população de países inimigos de Washington, como a China, Cuba ou a Rússia.

O uso da cobertura mediática da agência como arma política não é de agora — e há quem acredite que ainda não é suficiente e que os EUA vivem uma crise no “soft power” mediático que consideram fundamental para a imagem externa do país.

Em 2020, Robert Gates, antigo Secretário da Defesa, sugeriu que os Estados Unidos fizessem uma “revisão da sua mensagem pública” com uma nova “organização de topo nível que faça uma comunicação consistente e estratégia usando todos os meios disponíveis”.

“Ao contrário da China e da Rússia, os Estados Unidos agora não têm uma estratégica efetiva na comunicação da sua mensagem e no combate aos seus competidores”, alertou Gates, citado pela Foreign Affairs.

Na década de 70, depois de ser conhecido que a Radio Free Europe e a Radio Liberty eram financiadas pela CIA, o Senador J. William Fulbright, que era um crítico fervoroso da política externa norte-americana, argumentou que as rádios deviam ficar de fora da propaganda da Guerra Fria.

Fullbright foi também o principal promotor de uma reforma que restringiu a distribuição de materiais de propaganda no exterior a cidadãos americanos. Esta lei foi depois alargada pelo Representante Edward Zorinsky, que considerou que os Estados Unidos se distinguem da União Soviética por serem uma “sociedade livre” que não utiliza a propaganda domesticamente.

Mas esta reforma foi revertida em 2012, com um porta-voz da USAGM a afirmar que o fim da proibição da disseminação de propaganda a públicos internos ajudaria a agência a chegar aos grupos de imigrantes que vivem nos Estados Unidos, como os imgrantes somalis que se mudaram para o Minnesota.

A instrumentalização mediática interna

A administração de Donald Trump, que era notoriamente crítica dos media, procurou fazer uma reforma na USAGM para usar a agência a seu favor, tanto no planointerno como externo.

Em 2018, por exemplo, o OCB esteve envolvido numa polémica depois de emitir um segmento onde descrevia o milionário George Soros — que financia grupos de activistas e órgãos de comunicação progressistas através da Open Society Foundations e é um nome frequentemente referido em teorias da conspiração — como um “judeu não crente com morais flexíveis“.

Trump nomeou também Stephen J. Yates, antigo conselheiro de Dick Cheney que já tinha feito lobbying em nome do Governo de Taiwan, para ser o Presidente da Radio Free Asia — uma escolha que foi criticada pelos jornalistas que acreditam que esta manchava a credibilidade do órgão.

Os trabalhadores do Voice of America escreveram uma carta onde revelaram que foram ordenados a cobrir um discurso do então Secretário de Estado, Mike Pompeo, e acusaram o Governo de os querer obrigar a dar palco a um “evento de propaganda”.

A nomeação do cineasta conservador Michael Pack, um aliado de Steve Bannon, para a chefia da USAGM foi também controversa. Os Democratas no Senado recusaram nomear Pack durante anos, mas em 2020 os Republicanos usaram a maioria para forçar a promoção do realizador.

Em pouco tempo, Pack despediu o líder de um grupo tecnológico e substituiu os painéis bipartidários que aconselhavam os cinco órgãos que a agência gere.

Estas decisões, naturalmente, suscitaram muita contestação entre os Democratas, que acusaram Trump de querer usar uma agência federal para fazer propaganda partidária. A frustração no partido era tanta que meras horas após ser inaugurado como Presidente, Joe Biden demitiu Michael Pack.

Mas se a mensagem dos media sobre a política interna dos EUA pode variar dependendo de qual o partido que está no poder, quando o assunto é a política externa, os métodos de instrumentalização e as mensagens que se pretendem passar tendem a reunir o apoio dos dois partidos.

Tão recentemente como em Dezembro do ano passado, perante a escalada da tensão com a Rússia, o Voice of America apontou a sua primeira editora chefe na Europa de Leste e prometeu expandir a cobertura da região, citando a “postura agressiva do Kremlin” e o “impacto da influência da Rússia e da China” como razões que motivaram a aposta.

Com a subida da tensão entre os EUA e a China e a Rússia a não dar sinais de abrandar — seja com a ameaça de invasão à Ucrânia ou com os conflitos diplomáticos que vieram à tona nos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim — a guerra na propaganda também não dá sinais de abrandar.

https://zap.aeiou.pt/guerras-frias-eua-500-milhoes-china-462124

 

Human Rights Watch pede a UE que reconheça “epidemia de torturas” no Egito !


A organização não-governamental exige aos líderes europeus que abordem a “brutal repressão” no país e as denúncias de “tortura, desaparecimentos e execuções”.

A Human Rights Watch (HRW) lançou nesta segunda-feira um apelo aos líderes europeus para que abordem a “crise de direitos humanos” que está em curso no Egito, durante a cimeira entre União Europeia e a União Africana que se realiza nesta semana em Bruxelas, e na qual participará o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi.

Segundo o Público, a organização não-governamental sublinha que “o Governo de Sissi adora os momentos de branqueamento para encobrir os seus abusos e desviar as críticas internacionais”.

Na sequência da preocupação demonstrada por 32 países no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre a situação no Egito, em março do ano passado, o Presidente egípcio apresentou a sua “Estratégia Nacional de Direitos Humanos“.

A HRW diz, no entanto, que o documento em causa “nem sequer reconhecer, e muito menos aborda, a epidemia de torturas e desaparecimentos ocorridos durante o mandato” de Sissi.

Desde que chegou ao poder, em 2013, que o Presidente tem liderado “uma brutal repressão que pode ter alcançado o nível de crimes contra a humanidade, com incontáveis detenções arbitrárias, desaparecimentos forçados, execuções extrajudiciais e tortura generalizada”, denuncia Claudio Francavilla, da HRW.

A ONG alerta ainda que a sociedade civil independente egípcia tem sido ameaçada com “violentas intimidações” e com “legislação draconiana – inexplicavelmente elogiada pela UE como sendo um passo positivo – que impõem restrições severas ao trabalho dos grupos de direitos humanos independentes”.

A galardoada Rede Árabe de Informação sobre Direitos Humanos fechou recentemente as portas, ao fim de 18 anos de funcionamento, devido, em grande medida, aos requisitos impossíveis que foram estabelecidos pela lei do Egito que regula as organizações não-governamentais.

Por outro lado, a HRW lamenta que “apesar da avassaladora evidência de graves abusos”, os líderes europeus aclamam o Egito como um sócio importante na gestão das migrações e da luta contra o terrorismo, e fornecem apoio incondicional militar, político e de outro tipo ao Governo de Sissi.

A ONG pede, assim, à UE para “aproveitar a oportunidade da visita de Sissi” a Bruxelas para “expor as suas preocupações, em público e em privado”, para “elaborar exigências concretas de melhoramento” da situação e para “articular graves consequências para o Governo do Egito se este persiste em estar em incumprimento”.

“Para fazer frente à impiedosa repressão do Governo egípcio é imprescindível uma mudança radical na abordagem da Europa para o Egípcio“, conclui a HRW.

https://zap.aeiou.pt/epidemia-de-torturas-egipto-462514

 

Debandada diplomática da Ucrânia - Casa Branca acredita que Rússia invade na próxima semana !


O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, deverão conversar por telefone este sábado.

Jake Sullivan, conselheiro nacional de segurança dos Estados Unidos, entende que a invasão da Ucrânia pela Rússia poderá começar “a qualquer momento” e aconselhou os cidadãos norte-americanos a saírem do país no prazo de 24 a 48 horas.

“Se um ataque russo à Ucrânia prosseguir, é provável que comece com bombardeamentos aéreos e ataques com mísseis que obviamente poderiam matar civis, sem terem em conta a nacionalidade, claro. Uma invasão terrestre subsequente obviamente envolveria o ataque de uma força maciça”, disse.

Sullivan não apresentou provas para sustentar a sua suspeita, mas todas as movimentações diplomáticas concertadas para este final de semana são o reflexo da mesma preocupação.

Segundo o Público, muitas chancelarias repetiram o apelo de saída, incluindo a União Europeia (UE) que deu autorização ao seu pessoal diplomático não essencial para deixar o país e passar a funcionar em regime de teletrabalho.

“Não estamos a promover uma retirada. Por agora, os funcionários não essenciais têm a opção de fazer teletrabalho fora do país“, explicou Peter Stano, porta-voz do Alto Representante da UE para a Política Externa e Segurança.

“Continuamos a avaliar a situação à medida que evolui, em estreita consulta e coordenação com os Estados-membros da UE”, acrescentou.

O chefe da delegação europeia em Kiev, o estoniano Matti Maasikas, também recomendou esta sexta-feira ao pessoal não essencial para que deixe a Ucrânia “o mais rápido possível”, segundo um email divulgado pelo portal EU-Observer. O porta-voz da diplomacia da UE recusou comentar o conteúdo deste email.

A Letónia e a Estónia pediram que os seus cidadãos deixem a Ucrânia por causa de uma “séria ameaça à segurança representada pela Rússia perto da fronteira ucraniana e uma ameaça credível de uma escalada da situação”, referiram os ministérios dos Negócios Estrangeiros destes países.

Também Oslo e Washington enviaram a mesma mensagem aos seus cidadãos esta sexta-feira. Por sua vez, Ben Wallace, secretário britânico da Defesa, disse aos cidadãos britânicos para deixarem de imediato a Ucrânia enquanto ainda há meios para sair do país.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha revelou que tem preparado um dispositivo para a retirada de espanhóis que pode ser “ativado se necessário”. Fontes da diplomacia espanhola confirmaram esta informação à agência EFE, acrescentando que estão a analisar a situação e em contacto com os parceiros e aliados da UE.

Com alguns países e organismos a aconselharem os seus cidadãos e pessoal não essencial a saírem da Ucrânia, outras nações na NATO e UE, tal como a Espanha, decidiram, para já, “não mudar nada”.

Joe Biden e Vladimir Putin devem falar este sábado por telefone. O Kremlin sugeriu marcar a conversa para segunda-feira, mas a Casa Branca propôs antecipar a chamada.
Rússia pode invadir Ucrânia na próxima semana

A Administração Biden indicou, esta sexta-feira, que está convicta de que Vladimir Putin decidiu invadir a Ucrânia e que a ofensiva ocorrerá já na próxima semana.

A afirmação é sustentada por imagens de um satélite comercial de uma empresa privada norte-americana, que mostram uma maior concentração de tropas russas junto à fronteira com o país.

De acordo com o Jornal de Negócios, Joe Biden já realizou uma videoconferência com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, assim como com os líderes do Canadá, França, Alemanha, Polónia e Roménia e ainda o secretário-geral da NATO e a presidente da Comissão Europeia.

O Expresso salienta que a Ucrânia também já está a demonstrar uma preocupação acrescida com a possibilidade de um conflito aberto com a Rússia.

O exército emitiu um comunicado, esta sexta-feira, onde dizia que os separatistas apoiados pela Rússia no leste do país estão a realizar exercícios militares, para situações de “fogo real”: tanques, veículos de artilharia e blindados foram vistos a deslocarem-se dentro da província de Donbass, ocupada por separatistas apoiados por Moscovo em 2014.

Já há unidades do exército ucraniano em alerta máximo, dá conta o semanário.

A inteligência norte-americana fez saber recentemente que acredita que a Rússia já tem 70% das forças precisas para invadir a Ucrânia e que o exército poderá chegar a Kiev em apenas dois dias.

As forças ocidentais também já acusaram Vladimir Putin de estar a fabricar um filme de propaganda com imagens que seriam usadas para justificar um ataque, mas Moscovo nega todas as acusações.

https://zap.aeiou.pt/debandada-diplomatica-da-ucrania-462424

 

“The Poison Squad”: Os 12 voluntários que comiam veneno deliberadamente !


Em 1902, o The Poison Squad (“Esquadrão do Veneno”, em português), composto por 12 homens, sujeitava-se a ingerir alimentos envenenados para que os investigadores pudessem estudar os efeitos dos conservantes. Tudo em troca de refeições gratuitas.

Segundo o IFL Science, a ideia foi idealizada e apresentada pelo químico Harvey W. Wiley, responsável pelo Departamento de Agricultura em Washington D.C., Estados Unidos.

Wiley queria demonstrar aos funcionários governamentais que o Estado deveria ter uma política nacional sobre conservantes em alimentos e bebidas. O objetivo era descobrir “se os conservantes poderiam ou não ser utilizados e, em caso afirmativo, quais e em que quantidades”.

Numa primeira fase, os voluntários do “Esquadrão do Veneno” receberam ácido salicílico, ácido sulfúrico, benzoato de sódio, formaldeído e bórax (uma substância usada em detergentes, sabonetes desinfetantes e inseticidas).

Antes de ingerirem os químicos, os 12 homens mediram a sua tensão arterial e ritmo cardíaco, para logo depois darem início à refeição sem saberem que alimentos continham o veneno e que substância tóxica estariam a comer.

Ambas as partes – investigadores e voluntários – conheciam os riscos que estavam a correr. As experiências só pararam quando os químicos deixaram os voluntários tão doentes ao ponto de serem incapazes de dar continuidade ao estudo, com vómitos, diarreia e fortes dores de estômago.

As doses aumentaram ao longo do tempo, de meio grama até 4 gramas até à conclusão da experiência, que durou cinco anos. Os resultados mostraram que o sulfato de cobre poderia causar danos às células sanguíneas, ao fígado, aos rins e até mesmo a morte.

No final da experiência, foram promulgadas a Lei de Inspeção da Carne e a Lei dos Alimentos Puros e Medicamentos, que regulamentavam os conservantes considerados seguros para o consumo humano.

No fundo, é graças a estes 12 homens que sabemos agora quais os conservantes que são tóxicos para nós.

https://zap.aeiou.pt/the-poison-squad-comiam-veneno-462322

 

Taxistas mexicanos conduzem um dos carros mais perigosos de sempre !


O Nissan Tsuru é o carro de eleição de muitos taxistas mexicanos. No entanto, é também um dos carros menos seguros de sempre.

Em Xalapa, a capital do estado de Veracruz, no México, os taxistas usam maioritariamente o mesmo veículo: um Nissan Tsuru, conhecido no resto do mundo como Nissan Sentra.

Além de ser produzido no Japão, o carro era também fabricado no México, uma das razões pelas quais se tornou tão popular. O Tsuru foi o carro mais popular no México de 1997 até 2011, quando foi superado pelo Volkswagen Jetta, também de fabrico mexicano.

O preço acessível, economia de combustível relativamente boa, fácil manutenção e facilidade de encontrar peças de reposição fizeram do Nissan Tsuru um modelo popular entre os taxistas locais e famílias de baixo rendimento no México.

Os taxistas são vitais para os moradores da cidade com cerca de 750 mil habitantes. Mas os desafios do trabalho podem ser tão assustadores quanto navegar pelas ruas complicadas desta cidade montanhosa.

Para a maioria dos taxistas, folgar não é uma opção, e alguns estão na estrada até 16 horas por dia, sete dias por semana.

Além dos riscos ocupacionais de roubos e sequestros, os taxistas de Xalapa enfrentam outro desafio, escreve o Atlas Obscura: o próprio carro.

O Tsuru foi introduzido no México em 1984 e mantém-se praticamente inalterado desde 1991. Não tem airbags, ABS ou controlo de estabilidade. Tudo vale numa tentativa de manter os custos baixos.

“O Tsuru é barato? Sim. Confiável? Sim. Seguro? Definitivamente não”, diz o taxista Oscar Ortega ao Atlas Obscura.

Devido a legislação de segurança automóvel mais rigorosa que entrou em vigor no México a partir de 2019, a produção do Tsuru foi descontinuada em maio de 2017.

Imagens de crash test disponíveis no YouTube mostram o impacto de um Nissan Tsuru com um Nissan Versa. O resultado é assustador, com o Tsuru a ficar completamente destruído do lado do condutor.

O Latin New Car Assessment Program (LNCAP), o grupo de defesa do consumidor que levou a cabo o teste, concedeu ao Tsuru uma classificação de segurança de zero estrelas.

Os dados mostram que mais de 4.100 pessoas morreram em acidentes de Tsuru no México entre 2012 e 2017.

Recentemente, o estado de Veracruz decretou que nenhum táxi poderá ter mais de dez anos. Assim, o Nissan Tsuru, construído pela última vez em 2017, será tecnicamente ilegal para uso como táxi a partir de 2027.

https://zap.aeiou.pt/taxistas-mexicanos-carro-perigoso-462317

 

Biden considera que conflito com a Rússia seria uma “guerra mundial” e pede aos americanos que saiam da Ucrânia !


O chefe de Estado dos EUA avisou que as tropas norte-americanas não têm forma de ajudar os cidadãos que estejam na Ucrânia a sair do país em caso de um avanço russo.

O Presidente dos Estados Unidos deixou um aviso aos norte-americanos que ainda estão na Ucrânia, apelando a que deixem o país devido à subida de tensão com a Rússia.

“Os cidadãos norte-americanos devem sair agora. Não estamos a lidar com uma organização terrorista. Estamos a lidar com um dos maiores exércitos do mundo. É uma situação muito diferente e as coisas podem ficar doidas rapidamente”, pediu Joe Biden numa entrevista à NBC News.

Biden recusa ainda enviar soldados para a Ucrânia para ajudar os cidadãos a sair do país, considerando que isso não é possível. “É uma guerra mundial quando os americanos e a Rússia começam a atirar uns sobre os outros. Estamos num mundo muito diferente daquele em que alguma vez vivemos”, declarou

O apelo do Presidente surgiu no mesmo dia em que o Departamento de Estado avisou que “não poderá evacuar cidadãos norte-americanos no caso do avanço militar russa em qualquer ponto da Ucrânia” visto que os serviços consulares seriam “fortemente afectados”.

Recorde-se que na quarta-feira a Casa Branca aprovou o plano do Pentágono que define que os militares enviados para a Polónia devem construir abrigos temporários junto à fronteira para acolherem cidadãos norte-americanos que fujam da Ucrânia caso a ameaça de invasão russa se concretize.

No entanto, os 1700 militares da 82ª Divisão Aerotransportada não estão autorizados a entrar na Ucrânia para participarem no conflito ou para ajudarem a retirar cidadãos americanos do país.

A inteligência norte-americana fez saber recentemente que acredita que a Rússia já tem 70% das forças precisas para invadir a Ucrânia e que o o exército poderá chegar a Kiev em apenas dois dias. As forças ocidentais também já acusaram Putin de estar a fabricar um filme de propaganda com imagens que seriam usadas para justificar um ataque, mas Moscovo nega todas as acusações.

Biden acredita que mesmo que Putin seja “tolo o suficiente para avançar, é inteligente o suficiente para não fazer nada que prejudicasse os cidadãos americanos” e refere que o Presidente russo já sabe que essa é uma linha que ele não pode quebrar.

Na base do conflito está a mobilização de milhares de tropas russas junto à fronteira com a Ucrânia nos últimos meses. Kiev e os seus aliados no Ocidente acusam Putin de estar a planear uma invasão em grande escala, depois dos dois países já terem entrado numa rota de colisão depois da Rússia ter anexado a Crimeia em 2014, e ameaçam impor sanções sem precedentes.

O lado russo nega qualquer intenção bélica e diz que está apenas a defender os seus interesses. Perante a proximidade de Kiev ao Ocidente, a Rússia exige ter garantias de que os ex-estados soviéticos da Ucrânia e da Geórgia nunca farão parte da NATO em troca do alívio das tensões.

https://zap.aeiou.pt/biden-conflito-russia-guerra-mundial-462177

 

Secretário de Estado dos EUA avisa: “Invasão à Ucrânia pode começar a qualquer momento” !

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.
A escalada russa está a deixar sinais muito preocupantes, diz Antony Blinken. Há mais tropas russas junto à fronteira com a Ucrânia.

Os responsáveis dos Estados Unidos da América não escondem a preocupação e reforçam alertas, em relação à possível invasão da Ucrânia por parte da Rússia. Pouco depois do presidente Joe Biden, foi a vez de Antony Blinken.

O secretário de Estado resumiu: “Continuamos a ver sinais muito preocupantes da escalada russa, incluindo novas forças militares que chegam à zona da fronteira com a Ucrânia”.

Por isso, e após diversas movimentações, Blinken acha que a guerra pode começar já: “Estamos numa fase em que uma invasão pode começar a qualquer momento. E, para ser claro, esse momento pode acontecer ainda durante os Jogos Olímpicos”.

Tem sido repetida a ideia de que Vladimir Putin, presidente da Rússia, não quer atacar já a Ucrânia para não criar uma divergência com o “amigo” Xi Jinping, presidente da China – os Jogos decorrem em Pequim.

Os Jogos Olímpicos de Inverno, Pequim 2022, terminarão no dia 20 de Fevereiro.

Horas antes foi divulgada uma entrevista ao presidente dos EUA, Joe Biden, que falou em “guerra mundial” e apelou a todos os seus compatriotas para deixarem já a Ucrânia.

“Os cidadãos norte-americanos devem sair agora. Não estamos a lidar com uma organização terrorista. Estamos a lidar com um dos maiores exércitos do mundo. É uma situação muito diferente e as coisas podem ficar fora do controlo rapidamente”, disse Joe Biden.

Blinken, que está na Austrália para uma reunião da aliança de defesa do diálogo e segurança, composta pela Índia, Austrália, Japão e EUA, não deixou mais detalhes sobre o que originou o aviso do Departamento de Estado, que pede precisamente aos norte-americanos para abandonarem o território ucraniano.

Nesta semana as forças russas movimentaram navios de guerra para o Mar Negro, aviões-caça para Kaliningrado e iniciaram exercícios militares que juntam militares da Rússia e da Bielorrússia.

Perto da fronteira, na zona Leste da Ucrânia, continuarão mais de 100 mil soldados russos.

https://zap.aeiou.pt/secretario-de-estado-dos-eua-avisa-invasao-a-ucrania-pode-comecar-a-qualquer-momento-462324

 

Valiosa pintura soviética vandalizada com desenhos de olhos - O segurança estava aborrecido !

Pintura “Three Figures”, de Anna Leporskaya, depois de vandalizada

Um segurança de uma galeria de arte na Rússia foi acusado de rabiscar uma pintura da era soviética que era responsável por supervisionar.

Uma valiosa pintura avant-garde foi vandalizada por um segurança do Yeltsin Center, na cidade russa de Ecaterimburgo.

Segundo o jornal britânico The Guardian, o segurança “estava aborrecido” no seu primeiro dia de trabalho.

Durante uma visita ao Yeltsin Center, em dezembro, duas pessoas alertaram os responsáveis da galeria de arte para um estranho pormenor na obra “Three Figures“, de Anna Leporskaya.

Em duas das três figuras abstratas e sem características faciais retratadas na pintura estavam desenhados dois olhos.

O caso levou à demissão do segurança da galeria, funcionário recém-contratado de uma empresa de segurança privada.

Segundo disse à The Art Newspaper a curadora da exposição, Anna Reshetkina, o homem terá desenhado os olhos na pintura com uma caneta esferográfica do próprio Yeltsin Center, fazendo penetrar uma camada da tinta na obra.

Os danos foram relatados pela primeira vez às autoridades a 20 de dezembro, mas o ministério da Administração Interna recusou-se, inicialmente, a abrir uma investigação criminal, considerando os danos “insignificantes”.

No entanto, mais tarde, o ministério da Cultura fez chegar ao gabinete do procurador-geral uma reclamação sobre a decisão e, na semana passada, a Polícia abriu uma investigação formal.

Embora houvesse câmaras de videovigilância nos corredores, o museu não forneceu informações sobre o rosto ou identidade do autor do ato de vandalismo. Se for considerado culpado, o segurança suspeito do crime pode ser multado e condenado até três meses de prisão.

A pintura foi devolvida à Galeria Estatal Tretyakov, em Moscovo, que havia emprestado a pintura à galeria Yeltsin, para restauro. O valor dos trabalhos está estimado em 250 mil rublos — cerca de 2.900 euros.

Desde o incidente, as restantes obras da exposição do Yeltsin Center estão protegidas com telas especiais instaladas para o efeito.

https://zap.aeiou.pt/seguranca-de-galeria-de-arte-russa-acusado-de-desenhar-olhos-em-pintura-462015

 

Estudo conclui que hamsters podem transmitir o coronavírus a humanos !


O surto de casos da variante Delta em Hong Kong em Janeiro terá surgido numa loja de animais de estimação onde estavam hamsters infetados.

Um novo estudo publicado na Lancet, que ainda não foi revisto por pares, concluiu que os hamsters podem ter sido a causa de um recente surto da variante Delta da covid-19 em Hong Kong, transmitindo a doença aos seus donos.

A pesquisa vem confirmar a hipótese de que o surto, que já infetou pelo menos 50 pessoas e levou ao abate de mais de 2200 hamsters, teve origem numa loja de animais de estimação, revela o The Guardian.

Mesmo assim, os virologistas reforçam que apesar do comércio de animais de estimação poder ser um veículo de transmissão da covid-19, é pouco provável que os hamsters sejam uma ameaça para os seus donos.

Várias espécies de animais já apanharam covid-19, mas até agora só as martas tinham transmitido o vírus aos humanos. Os hamsters são particularmente vulneráveis à doença, pelo que têm sido um alvo de muitos estudos.  

As preocupações de que os hamsters podem também ter a capacidade de infetar humanos surgiram pela primeira vez quando um funcionário de 23 anos na loja de animais Little Boss, em Hong Kong, testou positivo à covid-19 a 15 de Janeiro — tendo este sido o primeiro diagnóstico da variante Delta em três meses na cidade.

Uma cliente da loja também foi infetada e outros membros da sua família testaram positivo alguns dias depois. Para perceberem o que se passava, as autoridades de saúde testaram centenas de roedores na loja e e detetaram material genético virulento ou anticorpos em 15 dos 28 hamsters siberianos, mas nenhum dos animais tinha sintomas.

Os hamsters estavam todos infetados com a variante Delta e a natureza nas mutações sugere que a transmissão já estava a ocorrer há algum tempo, possivelmente desde meados de Novembro. Os animais foram importados dos Países Baixos em Dezembro e Janeiro.

“Tanto os resultados genéticos como epidemiológicos sugerem que houve dois eventos independentes de transmissão hamster-humano e que estes eventos podem levar à consequente transmissão entre humanos”, revela o virologista Leo Poon, que recomenda uma maior vigilância do comércio de animais de estimação.

Este foi o primeiro estudo a mostrar provas de que os hamsters podem ser infetados e que podem passar o vírus aos humanos, mas mesmo assim, o perito lembra que é muito mais provável apanharmos a doença através do contacto com uma pessoa e não com um animal de estimação.

https://zap.aeiou.pt/estudo-hamsters-coronavirus-humanos-462048

 

Veterinários britânicos alertam para doença transmissível que está a afetar os cães do país !


Especialistas esclarecem que doença tem origem numa família de coronavírus distinta da que deu origem à SARS ou à covid-19.

Um surto de uma doença intestinal nos cães está a preocupar os veterinários e especialistas em saúde animal no Reino Unido, depois de nas últimas semanas o número de casos ter aumentado. A origem da doença ainda está a ser investigada, mas possíveis ligações ao coronavírus não são de desconsiderar – mas não aquele que causou a pandemia da covid-19.

Os primeiros relatos começaram a surgir no mês passado, através das redes sociais. Faziam referência a sintomas como vómitos ou diarreias, o que alarmou os especialistas e membros do Small Animal Veterinary Surveillance Network, que pertence à Universidade de Liverpool. Através de contactos com clínicas veterinárias, concluíram que também estes profissionais estavam a constatar um aumento de casos que coincidiam com os sintomas relatados.

Inicialmente, especulou-se que a doença poderia estar relacionada com a frequência de praias. No entanto, os investigadores colocaram-na de parte, já que facilmente concluíram que a maioria dos cães doentes não tinha estado nestes espaços num passado recente. O surto parece ter começado no norte de Inglaterra, mais precisamente no condado de Yorkshire. À primeira vista, muitos sintomas parecem também assemelhar-se aos de outro surto, também registado no Reino Unido entre 2019 e 2020, de coronavírus entérico canino (CEVoV).

De acordo com o site Gizmodo, a maioria dos cães infetados com CECoV não ficavam doentes e os que ficavam tinham apenas sintomas ligeiros. O vírus em causa é altamente contagioso, mas também vulnerável a desinfetantes – para além de não afetar em qualquer grau os humanos. Apesar de provir de um coronavírus, não se trata da mesma família que causou a SARS ou a covid-19.

As origens do atual surto ainda estão a ser investigadas. Na semana passada, os investigadores lançaram os resultados de questionários disponibilizados a cuidadores que suspeitavam que os seus animais tinham estado infetados. As conclusões indicavam que os cães afetados recuperaram dentro de duas semanas, sem qual tipo de complicação mais série. Ainda assim, precisaram de cuidados adicionais.

O esforço de investigação deverá continuar no futuro, quer através da distribuição de questionários como da recolha de fezes para análise. Até que mais conclusões sejam avançadas, os especialistas recomendaram que os cães com os sintomas descritos fossem isolados de outros cães, mesmo no quando vivem num espaço comum. Os cuidadores são ainda instigados a limpar todos os sinais das passagens dos seus animais nos espaços públicos, higienizando as mãos de seguida.

https://zap.aeiou.pt/veterinarios-britanicos-alertam-para-doenca-transmissivel-que-esta-a-afetar-os-caes-do-pais-461885

 

Modelos computacionais preveem o colapso da sociedade até 2040 !

Modelos computacionais preveem o colapso da sociedade até 2040
Uma previsão da década de 1970 já foi corroborada por vários pesquisadores independentes.

Prever o futuro não é uma coisa fácil de fazer, mas analisando cuidadosamente o que aconteceu no passado, é possível pelo menos ter um palpite sobre o que pode acontecer nos próximos anos.

Na década de 1970, cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) combinaram dados de várias fontes sobre população, uso de recursos e fatores econômicos para calcular o momento mais provável em que a civilização moderna experimentaria um colapso total da sociedade.

A data que eles chegaram foi o ano de 2040.

Embora possa parecer fácil descartar suas descobertas de imediato, outro estudo foi realizado em 2009 por uma equipe completamente diferente de pesquisadores para determinar se a estimativa original ainda era precisa.

Preocupantemente, eles concluíram que as descobertas originais estavam “quase exatamente no curso cerca de 35 anos depois“.

Eles escreveram:

“É importante reconhecer que suas previsões não foram invalidadas e, de fato, parecem bastante acertadas. Não temos conhecimento de nenhum modelo feito por economistas que seja tão preciso em um período de tempo tão longo.”

Os resultados foram posteriormente corroborados pela terceira vez no ano passado pela pesquisadora de sustentabilidade holandesa, Gaya Herrington, que descobriu que o crescimento econômico poderia parar até o final desta década.

No entanto, nem tudo está perdido.

Ela disse ao The Guardian:

“A principal descoberta do meu estudo é que ainda temos a opção de nos alinharmos a um cenário que não termine em colapso.

Com inovação nos negócios, juntamente com novos desenvolvimentos por parte dos governos e da sociedade civil, continuar a atualizar o modelo oferece outra perspectiva sobre os desafios e oportunidades que temos para criar um mundo mais sustentável.”

https://www.ovnihoje.com/2022/02/08/modelos-computacionais-preveem-colapso-da-sociedade-2040/

 

Biden considera que conflito com a Rússia seria uma “Guerra Mundial” e pede aos americanos que saiam da Ucrânia !


O chefe de Estado dos EUA avisou que as tropas norte-americanas não têm forma de ajudar os cidadãos que estejam na Ucrânia a sair do país em caso de um avanço russo.

O Presidente dos Estados Unidos deixou um aviso aos norte-americanos que ainda estão na Ucrânia, apelando a que deixem o país devido à subida de tensão com a Rússia.

“Os cidadãos norte-americanos devem sair agora. Não estamos a lidar com uma organização terrorista. Estamos a lidar com um dos maiores exércitos do mundo. É uma situação muito diferente e as coisas podem ficar doidas rapidamente”, pediu Joe Biden numa entrevista à NBC News.

Biden recusa ainda enviar soldados para a Ucrânia para ajudar os cidadãos a sair do país, considerando que isso não é possível. “É uma guerra mundial quando os americanos e a Rússia começam a atirar uns sobre os outros. Estamos num mundo muito diferente daquele em que alguma vez vivemos”, declarou

O apelo do Presidente surgiu no mesmo dia em que o Departamento de Estado avisou que “não poderá evacuar cidadãos norte-americanos no caso do avanço militar russa em qualquer ponto da Ucrânia” visto que os serviços consulares seriam “fortemente afectados”.

Recorde-se que na quarta-feira a Casa Branca aprovou o plano do Pentágono que define que os militares enviados para a Polónia devem construir abrigos temporários junto à fronteira para acolherem cidadãos norte-americanos que fujam da Ucrânia caso a ameaça de invasão russa se concretize.

No entanto, os 1700 militares da 82ª Divisão Aerotransportada não estão autorizados a entrar na Ucrânia para participarem no conflito ou para ajudarem a retirar cidadãos americanos do país.

A inteligência norte-americana fez saber recentemente que acredita que a Rússia já tem 70% das forças precisas para invadir a Ucrânia e que o o exército poderá chegar a Kiev em apenas dois dias. As forças ocidentais também já acusaram Putin de estar a fabricar um filme de propaganda com imagens que seriam usadas para justificar um ataque, mas Moscovo nega todas as acusações.

Biden acredita que mesmo que Putin seja “tolo o suficiente para avançar, é inteligente o suficiente para não fazer nada que prejudicasse os cidadãos americanos” e refere que o Presidente russo já sabe que essa é uma linha que ele não pode quebrar.

Na base do conflito está a mobilização de milhares de tropas russas junto à fronteira com a Ucrânia nos últimos meses. Kiev e os seus aliados no Ocidente acusam Putin de estar a planear uma invasão em grande escala, depois dos dois países já terem entrado numa rota de colisão depois da Rússia ter anexado a Crimeia em 2014, e ameaçam impor sanções sem precedentes.

O lado russo nega qualquer intenção bélica e diz que está apenas a defender os seus interesses. Perante a proximidade de Kiev ao Ocidente, a Rússia exige ter garantias de que os ex-estados soviéticos da Ucrânia e da Geórgia nunca farão parte da NATO em troca do alívio das tensões.

https://zap.aeiou.pt/biden-conflito-russia-guerra-mundial-462177

 

Grande Tempestade Solar arrasta e destrói 40 satélites Starlink ao mesmo tempo !

Uma explosão solar ocorrida no dia 4 de fevereiro atingiu em cheio 40 satélites do grupo Starlink, da SpaceX. O efeito foi tão devastador que alguns desses satélites incineraram na atmosfera, enquanto outros podem reentrar nos próximos dias.

Fragmentos incandescentes relacionados a pelo menos um satélite Starlink foram observados no céu de Porto Rico,  na manhã de segunda-feira, 7 de fevereiro.
Fragmentos incandescentes relacionados a pelo menos um satélite Starlink foram observados no céu de Porto Rico, na manhã de segunda-feira, 7 de fevereiro.

O lançamento dos satélites ocorreu em 3 de fevereiro de 2022, a partir do Kennedy Space Center, na Flórida, e entraram corretamente em orbita alguns minutos depois. No entanto, em 6 de fevereiro os objetos não conseguiram sair do modo de segurança para efetuar manobras de elevação de órbita e passaram a perder altitude rapidamente.

Dados de telemetria mostraram que os satélites estavam perdendo altura devido ao arrasto significativo na alta atmosfera, causado por uma densa camada de partículas carregadas que chegou à Terra após uma forte explosão solar ocorrida em 4 de fevereiro.

A baforada de partículas atingiu em cheio a maior parte da constelação de satélites, cujos motores de elevação de orbita não conseguiram vencer a força do arrasto na atmosfera mais densa. Como consequência, 40 dos 49 satélites lançados estão caindo ou já caíram na Terra.

Pelo menos um desses satélites queimou nos céus de Porto Rico na manhã de segunda-feira, 7 de fevereiro e foi detectado pelas câmeras da Sociedade de Astronomia do Caribe. Pelo vídeo é possível ver dois eventos separados por cerca de 1 minuto e mostram o que podem ser dois satélites distintos ou duas peças do mesmo objeto.

Tempestade Solar Intensa 

Dados de GPS a bordo dos satélites sugerem que a quantidade de partículas que atingiu a atmosfera foi tão grande que o arrasto chegou a ser 50% maior que em outras oportunidades de lançamento.

De acordo coma SpaceX, ao detectar a anomalia a equipe de engenheiros comandou os satélites para que orbitassem em modo de perfil, com o objetivo de diminuir o arrasto, mas a manobra não teve sucesso.

Sem riscos 

Cada satélite Starlink pesa cerca de 250 quilos e devido a pouca massa, não representam perigo e devem se desintegrar na atmosfera. "Nenhum fragmento resistirá ao calor da reentrada e nenhuma parte do satélite atingirá o solo", disse o proprietário da SpaceX, Elon Musk. 

https://www.apolo11.com/noticias.php?t=Tempestade_solar_arrasta_e_destroi_40_satelites_Starlink_ao_mesmo_tempo&id=20220211-100328

 

 

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