quinta-feira, 20 de maio de 2021

Não há cessar-fogo à vista em Gaza - EUA criticam comentários “antissemitas” de Erdogan !

A escalada de violência entre Israel e o Hamas já causou a morte de 217 palestinianos e 12 israelitas, dez dias depois do início das ofensivas.


Apesar dos pedidos da comunidade internacional para um cessar-fogo imediato, os ataques na faixa de Gaza continuam. Na madrugada desta quarta-feira, conta a agência Reuters, os bombardeamentos de Israel prosseguiram, assim como os rockets lançados pelos Hamas.

Quase 450 edifícios na Faixa de Gaza já foram destruídos ou ficaram gravemente danificados, incluindo seis hospitais e o único laboratório que fazia testes de covid-19 no enclave palestiniano. Cerca de 48 mil dos 52 mil deslocados palestinianos fugiram para 58 escolas administradas pelas Nações Unidas.

O Exército israelita afirmou que atingiu alvos dos militantes palestinianos nas cidades de Khan Younis e Rafah, com 52 aviões a atingir 40 alvos subterrâneos num período de 25 minutos.

A rádio Al-Aqsa, administrada pelo Hamas, contou que um de seus jornalistas foi morto num ataque aéreo em Gaza. Os médicos do hospital Shifa adiantaram que o repórter estava entre os cinco corpos levados esta manhã ao centro hospitalar.

O Hamas e a Jihad Islâmica afirmam ainda que pelo menos 20 dos seus combatentes foram mortos, enquanto Israel afirma que o número é de pelo menos 130.

Os militares israelitas disseram que também foram disparados foguetes contra a passagem de peões em Erez e na passagem de Kerem Shalom, onde ajuda humanitária estava a ser levada para Gaza, forçando o encerramento das duas.

Militantes palestinianos já dispararam mais de 3700 rockets contra Israel, mas o país diz que as suas defesas aéreas têm uma taxa de intercetação de 90% destes.

“Precisamos de um novo dicionário para descrever o que sentimos e o impacto psicológico. (…) Se uma pessoa não é morta, é ferida. Se não é ferida, perdeu a casa ou outra coisa. Se não perdeu propriedade, talvez tenha perdido alguém querido. Uma pessoa sente-se ferida emocionalmente, não se sabe lidar com esta devastação toda, esta destruição à nossa volta”, afirmou Abier Almasri, que trabalha com a ONG Human Rights Watch em Gaza, num vídeo publicado no Instagram.

Esta terça-feira, numa nova reunião do Conselho de Segurança da ONU, França propôs a adoção de uma resolução sobre o que chamam conflito israelo-palestiniano, depois de uma reunião entre o Presidente francês, Emmanuel Macron, o Presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sissi, e o Rei Abdullah II da Jordânia.

“Os três países concordaram em três elementos simples: os disparos devem cessar, chegou o momento de um cessar-fogo e o Conselho de Segurança da ONU deve ocupar-se do assunto”, referiu o Eliseu.

“Ouvimos a proposta feita pelo nosso colega francês no Conselho e, para a China, certamente, apoiamos todos os esforços para facilitar o fim da crise e o regresso à paz no Médio Oriente”, disse aos jornalistas Zhang Jun, embaixador da China na ONU e presidente em exercício do Conselho durante este mês de maio.

O embaixador chinês na ONU disse que o texto de uma declaração proposta pelo seu país, Noruega e Tunísia, que tem sido rejeitada pelos Estados Unidos durante mais de uma semana, permaneceu em cima da mesa.

Esta terça-feira, também o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um novo apelo no Twitter, lembrando que estamos a assistir a um “enorme sofrimento humano” e a “danos significativos em casas e infraestruturas vitais” em Gaza.

“Peço à comunidade internacional para que assegure fundos adequados para as operações humanitárias em Gaza”, apelou o português.

UE exige cessar-fogo imediato, Hungria abstém-se

Na reunião de emergência desta terça-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) exigiram um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, com a Hungria a abster-se desta tomada de posição europeia.

“Tenho o prazer de anunciar que 26 dos 27 membros apoiaram este sentido geral da discussão […] e estou bastante satisfeito porque houve um apoio importante a um texto que reconhece como prioridade a cessação imediata de toda a violência e a implementação de um cessar-fogo, não só de o acordar, mas de o concretizar”, declarou o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.

Falando em conferência de imprensa em Bruxelas, no final da videoconferência, Borrell apontou que o único país a abster-se de firmar esta tomada de posição foi a Hungria”, sendo que “não é uma novidade” que o tenha feito.

Explicando que convocou esta reunião “porque a situação é realmente má e os Estados-membros estavam a tomar posições”, sendo “necessário coordenar uma resposta da UE”, o responsável explicou que foi adotado pelos 26 “um texto que reflete o sentido geral da discussão”.

Assim, a tomada de posição tem como primeiro objetivo “proteger os civis e garantir pleno acesso humanitário a Gaza”, nomeadamente depois de a “escalada de violência nos últimos dias ter levado a um elevado número de baixas civis, mortes e feridos, entre os quais um elevado número de crianças e de mulheres, o que é inaceitável”, acrescentou o Alto Representante da UE para a Política Externa.

“Mais uma vez, condenamos os ataques do Hamas, um grupo terrorista, no território de Israel e apoiamos plenamente o direito de Israel à sua defesa, mas também o consideramos que isto tem de ser feito de forma proporcional e respeitando o direito humanitário internacional”, vincou.

O chefe da diplomacia europeia salientou que “isso também se aplica aos palestinianos”, que “têm direito a defender-se”, vincando que, nesta posição comum, houve ainda “um forte apoio sobre a importância de não proceder a despejos“.

“Consideramos que a segurança para Israel e a Palestina requer uma verdadeira solução política porque só uma verdadeira solução política sólida poderia trazer a paz”, adiantou.

O chefe da diplomacia europeia disse ainda ser crucial, “no dia depois de amanhã, quando a violência acabar”, haja esforços de ambas as partes para “explorar um novo compromisso […] abrindo o caminho para o potencial lançamento do processo de paz, que se encontra num impasse há demasiado tempo”.

Josep Borrell concluiu dizendo que “a realização de eleições palestinianas deve ser considerada uma prioridade”, pedindo “a todos que não obstruam e facilitem este processo eleitoral”.

EUA criticam comentários “antissemitas” de Erdogan

“A linguagem antissemita não tem lugar em lado nenhum”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em comunicado, no qual também qualificou as observações de Recep Tayyip Erdogan de “repreensíveis”.

Esta segunda-feira, o Presidente turco acusou o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, de “escrever história com sangue nas mãos” por apoiar Israel.

Os Estados Unidos instaram Erdogan e outros líderes turcos “a absterem-se de comentários inflamatórios, que poderiam incitar a mais violência”, sublinhando que leva “a sério a violência que frequentemente acompanha o antissemitismo e as mentiras perigosas que o sustentam”.

Horas antes, a Casa Branca tinha insistido na necessidade de deixar a diplomacia trabalhar de forma “silenciosa” para se alcançar o “fim da violência” em Gaza.

Na segunda-feira, Biden tomou pela primeira vez uma posição pública a favor de um cessar-fogo, após ter recebido pressões de membros do Partido Democrata e de outros países para desempenhar um papel mais ativo na crise no Médio Oriente.

Controlada pelo movimento radical islâmico Hamas desde 2007, a Faixa de Gaza é um enclave palestiniano sob bloqueio israelita há mais de uma década e onde vivem cerca de dois milhões de pessoas.

Os atuais combates, considerados os mais graves desde 2014, começaram a 10 de maio após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do Islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.

Palestinianos entraram em confrontos com a polícia em resposta às operações policiais israelitas durante o Ramadão e à ameaça de despejo de dezenas de famílias palestinianas por colonos judeus.

O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.

https://zap.aeiou.pt/nao-ha-cessar-fogo-a-vista-em-gaza-403557

 

Devolução de migrantes a Marrocos pode ser ilegal - Tensão entre países apontada como causa do fluxo !

Cerca de oito mil pessoas atravessaram a fronteira em Ceuta, entre Marrocos e Espanha, em apenas 48 horas. Metade dessas pessoas já foram devolvidas ao seu país. Contudo, pode estar a ser cometido um crime.

A fronteira de Tarajal, que separa o território autónomo espanhol de Ceuta do reino de Marrocos, registou a entrada de milhares de pessoas. Horas depois, o exército espanhol foi mobilizado para o local e cerca de metade das pessoas que entraram ilegalmente em Ceuta foram devolvidas a Marrocos, mas este ato pode não ser legal.

Em declarações ao Expresso, Pedro A. Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal, explica que “todas as pessoas têm o direito a entrar num país e a pedir proteção. Tal como têm direito a que o seu processo seja analisado de forma adequada e a ter uma resposta ponderada. Se se verificar que têm os requisitos necessários para ter proteção internacional, ficam. De outra forma, são deportados”.

Neste sentido, o responsável da organização assume que a situação de devolução de pessoas é muito preocupante. “O fenómeno dos pushbacks não é novo, como já vimos na Grécia, é ilegal. Se as pessoas são devolvidas em massa, não creio que os seus processos tenham sido analisados devidamente – isso é um pushback e é ilegal”.

Nas últimas horas, o exército de Espanha foi mobilizado para Ceuta para controlar o fluxo de pessoas que continuam a tentar cruzar a fronteira na praia do Tarajal, mas ainda não se sabe claramente quais são as motivações desta fuga.

Pedro A. Neto refere que “as causas que terão levado a este pico de mobilização humana não são certas, fala-se que estará relacionado com o internamento de Brahim Ghali em Espanha”.

De recordar que o secretário-geral da Frente Polisário, movimento de independência saharaui, e presidente da República Árabe Sarauí Democrática (RASD), de 73 anos, está a receber tratamento hospitalar depois de complicações causadas pela covid-19.

Como tal, fontes consultadas pelo Expresso referem que este internamento terá causado tensão entre os dois países e, quase como protesto, Marrocos aliviou a proteção da fronteira. “Eu tenho algumas dúvidas que seja apenas isso. Não me parece que haja aqui uma causa-efeito”, sublinha o diretor da Amnistia.

Assim, Madrid acusa Rabat de permitir a passagem de milhares de pessoas sem qualquer controlo policial.

Já as autoridades marroquinas convocaram a embaixadora espanhola para discutir este assunto.

Numa altura em que milhares de migrantes já foram deportados para o país de origem, Isabel Brasero, da Cruz Vermelha em Ceuta, confessa que nunca tinha visto nada assim.
A responsável conta também à RTP que muitos destes migrantes chegam a Ceuta numa situação de grande fragilidade.

A entrada descontrolada pela fronteira começou na segunda-feira, tendo sido mesmo noticiado que foi o dia em que mais pessoas entraram de forma irregular no país. O ritmo acelerado de passagens continuou e já na manhã de terça-feira os números aproximam-se dos oito mil.

Para já, pouco se sabe sobre as pessoas que atravessaram a fronteira. A imprensa espanhola atribuiu à maioria nacionalidade marroquina, mas as autoridades referem que há centenas de pessoas da região da África subsariana.

No Twitter, Ursula Von der Layen expressou solidariedade e apelou a soluções comuns para gerir a questão migratória.

Já, o vice-presidente da Comissão Europeia Margaritis Schinas disse hoje que a Europa “não se vai deixar intimidar por ninguém” referindo-se à crise migratória.

Ceuta e Melilha, tal como toda a costa sul de Espanha, são uma das grandes portas de entrada na Europa para quem tenta chegar por rotas ilegais.

À medida que as medidas de controlo de fronteiras aumentam em zonas como a Grécia e Itália, Espanha torna-se cada vez mais atrativa.

Polícia salva bebé no mar

A Guarda Civil de Espanha revelou imagens de crianças resgatadas no mar de Ceuta naquela que já é considerada uma das maiores ondas migratórias dos últimos tempos, refere o ABC. Entre os salvamentos, há um bebé de poucos meses.

https://twitter.com/guardiacivil/status/1394650130985455624

As autoridades revelaram no Twitter imagens do resgate de “dezenas de menores que chegavam a Ceuta por mar com as suas famílias”, incluindo a de um agente com um bebé de poucos meses nas mãos, junto a uma boia.

A imagem foi captada na segunda-feira, depois de Juan Francisco, membro do Grupo Especial de Atividades Submarinas da Guarda Civil, se lançar ao mar e conseguir resgatar o bebé. O site espanhol indica que o bebé estava bem.

Outras duas crianças resgatadas do mar são o rosto da chegada dramática a Ceuta por milhares de pessoas, oriundas de Marrocos. Homens, mulheres e crianças, muitos nem sequer sabem nadar.

Médicos espanhóis alertam para risco sanitário

O alerta foi feito pelo Conselho Geral das Associações de Médicos (CGCOM, na sigla em espanhol) de Espanha.

Num comunicado, o órgão representativo dos médicos espanhóis alertou, em primeiro lugar, que a atual situação pode representar “um evidente risco de contágio” pelo novo coronavírus (SARS CoV-2) “devido às aglomerações em locais fechados, à limitação das medidas de higiene e de ventilação ou devido à falta de uso de máscaras” de proteção individual.

A par destes aspetos, os médicos espanhóis referiram também que muitos destes milhares de migrantes estão a chegar a estes territórios “em situação de risco de vida“, o que aumenta a pressão sobre os serviços médicos que “já se encontram saturados e com pouco pessoal” e que manifestam “uma exaustão devido aos muitos meses de pandemia”.

Perante tal cenário, o órgão exigiu que todas as autoridades assegurem que os centros hospitalares e os respetivos profissionais confrontados com tal situação “tenham todo o apoio possível”, de forma “a evitar o colapso do sistema de saúde“.

https://zap.aeiou.pt/devolucao-migrantes-ilegal-tensao-paises-403568

 

Índia regista o dia mais mortal de sempre - 4.529 mortes por covid-19 !

A Índia ultrapassou pela primeira vez as 4.500 mortes por covid-19 num só dia, com 4.529 óbitos registados nas últimas 24 horas, além de 267.334 novos casos, segundo dados do Ministério da Saúde indiano.


Apesar do declínio gradual do número de infeções nos últimos dias, depois de atingir mais de 400 mil contágios diários, há duas semanas, as mortes provocadas pelo novo coronavírus continuam a aumentar, registando recordes diários pelo segundo dia consecutivo.

Com 283.248 óbitos desde o início da pandemia, a Índia é o terceiro país com mais mortes provocadas pelo novo coronavírus, a seguir aos Estados Unidos e Brasil.

O país é o segundo no mundo com mais casos, depois dos Estados Unidos, com mais de 25,4 milhões de infeções acumuladas, de acordo com dados da Universidade norte-americana Johns Hopkins.

Especialistas alertaram, no entanto, que os números oficiais poderão estar subavaliados, devido à falta de testes e à crescente propagação do novo coronavírus nas zonas rurais, onde a cobertura sanitária é menor.

A braços com uma segunda vaga com um impacto sem precedentes no sistema de saúde, com falta de oxigénio e de camas, a Índia tem atualmente mais de 3,2 milhões de casos ativos.

A campanha de vacinação está a decorrer de forma lenta, com vários estados a criticarem as limitações no fornecimento das vacinas, apesar de o governo ter aberto a 1 de maio o programa a todos os cidadãos com mais de 18 anos de idade.

O total de vacinas administradas ronda os 185,8 milhões, de acordo com os dados atualizados diariamente pelo Ministério da Saúde indiano, aquém do objetivo anunciado de vacinar 300 milhões de pessoas até julho.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.391.849 mortos no mundo, resultantes de mais de 163,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Hospitalizações em França continuam a diminuir

Por sua vez, o número de infetados com Covid-19 hospitalizados em França continua a diminuir, fixando-se esta terça-feira nos 22.058 pacientes, menos 691 do que na véspera, o mesmo sucedendo nos internamentos em unidades de cuidados intensivos, que baixou para 4.015 (menos 171).

Segundo as autoridades sanitárias francesas, esta terça-feira, na véspera do dia previsto para a reabertura dos bares, restaurantes, estabelecimentos comerciais e museus no país, foram contabilizados 17.210 novos casos do novo coronavírus, número que também tem mantido uma tendência de baixa nos últimos dias.

Também nas últimas 24 horas foram contabilizados 228 mortes, com o total de óbitos provocados pela pandemia no país a chegar a 108.040.

Em França, referem as autoridades sanitárias locais, cerca de 21 milhões e pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19, enquanto 9,1 milhões foram inoculadas com a segunda dose.

Depois de mais de sete meses de encerramentos prolongados, em especial os bares, restaurantes, museus, salas de cinema e outros locais públicos, os franceses poderão regressar quarta-feira às esplanadas e a centros culturais.

O Governo francês indicou que a reabertura será progressiva e definitiva, confiando numa aceleração da campanha de vacinação que permita deixar para trás a pandemia.

https://zap.aeiou.pt/india-regista-o-dia-mais-mortal-de-sempre-403561

 

Peru está a investigar se a lixívia pode curar a covid-19 !

O congresso do Peru votou para investigar se beber ou injetar uma lixívia industrial poderia curar a covid-19. A moção foi aprovada com 49 votos a favor e 39 votos contra.


Está a ser criado um comité para ouvir depoimentos sobre dióxido de cloro de funcionários do Ministério da Saúde e “cientistas e especialistas na área”.

O dióxido de cloro é comummente usado em processos industriais, incluindo para branquear polpa de celulose para fazer papel, bem como esterilizar equipamentos médicos e desinfetar água, frutas e vegetais, escreve a Vice.

É vendido em Portugal, e quem o comercializa diz que é indicado para tratar o VIH, o autismo, ou, mais recentemente, a covid-19. O Infarmed não o certifica enquanto medicamento e desaconselha o seu uso, mas a sua venda não é proibida.

Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) avisa que não deve ser ingerido porque pode causar uma série de problemas de saúde, desde diarreia, vómitos e hemorragias interna até “insuficiência respiratória” e “insuficiência renal aguda”.

O legislador peruano Posemoscrowte Chagua, responsável pela moção, insinuou que a comunidade científica estava a espalhar desinformação sobre os potenciais benefícios do dióxido de cloro.

Chagua criticou aqueles que dizem que “o dióxido de cloro é absolutamente tóxico e que é uma lixívia que não cura o coronavírus“.

Embora o número de casos e mortes no Peru tenha começado a decrescer, o país tem a maior taxa de mortalidade per capita por covid-19 no mundo.

“A situação da pandemia no Peru é lamentável, assim como a situação no nosso congresso”, disse Samuel Cosmé, secretário-geral da sociedade de especialistas em cuidados intensivos do Peru.

“Temos que matar estas coisas porque são inadmissíveis. Tanto esforço de toda uma comunidade de cientistas, divulgadores e media para esta vergonha? Não aprendemos!“, disse o neurocientista e deputado Ed Malaga-Trillo.

https://zap.aeiou.pt/peru-investigar-lixivia-curar-covid-403144

 

Ciclone Tauktae faz pelo menos 33 mortos na Índia e paralisa vacinação contra covid-19 !

Pelo menos 33 pessoas morreram e quase cem estão desaparecidas na Índia, devido ao impacto do ciclone Tauktae, esta terça-feira. O país também registou o maior número de mortes diárias provocadas pela covid-19.

Dezenas de corpos de vítimas de covid-19 encontrados nas margens do rio Ganges

Centenas de milhares de pessoas ficaram sem energia depois de o ciclone Tauktae atingir a costa de Gujarat, no oeste da Índia, na noite desta segunda-feira, deixando um rasto de morte e destruição.

Ventos de até 180 quilómetros por hora danificaram casas e derrubaram linhas de energia e milhares de árvores, bloqueando estradas e impedindo o socorro de chegar às áreas afetadas, disseram as autoridades locais.

“Nunca vivi nada assim na minha vida”, afirmou um funcionário de um hotel da cidade de Bhavnagar. “Foi uma noite no escuro, a energia elétrica foi cortada e os ventos não paravam. Foi aterrorizante“, acrescentou.

O primeiro-ministro regional, Vijay Rupani, indicou que o número de mortos aumentou para pelo menos 33, principalmente devido ao colapso de paredes ou tetos.

O chefe do governo indiano, Narendra Modi, deve visitar as áreas atingidas pelo ciclone em Gujarat, seu estado natal, esta quarta-feira.

Ao mesmo tempo que o ciclone atingiu o país, a Índia registou 4.329 mortes e quase 280 mil infeções por covid-19 nas últimas 24 horas, o maior número diário até agora. No total, a pandemia já provocou mais de 250 mil mortes.

Embarcação com 273 pessoas naufragou

Os cerca de 90 desaparecidos encontravam-se a bordo de uma embarcação, que naufragou com 273 pessoas na costa de Mumbai, capital do estado de Maharastra, anunciou a Marinha indiana.

Os militares informaram que 180 passageiros foram resgatados em condições extremamente difíceis.

O ciclone Tauktae foi um dos mais poderosos a afetar a região oeste da Índia em décadas e provocou vítimas nos estados de Kerala, Goa, Maharashtra e Gujarat.

“Nunca tinha visto um ciclone tão devastador como este em Mumbai”, contou à AFP Anand Shinde, habitante da metrópole financeira.

Os fortes ventos derrubaram casas, assim como árvores e torres de energia elétrica, devastando o oeste indiano, cujas ruas se transformaram em rios. Milhares de pessoas fugiram.

Maharashtra retirou quase 12.500 pessoas das áreas costeiras.

Em Gujarat, mais de 16.500 casas ficaram danificadas, 40 mil árvores foram arrancadas pelo temporal e 2.400 vilas ficaram sem energia elétrica.

As autoridades de Gujarat tentam evitar os cortes de energia nos 400 hospitais e fábricas de oxigénio da costa.

Pacientes com covid-19 foram transferidos

No domingo, 580 pacientes de covid-19 foram transferidos de três hospitais de campanha para locais mais seguros.

Em Gujarat, todos os pacientes infetados com covid-19 hospitalizados num raio de menos de cinco quilómetros da costa foram transferidos.

O estado de Gujarat, que registou até o momento nove mil mortes provocadas pela covid-19 (um número oficial provavelmente subnotificado como em todo o país, segundo os especialistas) suspendeu a campanha de vacinação durante dois dias. Mumbai fez o mesmo, mas apenas por um dia.

https://zap.aeiou.pt/ciclone-tauktae-india-covid-19-403520

 

Fuzileiro naval detido por participar na invasão ao Capitólio !

Um fuzileiro naval dos Estados Unidos, no ativo, foi detido na semana passada por ter participado na invasão ao Capitólio. É acusado de agredir vários agentes policiais dentro e fora do edifício.


Christopher Warnagiris, um oficial da Marinha norte-americana, foi detido na passada quinta-feira, 13 de maio, por ter participado na invasão ao Capitólio, a sede do Congresso dos Estados Unidos, a 6 de janeiro.

Segundo a CNN, Warnagiris é acusado de usar violência contra a polícia durante o protesto, levado a cabo por manifestantes que apoiavam o então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A informação foi divulgada pelo Departamento de Justiça dos EUA.

O oficial é o primeiro integrante do ativo das Forças Armadas norte-americanas a ser acusado de estar envolvido no episódio. Documentos judiciais revelam que, depois de Warnagiris ter entrado no Capitólio, se posicionou no canto da porta e usou o seu corpo para manter a entrada aberta.

O Departamento de Justiça refere ainda que Warnagiris resistiu quando um oficial da Polícia do Capitólio tentou fechar as portas.

O Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos confirmou que Warnagiris é um fuzileiro naval ativo e disse, em comunicado, que condena o “ódio racial ou o extremismo no Corpo de Fuzileiros Navais”.

“Intolerância e extremismo racial vão contra os nossos valores centrais“, lê-se na nota. “A participação com ódio ou grupos extremistas de qualquer tipo é diretamente contraditória com os valores fundamentais de honra, coragem e compromisso que defendemos como fuzileiros navais e não é tolerada pelo Corpo de Fuzileiros.”

Se condenado a pena máxima, Warnagiris pode passar 20 anos na prisão. De acordo com a CNBC, o caso será julgado por um tribunal federal em Washington, Estados Unidos.

https://zap.aeiou.pt/fuzileiro-naval-detido-capitolio-403302

 

Muito mais do que só um divórcio milionário - “Perseguições a mulheres” e má fama ameaçam legado de Bill Gates !

O mediático e multimilionário divórcio de Bill Gates é muito mais do que apenas a separação de um casal ao cabo de 27 anos de vida em comum. A ruptura com Melinda está a colocar o filantropo em xeque. Isto porque trouxe à tona dados que podem denegrir a sua imagem e até afectar a sua Fundação.


Entre os rumores que terão motivado o pedido de divórcio de Melinda Gates, surge a notícia de que Bill Gates foi investigado na Microsoft devido a suspeitas de assédio sexual.

Um porta-voz da empresa confirmou à Associated Press que a “Microsoft recebeu uma preocupação, na segunda metade de 2019, de que Bill Gates procurou iniciar um relacionamento íntimo com uma funcionária da empresa no ano 2000″.

“Um comité da direcção analisou a preocupação, ajudado por uma firma de advogados externa, para conduzir uma investigação completa. Ao longo da investigação, a Microsoft forneceu apoio extensivo à funcionária que levantou a preocupação”, aponta ainda aquela fonte.

Foi pouco depois disso que Bill Gates deixou o cargo de presidente do conselho de administração da Microsoft em 2008. Em Março de 2020, acabou por se afastar definitivamente da empresa, argumentando que queria dedicar-se mais à sua Fundação.

Mas, mesmo antes de Março de 2020, os directores da Microsoft já teriam concluído que não seria recomendável que ele continuasse à frente da empresa que fundou em 1975, assegura a CNN.

Isto porque Bill Gates teria uma “reputação de conduta questionável em ambientes relacionados com o trabalho”, segundo revela o The New York Times.

Bill Gates “perseguiu mulheres que trabalhavam para ele”

O jornal assegura que, “em pelo menos algumas ocasiões”, Bill Gates “perseguiu mulheres que trabalhavam para ele” na Microsoft e na sua Fundação, citando testemunhos de “pessoas com conhecimento directo das suas aberturas” para com essas colaboradoras.

Além disso, “funcionários actuais e ex-funcionários” alegam que Bill Gates “tinha um padrão de cortejar as mulheres no local de trabalho”, destaca o mesmo NYT.

Ao longo dos anos, o fundador da Microsoft terá estado envolvido em alegados casos de assédio a funcionárias.

Uma dessas situações terá ocorrido em 2006, após participar numa apresentação de uma trabalhadora da Microsoft. Ele era, na altura, o presidente da empresa, e terá enviado um email a essa funcionária a convidá-la para jantar.

“Se isto te deixa desconfortável, finge que nunca aconteceu“, terá escrito Bill Gates na mensagem, conforme cita o NYT.

Mas haverá outros relatos de mulheres que falam de avanços semelhantes de Bill Gates.

O jornal refere ainda que seis actuais e ex-funcionários da Microsoft alegam que Bill Gates “era conhecido por fazer abordagens desajeitadas a mulheres dentro e fora do escritório”.

“O seu comportamento alimentou conversas generalizadas entre os funcionários sobre a sua vida pessoal”, constata o NYT.

Alguns destes funcionários notam que Bill Gates não parecia ter um comportamento “predatório” e que “não pressionou as mulheres a submeterem-se aos seus avanços em prol das suas carreiras”. Mas esse tipo de incidentes causavam “um ambiente de trabalho desconfortável”, referem fontes da empresa ao NYT.

Este tipo de postura entra em choque com o empenho de Melinda Gates na promoção do empoderamento feminino . Ela chegou a falar do facto de muitas mulheres ainda enfrentarem “assédio sexual generalizado e discriminação” no trabalho num artigo de opinião na revista Time.

O NYT aponta ainda que Bill Gates faria questão de que a sua voz fosse “dominante” nas reuniões da Fundação que tem com a ainda esposa, chegando até a ser “indiferente” para com Melinda, o que deixaria alguns dos funcionários presentes desconfortáveis.

“Houve um caso há quase 20 anos”

Uma porta-voz de Bill Gates, Bridgitt Arnold, assegura ao NYT que “a alegação de maus-tratos a funcionários é falsa“, lamentando que “é extremamente desapontante que tenham sido publicadas tantas inverdades” sobre o divórcio.

“Os rumores e especulações em torno do divórcio de Gates estão a tornar-se cada vez mais absurdos, e é uma pena que pessoas que têm pouco ou nenhum conhecimento da situação sejam caracterizadas como ‘fontes’”, acrescenta Bridgitt Arnold.

Mas a porta-voz de Bill Gates confirma que “houve um caso há quase 20 anos que acabou amigavelmente”. “A decisão de Bill de fazer a transição para fora do conselho não estava de forma alguma relacionada com este assunto. Na verdade, ele já tinha manifestado interesse em dedicar mais tempo à sua filantropia”, salienta ainda.

Amizade “tóxica” com Bill Epstein

A azedar a relação entre Bill Gates e Melinda terão estado também divergências quanto à forma como lidar com as denúncias de assédio sexual contra o gerente financeiro do casal, Michael Larson. O fundador da Microsoft quis abafar o caso após um acordo com as vítimas enquanto que Melinda queria a situação investigada.

Além disso, Melinda não terá gostado do facto de Bill Gates manter uma relação de amizade com Jeffrey Epstein, mesmo após ele ter sido acusado de pedofilia e de traficar menores para prostituição.

Epstein morreu na prisão, em 2019, depois de ter sido condenado por alguns destes crimes.

Antes de Epstein ter sido detido, Bill Gates terá mantido relações próximas com ele, nomeadamente indo jantar a sua casa, onde o primeiro costumava estar rodeado de raparigas, algumas menores.

E há rumores de que Bill Gates terá mesmo pedido conselhos a Epstein de como poderia acabar com o seu casamento “tóxico”.

“Bill só se encontrava com Epstein para discutir filantropia“, garante contudo a porta-voz do fundador da Microsoft.

O NYT assegura que logo depois de a proximidade entre Bill Gates e Epstein se ter tornado pública em 2019, Melinda contratou advogados de divórcio.

O processo pode acabar por ter implicações sociais relevantes, nomeadamente na estrutura da Fundação Bill e Melinda Gates que, desde 2000, já investiu quase 55 mil milhões de dólares em projectos em 135 países.

Entre 1998 e 2018, Bill Gates e Melinda contribuíram com mais de 36 mil milhões de dólares para a Fundação que também é financiada por bilionários como Warren Buffett, entre outros doadores.

Falta saber se a nova imagem que se traça do filantropo e visionário da tecnologia vai ter repercussões negativas para a Fundação.

Enquanto isso, espera-se que o acordo de divórcio supere o recorde de 35 mil milhões de dólares que Jeff Bezos pagou a MacKenzie Scott quando se separaram em 2019.

https://zap.aeiou.pt/divorcio-bill-gates-legado-403327

 

“Cumplicidade criminosa." - Erdogan acusa Biden de ter sangue nas mãos !

Durante décadas, Israel contou com os Estados Unidos como escudo diplomático. Agora, o apoio inabalável do país parece cada vez mais precário, com Joe Biden a ser alvo de críticas.


O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou esta segunda-feira o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, de ter “as mãos ensanguentadas“, devido ao seu apoio a Israel, no momento em que ataca a Faixa de Gaza.

“O senhor está a escrever a História com as mãos ensanguentadas”, afirmou Erdogan, dirigindo-se a Biden, criticando-o também pela venda de armas a Israel, um “Estado terrorista” que está a fazer “ataques desproporcionados contra a Faixa de Gaza”.

“Senhor Biden, o senhor juntou-se aos arménios no chamado genocídio arménio. Agora escreve a História com sangue nas mãos dos ataques extremamente desproporcionados a Gaza, onde morrem centenas de pessoas”, disse Erdogan.

No mesmo dia, defensores dos Direitos Humanos alertaram que a Administração Biden está a aprofundar a cumplicidade com o massacre de civis em Gaza ao tentar promover a venda de 735 milhões de dólares em “armas de precisão guiadas” a Israel.

“A Administração Biden deve ser responsabilizada por ser cúmplice na escalada da violência e por não prevenir a morte e o sofrimento de civis”, disse Jamil Dakwar, diretor do Programa de Direitos Humanos da American Civil Liberties Union (ACLU), citado pelo RawStory.

Os militares israelitas têm usado bombas e mísseis feitos por grandes empreiteiros militares dos Estados Unidos, como a Boeing e a General Dynamics, para obliterar grandes edifícios em Gaza, incluindo um que abrigava os escritórios da Associated Press e da Al-Jazeera.

Cumplicidade criminosa“, escreveu, no Twitter, Yousef Munayyer, escritor e analista político americano-palestino em resposta aos relatórios da venda, segundo a qual a Boeing forneceria Munições de Ataque Direto Conjunta a Israel.

Ao The Post mas sob anonimato, um legislador democrata do Comité de Relações Exteriores advertiu que “permitir que esta proposta de venda de bombas inteligentes prossiga sem pressionar Israel a concordar com um cessar-fogo só permitirá mais carnificina“.

Dakwar entende que “aprovar mais armas para Israel acrescentaria lenha ao fogo e apenas encorajaria Israel a continuar os bombardeios em Gaza”. Por esse motivo, a Administração Biden deve ser responsabilizada.

Entretanto, o Presidente norte-americano manifestou o seu “apoio” a um cessar-fogo em Gaza, durante uma conversa com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

“O Presidente expressou o seu apoio a um cessar-fogo”, afirmou a Casa Branca através de uma declaração cautelosa, numa altura em que muitos no campo democrata estão a apelar a Biden para que peça explicitamente um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

A iniciativa de Biden assinala a preocupação dos Estados Unidos em pôr fim à parte de Israel nas hostilidades com o Hamas, embora não se associe às crescentes exigências do Partido Democrático para um cessar-fogo imediato.

A Casa Branca diz que o Presidente reiterou o seu firme apoio ao direito de Israel de se defender contra ataques indiscriminados de rockets.

Os combates começaram a 10 de maio, após semanas de tensão entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do Islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.

Ao lançamento maciço de foguetes por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza, tendo provocado a morte a cerca de 200 palestinianos, incluindo 59 menores e 39 mulheres, bem como mais de 1.300 feridos.

Do lado israelita foram contabilizadas 10 mortes, entre elas a de dois menores, numa altura em que continuam os ataques de ambas as partes sem que vislumbre um sinal de tréguas.

https://zap.aeiou.pt/cumplicidade-criminosa-biden-403254

Relatório diz que mais de metade dos alunos LGBTQI sofre bullying na escola !

Mais de metade dos alunos LGBTQI sofre ‘bullying’ na escola, alertou esta segunda-feira a UNESCO, por ocasião do Dia Internacional Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia.


A Organização Internacional de Jovens e Estudantes LGBTQI (IGLYO) e o relatório de monitorização global da UNESCO, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para a educação, ciência e cultura, divulgaram esta segunda-feira resultados de um estudo segundo o qual mais de oito em 10 pessoas inquiridas reportaram ter ouvido comentários negativos dirigidos a pessoas por serem LGBTQI.

“Toda a gente diz que podes ser o que quiseres, que podes ser livre, que podes expressar-te na escola. E depois, se tentas ser diferente, levas com uma reação negativa”, disse uma das pessoas inquiridas, estudante pan-sexual, de 19 anos.

De acordo com o inquérito da IGLYO, 54% das pessoas LGBTQI sofreram ‘bullying’ na escola pelo menos uma vez, devido à sua orientação sexual, identidade de género, expressão de género ou diferenças de características sexuais.

O inquérito abrangeu mais de 17 mil crianças e jovens entre os 13 e os 24 anos e mostrou também que 83% dos estudantes ouviu, pelo menos, algumas vezes, comentários negativos relativamente aos alunos LGBTQI e que 67% foi alvo desses comentários, pelo menos uma vez.

“A intervenção de professores e outro pessoal das escolas, ao ouvirem comentários negativos, é fundamental para um sistema de educação inclusivo. Mas muitos professores têm falta de confiança e de conhecimentos para apoiarem os alunos LGBTQI”, lê-se no comunicado que acompanha os resultados do estudo.

A maioria dos alunos (58%) nunca reportou incidentes de ‘bullying’ a qualquer funcionário da escola e menos de 15% dos que responderam ao inquérito revelaram que reportam sistematicamente experiências de ‘bullying’ a elementos da escola.

“A educação é mais do que matemática e palavras”, afirmou Manos Antoninis, diretor do relatório GEM, da UNESCO, citado no comunicado. “As escolas têm de ser inclusivas se queremos que a sociedade seja inclusiva. Se às crianças for ensinado que só um certo de tipo de pessoa é aceite, isso vai afetar a forma como se comportarão perante os outros”.

“Apesar das mudanças no discurso nacional em muitos países, muitos estudantes LGBTQI continuam a sentir-se inseguros e mal recebidos na escola. Há um medo real de que o isolamento e a mudança permanente para interações ‘online’ no ano passado também aumentem o ‘bullying’ e a marginalização”, frisou, por seu lado, Jonathan Beger, diretor executivo interino da IGLYO.

A análise de acompanhamento do “Global Education Monitoring Report” (GEM) da UNESCO confirma que a discriminação dos estudantes LGBTQI é um fenómeno global.

Nos EUA, 12,5% de estudantes lésbicas, gays e bissexuais indicaram não ter ido à escola nos 30 dias anteriores ao inquérito porque se sentiram inseguros no estabelecimento de ensino ou no caminho, comparativamente a menos de 4,6% de estudantes heterossexuais.

Na Nova Zelândia, os estudantes LGBTQI estiveram três vezes mais sujeitos a agressões do que os colegas. No Japão, 68% das pessoas LGBTQI entre os 10 e os 35 anos tiveram experiências de violência na escola. Em sete países da América Latina, os estudantes LGBTQI identificaram pelo menos um professor ou funcionário da escola que os apoiou, mas a maioria dos alunos teve uma experiência negativa com atitudes de professores sobre a orientação sexual ou expressão de género.

Os materiais de aprendizagem ignoram igualmente esta questão, segundo o inquérito. A UNESCO e a IGLYO apelaram aos governos e às escolas para desenvolverem o ensino da educação para os direitos humanos e outros assuntos, incluindo história e estudos sociais, incluindo pessoas LGBTQI, a sua história e experiência, em programas escolares.

https://zap.aeiou.pt/relatorio-metade-alunos-lgbtqi-bullying-escola-403181

 

 

Irmãos presos injustamente durante 31 anos recebem 75 milhões de dólares !

Henry McCollum e Leon Brown estiveram presos durante mais de 30 anos por um crime que não cometeram. Foram detidos em 1983 e condenados à pena de morte pela violação e homicídio de uma criança. Ambos foram libertados em 2014, na sequência de testes ao ADN.


Após mais de 30 anos de prisão por acusações de violar e matar uma criança de 11 anos, um tribunal do estado norte-americano da Carolina do Norte concedeu uma indemnização de 75 milhões de dólares (62 milhões de euros) aos dois irmãos afro-americanos.

Henry McCollum e Leon Brown já tinham sido ilibados dos crimes e perdoados pelo governador do estado em 2014, mas só agora foi acertado o valor da compensação financeira no processo civil, escreve o The Guardian.

Atualmente, McCollum tem 57 anos e Brown tem 53. Em 1983, foram detidos e condenados à pena de morte, altura em que ainda eram adolescentes.

Brown, na época com 16 anos de idade, tornou-se o mais jovem detido no corredor da morte nas prisões da Carolina do Norte, tendo visto a sua sentença comutada para prisão perpétua anos mais tarde.

Já McCollum, então com 19 anos, foi o presidiário que esteve mais anos a aguardar a execução no corredor da morte.

Um ano antes de terem sido condenados, os dois irmãos, ambos com deficiências de aprendizagem e problemas mentais – o que coloca o seu quociente de inteligência em cerca de metade da média -, foram detidos e acusados pela violação e homicídio de Sabrina Buie, de 11 anos, com base numa confissão assinada sob pressão e que sempre disseram não compreender.

Embora tivessem existido várias tentativas para demonstrar a sua inocência, McCollum e Brown só viriam a ser libertados em 2014, quando os testes de ADN puseram na cena do crime um homem chamado Roscoe Artis – um violador e assassino em série que cometeu outros crimes semelhantes, na mesma região da Carolina do Norte.

Na sexta-feira, no último de quatro dias de audições, os advogados sublinharam que aquela era a primeira vez em três décadas que um júri num tribunal tinha acesso a todas as provas – “incluindo as provas que foram suprimidas”.

De acordo com o relato do jornal News & Observer, a condenação dos dois agentes que estiveram envolvidos na falsificação de provas resultou numa indemnização de 31 milhões de dólares para cada um dos irmãos.

Para além disso, o gabinete do xerife do condado de Robeson, na Carolina do Norte, também foi condenado ao pagamento de 13 milhões de dólares.

https://zap.aeiou.pt/irmaos-presos-injustamente-75-milhoes-403023

 

Plásticos do Reino Unido são enviados, despejados e queimados na Turquia !

Uma investigação levada a cabo por ativistas ambientais da Greenpeace descobriu plástico do Reino Unido despejado e queimado no sul da Turquia.


Os investigadores da Greenpeace, uma organização ambientalista internacional, documentaram pilhas de plástico despejadas ilegalmente na beira da estrada, em campos e em cursos de água em 10 locais de resíduos no sul da Turquia.

Entre os resíduos, foram encontradas evidências de embalagens e sacos plásticos dos principais supermercados do Reino Unido. Foi também encontrada uma embalagem de um teste rápido de antígeno na província de Adana, o que indica que o resíduo tinha menos de um ano.

De acordo com o Independent, a organização condenou o despejo de lixo noutros países e pediu ao Governo britânico, liderado por Boris Johnson, que “assuma o controlo” do problema.

“É horrível ver o plástico das prateleiras dos supermercados britânicos a 3.000 quilómetros de distância, em pilhas em chamas ao lado das estradas turcas”, comentou Nina Schrank, ativista da Greenpeace.

“Devemos parar de despejar os nossos resíduos plásticos noutros países. O cerne do problema é a superprodução – o Reino Unido é o segundo país no mundo que mais produz lixo plástico, ficando apenas atrás dos Estados Unidos”, acrescentou.

Desta forma, a Greenpeace pediu ao Governo que proíba as exportações de resíduos de plástico e reduza o plástico de uso único em 50% até 2025.

Nihan Temiz Atas, líder de projeto da Greenpeace Mediterrâneo, revelou que a Turquia está a ser “sobrecarregada” por 241 camiões de lixo plástico que chegam todos os dias de toda a Europa. “O lixo plástico vindo do Reino Unido para a Turquia é uma ameaça ambiental, não uma oportunidade económica”, afirmou.

https://zap.aeiou.pt/plasticos-do-reino-unido-na-turquia-402996

 

O uso doméstico de carvão na China resulta em mortes prematuras !

Um novo estudo indica que, na China, a poluição da queima de carvão residencial causa um número desproporcional de mortes prematuras por exposição a poluentes minúsculos inaláveis, conhecidos como PM2.5.


A combustão do carvão por centrais e indústrias polui o ar, fazendo com que muitos países implementassem ações de mitigação e incentivassem métodos de energia mais limpos.

Na China, o carvão ainda é a maior fonte de energia, embora as recentes ações de mitigação tenham substituído algumas centrais movidas a carvão por outras movidas a petróleo ou gás natural.

Além disso, muitas centrais termoelétricas a carvão e caldeiras industriais instalaram equipamentos que reduzem as emissões.

No entanto, algumas famílias continuam a usar carvão para aquecimento doméstico e na cozinha, especialmente em áreas rurais, e os impactos à saúde dessa exposição interna a PM2.5 em comparação com outras formas de exposição interna e externa são amplamente desconhecidos.

Neste sentido, Shu Tao e a sua equipa quiseram quantificar os riscos à saúde da exposição a PM2.5 interno e externo do carvão usado nos setores de energia, industrial e residencial na China entre 1974 a 2014.

Os investigadores, diz o Phys, recolheram dados sobre o consumo de carvão por centrais de energia, indústria e residências rurais e urbanas ao longo do período de 40 anos.

Através do uso de transporte químico atmosférico e modelos estatísticos, calcularam os níveis de PM2.5 externos e internos. Em seguida, a equipa usou funções de resposta à exposição para estimar as mortes prematuras causadas por cinco doenças associadas ao PM2.5, incluindo cancro do pulmão e doenças cardíacas.

De 1974 a 2014, a contribuição do uso de carvão residencial interno para a exposição geral a PM2.5 diminuiu nas populações urbanas, mas permaneceu estável nas populações rurais.

Os especialistas perceberam que, em 2014, o carvão residencial foi responsável por 2,9% do uso total de energia na China, mas 34% das mortes prematuras associadas ao PM2.5.

O número de mortes prematuras causadas pelo consumo unitário de carvão no setor residencial foi 40 vezes maior do que nos setores de energia e industrial.

Esses resultados indicam que os esforços para reduzir o uso residencial de carvão devem ser o principal foco das futuras ações de mitigação da poluição do ar na China, alertam os investigadores.

https://zap.aeiou.pt/uso-domestico-carvao-china-402313

terça-feira, 18 de maio de 2021

A espécie humana poderia sobreviver ao Apocalipse com populações de centenas !

Cientistas de todo o mundo debruçam-se sobre a preparação das populações (e de abrigos) para sobreviver a um possível Apocalipse. Para o antropólogo Cameron Smith, não seria necessário um número muito elevado de pessoas, desde que existisse diversidade genética suficiente.


Desde guerras nucleares à queda de um asteróide gigante, não é difícil imaginar cenários de como a vida humana na Terra poderá terminar, de um momento para o outro.

Mas, supondo que existam alguns sobreviventes, quantas pessoas seriam necessárias para manter a nossa espécie? A resposta mais rápida é: depende. Diferentes catástrofes criariam diferentes condições apocalípticas para as populações humanas sobreviventes.

Uma guerra nuclear, por exemplo, poderia desencadear um inverno nuclear, o que faria com que os sobreviventes enfrentassem temperaturas baixíssimas e escassez de alimentos, já para não falar da radiação à qual estariam expostos.

No entanto, se se ignorar alguns desses fatores, o número mínimo de sobreviventes necessário para manter a espécie humana seria provavelmente muito pequeno, em comparação com as, aproximadamente, 7,8 mil milhões de pessoas vivas hoje em dia.

Com populações na casa das centenas, poderíamos provavelmente sobreviver durante muitos séculos. Muitas pequenas populações foram capazes de sobreviver durante séculos e até milénios”, disse Cameron Smith, do Departamento de Antropologia da Universidade Estadual de Portland em Oregon, ao Live Science.

O trabalho de Smith sobre as primeiras civilizações humanas e sobre a colonização espacial dá-lhe uma boa visão sobre as nossas esperanças de sobrevivência a um Apocalipse. O antropologista acredita que as grandes cidades seriam mais vulneráveis, já que importam quase todos os alimentos e que dependem fortemente da eletricidade.

No início do período Neolítico – há cerca de 12 mil anos atrás -, quando os humanos começaram a cultivar, havia muitas pequenas povoações constituídas apenas por centenas (talvez até cerca de mil) indivíduos, disse Smith.

“Essas eram populações bastante independentes, mas suspeito de que também tinham vínculos reprodutivos e interconexões matrimoniais com outras aldeias. E, num cenário apocalíptico, imagino que a mesma coisa aconteceria”, acrescentou.

Uma população sobrevivente de apenas algumas centenas de pessoas precisaria de uma forma de manter um sistema de reprodução, disse ainda, referindo que a endogamia – enlace matrimonial entre pessoas que pertencem ao mesmo grupo familiar, social, étnico, religioso – é um grande desafio enfrentado por pequenas populações.

As consequências da endogamia podem, até, ser demonstradas com a queda da dinastia dos Habsburgos espanhóis, que governaram Espanha durante os séculos XVI e XVII.

Essa dinastia manteve o casamento dentro da família até 1700, quando a linhagem terminou com o rei Charles II, um homem infértil e com uma deformação facial, escreve o Live Science.

E um cenário semelhante poderia acontecer com uma população humana que tivesse opções de reprodução limitadas, como por exemplo após um Apocalipse.

A única forma de o evitar seria se existisse diversidade genética suficiente para evitar uniões estritamente relacionadas e se houvesse um número suficiente de indivíduos em idade reprodutiva do sexo oposto, conhecido como o tamanho efetivo da população.

Os humanos poderiam, potencialmente, preparar as populações para sobreviver ao dia do juízo final. Seth Baum, cofundador e diretor executivo do Global Catastrophic Risk Institute, analisa o risco da ocorrência de catástrofes globais e defende a prevenção de potenciais catástrofes.

No caso de uma guerra nuclear, por exemplo, a prevenção passaria por manter boas relações entre os países que têm armas nucleares na sua posse. No entanto, a pesquisa de Baum também inclui a perspetiva de construir refúgios para proteger os humanos no caso de uma catástrofe global.

“Se vai acontecer uma catástrofe, nós vamos querer ter algumas dessas garantias a funcionar, para que pelo menos alguma população possa sobreviver“, disse Baum, em declarações ao Live Science.

Um fator importante em qualquer tipo de refúgio é a capacidade de isolar um grupo do que esteja a afetar o resto do mundo, acrescentou Baum. É o caso, por exemplo, de certos países insulares como a Nova Zelândia e a Austrália, que se transformaram em refúgios de grande escala durante a pandemia de covid-19, mantendo o vírus longe.

Um passo importante seria ter um refúgio dedicado a situações de catástrofe, disse Baum, que comparou esse lugar hipotético ao Global Seed Vault em Svalbard, na Noruega, que mantém cópias de segurança de sementes de todo o mundo, dentro de uma montanha.

https://zap.aeiou.pt/apocaliptico-especie-humana-centenas-400554

 

Ataques misteriosos de energia dirigida são mais comuns do que os percebidos !

Ataques direcionados de energia (ou ‘Síndrome de Havana’) são muito mais difundidos do que o relatado anteriormente. A misteriosa condição, que causa uma série de sintomas como fadiga, dores de cabeça e náuseas, tem o nome de uma série de incidentes que começaram em Havana, Cuba, em 2016.

Ataques misteriosos de energia dirigida são mais comuns do que os percebidos
Que tipo de arma é responsável pelos ataques? Crédito da imagem: US Navy/Tucker M. Yates

Na época, acreditava-se que diplomatas americanos estavam sendo alvos de algum tipo de arma de energia dirigida por agentes estrangeiros desconhecidos com o objetivo de romper os laços diplomáticos com o país.

Agora, de acordo com as autoridades, os sintomas desses ataques desconcertantes foram experimentados por até 130 pessoas – tornando-se muito mais disseminado do que qualquer um poderia imaginar.

As vítimas incluem espiões, diplomatas, soldados e outros funcionários dos EUA, tanto no país quanto no exterior.

Três oficiais da CIA foram alvos desde dezembro de 2020, com o mais recente ocorrendo há apenas duas semanas. Em cada caso, a vítima foi submetida a tratamento para ajudá-la a se recuperar.

Outro caso – desta vez de 2019 – também veio à tona. Envolvia um oficial militar que estava servindo no exterior quando foi dominado por náuseas e dores de cabeça depois de parar brevemente em um cruzamento. Seu filho de dois anos, que estava atrás, também começou a chorar.

Depois que eles se afastaram, os sintomas cessaram imediatamente.

As administrações Trump e Biden ordenaram investigações sobre o fenômeno.

Alguns funcionários do Pentágono suspeitam que a culpa é da Rússia, mas isso não foi confirmado.

Amanda J. Schoch, porta-voz do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional dos EUA, disse:

“No momento, não temos informações definitivas sobre a causa desses incidentes e é prematuro e irresponsável especular.”

https://www.ovnihoje.com/2021/05/15/ataques-misteriosos-de-energia-dirigida-sao-mais-comuns-do-que-os-percebidos/

 

Partido da extrema direita de Le Pen acusado de desviar 6,8 milhões de fundos europeus !

O partido francês de extrema-direita União Nacional (RN, sigla original), liderado por Marine Le Pen, terá desviado 6,8 milhões de euros de fundos do Parlamento Europeu, revela este domingo uma investigação policial noticiada pelo Le Journal du Dimanche.

 

 Le Pen está acusada desde há cinco anos por uso fraudulento de recursos públicos na contratação de pessoas que, na realidade, trabalharam para a União Nacional.

A líder da extrema-direita francesa surge acusada juntamente com outras 16 pessoas ligadas ao partido.

A situação remonta à época em que o RN era liderado pelo pai da atual líder, Jean-Marie Le Pen, mas terá tomado forma sob a presidência de Marine Le Pen, após as eleições europeias de 2014, nas quais este partido de extrema-direita conquistou 24 lugares.

O semanário francês Le Journal du Dimanche refere que a gestão dos créditos atribuídos à contratação de colaboradores era “centralizada” pelo partido, que apenas deixava os seus deputados escolherem um auxiliar e se encarregava de contratar os restantes.

A líder do RN reagiu através da sua conta no Twitter, descrevendo o Le Journal du Dimanche como “o órgão oficial do poder macronista [referência a Emmanuel Macron, presidente da França]”.

“Traz à tona o mesmo caso de assistentes parlamentares como em todas as eleições. Nada de novo”, escreveu, acrescentando referências às eleições regionais de junho.

Já o tesoureiro do partido, Wallerand de Saint-Just, em declarações ao canal de notícias francês BFM acusou o ministro da Justiça, Éric Dupond-Moretti, de estar por trás da divulgação desta investigação.

“Ele passa a vida a dizer que quer prejudicar ao máximo o RN. Esta é, obviamente, uma manobra política, pouco antes das eleições regionais. Usa aquele jornal e aquela reportagem que não sabemos de onde vem e que é um conjunto de imprecisões e calúnias”, disse Saint-Just.

Em causa está um relatório de 98 páginas, entregue a 15 de fevereiro ao juiz de instrução, que refere que os fundos europeus não foram usados apenas para pagar os colaboradores que efetivamente trabalharam para o partido, mas a alguns que acumulavam contratos de trabalho de forma indevida, descreve a agência noticiosa espanhola EFE.

A deputada francesa e candidata às eleições presidenciais de 2022 é apresentada como a responsável direta por este sistema fraudulento, que consistiria em financiar os salários dos trabalhadores do partido com fundos europeus, desviando as verbas dadas aos eurodeputados para contratar assistentes.

De acordo com o Le Journal du Dimanche, a maioria dos suspeitos afirmou ter destruído os seus arquivos, ao mudar de computador, ou não guardou nada que justificasse a sua remuneração do Parlamento Europeu.

Le Pen negou em tribunal, a 5 de setembro de 2018, ter cometido fraude e, hoje, ao semanário francês, o advogado da líder do RN, Rodolphhe Bosselut, reiterou que todos os assistentes parlamentares mencionados trabalharam “num momento ou outro” para a estrutura europeia.

O jornal também recorda que o Parlamento Europeu não esperou pelo fim do processo penal para reclamar as verbas.

Em 2016, pediu a Le Pen o reembolso de 339 mil euros e durante meses reteve parte das dotações para o efeito, até recuperar cerca de 60 mil euros. Contudo, quando esta saiu do Parlamento Europeu, as transferências foram interrompidas.

https://zap.aeiou.pt/partido-le-pen-desviou-68-milhoes-402915

 

Elefantes encontrados mortos numa reserva florestal - Envenenamento pode ser a causa !

As autoridades estão a tentar perceber de que forma é que os 18 elefantes selvagens asiáticos morreram no nordeste da Índia.


Os elefantes, que incluíam cinco filhotes, foram encontrados mortos na reserva florestal protegida de Kondali, no estado de Assam, disse Jayanta Goswami, um oficial da vida selvagem, à Associated Press.

Na quinta-feira, o guarda florestal chegou ao local e encontrou 14 elefantes mortos no topo de uma colina e quatro no sopé. A reserva localiza-se no distrito de Nagaon.

As autoridades florestais e um legislador local, Jitu Goswami, disseram à Agence France-Presse que acreditavam que os elefantes morreram depois de um raio ter atingido a floresta.

Contudo, Soumyadeep Datta, um elemento do grupo de ativistas ambientais Nature’s Beckon, referiu que esse cenário era improvável, tendo por base imagens partilhadas nas redes sociais.

“O envenenamento pode estar por trás da morte dos elefantes”, escreveu Datta. “Temos que esperar o resultado da autópsia, que o departamento florestal fará em breve”, acrescentou.

Depois do incidente, uma equipa de veterinários e oficiais dirigiu-se ao local na sexta-feira junto com o ministro das florestas e meio ambiente de Assam, Parimal Shuklabaidya.

A Índia é o lar de quase 30.000 elefantes, cerca de 60% da população de elefantes asiáticos selvagens. Estima-se que 6.000, ou mais, elefantes selvagens asiáticos vivam em Assam, porém, frequentemente saem das suas zonas florestais em busca de comida.

Os ativistas ambientais pediram ao governo que evite a invasão de pessoas no território dos elefantes e estabeleça corredores gratuitos para os elefantes se moverem entre as florestas com segurança.

Nos últimos anos, registaram-se vários episódios em que elefantes selvagens entraram nas aldeias, destruíram plantações e mataram pessoas, recorda o The Guardian.

https://zap.aeiou.pt/elefantes-encontrados-mortos-402678

 

Papa diz que abuso infantil é uma espécie de “assassinato psicológico” !

O Papa Francisco criticou hoje o abuso infantil dizendo que é “uma espécie de ‘assassinato psicológico’ e, em muitos casos, um cancelamento da infância” e pediu para “parar de encobrir” o fenómeno da pedofilia.


Francisco falava durante uma audiência no Vaticano com membros da associação italiana Meter, que luta contra a pedofilia desde 1989, o ano da sua fundação, e que o Papa descreveu como “a casa de muitas crianças que foram violadas na sua inocência e escravizados pelo egoísmo dos adultos”.

“A proteção das crianças contra a exploração sexual é um dever de todos os Estados chamados a identificar tanto os traficantes como os abusadores, defendeu Francisco que considerou necessária “a denúncia e a prevenção implementadas em diferentes áreas da sociedade” como a “escolar, desportiva, recreativa e comunidades culturais, religiosas e pessoas solteiras”.

O Papa disse que se deve “preparar intervenções específicas para uma ajuda e eficaz às vítimas” e rejeitou que estes problemas se ocultem como se vê, atualmente, nas famílias ou na Igreja, exemplificou.

“Ainda hoje, quantas vezes vemos nas famílias que a primeira reação é cobrir tudo. Uma primeira reação que está presente também noutras instituições e na Igreja. Temos de lutar contra esse velho hábito de encobrir”, apontou.

“Infelizmente, continuam os abusos perpetrados contra as crianças. Refiro-me em particular às solicitações que se realizam através da internet e nas redes sociais com páginas e portais dedicados à pornografia infantil”, continuou.

No entender do Papa, “este é um flagelo que, por um lado, requer uma abordagem com uma determinação renovada por parte das instituições públicas e, por outro, exige uma maior consciência e sensibilização por parte das famílias e dos diversos organismos educativos”.

https://zap.aeiou.pt/papa-abuso-infantil-402842

 

 

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