segunda-feira, 5 de abril de 2021

Cheias “violentíssimas” em Díli fazem 11 vítimas mortais !

As cheias que atingiram hoje grande parte da cidade de Díli provocaram pelo menos 11 mortos, segundo um balanço atualizado, mas ainda provisório da Proteção Civil, estando as autoridades a planear a resposta de emergência.


Responsáveis do Governo e das várias estruturas de emergência estiveram reunidos de urgência no Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) para analisar os danos causados pelas cheias, que arrastaram casas, destruíram estradas e várias outras estruturas.

Entre as prioridades definidas nessa reunião alargada liderada pelo CIGC está o apoio à evacuação das zonas mais afetadas e ao realojamento de centenas de famílias afetadas pelas inundações em vários pontos da cidade.

Participantes no encontro explicaram à Lusa que as prioridades passam igualmente pelo apoio humanitário de emergência a todas as vítimas e pelas operações de limpeza e recuperação de infraestruturas danificadas.

A reunião contou com a presença da equipa de liderança do CIGC, de vários membros do Governo, de vários diretores e ainda de elementos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), da Proteção Civil e dos Bombeiros, entre outros.

O encontro deliberou que a resposta às inundações deve ter em conta os esforços continuados de combate à covid-19, procurando separar ao máximo as famílias.

As medidas estão a ser tomadas tendo em conta o facto de Timor-Leste estar a viver o pior momento da pandemia e, em particular, o facto de as inundações terem afetado várias estruturas usadas no combate à doença.

Entre os locais mais afetados contam-se o Centro de Isolamento de Vera Cruz, onde estão três doentes considerados moderados e um doente considerado grave, e que tiveram que ser realojados no Hospital de Lahane, devido às inundações.

Registaram-se ainda inundações no Laboratório Nacional e no centro de isolamento de Tasi Tolu, bem como no Serviço Autónomo de Medicamentos e Equipamentos de Saúde (SAMES), a farmácia central timorense.

No caso das pessoas infetadas que estão em Tasi Tolu, as autoridades estão a tentar identificar outros locais onde possam ser alojadas.

Funcionários da empresa ETO apoiaram os funcionários do SAMES e conseguiram retirar do local vários medicamentos e ainda algumas arcas com vacinas de vários tipos, ainda que muitos fármacos tenham ficado destruídos.

Paralelamente, as autoridades timorenses estão já a delinear as intervenções urgentes em termos de obras públicas, nomeadamente “reconstrução das vias rodoviárias mais afetadas e essenciais, limpeza das ribeiras.

“Vão ser ainda feitos preparativos para mais inundações porque a chuva pode durar mais alguns dias”, disse à Lusa um dos participantes no encontro.

A coordenação das intervenções imediatas vai ser coordenada com o secretário de Estado da Proteção Civil, com a Proteção Civil a recolher os dados das necessidades e das vítimas e policiais e militares a apoiar no realojamento das famílias.

“Foram também tomadas medidas de imediato para que já amanhã haja máquinas a limpar e a reconstruir e a ajuda a ser distribuída em larga escala”, referiu a fonte.

Portugal lamenta situação e oferece solidariedade e ajuda

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, ofereceu hoje a solidariedade e o apoio de Portugal a Timor-Leste.

Em declarações à agência Lusa, Augusto Santos Silva referiu que falou hoje com o embaixador de Portugal em Díli e com a ministra dos Negócios Estrangeiros timorense, os quais lhe transmitiram que “as inundações são violentíssimas”.

“Ambos disseram que nunca nas respetivas vidas tinham visto chover com esta intensidade e violência”, adiantou.

Augusto Santos Silva lamentou “profundamente” as mortes registadas na população de Timor-Leste, a quem exprimiu a solidariedade de Portugal.

“Há registo de muitos danos materiais, não há registo de nenhum dano pessoal entre a comunidade portuguesa. De qualquer forma, ainda é preciso apurar os danos materiais”, disse.

Os danos materiais são “muito evidentes e visíveis em Timor-Leste”, disse o ministro, acrescentando: “Ofereci a solidariedade portuguesa e o apoio português às autoridades de Timor-Leste durante a minha conversa com a ministra dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste e trabalharemos para esse fim nos próximos dias”.

A ajuda de Portugal deverá passar pelo programa de cooperação que Portugal tem com Timor-Leste.

“Já pedi aos serviços para estarem alerta, porque certamente nos próximos dias haverá pedidos de apoio, alguns de emergência, outros de reconstrução. Vamos esperar agora”, disse.

https://zap.aeiou.pt/cheias-dili-11-vitimas-mortais-392338

 

Raparigas no Paquistão ainda arriscam as suas vidas para poder jogar futebol !

Jogadoras de futebol de algumas das províncias mais conservadoras do Paquistão estão em Carachi, neste momento, para participar no campeonato nacional.


Sughra Rajab, de 19 anos, é uma dessas raparigas que está em Carachi, no Paquistão, para representar a sua cidade natal no Campeonato Nacional de Futebol Feminino, que dura um mês e conta com a participação de pelo menos 500 mulheres.

“Isto é muito mais do que um desporto para mim. Trata-se de fazer um statement“, disse a jovem paquistanesa à empresa de media Vice, que pertence ao grupo étnico hazara e vive em Quetta, cidade onde jogar futebol pode ser uma questão de vida ou de morte.

Os terroristas consideram que os hazaras são “menos muçulmanos” por serem xiitas. E, um pouco por todo o país, as mulheres continuam a lutar pela igualdade de género. No mais recente Global Gender Gap Report, do Fórum Económico Mundial, num total de 153 nações, o Paquistão ficou em 151.º lugar, apenas à frente do Iraque e do Iémen.

Mas Rajab e as restantes colegas da equipa Hazara Quetta Football Academy aprenderam a conviver com os riscos, enquanto lutam por um futuro melhor através da modalidade. Segundo a Vice, a paquistanesa ainda está no ensino secundário, mas espera conseguir entrar na universidade com a ajuda de uma bolsa desportiva.

A situação é deprimente. Dificilmente há uma família sem um mártir na nossa cidade. Mas temos de seguir em frente”, disse ainda, referindo-se às vítimas dos ataques terroristas que têm como alvo a sua comunidade.

Rajab não está sozinha quando falamos de quebrar estereótipos. Karishma Ali, de 23 anos, é outra aspirante a futebolista. A jogadora, que vive em Chitral, na fronteira com o Afeganistão, tornou-se a cara do futebol feminino paquistanês em 2019, depois de ter entrado na lista Forbes 30 Under 30.

A jovem lamenta o facto de noutros países ainda não se perceber o quão difícil é para uma rapariga jogar futebol no Paquistão.

“A cultura é diferente, principalmente em Chitral. Nessa altura, quando estava na ribalta, fui vítima de bullying online. (…) Podemos escolher levar isto com humor mas, ao mesmo tempo, temos de estar alerta”, disse Ali, que fundou, em 2016, o Chitral Women’s Sports Club.

Em declarações à Vice, o porta-voz da Federação Paquistanesa de Futebol, Mir Shabbar Ali, explicou que a ideia deste campeonato nacional é permitir mais jogos entre as equipas femininas.

“É uma realidade, de facto, que as mulheres no Paquistão não tiveram oportunidades iguais às dos homens, e é por isso que a federação quer dar um passo em frente, organizando o mesmo número de jogos tanto para jogadores como para jogadoras”, declarou.

“Isto é apenas o começo. Queremos criar um sistema no qual também haja igualdade salarial entre jogadores e jogadoras”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/raparigas-paquistao-jogar-futebol-392130

 

Quem matou o pai de Michael Jordan ? Documentário sugere que homem condenado pode ser inocente !

Um novo documentário sugere que o homem preso há quase 30 anos pelo assassinato do pai da lenda do basquetebol Michael Jordan pode ser inocente.


Em 23 de julho de 1993, James Jordan, de 56 anos, foi morto a tiro em Lumberton, no estado norte-americano da Carolina do Norte, enquanto dormia num carro Lexus, que foi um presente do seu mundialmente famoso filho Michael Jordan. O crime parecia ter sido um roubo mal sucedido.

O corpo foi encontrado num pântano na Carolina do Sul 11 dias depois e foi acidentalmente cremado em 7 de agosto como um “John Doe” não identificado.

De acordo com o jornal britânico The Independent, a sua família, que relatou o desaparecimento 21 dias após o assassinato, não foi contactada.

Na época do crime, Larry Demery, então com 17 anos, confessou-se culpado de homicídio de primeiro grau e testemunhou contra o amigo e suposto cúmplice Daniel Green, então com 18 anos, que também foi condenado. Ambos foram condenados a prisão perpétua.

O tribunal ouviu que os adolescentes não sabiam inicialmente a identidade da vítima, mas, mais tarde, teriam usado o anel da NBA que Jordan recebeu do seu filho e usado o seu carro fazer chaamdas telefónicas, que foram usadas para rastreá-los.

Demery, agora com 44 anos, recebeu liberdade condicional inesperadamente em agosto do ano passado, devido a um detalhe técnico jurídico que permitirá que ele – mas não Green – seja libertado em 2023.

Agora, uma nova série documental, chamada “Moment of Truth”, que vai estrear no serviço de streaming da Amazon apresentou um caso para a inocência de Green, conforme relatado pelo The Daily Beast.

Green, que tinha um álibi para toda a noite do assassinato depois de participar numa festa na caravana da avó, afirmou repetidamente ao longo dos anos que não assassinou Jordan.

Agora com 45 anos, o homem disse que estava na festa quando Demery, que teria deixado o evento para se encontrar com um traficante de drogas, reapareceu e pediu-lhe para ajudar a esconder o corpo – antes de Demery supostamente o ter denunciado no depoimento.

“Em primeiro lugar, sei que ele mentiu e essa é a realidade. Eu sei que ele mentiu sobre mim e eu sei que ele matou James Jordan”, disse Green. “Amor e ódio não podem existir no mesmo espaço ao mesmo tempo. Como prisioneiro, acredito firmemente que uma pessoa que vai sair e não cometer crimes deve ser libertada. ”

A série apresenta alegações feitas pela primeira vez em 2016, de suposta má conduta policial, incluindo problemas com a autópsia e relatos de falha no acompanhamento de pistas sobre outros suspeitos, como o traficante de drogas condenado Hubert Larry Deese – filho do xerife do condado de Robeson Hubert Stone, que era amigo do investigador principal.

Quando a polícia rastreou chamadas feitas do telefone no Lexus de Jordan na noite do assassinato, a segunda chamada foi supostamente para Deese, que trabalhava com Demery na fábrica de Crestline Mobile Home, a menos de um quilómetro de onde o corpo foi descoberto mais tarde, e que teria sido usada como parte de uma rota de tráfico de drogas conhecida localmente como “Beco da Cocaína”.

A equipa de defesa de Green tentou apresentar evidências dessa chamada durante o seu julgamento de 1996, mas foi rejeitada pelo juiz.

Deese foi preso por tráfico de cocaína um ano após o assassinato.

Em 1997, um ex-polícia disse a agentes federais que Deese já tinhas subornado polícias que trabalhavam em investigações de drogas, de acordo com o The News and Observer em 2016. Os advogados de Deese negam as alegações.

Em 2002, uma investigação sobre a corrupção no Gabinete do Xerife do Condado de Robeson levou ao indiciamento de 22 polícias, incluindo Glenn Maynor – que sucedeu o pai de Deese como xerife.

Representantes de Green afirmam, no documentário, que as evidências constituem um caso convincente para um novo julgamento.

“No mínimo, acho que Daniel merece uma audiência probatória, que provaria que merece um novo julgamento. Mas, na minha mente, as evidências apoiam a acusação de assassinato [a ser] rejeitada. Está na prisão há mais 18 anos do que deveria, pelos crimes que admite e pelos crimes que acredito que as evidências apoiam”, disse Christine Mumma, diretora executiva do North Carolina Center on Actual Innocence.

“Estou feliz que a verdadeira narrativa esteja a ser divulgada. Há pessoas por aí que sabem o que realmente aconteceu com James Jordan. Espero que esta história dê às pessoas coragem para dizer a verdade”, rematou.

Por outro lado, os procuradores não acreditam que a luta de Green seja genuína e que “nunca vai confessar o que fez. Ele simplesmente não vai aceitar”.

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A Amazon começou uma guerra no Twitter contra senadores norte-americanos !

Bernie Sanders e Elizabeth Warren têm criticado as práticas de trabalho e negócios da Amazon. Jeff Bezos não ficou feliz e a discórdia atingiu novos patamares, com a empresa a atacar os senadores nas redes sociais.


A Vox avança que o CEO da Amazon, Jeff Bezos, exprimiu insatisfação com os funcionários da empresa por não serem agressivos na forma como resistem às críticas de que a Amazon é alvo. Perante o puxão de orelhas do líder, seguiu-se uma série e tweets sarcásticos e agressivos.

O momento coincidiu com a maior eleição sindical da história da empresa em Bessemer, no Alabama. Quando surgiram notícias de que Bernie Sanders estava a planear uma visita ao estado norte-americano, Dave Clark, um alto executivo da empresa, deu início à guerra de tweets.

“Dou as boas-vindas a @SenSanders em Birmingham e agradeço o seu esforço por um local de trabalho progressivo. Costumo dizer que somos os Bernie Sanders dos empregadores, mas não é bem assim, porque, na verdade, oferecemos um local de trabalho progressivo”, escreveu Clark.

Poucas horas depois, a conta oficial da Amazon News, com mais de 170 mil seguidores, atirou contra o deputado Mark Pocan, que questionou a afirmação de “local de trabalho progressivo” de Clark ao aludir a rumores de que o ritmo de trabalho da Amazon estava a ser tão exigente que os trabalhadores “têm que urinar em garrafas de água“.

“Não acredita nessa história de fazer xixi em garrafas, pois não?” questionou a conta oficial da Amazon News. “Se isso fosse verdade, ninguém trabalharia para nós.”

A Vox continua e conta que, depois de uma troca de ideias com Elizabeth Warren, que começou com a senadora a criticar os pagamentos de impostos da empresa, a mesma conta da Amazon fez outro tweet polémico.

“Isto é extraordinário e revelador. Uma das políticas mais poderosas dos Estados Unidos acabou de dizer que vai acabar com uma empresa americana para que não possa mais criticá-la“, escreveu.

Questionado pela Vox, um porta-voz da Amazon não quis tecer comentários.

Se o objetivo de Jeff Bezos era abafar as notícias da campanha sindical durante um período de tempo, conseguiu. No entanto, em vez de falarem do sindicato, os meios de comunicação social concentraram-se na atitude invulgar de uma empresa a lutar contra poderosos legisladores no Twitter.

Dentro da Amazon, os próprios funcionários ficaram perplexos com a abordagem da empresa na rede social e levantaram suspeitas acerca da atividade suspeita da conta.

Um engenheiro de segurança salientou, inclusivamente, que os tweets foram publicados usando a aplicação da web do Twitter em vez do Sprinklr, o software de administração de redes social normalmente usado pela conta da Amazon News.

https://zap.aeiou.pt/amazon-guerra-twitter-senadores-391504

 

Síndrome de Lázaro - Os estranhos casos de vida após a morte !

A ideia de voltar à vida depois de, aparentemente, morrer não é necessariamente um assunto de mitos e lendas urbanas. O síndrome de Lázaro, documentado em dezenas de estudos, foi assim batizado em homenagem a um milagre no Novo Testamento, em que Jesus ressuscita Lázaro de Betânia 4 dias após a sua morte. 


De acordo com o IFL Science, o síndrome de Lázaro refere-se a um evento em que uma pessoa sofre uma paragem cardíaca e o coração é “reiniciado” espontaneamente pouco tempo depois.

Um estudo de 2020 passou a pente fino toda a literatura médica conhecida sobre este fenómeno e conseguiu encontrar 65 pacientes que tinham experimentado esta “ressuscitação automática” entre 1982 e 2018. Dezoito dessas pessoas (28%) conseguiram recuperar completamente.

O relato de um caso médico, de 2001, conta a história de um homem, de 66 anos, que teve uma paragem cardíaca com suspeita de derrame no aneurisma da aorta abdominal.

Depois de ter dado entrada no hospital, os médicos tentaram ressuscitá-lo durante 17 minutos, recorrendo a compressões torácicas e choques de desfibrilação. O homem não resistiu e acabou por ser declarado morto.

O ventilador foi desligado, mas o cirurgião permaneceu na sala com o paciente, aproveitando a oportunidade para dar uma aula a um grupo de alunos de Medicina.

Dez minutos depois, o médico sentiu a pulsação do paciente e chegou à conclusão de que o batimento cardíaco tinha sido retomado. O aneurisma foi tratado e o homem recuperou totalmente.

O síndrome de Lázaro levanta algumas questões fundamentais sobre as definições de morte. Na lei dos Estados Unidos, a morte é definida como “um indivíduo que sofreu (1) interrupção irreversível das funções circulatórias e respiratórias ou (2) interrupção irreversível de todas as funções do cérebro”.

Definir a morte costuma ser um método infalível, para a cessação irreversível do coração nem sempre é cristalina. Às vezes, pode parecer que parou, apenas para regressar espontaneamente à vida.

No início deste ano, um estudo sublinhou que a morte pode ser um processo lento e errante.

Os cientistas analisaram os sinais vitais de mais de 600 pacientes gravemente doentes enquanto estavam a ser retirados do suporte vital. As conclusões revelaram que o coração pode parar e reiniciar várias vezes durante o processo, antes de parar totalmente para sempre.

https://zap.aeiou.pt/sindrome-de-lazaro-391494

 

 

Doença desconhecida está a tornar os ursos “simpáticos” como os cães e é perigosa !

Os ursos pretos da Califórnia estão a sofrer uma misteriosa doença cerebral que os faz comportarem-se de forma amigável, tal como cães. Contudo, é muito perigosa.


O Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Califórnia (CDFW) documentou alguns dos primeiros casos em 2014, depois de ter sido alertado sobre uma série de jovens ursos negros na Bacia de Tahoe com aparentes anormalidades neurológicas. Vários casos semelhantes foram documentados em vários condados da Califórnia, conta o IFLScience.

Um relatório de Pollock Pines, no condado de El Dorado, no mês passado, parece descrever bem a situação. Um pequeno urso preto foi visto sozinho num canteiro de obras. Além de parecer letárgico e possivelmente doente, o animal quase não se incomodava com as pessoas que o tentavam espantar com palmas e gritos.

Eventualmente, o CDFW recebeu outra chamada com um relato semelhante no seu quintal.

“Quando um biólogo e diretor de vida selvagem do CDFW foi investigar, encontraram uma situação a tornar-se mais comum na Bacia de Tahoe e noutras partes do estado. Encontraram um urso muito jovem para sair por conta própria, “como um cachorro” no seu comportamento, completamente confortável perto das pessoas, a pegar numa maçã para comer na frente delas no pátio do quintal. Fisicamente e mentalmente, o urso simplesmente não parecia muito certo, andando de forma estranha, monótona e não respondendo como um urso normal, escreveu o CDFW, em comunicado.

O urso preto foi levado para observação e avaliação por veterinários, que revelaram que era pequeno e estava drasticamente abaixo do peso para a sua idade.

Uma semana depois, o urso teve de ser abatido. Os resultados post-mortem preliminares e as tomografias computadorizadas dos ursos afetados sugerem que estão a sofrer de encefalite, uma inflamação do tecido cerebral normalmente causada por agentes infecciosos como vírus, fungos ou bactérias.

Biólogos de vida selvagem no CDFW dizem que a causa da doença é atualmente desconhecida, mas descobriram algumas pistas intrigantes, nomeadamente a presença de cinco vírus nunca antes vistos dentro dos ursos.

Uma equipa de investigadores do CDFW e da University of California sugerem que os novos vírus pertenciam a cinco géneros: Circoviridae, Parvoviridae, Anelloviridae, Polyomaviridae e Papillomaviridae. Além disso, os vírus foram detetado no fígado, baço tecido cerebral.

Todos os sintomas da doença apresentam algumas semelhanças com a doença debilitante crónica observada em veados, alces e alces em muitas partes dos Estados Unidos. Conhecida como “doença zombie”, faz com que várias espécies sofram de perda drástica de peso, tropeço, baba, falta de coordenação, agressão e outros comportamentos anormais.

Acredita-se que essa doença neurológica seja causada por priões, uma proteína que atua como um agente infeccioso.

Enquanto os cientistas tentar entender o surto de ursos, o público está a ser alertado para manter uma distância respeitável de qualquer urso preto, especialmente daqueles que exibem comportamento suspeito e amigável.

Ainda não é claro se a doença é uma ameaça para humanos ou outros animais selvagens.

https://zap.aeiou.pt/doenca-desconhecida-esta-a-tornar-os-ursos-391750

 

domingo, 4 de abril de 2021

De atleta a possível suicida - Identificado o autor do ataque ao Capitólio !

O homem que atirou um carro contra dois polícias, matando um deles, à entrada do Capitólio, nos EUA, foi identificado como Noah Green. Este homem de 25 anos foi atleta na Universidade e poderá ter agido devido a problemas mentais.

Ataque ao Capitólio, Abril 2021

Noah Green não era conhecido da polícia de Washington antes do ataque e tinha um percurso aparentemente “limpo”, sem nada que levasse a suspeitar que poderia cometer um acto como aquele que ceifou a vida a um polícia, nesta sexta-feira, 2 de Abril.

Ele foi morto a tiro pelas autoridades depois de ter abalroado dois agentes com um carro, à entrada do Capitólio. Ainda terá esfaqueado um polícia.

Um dos polícias feridos também morreu. Tratava-se de um veterano que servia o Capitólio há 18 anos.

Os motivos do ataque ainda estão por apurar, mas a identificação do suspeito dá algumas pistas sobre as razões que o terão levado a agir daquela forma.

“A mente dele não parecia estar bem”

Noah Green estava desempregado e matriculado num curso online da Universidade Estadual da Flórida, após se ter formado na Universidade de Newport, onde jogou futebol americano, como se pode ver na sua ficha de atleta.

O tipo com quem eu joguei não é a mesma pessoa que fez isto“, conta ao USA Today o capitão da equipa onde o suspeito jogou, Andre Toran, descrevendo-o como alguém “muito calado”.

Toran revela, contudo, que o “estado mental de Green” se foi tornando motivo de preocupação para os seus amigos nos últimos tempos.

O USA Today refere que, durante a pandemia, Noah Green partilhou uma publicação no Facebook onde acusava os colegas de casa de o drogarem.

Depois disso, terá mudado de casa e terá partilhado mensagens onde falava de sintomas de “abstinência” das drogas, como “convulsões, falta de apetite”, bem como “paranóia” e “depressão”, além de “ideias suicidas”.

Um dos 9 irmãos do suspeito, Brendan Green, confirma ao jornal Washington Post que Noah estaria num estado de confusão mental.

Ele ter-se-á mudado de forma abrupta da Virginia para o Indiana e terá contado ao irmão que estava a sofrer de “alucinações, palpitações, dores de cabeça e pensamentos suicidas”.

“A mente dele não parecia estar bem”, conta o irmão do suspeito.

Além disso, Brendan Green assegura que Noah lhe contou, há alguns meses, que “a sua mente lhe estava a dizer para cometer suicídio” e que terá saltado para a frente de um carro.

O ex-oficial de operações secretas da CIA, Michael Baker, também acredita que, na base do ataque, pode estar, simplesmente, “um problema de saúde mental”, conforme declarações divulgadas pela Sky News.

Michael Baker lembra o facto de o Capitólio estar praticamente vazio no dia do ataque, o que sugere que não terá tido motivações terroristas, pois, neste caso, o suspeito escolheria um dia com mais movimento para causar mais impacto.

O chefe da Polícia Metropolitana de Washington, Robert J. Contee III, apontou já que o ataque “parece não estar relacionado com terrorismo”.

“Alá escolheu-me para outras coisas”

O perfil do Facebook de Noah Green foi despublicado após o ataque ao Capitólio.

Mas diversos jornais norte-americanos divulgam algumas das publicações que ele fez nos últimos dias, nomeadamente onde faz referências ao grupo extremista Nação do Islão que é descrito como tendo uma “teologia de superioridade negra inata sobre os brancos”, com uma “retórica profundamente racista, anti-semita e anti-LGBT”.

Noah Green era seguidor de Louis Farrakhan, líder do Nação do Islão, a quem chamava de “pai espiritual”.

“Alá escolheu-me para outras coisas”, teria escrito, salientando que depois de ter atravessado tempos “difíceis”, estava numa “jornada espiritual”.

Além disso, o suspeito também tinha publicações sobre o “fim dos tempos”, o “anti-Cristo” e o “controle da mente” por parte do Governo.

“O Governo dos EUA é o inimigo número 1 das pessoas negras”, terá escrito numa publicação antes dos ataques.

As autoridades vão agora cruzar informações das suas redes sociais com os seus registos telefónicos, para montar o puzzle em torno deste homem que passou do anonimato para a fama pelos piores motivos.

https://zap.aeiou.pt/autor-ataque-capitolio-392313

 

Sete mortos no Reino Unido após vacinação com AstraZeneca !

Sete pessoas morreram no Reino Unido de coágulos sanguíneos após receberem a vacina anti-covid-19 da AstraZeneca, mas as autoridades de saúde britânicas reforçam que os riscos são “muito pequenos” e aconselham a população a vacinar-se.


Num comunicado enviado à agência France-Presse, a Agência Reguladora de Medicamentos e Cuidados de Saúde do Reino Unido (MHRA) diz que sete pessoas morreram de coágulos sanguíneos, num total de 30 casos identificados até agora.

Na sexta-feira, a MHRA anunciara ter identificado 30 casos de coágulos sanguíneos raros entre os 18,1 milhões de pessoas vacinadas com esse preparado até o final de março.

O órgão regulador da saúde destacou que os riscos associados a esses coágulos são “muito pequenos” e que a população deve continuar a aceitar a vacina quando ela lhes é oferecida pelos serviços de saúde.

Dos 30 incidentes, 22 correspondem a tromboses venosas cerebrais (TVC) e os restantes oito estão relacionados com plaquetas baixas.

Segundo a MHRA, sete destas pessoas vacinadas morreram e estão a decorrer investigações para apurar a relação das mortes com a vacina da AstraZeneca.

A diretora da MHRA, June Raine, diz no comunicado que nenhum caso semelhante foi sinalizado para a vacina da Pfizer/BioNTech.

“As vantagens da vacina da AstraZeneca para prevenir a infeção com covid-19 e as suas complicações continuam a ser largamente superiores aos riscos e o público deve continuar a receber a vacina”, disse ainda Raine.

Além da vacina da Astrazeneca, o Reino Unido está a usar também o preparado da Pfizer. Até ao momento, mais de 30 milhões de pessoas já receberam pelo menos a primeira das duas doses de uma dessas vacinas.

O aparecimento de casos de coágulos sanguíneos e mortes de pessoas inoculadas com este fármaco levou a maioria dos países europeus, incluindo Portugal, a suspender por uns dias a administração desta vacina, situação ultrapassada após a garantia da EMA de que é “segura e eficaz”.

Ainda assim, alguns países, como a Noruega, mantêm a suspensão e outros, como a Alemanha, limitam a vacinação com esta vacina a maiores de 60 anos.

Em Portugal, estima-se que a primeira fase de vacinação esteja concluída a 11 de abril, altura em que mais de um milhão de portugueses estarão vacinados.

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Pfizer/BioNTech (Comirnaty), Moderna, Vaxzevria e Janssen (grupo Johnson & Johnson, que estará em distribuição em abril).

https://zap.aeiou.pt/sete-mortos-reino-unido-astrazeneca-392287

 

“Catástrofe humana sem precedentes” ! Exige-se “envio urgente” de ajuda para Cabo Delgado !

Mais de 30 organizações da sociedade portuguesa e da Igreja Católica lançaram um apelo conjunto em favor do “envio urgente de ajuda humanitária” para Cabo Delgado, no norte de Moçambique, denunciando uma “catástrofe”.

Deslocados dos ataques a Palma, Moçambique

“A população de Cabo Delgado, em Moçambique, está a viver, desde há quatro anos, violentos ataques, que já fizeram mais de 700 mil deslocados internos, numa catástrofe humana sem precedentes na região”, lê-se no comunicado citado pelo agência Ecclesia.

Os signatários do apelo pedem ao “Governo Português, à União Europeia e às Nações Unidas” que mobilizem esforços para enviar “com urgência ajuda humanitária para a região de Cabo Delgado”.

Mais de 9.000 pessoas fugiram da Vila de Palma, no norte de Moçambique, desde o ataque de grupos jihadistas, no dia 24 de março, relatou o gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

“Pelo menos 9.158 pessoas — 45 por cento das quais crianças — chegaram aos distritos de Nangade, Mueda, Montepuez e Pemba, de acordo com a última atualização da Organização Mundial para as Migrações”, afirma o OCHA, em comunicado divulgado hoje.

Os ataques terroristas sobre as populações no norte de Moçambique já tinham, antes do ataque a Palma, obrigado quase 670.000 pessoas a fugir, contando-se entre elas 160.000 mulheres e adolescentes, 19.000 das quais grávidas. Das pessoas que fugiram de Palma, 67 por cento conseguiram ficar com famílias de acolhimento, que receberam os deslocados em casa.

O OCHA salienta que “a situação continua volátil e milhares de pessoas estão em movimento em busca de segurança e assistência”, no distrito de Palma, depois de o movimento terrorista Estado Islâmico ter reivindicado, na segunda-feira passada, o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.

Em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, foi montado um centro de receção no porto e um centro de triagem num pavilhão desportivo. Os trabalhadores humanitários estão a distribuir alimentos aos deslocados, a montar instalações sanitárias e a encaminhar as pessoas que precisam de cuidados médicos mais urgentes.

Na terça-feira, o porta-voz do OCHA, Jens Laerke, disse à agência Lusa que a situação em Palma é “um horror absoluto infligido contra civis por um grupo armado não estatal”. “Fizeram coisas horríveis e continuam a fazê-las”, disse o responsável, frisando que os ataques continuarão a levar milhares de pessoas a fugir.

O OCHA afirma que há milhares de pessoas ainda a caminhar pela floresta para chegarem a locais seguros, e refere que um número ainda desconhecido de deslocados está em Quitunda, 15 quilómetros a sul de Palma.

https://zap.aeiou.pt/catastrofe-humana-ajuda-cabo-delgado-392281

Líder do Podemos denuncia ataque “da extrema-direita” a sede do partido !

O líder do Podemos e candidato da formação às próximas eleições da Comunidade de Madrid, Pablo Iglesias, denunciou na rede social “Twitter” um ataque “da extrema-direita”, com material explosivo, a uma sede do partido.


Na sua publicação, na qual incorpora um vídeo do evento, Iglesias denuncia o ataque da extrema-direita, com material explosivo, este sábado, a uma sede do Podemos.

“O terrorismo de rua dos ultras não vai intimidar-nos. Contra os violentos e seus branqueadores: democracia, liberdade de expressão e justiça social”, acrescenta Iglesias.

O porta-voz do Podemos no Congresso de Deputados, Pablo Echenique, especificou noutra publicação na mesma rede social que o ataque ocorreu na sede do Podemos em Cartagena, na região de Múrcia, no sul de Espanha.

“É a consequência natural da normalização do discurso de ódio no parlamento e em alguns meios de comunicação. Nos Estados Unidos, o terrorismo de extrema-direita é muito comum e teve a mesma evolução”, afirma na sua publicação o porta-voz do Podemos.

https://zap.aeiou.pt/lider-podemos-ataque-extrema-direita-392273

 

Perda de memória, alucinações e atrofia muscular - Misterioso distúrbio cerebral intriga médicos no Canadá !

Médicos canadianos temem estar a lidar com uma doença cerebral até então desconhecida devido a uma série de casos que envolvem perda de memória, alucinações e atrofia muscular.


Há mais de um ano que as autoridades de saúde pública do Canadá rastrearam 43 casos de suspeita de doença neurológica sem causa conhecida na província de New Brunswick.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, a investigação só foi conhecida na semana passada, quando foi divulgada uma nota da agência de saúde pública que pedia aos médicos para estarem atentos a sintomas semelhantes à doença de Creutzfeldt-Jakob – uma doença cerebral rara e fatal causada por proteínas deformadas conhecidas como priões.

“Estamos a colaborar com diferentes grupos e especialistas nacionais. No entanto, nenhuma causa clara foi identificada neste momento”, lia-se no memorando.

Uma série de sintomas, incluindo perda de memória, problemas de visão e movimentos bruscos anormais dispararam um alerta com a rede de vigilância CJD do Canadá. Apesar das semelhanças iniciais, a triagem não produziu nenhum caso confirmado de CJD.

“Não temos evidências que sugiram que seja uma doença de prião”, disse Alier Marrero, neurologista que liderou a investigação de New Brunswick.

Agora, uma equipa de investigadores, incluindo cientistas federais, estão numa corrida contra o tempo para determinar se estão a lidar com uma síndrome neurológica desconhecida ou com uma série de doenças não relacionadas, mas previamente conhecidas e tratáveis.

Marrero disse que os pacientes inicialmente reclamaram de dores inexplicáveis, espasmos e mudanças de comportamento – todos sintomas que poderiam ser facilmente diagnosticados como ansiedade ou depressão.

Contudo, ao longo de 18 a 36 meses, começaram a desenvolver declínio cognitivo, perda de massa muscular, salivação e batimento dos dentes. Vários pacientes também começaram a ter alucinações.

Para que um novo caso seja incluído neste grupo de casos, Marrero e a equipa realizam um extenso estudo da história do paciente, bem como uma bateria de testes, incluindo imagens cerebrais, testes metabólicos e toxicológicos e punção lombar, para descartar outras doenças possíveis, como demência, doenças neurodegenerativas, doenças autoimunes e possíveis infeções.

Apenas um único caso suspeito foi registado em 2015, mas, em 2019, havia 11 casos e 24 em 2020. Os cientistas acreditam que cinco pessoas morreram da doença.

“Não vimos nos últimos 20 anos ou mais um grupo de doenças neurológicas resistentes ao diagnóstico como esta”, disse Michael Coulthart, chefe da rede de vigilância CJD do Canadá.

A maioria dos casos está ligada à península Acadian, uma região pouco povoada na parte nordeste da província. O número geral de casos permanece baixo, mas New Brunswick tem uma população de menos de 800 mil pessoas.

Uma equipa crescente de investigadores está a trabalhar para determinar se há uma ligação comum entre os casos ou quaisquer causas ambientais, incluindo fontes de água, plantas e insetos.

“Não sabemos o que está a causar isto”, disse Marrero. “De momento, só temos mais pacientes a parecer ter essa síndrome”.

A notícia da doença desconhecida gerou preocupação, mas os especialistas alertaram contra tirar conclusões prematuras.

“Realmente não sei se temos uma síndrome definida. Simplesmente ainda não há informações suficientes”, disse Valerie Sim, investigadora de doenças neurodegenerativas da Universidade de Alberta.

A cientista observou que não foram documentados os principais marcadores para doenças neurológicas degenerativas e que a ampla gama de sintomas no grupo era “atípica” para a maioria das doenças cerebrais. Ao mesmo tempo, certos tipos de cancro, demência ou diagnósticos errados podem explicar a extensão dos sintomas.

https://zap.aeiou.pt/perda-de-memoria-alucinacoes-e-atrofia-muscular-391720

 

sábado, 3 de abril de 2021

Novo ataque ao Capitólio provoca um agente morto e outro ferido !

O edifício do Capitólio, em Washington, foi hoje fechado devido a uma “ameaça de segurança” depois de um carro ter invadido a entrada principal para o edifício e atropelado dois polícias, avançou a polícia. Um dos agentes da polícia morreu.


Um agente da polícia morreu esta sexta-feira, e outro ficou ferido, depois terem sido atropelados por um veículo junto ao Capitólio, em Washington, menos de três meses depois de o edifício da Congresso norte-americano ter sido invadido por uma multidão de extremistas, informou a polícia.

Um dos nossos agentes sucumbiu aos seus ferimentos”, disse Yogananda Pittman, diretora interina da polícia do Capitólio, em conferência de imprensa. Pittman confirmou que o suspeito também foi declarado morto após o ataque, que, segundo as autoridades policiais, citadas pela AFP, não parece ter sido um ato de terrorismo.

No Twitter, a polícia do Capitólio avançou inicialmente que o suspeito tinha sido detido e que os dois polícias estavam feridos. “Os três foram transportados para o hospital”, lê-se na publicação.

O incidente ocorreu às 13h02 locais, altura em que o suspeito atropelou os dois agentes que vigiavam a barreira norte do Capitólio, informou a diretora interina da polícia do Capitólio.

O suspeito saiu então do carro com uma faca na mão e não respondeu às advertências verbais feitas pelos agentes no local, após o que os policiais dispararam.

O condutor do carro, que ainda chegou a ser transportado ao hospital com vida, morreu na sequência dos disparos das forças de segurança, anunciaram vários órgãos de comunicação social norte-americanos.

As autoridades não consideram para já o incidente como um ato relacionado com terrorismo,  e informaram que não há uma “ameaça em curso“.

O evento “não parece ser relacionado com terrorismo, mas temos que continuar investigando para ver se há algum vínculo deste tipo”, disse à imprensa Robert Contee, chefe da polícia do Distrito de Columbia, onde fica a capital americana.

“Precisamos de entender a motivação por trás deste ato sem sentido”, acrescentou.

Imagens da televisão mostraram um carro azul a embater na barreira de segurança de uma das ruas que leva ao Congresso dos Estados Unidos, e duas pessoas em macas, que aparentam ser os policias feridos.

Após o incidente, o Capitólio e os edifícios adjacentes foram fechados, e os acessos ao local cortados.

Este incidente segue-se ao violento ataque ao edifício do Capitólio, a 6 de janeiro, por apoiantes de Donald Trump que pretendiam interromper a oficialização da vitória do seu adversário, Joe Biden, nas eleições presidenciais de novembro passado.

O grupo pretendia impedir a oficialização dos resultados eleitorais, depois de o ex-presidente republicano ter alegado recorrentemente, sem apresentar provas concretas, que teria havido fraude nas eleições.

Cinco pessoas morreram nos incidentes de janeiro, incluindo um agente da policia do Capitólio. Desde então, as autoridades ergueram uma barreira e fecharam um amplo perímetro em volta do Capitólio, mas nos últimos dias tinham começado a reduzir a área cercada e a abrir o tráfego.

O congressista Peter Meijer pediu ao Twitter orações pelos policiais do Capitólio e pelo pessoal de emergência no local. “Estamos a tentar entender a situação que está a desenvolveer-se no Capitólio agora”, disse o deputado.

Após o atropelamento, um grande contingente de agentes da Guarda Nacional e veículos militares foram mobilizados para o local.

https://zap.aeiou.pt/agente-morto-ataque-capitolio-392264

 

O Canadá luta há mais de 20 anos para deportar o último nazi do país !

Helmut Oberlander trabalhou num campo de concentração nazi durante a Segunda Guerra Mundial, sendo que quando esta terminou o alemão quis recomeçar a sua vida no Canadá. Agora, o país quer expulsá-lo.


Com o final da 2ª Guerra, Oberlander e a sua esposa decidiram ir viver para Waterloo. Na cidade, o casal recomeçou uma nova vida e em em 1960 conseguiu alcançar a cidadania canadiana. Contudo, décadas depois o passado vem esmorecer tudo que construíram.

Ao descobrir que o homem tinha servido o exército nazi, ao trabalhar como intérprete, o país retirou-lhe a cidadania canadiana há 20 anos, altura que se percebeu que Oberlander tinha ocultado as suas atividades das autoridades de imigração.

Atualmente, as autoridades canadianas ainda se encontram numa corrida contra o tempo para deportar o homem de 97 anos, cujo caso de remoção é o último que data da Segunda Guerra Mundial.

Agora, a batalha legal de Oberlander entra numa nova fase. O Tribunal Federal do Canadá vai realizar uma audiência para encerrar o processo de deportação devido a um “abuso de processo”.

Ainda assim, Oberlander afirma que foi recrutado pelo exército nazi, mas nunca matou ninguém. Alega que simplesmente realizava tarefas básicas como engraxar as botas dos oficiais e garante que nunca foi acusado de nenhum crime. Porém, quando entrou no país omitiu o seu passado.

Oberlander, de origem alemã, nasceu no sudeste da Ucrânia. É fluente em alemão, russo e ucraniano, e tinha 17 anos quando se tornou intérprete do Einsatzkommando 10a, um subgrupo dos esquadrões da morte Einsatzgruppen, em 1941.

Já em 1970, o homem tinha sido questionado por oficiais alemães em Toronto numa investigação de crimes de guerra, mas referiu que não sabia o nome da unidade onde tinha trabalhado ou que esta era responsável pela execução de judeus.

Em 2000, o Tribunal Federal do Canadá definiu que não havia evidências de que o homem tinha participado nas atrocidades, mas era “implausível” que não soubesse o nome do esquadrão.

Assim, as autoridades descobriram que Oberlander obteve a cidadania canadiana “através de falsa representação ou por ocultar conscientemente as circunstâncias materiais”.

O gabinete federal revogou a cidadania de Oberlander em 2001, 2007 e 2012. No entanto, o homem conseguiu recorrer dessas decisões. Em 2017, o gabinete revogou a cidadania de pela quarta vez, mas esta foi mantida.

Segundo o The Washington Post, os críticos dizem que o esforço inicial, e muito atrasado, para deportar Oberlander ilustra o fraco histórico do Canadá de responsabilizar as atrocidades do século XX.

O Canadá substituiu sua lei de crimes de guerra em 2000. Atualmente, o seu programa concentra-se em conflitos contemporâneos.

O Departamento de Justiça disse ao jornal norte-americano que o programa estava a mostrar sinais de “dificuldades financeiras”, afetando assim a sua capacidade de levar a cabo processos judiciais, o que pode justificar todo o atraso no caso de Oberlander.

Na Alemanha, desde 2011 os oficiais nazis de baixo escalão são processados, mesmo que não existam evidências diretas a assassinatos.

https://zap.aeiou.pt/canada-deportar-ultimo-nazi-391420

 

Um dos primatas mais raros do planeta pode estar prestes a extinguir-se !

Os orangotangos Tapanuli, a espécie de grandes macacos mais ameaçada da Terra, podem estar ainda mais perto da extinção do que se pensava.


Atualmente, os macacos habitam nas montanhas de Batang Toru no norte de Sumatra, na Indonésia, onde ocupam menos de 3% do habitat que ocupavam no final dos anos 1800, de acordo com um estudo publicado a 4 de janeiro na revista PLOS One.

Com menos de 800 orangotangos Tapanuli em Batang Toru, a espécie enfrenta agora a ameaça de extinção.

A pesquisa indica que se mais de 1% da população adulta for morta, capturada ou deslocada a cada ano, o orangotango Tapanuli irá tornar-se a primeira espécie de grandes macacos a extinguir-se nos tempos modernos, alerta Erik Meijaard, principal autor do estudo.

O estudo, baseado em registos históricos da região, descobriu que os macacos foram levados para as montanhas Batang Toru por caçadores, devido à fragmentação do seu antigo habitat.

Idealmente, os orangotangos Tapanuli deveriam ser capazes de se deslocar entre uma variedade de ambientes, incluindo áreas de planície, para maximizar a sua possibilidade de sobrevivência. Contudo, segundo os autores do estudo, os animais permanecem presos em terras altas – locais que não são adequados para a espécie.

Para piorar a situação, o seu atual habitat poderá, em breve, ser ameaçado por uma nova central hidroelétrica, que, a ser construída, estará localizada no rio Batang Toru, na regência de Tapanuli do Sul, Sumatra do Norte.

A construção de 122 hectares poderá bloquear o encontro de várias sub populações de orangotangos Tapanuli, o que pode levar à endogamia e limitar a diversidade genética da espécie.

No entanto, também há boas notícias.

De acordo com o Live Science, a empresa PT North Sumatera Hydro Energy (PT NHSE) interrompeu a construção da central devido à pandemia de covid-19.

O projeto também perdeu recursos importantes do Banco da China, por isso a construção pode permanecer parada durante vários anos.

Meijaard e a sua equipa querem que a empresa, o governo, a IUCN e o Programa de Conservação de Orangotangos de Sumatra (SOCP) aproveitem esta pausa para lançar uma investigação independente de modo a avaliar a ameaça aos orangotangos.

https://zap.aeiou.pt/primatas-mais-raros-extinguir-se-392080

 

Ártico - Extensão máxima do gelo marinho no inverno é a sétima mais baixa da história !

Em 2021, a extensão do gelo marinho no inverno atingiu o seu máximo a 21 de março. As observações da NASA indicam que o cenário não é o mais favorável, uma vez que a extensão é a sétima mais baixa já registada, empatando com o ano de 2007.

A extensão do gelo marinho durante o último inverno foi cerca de 14,77 milhões de quilómetros quadrados, ou seja, menos 880.000 quilómetros quadrados do que a extensão mediana para o período entre 1981 e 2010.

A menor extensão de gelo no Ártico no inverno foi registada em 2017, quando atingiu 14,41 milhões de quilómetros quadrados.

Esta redução dramática é uma consequência direta do aquecimento global, tendo em conta que sete em cada dez das extensões mais baixas do inverno ocorreram na última década – o que, segundo os especialistas, faz não faz prever um futuro muito risonho.

Como explica o IFL Science, existem ciclos de variabilidade natural que afetam a extensão do gelo no verão e no inverno, sendo a oscilação Ártica, um padrão de anomalias de pressão ao nível do mar, um desses ciclos.

No entanto, os fenómenos naturais presentes e combinados por si só não podem explicar o que está a acontecer nesta região do planeta, pois a enorme mudança ambiental também está na mão dos humanos.

As observações de satélite têm registado as mudanças no gelo marinho desde 1978. Desde então, o gelo ártico tem diminuído todos os meses e virtualmente em todas as regiões do círculo ártico.

Relativamente à extensão do verão, desde 2002, o mínimo tem também sido consistentemente muito menor do que a média de longo prazo.

De recordar que em outubro do ano passado, uma importante região da costa da Sibéria, o Mar de Laptev não congelou pela primeira vez na história, o que levou a que o verão passado tivesse a segunda menor extensão de gelo marinho de sempre.

Esta região é considerada um berçário de gelo marinho, por isso esta situação terá grandes consequências futuras.

Muitos investigadores estimam que o Ártico não terá gelo durante o verão por volta de 2030 e 2050.

Extremos Climáticos - A primavera já é a estação mais chuvosa do ano, mas a tendência pode piorar !

“As chuvas de abril trazem as flores de maio”, o ditado é antigo e, segundo a ciência, é verdadeiro. Talvez por isso o início da primavera traga meses previsivelmente tão chuvosos, sobretudo no hemisfério norte.


A primavera não ocorre ao mesmo tempo em todo o mundo. A mudança das estações resulta da rotação da Terra em torno do Sol, por isso o tempo de uma determinada estação depende do hemisfério onde se vive.

No hemisfério norte, a primavera estende-se entre março e junho. No geral,  estes hemisfério recebe mais chuvas do que o sul, e este fenómeno tem uma explicação.

O facto de uma região ser particularmente chuvosa depende de fatores como latitude, altitude, ventos predominantes e topografia. Essa mistura de pontos-chave posiciona o hemisfério norte para receber mais chuvas durante a primavera, principalmente nos Estados Unidos.

Isto acontece porque nuvens formam-se a partir do vapor de água que evaporou da superfície da Terra. Durante a transição da primavera de temperaturas mais frias para mais quentes, o ar ao nosso redor aquece.

Assim, o ar frio e seco do inverno combina com o ar quente e húmido do verão. A mistura de temperaturas faz com que o ar suba e a humidade surge em forma de chuva.

O fenómeno leva a uma primavera especialmente húmida no hemisfério norte devido a uma combinação de condições ideais de temperatura, proximidade de cadeias de montanhas e ventos predominantes.

Quando o verão se aproxima, as chuvas de primavera transformam-se em chuvas ocasionais à medida que as temperaturas aumentam.

Por outro lado, embora também chova no hemisfério sul durante a primavera, o fenómeno não acontece em todas regiões do mundo.

De acordo com Kevin Trenberth, cientista no National Center for Atmospheric Research (NCAR), a configuração dos continentes e do oceano é bastante diferente ao sul do equador.

Mais a sul, os continentes são subtropicais e as principais trilhas das tempestades ficam em latitudes mais altas do que no hemisfério norte, o que significa que países como a Nova Zelândia, Tasmânia, Chile ou Argentina são os que mais sofrem com as tempestades de primavera, refere o Discover.

Por exemplo, nos EUA, as tempestades movem-se do Pacífico para a região leste, enquanto captam muita humidade do Golfo do México, o que leva a que muitas vezes sejam criadas grandes tempestades e surtos de tornados.

Contudo, é importante frisar que o aquecimento global, induzido pelas mudanças climáticas, provocou uma mudança nas estações em todo o mundo.

Com invernos mais curtos e primaveras que se iniciam mais cedo, o aumento das temperaturas também é perturbador nos padrões climáticos: à medida que o mundo fica mais quente, a água evapora mais rápido, o que leva à uma maior presença de humidade na atmosfera sobre os oceanos.

Esta situação desencadeia chuvas mais intensas, pode criar mais tempestades e aumentar o risco de inundações na primavera.

https://zap.aeiou.pt/primavera-chuvosa-tendencia-piorar-392101

 

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