segunda-feira, 31 de maio de 2021

Alemanha vai pagar mais de mil milhões de euros à Namíbia devido a genocídio !

A Alemanha admitiu hoje pela primeira vez ter cometido “genocídio” contra as populações de etnia herero e nama, na Namíbia, durante a era colonial e vai pagar ao país mais mil milhões euros em ajudas ao desenvolvimento.


Em comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, saudou um “acordo” com a Namíbia, após mais de cinco anos de duras negociações sobre os acontecimentos ocorridos neste território africano colonizado pela Alemanha entre 1884 e 1915.

Os colonos alemães mataram dezenas de milhares de herero e nama em massacres entre 1904 e 1908, considerados por historiadores como o primeiro genocídio do século XX.

“À luz da responsabilidade histórica e moral da Alemanha, vamos pedir perdão à Namíbia e aos descendentes das vítimas pelas atrocidades cometidas”, disse o ministro.

Num “gesto de reconhecimento do imenso sofrimento infligido às vítimas, a Alemanha vai apoiar na reconstrução e desenvolvimento da Namíbia através de um programa financeiro de 1,1 mil milhões de euros”, acrescentou.

O ministro especificou que não se trata de indemnização de base jurídica e que esse reconhecimento não abre caminho a qualquer “pedido judicial de indemnização”.

Esse valor será pago num período de 30 anos, segundo fontes próximas das negociações, e deve beneficiar principalmente os descendentes dessas duas etnias.

“Não podemos traçar um limite com o passado. O reconhecimento da culpa e o pedido de perdão são, porém, um passo importante para superar o passado e construir juntos o futuro”, disse o ministro.

Num desejo de reconciliação, em 2019 a Alemanha entregou à Namíbia os ossos de membros das tribos exterminadas herero e nama.

Um gesto considerado claramente insuficiente pelos descendentes e pelas autoridades namibianas que exigiram um pedido oficial de desculpas e indemnizações.

A Alemanha opôs-se repetidamente a isso, citando os milhões de euros em ajudas ao desenvolvimento concedidas à Namíbia desde a sua independência em 1990.

As tribos herero representam agora cerca de 7% da população da Namíbia, em comparação com os 40% no início do século XX.

A Alemanha e a Namíbia têm estado em conversações desde 2015 sobre a revisão das atrocidades cometidas pelo Império Alemão durante o período colonial e possíveis compensações.

A ocupação alemã de territórios atualmente pertencentes à Namíbia teve lugar entre 1884 e 1915.

A 12 de janeiro de 1904 houve uma primeira revolta dos herero contra o domínio colonial alemão, seguida, em outubro, pela revolta da população nama.

Estima-se que os soldados do imperador Guilherme II tenham exterminado 65.000 hereros de uma população de 80.000 e pelo menos 10.000 dos 20.000 nama.

Em novembro de 2019, o parlamento alemão usou pela primeira vez a palavra “genocídio” para se referir a este massacre e o negociador alemão, Ruprecht Polenz, adiantou que o acordo com a Namíbia estava próximo.

https://zap.aeiou.pt/alemanha-namibia-genocidio-405801

 

Israel pode ter cometido crimes de guerra, diz comissária da ONU para os Direitos Humanos !

Os recentes ataques israelitas na Faixa de Gaza, que causaram 242 mortes e deixaram desalojadas mais de 74 mil pessoas, podem constituir crimes de guerra, anunciou na quinta-feira a alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.


Numa sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, a responsável esclareceu que o grupo islâmico Hamas também violou a lei humanitária internacional ao lançar mísseis contra Israel, noticiou a RTP. Os ataques deste mês, continuou, foram “desproporcionais” e “geram dúvidas sobre a conformidade de Israel com os princípios de distinção e proporcionalidade do direito internacional humanitário”.

“Se se verificar que o impacto sobre civis e alvos civis é indiscriminado e desproporcional, este ataque pode constituir um crime de guerra”, disse, frisando: a escalada está “ligada aos protestos e à forte resposta das forças de segurança israelitas, primeiro em Jerusalém Oriental, depois em todo o território palestiniano ocupado e em Israel”.

Dados do Conselho sobre os onze dias em que durou o conflito, de 10 a 21 de maio, revelam que morreram 254 palestinianos (incluindo 66 crianças) em ataques israelitas na Faixa de Gaza e, em Israel, disparos de roquetes a partir de Gaza mataram 12 pessoas.

Os ataques aéreos israelitas em Gaza deixaram “muitos civis mortos e feridos, causando destruição em grande escala e danos à propriedade civil”, como “prédios do Governo, residências e edifícios, organizações humanitárias internacionais, instalações médicas, escritórios dos meios de comunicação e estradas que permitem que civis acedam a serviços essenciais, como hospitais”, apontou.

“Apesar das alegações de Israel de que muitos desses edifícios abrigavam grupos armados ou eram usados para fins militares, não vimos nenhuma prova a esse respeito”, sublinhou. O facto de implantar meios militares em áreas povoadas ou de lançar ataques a partir delas também pode constituir uma violação do Direito Internacional Humanitário.

Quanto aos 4.400 roquetes disparados pelo Hamas, afirmou: “Cada um desses roquetes constitui um crime de guerra”. “Não há dúvida de que Israel tem o direito de defender os seus cidadãos e os seus residentes. No entanto, os palestinianos também têm direitos. Os mesmos direitos”, insistiu Bachelet.

Na sessão especial do Conselho, foi apresentado um rascunho de uma proposta que pede escrutínio de supostos abusos aos 47 membros do Conselho. De acordo com esse documento, citado pelo Guardian, a ONU vai pedir para se criar com urgência uma comissão para investigar todas as “violações” em Gaza, Cisjordânia, Jerusalém e Israel.

Bachelet pediu um “processo de paz genuíno e inclusivo”, para evitar uma repetição dos recentes confrontos mortíferos, enaltecendo o cessar-fogo a 21 de maio mas advertindo que é apenas “uma questão de tempo” até ao próximo conflito, caso as causas profundas desta última escalada não sejam abordadas.

https://zap.aeiou.pt/israel-crimes-guerra-comissaria-onu-405904

 

Homem detido e acusado de ameaçar matar Presidente Joe Biden !

Um norte-americano do Novo México enfrenta uma acusação federal por supostamente ameaçar matar o Presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, e outras pessoas, através de mensagens de texto.


Nas mensagens, John Benjamin Thornton terá indicado que assumia “a liderança do Exército revolucionário denominado de 3%”. Segundo a CNN, essa denominação é uma referência ao “The Three Percenters”, um movimento de milícia que tem como objetivo derrubar o Governo dos EUA.

Conforme relatado na denúncia, Thornton – que já tinha cadastro – também se descreveu como um “general de guerra revolucionário” e enviou uma mensagem a indicar: “5 estrelas depois de executar Joe Biden por traição”. Os investigadores não revelaram os destinatários das mensagens, nem se tinham contacto anterior com o acusado.

Thornton, que está detido sem possibilidade de fiança, tem sido alvo de queixas desde 11 de novembro de 2020, por ter enviado mensagens “perturbadoras ou ameaçadoras”. Nas mensagens de texto supostamente enviadas por Thornton, este terá ainda escrito: “A minha ex-mulher é uma traidora e provavelmente será executada pelo meu novo governo”.

O acusado negou todas as acusações. “É muito cedo, mas assim que os fatos se confirmarem, o quadro será completamente diferente”, indicou a advogada de Thornton, Bernadette Sedillo, acrescentando que as mensagens foram “tiradas do contexto”.

Outras ameaças foram feitas ao atual Presidente: um homem da Carolina do Norte foi preso por dizer que pretendia prejudicar Biden. Acredita-se que tenha contactado diretamente a Casa Branca. Outro, de Maryland, foi acusado por ameaçar Biden e a vice-presidente, Kamala Harris.

https://zap.aeiou.pt/homem-acusado-ameacar-matar-joe-biden-405889

 

 

sábado, 29 de maio de 2021

A arte rupestre mais antiga do mundo está a ser apagada pelas alterações climáticas !


É na ilha de Sulawesi, na Indonésia, que mora alguma da arte rupestre mais antiga do mundo, com mais de 45 mil anos. Mas as alterações climáticas estão a apagá-la.

De acordo com o site Live Science, uma nova investigação mostra que alguma da arte rupestre mais antiga do mundo está a deteriorar-se a um “ritmo alarmante” devido às alterações climáticas.

“As pinturas rupestres em Sulawesi e no Bornéu são algumas das primeiras evidências que temos de que as pessoas viviam nestas ilhas. Tragicamente, em quase todos os novos locais que encontramos nesta região, a arte rupestre está num estágio avançado de decadência”, escreveram os autores do estudo publicado, a 13 de maio, na revista científica Scientific Reports.

A equipa analisou algumas das pinturas mais antigas já conhecidas, que datam entre 20 mil a 40 mil anos, em 11 locais diferentes das cavernas Maros-Pangkep, em Sulawesi. Utilizando várias técnicas, os investigadores descobriram vestígios de sais, como sulfato de cálcio e cloreto de sódio, em três dos locais.

Além disso, também foram encontrados altos níveis de enxofre, um componente dos sais, nos 11 sítios analisados, o que sugere que são estes depósitos de sal que podem estar a causar esta deterioração.

Os autores do estudo sugerem que as mudanças constantes de temperatura e humidade, causadas por períodos alternados de chuvas sazonais e seca, criam as condições que promovem a formação destes cristais de sal.

Segundo destacam os cientistas, estas mudanças podem estar a ser aceleradas pelo aumento das temperaturas globais e da frequência de eventos climáticos extremos como o El Niño.

https://zap.aeiou.pt/arte-rupestre-mais-antiga-apagada-alteracoes-climaticas-403772

 

Genocídio do Ruanda - Macron admite responsabilidade, mas não pede desculpa !

O Presidente francês Emmanuel Macron visitou o Ruanda esta quinta-feira e quebrou o silêncio, reconhecendo a “responsabilidade” de França no genocídio no país em 1994. 


Emmanuel Macron reconheceu que França carrega uma grande responsabilidade pelo genocídio de 1994 no país da África Central, numa visita ao memorial às quase 800 mil vítimas em Kigali, esta quinta-feira.

No entanto, segundo o NPR, não foi tão longe ao ponto de pedir desculpas pelo que aconteceu.

O Presidente afirmou que França “não foi cúmplice” do genocídio. O país acabou por se aliar ao “regime genocida” de Ruanda e carrega uma “responsabilidade avassaladora” pelos massacres.

“França tem um papel, uma história e uma responsabilidade política em Ruanda. Tem um dever: olhar a história de frente e reconhecer o sofrimento que infligiu ao povo ruandês ao favorecer por muito tempo o silêncio em vez do exame da verdade”, disse Macron.

Quando o genocídio começou, “a comunidade internacional demorou quase três meses, três meses intermináveis, antes de reagir e nós, todos nós, abandonamos centenas de milhares de vítimas”.

Os fracassos de França contribuíram para “27 anos de distância amarga” entre os dois países. “Tenho que reconhecer as nossas responsabilidades”, assumiu.

O genocídio entre 7 de abril e 15 de julho de 1994 começou após o avião do Presidente Juvenal Habyarimana, da maioria hutu, ter sido derrubado. Em poucas horas, milícias extremistas hutus mataram os membros da minoria tutsi, além de hutus moderados, em atos de extrema violência.

Apesar de não ter pedido desculpas, o Presidente francês disse que só os que sobreviveram aos horrores do genocídio “podem talvez perdoar, dar-nos o presente do perdão“.

A viagem foi interpretada como o “passo final na normalização das relações” entre os dois países, após mais de 25 anos de tensões, tendo Macron anunciado para breve a nomeação de um embaixador em Kigali.

França e Ruanda estiveram de relações diplomáticas totalmente cortadas entre 2006 e 2009. Em 2010, o então Presidente Nicolas Sarkozy admitiu que tinha havido “sérios erros” da parte dos franceses e “uma espécie de cegueira”, declarações que ficaram, contudo, aquém do esperado.

Desta vez, o Presidente ruandês louvou as palavras de Macron. “As suas palavras foram algo mais valioso de que um pedido de desculpas. Foram a verdade”, disse Paul Kagame, numa conferência de imprensa conjunta.

“França e o Ruanda vão ter uma relação muito melhor que será benéfica para ambos os povos, economicamente, politicamente e em matéria de cultura”, disse, lembrando que a relação nunca será “inteiramente convencional”, porque “há uma familiaridade especial que resulta da história complexa e terrível que partilhamos, para o melhor e para o pior”.

https://zap.aeiou.pt/macron-genocidio-de-ruanda-405746

 

24 minutos depois - Suposta ameaça de bomba em avião da Ryanair foi enviada após voo ter sido desviado !

Um email, ao qual as autoridades bielorrussas tiveram acesso, revela que a suposta ameaça de bomba no voo foi enviada depois do avião da Ryanair ter sido desviado para Minsk. O novo detalhe desafia a versão dos eventos apresentada pelo regime bielorrusso.


A intercetação do voo da Ryanair, que viajava de Atenas para Vilnius no domingo, provocou uma vasta onda de condenação internacional e novas sanções da União Europeia – que descartou a explicação de perigo de bomba para o desvio do avião.

Ao longo dos últimos dias, vários líderes europeus e ativistas têm afirmado que o incidente foi orquestrado pelo presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, para conseguir prender Roman Protasevich – jornalista que se encontrava a bordo e que estava em exílio – e que se arrisca a 15 anos de prisão.

Agora, um novo email vem enfraquecer ainda mais as justificações apresentadas pelo regime bielorrusso, que alertou a tripulação de cabine após receber uma suposta ameaça de bomba por email que teria sido enviada pelo Hamas. No entanto, um porta-voz do grupo militante palestino negou o envolvimento.

“Não encontramos evidências confiáveis ​​de que as alegações bielorrussas são verdadeiras”, referiu a ProtonMail, uma provedora que trabalha com assuntos de privacidade, em comunicado.

Segundo o The Washington Post, a hora presente no email indica que este foi enviado 24 minutos depois de ter sido dada ordem para o avião pousar em Minsk.

Na segunda-feira, os líderes europeus proibiram as companhias aéreas de sobrevoar a Bielorrússia e impediram a companhia aérea nacional do país, a Belavia, de sobrevoar ou aterrar em território europeu.

Por sua vez, o Kremlin, um aliado fundamental de Lukashenko, classificou as medidas punitivas como “lamentáveis” e “precipitadas”.

Na quinta-feira, a Rússia deu sinais mais visíveis como forma de apoio à Bielorrússia, um país que Moscovo considera vital para a sua esfera de influência.

De acordo com o The Guardian, o país recusa agora permitir que aviões europeus voem para Moscovo. As autoridades da aviação russa forçaram a Austrian Airlines a cancelar o seu voo de Viena para a capital russa. Já a Air France também se viu obrigada a cancelar o voo Paris-Moscovo pelo segundo dia consecutivo.

Ao WP, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, recusou comentar os cancelamentos, direcionando as responsabilidades para as autoridades da aviação porque “a administração presidencial não controla o tráfego aéreo”.

Num momento de grande tensão com a Europa, Lukashenko planeia encontra-se esta sexta-feira com o presidente russo Vladimir Putin em Sochi, um resort russo no Mar Negro. Esta é mais uma demonstração do apoio russo ao regime da Bielorrússia.

https://zap.aeiou.pt/ameaca-bomba-aviao-desviado-405737

 

Com o aumento dos casos de covid-19, o Nepal pede ajuda urgente com vacinas !

O número de casos no Nepal continua a aumentar a olhos vistos. Como tal, o pequeno país está a pedir ajuda internacional urgente com vacinas contra a covid-19.


O Nepal tem atualmente uma das maiores taxas de reprodução viral de covid-19 do mundo. A situação é terrível: relatórios indicam que o Nepal tem um número consistentemente maior de casos de covid-19 por milhão do que a Índia.

Em meados de julho, o número de novos casos pode chegar a 800.000, entre uma população de 30 milhões, com um número de mortos previsto de 40.000.

No mês passado, o Ministério da Saúde do Nepal disse: “Como os casos de coronavírus aumentaram além da capacidade do sistema de saúde e os hospitais ficaram sem camas, a situação é incontrolável”. O ministério também disse que não tinha mais vacinas.

Apenas 2% da população do Nepal está totalmente vacinada. Quase dois milhões de nepaleses receberam a sua primeira dose da vacina AstraZeneca. Porém, com a paralisação das exportações de vacinas da Índia, a maioria não teve acesso a uma segunda dose. Esta escassez de vacinas no Nepal tem implicações epidemiológicas globais, como a possibilidade de mutações do vírus que podem espalhar-se rapidamente.

A capacidade de cuidar de pessoas que sofrem de covid-19 no Nepal é severamente limitada, com cerca de 1.500 camas de cuidados intensivos e pouco mais 800 ventiladores no país. O terreno montanhoso na maioria do país, aliado à falta de infraestruturas, marginalização política e pobreza agravam os impactos das doenças infecciosas.

A distribuição de vacinas para o Nepal deve ajudar a mitigar a exigente crise do país e ajudar a nivelar a curva no Sul da Ásia.

As desigualdades aumentam

À medida que a América do Norte e a Europa voltam a ter uma vida normal, o perigo de criar e manter um “apartheid de vacinas” é muito real.

Na semana passada, num passo positivo para inverter a situação, o presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu 20 milhões de doses da vacina adicionais para compartilhar com o resto do mundo. No entanto, o Nepal não foi identificado como uma prioridade.

Em 1816, durante a pandemia global de varíola, o rei do Nepal, Girvan Yuddha Bikram Shah, sucumbiu à doença. Embora na época o Nepal, com a ajuda da Índia e da Grã-Bretanha, estivesse na vanguarda dos esforços globais de vacinas, o acesso às vacinas para proteger os seus cidadãos permanecia ilusório.

Hoje, como na altura, as desigualdades estruturais são exacerbadas pela pandemia. Hoje, como na altura, o Nepal está à mercê de poderosos atores globais e enfrenta uma catástrofe humanitária desesperada.

Como na Índia, o Nepal teve uma escassez do fornecimento de oxigénio para aqueles que ficaram gravemente doentes. As taxas do vírus descem ladeiras íngremes de desigualdade, impactadas por fatores socioestruturais como etnia, classe, casta, geografia e género que se confundem com as políticas públicas de saúde.

O Nepal ilustra nitidamente como essas diferenças exacerbadas por uma pandemia podem levar a epidemias sinérgicas, ou “sindemias”.

Sistemas prontos para distribuir vacinas

O Nepal é especialmente adequado para a ajuda com vacinas. O país demonstrou o sucesso da implementação de um programa de vacinação contra a covid-19, mesmo nalgumas de suas regiões mais remotas.

Se o Governo Biden e os seus aliados derem prioridade ao Nepal para as vacinas, há evidências de que o Nepal poderia distribuí-las de maneira eficiente e eficaz. O país tem um histórico de iniciativas nacionais de vacinação e uma infraestrutura de saúde pública capaz de chegar à sua população.

Essa infraestrutura não se limita às cidades nem depende de tecnologias complexas; em vez disso, é ancorada por pessoas e enraizada em lugares, culturas e idiomas de maneiras que podem aliviar a hesitação da vacina e disseminar conhecimento de saúde pública.

Recomendações de distanciamento físico, isolamento e medidas abrangentes de confinamento são inaplicáveis em países como o Nepal, onde muitas pessoas vivem em proximidade e precisam de sair de casa para trabalhar e comer.

A crise que está a desenrolar-se no Nepal e no sul asiático representa um imperativo para a comunidade global fornecer ajuda com vacinas. É também um apelo ao reconhecimento do trabalho das infraestruturas de saúde pública em locais como o Nepal. Esse reconhecimento pode ser fundamental para acabar com o apartheid da saúde global.

https://zap.aeiou.pt/nepal-pede-ajuda-urgente-vacinas-405644

 

Hong Kong aprova lei que reduz o poder de eleitores e aumenta a influência de Pequim !

Hong Kong aprovou na quinta-feira uma lei que reduz drasticamente a capacidade de voto da população e aumenta o número de legisladores pró-Pequim.


Segundo avançou esta quinta-feira a Time, esta nova lei autoriza o departamento de segurança nacional de Hong Kong a verificar os antecedentes de potenciais candidatos a cargos públicos e a criar um novo comité para garantir que estes sejam “patrióticos”.

O número de assentos no Parlamento de Hong Kong será ampliado para 90, com 40 destes a serem escolhidos por um comité pró-Pequim. O número de legisladores eleitos diretamente pela população de Hong Kong será reduzido para 20, em relação aos 35 eleitos anteriormente. A proposta encontrou pouca oposição.

O projeto de lei foi elogiado durante um debate que ocorreu na quarta e quinta-feira, com os legisladores a afirmar que esta reforma impediria aqueles que não são leais a Hong Kong de concorrer a cargos.

Esta alteração ocorre num momento em que Pequim aperta ainda mais o controle sobre Hong Kong, após meses de protestos antigovernamentais e conflitos políticos em 2019, com as autoridades a prender e a acusar a maioria dos defensores pró-democracia, como o líder estudantil Joshua Wong e o magnata da media Jimmy Lai.

Uma emenda aprovada pela parlamento de Hong Kong no início de maio determina que os mais de 400 deputados – que lidam principalmente com questões locais – jurem lealdade a Hong Kong e defendam a sua constituição. Este juramento era anteriormente exigido apenas de legisladores e funcionários do governo, como o chefe do Executivo.

https://zap.aeiou.pt/hong-kong-lei-poder-eleitores-influencia-pequim-405543

 

“Operation Unthinkable” - Revelados detalhes de plano secreto de Churchill para atacar a URSS !

Foram revelados detalhes sobre um plano secreto desenvolvido pelo ex-primeiro-ministro Winston Churchill, no final da II Guerra Mundial, para lançar uma operação militar contra a União Soviética (URSS).


De acordo com o documento CAB 120/691, divulgado pelo jornal britânico The Telegraph, em maio de 1945, poucos dias depois da Batalha de Berlim, Winston Churchill encarregou a sua equipa de elaborar um plano com o nome de código “Operation Unthinkable” (“Operação Impensável” em Português).

O objetivo seria fazer com que os Aliados, nos dois meses posteriores à rendição da Alemanha nazi, levassem a cabo uma ofensiva terrestre, aérea e naval de grande escala nos territórios ocupados pela União Soviética.

Tal como cita a rede televisiva RT, a operação visava impor à URSS “a vontade dos Estados Unidos e do Império Britânico” e Jeffrey Thompson, ex-comandante da Artilharia Real, que tinha experiência no Leste Europeu, foi encarregado de organizar esta ofensiva.

A tarefa de Thompson seria lançar um ataque surpresa às forças soviéticas, num prazo de oito semanas, cujo plano de batalha incluía empurrar o Exército Vermelho de volta para os rios Oder e Neisse, a cerca de 88 quilómetros a leste da capital alemã, com a ajuda das divisões britânica e norte-americana. “A data para o início das hostilidades será 1 de julho de 1945”, escreveu.

Ao ataque inicial deveria seguir-se um confronto de tanques num campo perto de Schneidemühl, a atual cidade de Piła, no noroeste da Polónia, numa operação que envolveria mais de oito mil veículos, entre forças norte-americanas, britânicas, canadianas e polacas.

No entanto, como o Exército soviético estava em superioridade neste território, Thompson reconheceu a necessidade de procurar outros pontos fortes, tendo feito a proposta extremamente controversa de rearmar unidades da Wehrmacht (Forças Armadas da Alemanha nazi) e da Schutzstaffel (organização paramilitar nazi mais conhecida por SS).

Além disso, o general defendeu a limitação das exportações de borracha, alumínio, cobre e explosivos para a URSS, o que, na sua perspetiva, enfraqueceria este Estado.

Na altura, revela o jornal inglês, o principal conselheiro militar de Churchill, o general Hastings Ismay, estava cético com este plano e terá ficado horrorizado com esta proposta de incluir as forças nazis na ofensiva, algo que considerou “absolutamente impensável para os líderes dos países democráticos”.

Ismay também lembrou que o Governo britânico tinha passado os últimos cinco anos a dizer à sua população que os soviéticos “tinham estado na maior parte dos combates e suportado um sofrimento indescritível”. Ou seja, na sua opinião, um ataque à URSS imediatamente depois da II Guerra seria um “desastre” para a moral do país.

O conselheiro do antigo primeiro-ministro acabaria por ser apoiado pelo comandante militar Alan Brooke, que pensava que as probabilidades de uma ofensiva bem-sucedida e rápida sobre a União Soviética eram quase inexistentes.

O desacordo dos líderes militares fez abortar esta “Operation Unthinkable”. Por sua vez, Churchill lamentou o desfecho, pois temia que, a qualquer momento, o Exército Vermelho lançasse uma ofensiva sobre a Europa, levando a uma III Guerra Mundial.

https://zap.aeiou.pt/plano-secreto-churchill-atacar-urss-405400

 

 

Há novos detalhes sobre o “Deus da guerra”, o bombardeiro chinês capaz de atingir as ilhas dos EUA !


O bombardeiro Xian H-20 ainda não foi oficialmente confirmado. No entanto, a Modern Weaponry, uma revista dirigida pelo China North Industries Group, uma empresa de defesa estatal, publicou uma imagem gerada por computador na capa da sua edição de junho.

As imagens mostram que o bombardeiro Xian H-20 tem um compartimento para armas, duas asas traseiras ajustáveis, um radar aerotransportado, entradas de ar furtivas e bicos de motor em ambos os lados. Todo o avião é revestido por um material cinzento escuro absorvente de ondas de radar, avança o The Times.

O design de asa voadora parece ser semelhante ao bombardeiro Northrop Grumman B-2 Spirit, que tem sido um dos pilares da ameaça nuclear de longo alcance dos Estados Unidos desde 1997.

A Modern Weaponry apelidou o bombardeiro de “Deus da guerra no céu” e divulgou quatro imagens criadas por computador do design do Xian H-20. Apesar de estar em desenvolvimento há vários anos, as fotografias nunca foram oficialmente divulgadas.

Este bombardeiro chinês seria um marco significativo nos esforços de Pequim para competir com Washington. Os relatórios sugerem que o H-20 acabará por substituir o H-6, um design da década de 1950 que a China tem vindo a atualizar continuamente ao longo das décadas.

O matutino avança que a aeronave consegue alcançar a segunda cadeia de ilhas do Pacífico, Japão, Guam e as Ilhas Marianas dos Estados Unidos a partir de bases chinesas.

Nenhum detalhe foi ainda confirmado, mas o bombardeiro deverá ser equipado com mísseis de cruzeiro nucleares e convencionais, e não se espera que seja capaz de quebrar a barreira do som.

Os militares chineses estão a tentar alcançar os Estados Unidos e o partido governante da China vê a necessidade de ter uma força equivalente à sua contraparte norte-americana, para impedir que Washington ameace o seu controlo de poder.

Jon Grevatt, um especialista em aviões de guerra, disse ao South China Morning Post que as imagens priorizaram a furtividade e a capacidade de voar por longas distâncias, em vez da velocidade. “Se a aeronave se tornar operacional, terá o potencial de mudar as regras do jogo.”

https://zap.aeiou.pt/detalhes-bombardeiro-chines-405240

 

 

Lukashenko avisa - “Se aqui estalar algo, será uma nova guerra mundial” !

O Presidente da Bielorrússia respondeu com ameaças às sanções europeias, esta quarta-feira, e acusou o Ocidente de liderar uma “guerra gélida” contra o seu país.


“Estamos na primeira linha de uma de uma nova guerra, já não fria, mas gélida“, afirmou Aleksandr Lukashenko numa intervenção perante as duas câmaras do Parlamento bielorrusso, citado pela agência oficial BELTA.

Para o Presidente bielorrusso, foi “aberta uma guerra híbrida, a vários níveis” contra o seu país, cujo objetivo é “demonizar” a Bielorrússia.

“Somos um país pequeno, mas responderemos adequadamente. Há exemplos parecidos no mundo. Mas, antes de se agir sem pensar, há que recordar que a Bielorrússia é o centro da Europa e que, se aqui estalar algo, será uma nova guerra mundial“, avisou.

Lukashenko sublinhou que, diante de uma qualquer sanção, ataque ou provocação, a Bielorrússia “responderá com dureza”, avisando que o Ocidente “não está a deixar outra opção”.

“Vamos compensar as sanções com ações ativas noutros mercados. Vamos substituir a Europa, inexoravelmente envelhecida, pela Ásia, em rápido crescimento. A nossa sociedade está pronta para se tornar a nova Eurásia, o posto avançado da nova Eurásia”, acrescentou.

Por seu lado, o primeiro-ministro bielorrusso, Roman Golovchenko, disse ter já sido preparado um pacote de medidas de proteção para empresas e cidadãos, que consiste num possível embargo às importações de mercadorias do Ocidente e restrições ao seu trânsito.

Além disso, Lukashenko também alertou para a ideia de que a Bielorrússia pode enfraquecer o controlo sobre o tráfico de drogas e a migração ilegal, obrigando a que os europeus fiquem encarregados de assumir a totalidade do problema.

O Presidente bielorrusso avisou os que estão a preparar novas sanções contra a Bielorrússia para que “não se esquecerem de compensar” as despesas feitas por Minsk durante a investigação do incidente. “Isto tem de ser pago”, acrescentou.

Lukashenko voltou a defender que, no incidente da aterragem forçada do avião da Ryanair, as suas ações foram ajustadas ao enquadramento legal.

Agi de acordo com a lei, defendendo as pessoas de acordo com todos os padrões internacionais”, disse, garantindo que as alegações de que o avião de passageiros foi forçado a pousar por um caça MiG-29 são uma “total mentira”.

O Presidente bielorrusso sustentou que a missão do caça bielorrusso foi garantir a comunicação com o avião de passageiros e conduzi-lo ao aeroporto de Minsk em caso de situação crítica.

Recorde-se que, na segunda-feira, os líderes da União Europeia decidiram banir as transportadoras deste país e solicitar às companhias aéreas europeias para evitar o espaço aéreo bielorrusso, exigindo ainda mais sanções contra o regime de Lukashenko.

Esta quarta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que iniciou esta quarta-feira uma visita oficial de dois dias a Lisboa, condenou o ato “ultrajante” de Minsk e apelou à “unidade da comunidade internacional” na resposta.

“Saúdo as sanções decididas pela União Europeia e a exigência da libertação imediata do jornalista Roman Protasevich e da sua companheira, Sofia Sapega. E a libertação de todos os restantes presos políticos, incluído da Union of Poles [União dos Polacos], uma organização que representa a minoria polaca no país”, insistiu.

Nesta conferência de imprensa conjunta, o primeiro-ministro português, António Costa, também considerou que o regime bielorrusso “ultrapassou todas as linhas vermelhas”.

“Claramente, acho que quem ultrapassou todas as linhas vermelhas possíveis e imagináveis foi a Bielorrússia e o Presidente Lukashenko. É preciso sentir-se muito ameaçado pelas forças democráticas internas para desencadear um ato absolutamente inimaginável ao permitir-se proceder a um desvio de um avião civil, que se desloca entre duas capitais europeias, duas capitais da NATO, com o exclusivo objetivo de deter um jornalista e a sua companheira”, declarou.

As autoridades bielorrussas detiveram, no domingo, o jornalista Roman Protasevich, depois de Lukashenko ter ordenado que o voo da companhia aérea Ryanair, que fazia a rota de Atenas para Vílnius, fosse desviado para o aeroporto de Minsk.

Protasevich, de 26 anos, é o ex-chefe de redação do influente canal Nexta, que se tornou a principal fonte de informação nas primeiras semanas de protestos anti-governamentais após as Presidenciais de agosto de 2020.

https://zap.aeiou.pt/lukashenko-sera-nova-guerra-mundial-405411

 

Onda de violência em campanha eleitoral - 80 candidatos já foram assassinados no México !

Pelo menos 80 candidatos e 28 familiares de políticos mexicanos já foram mortos na campanha para as eleições de 6 de junho. Agora, o movimento Cidadão perde o seu terceiro dirigente em menos de duas semanas.


Mesmo sendo o México um país onde já existe histórico de violência eleitoral, esta campanha tem sido a mais sangrenta de que há memória. Segundo o WSJ, vários gangues de criminosos têm atacado as áreas locais, intimidando ou matando políticos.

Alma Barragán, candidata à presidência de Moroléon, um município de 50 mil habitantes no estado mexicano de Guanajuato, foi assassinada a tiro durante uma ação de campanha, num ataque que deixou ainda dois feridos.

Este é o terceiro assassinato de políticos do mesmo partido, o Movimento Cidadão, em menos de duas semanas.

A candidata publicou um vídeo na sua página de Facebook onde estava e convidar os habitantes a juntar-se à sua campanha eleitoral. “Se querem acompanhar-me, venham ouvir as minhas propostas e conviver. Muita obrigada, aqui vos espero.” Pouco depois, chegavam vários homens armados.

Este caso segue-se a dezenas de outros que têm ocorrido em várias localidades do país da América Latina.

A 14 de maio, outro candidato do Movimento Cidadão, Abel Murrieta, de Cajeme, no estado de Sonora, foi igualmente assassinado durante um comício.

Também no último domingo foi encontrado morto Arturo Flores Bautista, candidato a presidente da câmara de Landa de Matamoro, em Querétaro.

Para além das 80 mortes entre candidatos, registam-se mais de 500 agressões a políticos, um aumento de 64% em relação ao mesmo período de 2018.

Outros dados, estes recolhidos pela consultora Etellekt, mostram que 28 familiares de políticos foram mortos nesta campanha até ao fim do mês de Abril.

Segundo o presidente da Etellekt, nem todas estas mortes estão ligadas ao narcotráfico, como muitas vezes se pensa. “São muitos os interesses económicos e de poder que estão em jogo nestas cidades, onde chefes criminosos não querem perder a posição dominante”, refere.

A 6 de junho, os mexicanos serão chamados a votar para preencher cerca de 20 mil cargos, incluindo 15 governadores e os membros da Câmara dos Deputados e dos congressos locais.

https://zap.aeiou.pt/violencia-campanha-eleitoral-mexico-405223

 

Influencers franceses e alemães contactados por agência com ligações à Rússia para denegrir vacina da Pfizer !

Os alvos desta campanha de desinformação receberam um e-mail de uma agência de comunicação, aparentemente sediada no Reino Unido, que lhes oferecia uma “parceria” em nome de um cliente com “um orçamento colossal”, que queria permanecer anónimo e manter o negócio em segredo.


YouTubers, bloggers e influencers franceses e alemães estão a ser contactados por uma agência de relações públicas para dizerem aos seus seguidores que a vacina da Pfizer/BioNTech é responsável por centenas de mortes.

A Fazze, a suposta agência de comunicação sediada em Londres, tem aparentes ligações à Rússia. Esta terça-feira, encerrou o seu site e tornou privada a conta no Instagram.

O The Guardian avança que a agência contactou vários YouTubers franceses na semana passada e lhes pediu para “explicar que a taxa de mortalidade entre os vacinados com a Pfizer é quase 3 vezes maior do que os vacinados com AstraZeneca”.

Os influenciadores, que partilham geralmente conteúdos de saúde e ciência, deveriam publicar links no YouTube, Instagram ou TikTok, direcionando para artigos no Le Monde, no Reddit e no site Ethical Hacker sobre um relatório cujos dados supostamente corroboram a alegação.

Acontece que, segundo o jornal britânico, o artigo no Le Monde refere dados alegadamente obtidos por hackers russos da Agência Europeia de Medicamentos e posteriormente publicados na dark web. Além disso, não contém referência sobre taxas de mortalidade.

Já as páginas dos outros dois sites foram apagadas.

Os influenciadores contactados pela agência receberam instruções precisas, como mencionar que “os principais media ignoram o tema” e questionar por que “alguns Governos estão a comprar ativamente a vacina Pfizer, que é perigosa para a saúde”.

Palavras como “publicidade” ou “patrocinado” não deviam ser usadas nos conteúdos, que, por sua vez, deviam ser apresentados “como a sua própria visão independente”.

Léo Grasset, um dos YouTubers contactados, partilhou uma captura de tela dos e-mails recebidos no Twitter.

O francês, que conta com quase 1,2 milhões de subscritores, referiu que a campanha tinha destinado um “orçamento colossal”, mas que a agência se recusou a identificar o cliente.

De acordo com o LinkedIn, a Fazze é gerida a partir de Moscovo e já trabalhou para uma agência supostamente fundada por um empresário russo.

https://zap.aeiou.pt/influencers-denegrir-vacina-da-pfizer-405195

 

Reino Unido - Centenas de mulheres exigem pedido de desculpas por adopções forçadas !

Entre as décadas de 1950 e 1970, centenas de mulheres britânicas foram forçadas a entregar os filhos recém-nascidos para adoção. Agora, exigem um pedido de desculpas formal do governo.


De acordo com o jornal britânico The Guardian, estima-se que cerca de 250 mil mulheres na Grã-Bretanha tenham sido obrigadas a entregar os filhos recém-nascidos, nas décadas de 50, 60 e 70.

A maior parte eram jovens solteiras quando engravidaram, cujas famílias não aceitaram a gravidez e que tiveram os filhos em instituições – chamadas “lares para mães e bebés” -, que não lhes deram outra escolha.

A maioria destas mulheres, agora com idades entre os 70 e os 80 anos, diz ter vivido uma vida marcada pelo luto e pelo trauma de ter perdido o contacto com os filhos.

Numa carta dirigida ao primeiro-ministro britânico Boris Johnson, centenas de mulheres exigem agora um pedido de desculpas.

No documento, dizem que um pedido de desculpas lhes pode trazer, pelo menos, algum conforto e consideram que o governo lhes deve esse gesto, “em nome das instituições e de todos os que as trataram tão mal”, escreve a BBC.

“Nunca me perguntaram se eu queria prosseguir com a adoção. Foi um dado adquirido”, disse Jill Killington, citada pelo The Guardian.

Killington engravidou em 1967, aos 16 anos. Nove dias após o parto, o seu bebé, Liam, foi-lhe retirado.

“Esperavam que eu simplesmente continuasse com a minha vida como se nada tivesse acontecido. Tenho a certeza de que isso teve um impacto na minha vida. Existe um ciclo de tristeza e de raiva. Uma espécie de melancolia qu está sempre presente”, disse.

Também a ex-parlamentar trabalhista e ministra Ann Keen deu à luz um filho, quando tinha apenas 17 anos, que acabou por ser dado para adoção.

Foi coerção. A frase que usaram foi ‘é pelo melhor’ e ‘se realmente amas o teu bebé, deves desistir dele'”, contou à BBC.

“Não desisti do meu filho nem o abandonei. Um pedido de desculpas limparia o meu nome e o nome do meu filho. O que aconteceu é uma injustiça histórica. Está na altura de pedir desculpa”, disse.

Sue Armstrong Brown, diretora da Adoption UK, disse que “o que aconteceu com estas mulheres é doloroso e indefensável. Pedir desculpas é a coisa certa a fazer pelo governo”.

“Hoje, a adoção só é usada quando não é seguro para uma criança ficar com a sua família biológica por causa de abuso, violência ou negligência. Mas devemos a estas mulheres e aos seus filhos enfrentar o mal que lhes foi feito noutros tempos”, acrescentou.

As mulheres que assinaram a carta enviada ao governo britânico defendem, por isso, que o Reino Unido siga o passo dado pela Austrália, em 2013, quando a então primeira-ministra, Julia Gillard, pediu desculpas a cerca de 150 mil mulheres que também foram obrigadas a entregar os seus bebés.

Em 2018, também o Senado canadiano recomendou ao governo federal que formalizasse um pedido de desculpas às 300 mil mulheres do país, impedidas no passado de criar os seus filhos.

“As mulheres jovens sentiram vergonha. Foram privadas da sua dignidade e respeito próprio, sem fazerem nada de errado, e foram forçadas a separações horríveis”, disse, na altura, Alison McGovern.

Em janeiro, a Irlanda pediu desculpa aos ex-residentes de lares de mães e bebés, pela forma como foram tratados ao longo de várias décadas. O então primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, disse que as adoções ilegais no país eram “mais um capítulo da história sombria” da Irlanda.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-pedido-desculpas-adocoes-405213

 

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Astrónomo teoriza que experiência alienígena pode destruir a nossa galáxia !

Se você está tendo um dia ruim, lembre-se de que poderíamos de repente perder a existência devido a um experimento científico de uma civilização alienígena avançada que deu errado.

Experimento alienígena pode destruir a nossa galáxia, teoriza astrônomo
Crédito da ilustração: depositphotos

Isto é de acordo com o ex-presidente de astronomia de Harvard, Avi Loeb – famoso por insistir que vários fenômenos espaciais são evidências de vida alienígena – que escreveu em um novo artigo da Scientific American que um acelerador de partículas gigantesco e avançado poderia criar uma explosão de energia escura capaz de queimar tudo na galáxia à velocidade da luz. Se quisermos sobreviver, diz ele, devemos nos envolver em alguma diplomacia interestelar o mais rápido possível.

Loeb escreveu:

“Uma maneira de evitar uma catástrofe cósmica desse tipo é estabelecer um tratado interestelar, semelhante ao Tratado de Proibição de Testes Nucleares, assinado pela primeira vez em 1963 pelos governos da União Soviética, do Reino Unido e dos Estados Unidos.”

Ameaça distante

Loeb também está descrevendo uma explosão causada por um acelerador de partículas teórico que os alienígenas teóricos precisariam construir em uma escala maior do que o tamanho de todo o nosso sistema solar. Então, só para ficar claro, tudo isso é completamente hipotético.

Não pisque

Mas se tal dispositivo fosse construído dentro de nossa galáxia e ligado, ele poderia energizar uma ‘bolha de sabão’ de energia escura que se expandiria e destruiria tudo em seu caminho em uma onda de destruição cósmica, não diferente da arma principal da série de videogames “Halo”.

Loeb escreveu:

“Essa onda de calor seria motivo de preocupação? A má notícia é que não receberíamos nenhum aviso prévio antes que esse desastre cósmico nos atingisse na cara porque nenhum sinal precursor pode se mover mais rápido do que a luz para nos alertar sobre o risco.”

Ele ainda acrescentou:

“Mas talvez isso também seja uma boa notícia, uma vez que implica que qualquer devastação resultante ocorreria instantaneamente e seria tão surpreendente quanto o impactador Chicxulub foi para os dinossauros. Nunca saberíamos o que nos atingiu.”

https://www.ovnihoje.com/2021/05/26/experimento-alienigena-pode-destruir-a-nossa-galaxia-teoriza-astronomo/

 

Desvio de avião pela Bielorrússia “só foi possível com o apoio do Kremlin” !

O sequestro do avião da Ryanair por parte da Bielorrússia só foi possível com o apoio dos serviços de inteligência do Kremlin, que nunca virou as costas ao Presidente Alexander Lukashenko, disse à Lusa uma analista.


Para Judy Dempsey – analista do grupo de reflexão Carnegie Europe e diretora executiva da publicação Strategic Europe – o recente episódio do sequestro do avião da Ryanair e a detenção do opositor do regime da Bielorrússia Roman Protasevich teve de contar com o know-how de logística dos serviços de inteligência russos.

A analista chega a esta conclusão por causa da complexidade da operação e também pelo contexto político de relacionamento entre os dois países.

“Não sabemos muito do que está a acontecer. Mas sabemos que Moscovo nunca virou as costas a Lukashenko, até porque Putin mantém a esperança de conseguir trazer a Bielorrússia para a esfera de influência da Rússia”, explicou Dempsey, em declarações à Lusa.

Esta especialista em política internacional considera que o gesto da Bielorrússia foi uma “aposta de alto risco“, porque resultou numa união de toda a comunidade internacional num protesto inequívoco, deixando o seu Governo à mercê de uma condenação quase consensual. “Este episódio uniu os 27 países. Porque perceberam que isto poderia ter acontecido com qualquer um deles”, explicou Judy Dempsey.

Nesse sentido, o caso não favorece os interesses de Moscovo, já que o Presidente russo sempre apostou numa estratégia de dividir a Europa, criando clivagens entre os diferentes países da comunidade, para reforçar a sua posição de ameaça. “Por isso é que comecei por dizer que ainda não conhecemos bem tudo o que se passou”, concordou.

A analista do Carnegie Europe também não acredita que Putin consiga fazer a união da Rússia e com a Bielorrússia, apesar do continuado “namoro” do Kremlin ou da pressão exercida através da dependência energética, particularmente do gás.

“Lukashenko não tem legitimidade política para atuar. Mesmo que Putin queira essa união dos dois países, não a vai conseguir com Lukashenko e não a vai conseguir com outro Presidente, porque o povo bielorrusso não está interessado nessa ligação”, disse Dempsey.

Mas a analista admite que Putin possa estar a criar um plano para a sucessão de Lukashenko. “Nesse caso, é preciso ter cuidado. Muito cuidado”, alertou a especialista, para quem este é o momento para a União Europeia (UE) desenhar uma estratégia para este problema e confrontar Lukashenko com os seus próprios problemas de legitimidade.

“As sanções económicas são táticas, não são decisões estratégicas”, defendeu Judy Dempsey, para quem a UE não está a agir com suficiente clareza e determinação.

Judy Dempsey considera que as autoridades europeias deviam apostar na transição de poder na Bielorrússia, em vez de usar uma tática de confrontação e de medidas sancionatórias. “Os europeus deviam estar a apoiar a mudança política na Bielorrússia, apoiando os movimentos políticos de oposição”, concluiu a analista.

Esta quarta-feira, o Presidente da Bielorrússia considerou que o país está a ser alvo de “ataques” que passaram os limites.

“Passaram muitas linhas vermelhas e os limites do bom senso e da moralidade humana”, disse Lukashenko aos membros do Parlamento, de acordo com a agência de notícias estatal Belta, citada pela AFP.

https://zap.aeiou.pt/desvio-aviao-apoio-do-kremlin-405189

 

“Hitler estava certo.” - BBC investiga jornalista que comparou Israel à Alemanha Nazi !

A BBC está a investigar a atividade de uma das suas jornalistas nas redes sociais, que comparou Israel à Alemanha Nazi.


A BBC, emissora de rádio e televisão pública do Reino Unido, está a investigar várias publicações feitas nas redes sociais, nomeadamente no Twitter, pela jornalista Tala Halawa, especialista em assuntos da Palestina.

Halawa comparou Israel à Alemanha Nazi. Num dos tweets publicados em 2014 lê-se: “Israel é mais nazi do que o Hitler”. E termina com: “Hitler estava certo“.

Segundo o The Independent, o grupo Honest Reporting destacou uma série de tweets da jornalista durante o conflito de Gaza de 2014, incluindo publicações onde se lia que “os sionistas não se cansam do nosso sangue” e que apelidava os sionistas de “estúpidos“.

A jornalista trabalha atualmente como especialista em assuntos da Palestina para a BBC Monitoring – parte da produção do Serviço Mundial da BBC – e tem feito a cobertura do recente conflito em Gaza.

Um porta-voz da BBC revelou que os tweets em causa foram publicados antes de Tala Halawa começar a trabalhar para a estação britânica. “Mesmo assim, estamos a levar o caso muito a sério e a investigar“, acrescentou.

Atualmente, a conta de Twitter da jornalista não está disponível.

Recentemente, a agência de notícias norte-americana Associated Press suspendeu a jornalista Emily Wilder por violar a política da empresa, depois de ter publicado alguns tweets relacionados com a Palestina.

Wilder, de 22 anos, afirmou que a sua demissão fazia parte de um padrão mais amplo de censura contra repórteres pró-Palestina.

https://zap.aeiou.pt/hitler-estava-certo-bbc-investiga-jornalista-404942

 

Espanha procura jihadistas sírios que entraram em Ceuta !

Os serviços de informações espanhóis estão à procura de um grupo de radicais, recentemente regressados da Síria, que entraram em Ceuta, informaram as autoridades, que estão mesmo a trabalhar com Marrocos.


Segundo avançou esta terça-feira o Vanguardia, os indivíduos foram identificados nas imagens reveladas de pessoas que cruzaram a fronteira de El Tarajal. Desde a semana passada que os serviços de informações espanhóis reforçaram a presença em Ceuta, com a Guardia Civil e a Polícia Nacional a aumentarem os efetivos na zona.

De acordo com a RTP, que cita a agência Lusa, as autoridades espanholas referiram que entre as nove a dez mil pessoas que cruzaram a fronteira estão membros do exército marroquino, situação que tem gerado preocupação.

O Governo de Ceuta indicou que mais de 800 menores marroquinos entraram ilegalmente na semana passada, aguardando a resolução da sua situação, cujo processo de repatriamento é dificultado pela falta de documentos de identificação.

Cerca de 7.800 pessoas já foram devolvidas a Marrocos desde o início da crise. Milhares de migrantes, maioritariamente jovens, entraram ilegalmente em Ceuta na semana passada.

Esta última crise entre Espanha e Marrocos deve-se à permanência em Madrid do secretário-geral da Frente Polisário, Brahim Ghali, por motivos de saúde. Considerado como um grupo terrorista por Rabat, reivindica o direito à autodeterminação no Saara Ocidental, território que foi colónia espanhola e posteriormente ocupado pelo Marrocos.

https://zap.aeiou.pt/espanha-jihadistas-sirios-ceuta-405048

 

Há um vírus a preocupar os cientistas que pode desencadear “pandemias desastrosas” !

O novo surto da gripe das aves (H5N8) pode “saltar” de uma espécie para outra e tem o potencial de explodir naquela que seria uma “pandemia desastrosa”.


Em fevereiro, sete trabalhadores de um aviário na Rússia testaram positivo para o H5N8. Nesse mesmo mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou a situação e concluiu que o risco de transmissão entre humanos era baixo.

No entanto, há cientistas que consideram o problema grave e que pensam que o vírus da gripe aviária tem sido ignorado porque a atual pandemia desviou todas as atenções.

Recentemente, dois investigadores escreveram um artigo na Science no qual alertam que o H5N8 pode “saltar” de uma espécie para a outra e ter o potencial de explodir naquela que seria uma “pandemia desastrosa“.

As regiões geográficas afetadas têm vindo a expandir-se continuamente e pelo menos 46 países comunicaram surtos do AIV H5N8 altamente patogénicos”, escreveram os investigadores, citados pelo IFL Science.

“A rápida propagação global deste vírus da gripe aviária altamente patogénico e a sua capacidade demonstrada de atravessar a barreira das espécies, transmitindo-se para os seres humanos, torna-o uma grande preocupação não só para a agricultura e segurança da vida selvagem, mas também para a saúde pública global“, salientam.

Os surtos deste vírus já levaram ao abate de milhões de aves. Para adensar o problema, os cientistas alertam para a possível transmissão do H5N8 para os seres humanos.

No caso do surto russo, todos os pacientes permaneceram assintomáticos. Embora tenha havido alguma especulação de que a transmissão de pessoa para pessoa pode mesmo acontecer, as autoridades de saúde dizem que o risco é baixo.

O novo artigo da Science refere que o H5N8 tem potencial para causar sérios problemas à saúde pública, mas nem tudo são más notícias: os cientistas salientam que existe a hipótese de prevenir uma potencial pandemia.

Apesar de a covid-19 ter ajudado a refinar as medidas mundiais de controlo e contenção de surtos de doenças, os investigadores sublinham que a agricultura e a vigilância de doenças emergentes têm de ser alvo de algumas mudanças.

O comentário na revista Science é assinado por Weifeng Shi, da Escola de Saúde Pública e Departamento de Doenças Infecciosas na Universidade de Shandon (China), e George Gao, que integra o Instituto Nacional de Doenças Virais e o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças na China e da Academia de Ciências chinesa, dois especialistas em doenças infecciosas emergentes.

https://zap.aeiou.pt/virus-preocupa-pandemias-desastrosas-404773

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