Joe Biden já tem os votos necessários para ser, oficialmente, escolhido para Presidente dos Estados Unidos. O candidato democrata já tinha obtido 306 votos do colégio eleitoral, contra os 232 de Donald Trump. Bastavam 270 votos para assegurar a presidência norte-americana.
Mike Pence, republicano que preside aos trabalhos no Congresso – e que ainda é vice-Presidente -, confirmou esta quinta-feira a vitória de Biden-Harris.
O Presidente cessante Donald Trump já reagiu à notícia, pondo um ponto final ao impasse, num comunicado colocado no Twitter por um membro da sua administração, Dan Scavino (diretor de comunicações).ganhou a segunda volta das eleições no estado norte-americano da Geórgia, tornando-se o mais jovem senador dos Estados Unidos e garantindo a maioria democrata do Senado, noticia a Associated Press.
Com 33 anos, Ossoff derrotou o republicano David Perdue, de 71, que ocupou o assento nos últimos seis anos e tinha o forte apoio do Presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump. “Geórgia, obrigado pela confiança que me concederam”, dissera já hoje o candidato, numa breve declaração em que reivindicara a vitória.
Com a vitória de Ossoff, os democratas assumem o controlo do Senado dos Estados Unidos, dando a Joe Biden o apoio das duas câmaras do Congresso, quando assumir o cargo de Presidente a 20 de janeiro.
O estado da Geórgia realizou na terça-feira a segunda volta das eleições para os dois assentos que detém no Senado dos Estados Unidos, uma eleição decisiva para saber quem controlará a câmara alta do Congresso.
Um dos dois lugares fora já garantido pelo democrata Raphael Warnock, que bateu a senadora republicana Kelly Loeffler, tornando-se o primeiro senador negro na história do estado conservador.
Com esta dupla vitória na Geórgia, os democratas obtêm 50 lugares no Senado, tal como os Republicanos. Mas, tal como previsto na Constituição, a futura vice-presidente Kamala Harris teria o poder de “desempatar”, fazendo pender o equilíbrio da balança para os democratas.
Invasão do Capitólio faz quatro mortos
Pelo menos quatro pessoas morreram na quarta-feira na invasão do Capitólio, em Washington, anunciou a polícia citada pela agência de notícias Associated Press (AP).
A polícia da capital dos Estados Unidos usou armas de fogo para proteger congressistas e a AP já tinha dado conta da morte de uma mulher, alvejada no interior do Capitólio. A mesma força adiantou agora que mais três pessoas morreram no hospital.
A polícia deu ainda conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump utilizaram substâncias químicas durante as horas de ocupação do edifício do Capitólio.
A mulher foi alvejada no início da quarta-feira quando a multidão tentou arrombar uma porta barricada no Capitólio, onde a polícia estava armada do outro lado. A mulher foi hospitalizada com um ferimento de bala e morreu mais tarde.
Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declararam que o edifício do Capitólio estava em segurança.
Apoiantes do Presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do Congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.
A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington decretaram o recolher obrigatório entre as 18h e as 6h locais. O debate no Senado foi retomado pelas 20h.
Facebook e Twitter bloqueiam contas de Trump
A redes sociais Facebook e o Twitter suspenderam a conta de Donald Trump, na sequência da violência no Capitólio provocada pelos apoiantes do Presidente cessante norte-americano.
“Encontrámos duas infrações às nossas regras na página do Presidente Donald Trump que resultaram numa suspensão de 24 horas, o que significa que não pode publicar na plataforma durante este período”, indicou o grupo californiano, numa mensagem na rede social Twitter.
O Facebook e o Twitter retiraram um vídeo do republicano a pedir aos manifestantes para “regressarem a casa”, mas no qual declarava também que a eleição tinha sido roubada sem apresentar provas.
“Foram eleições fraudulentas e não as podemos entregar nas mãos destas pessoas. Mas temos de ter paz. Ide para casa, adoramos-vos, vocês são muito especiais. Sei como se sentem, mas ide para casa. Ide em paz”, disse Trump.
“Temos uma eleição que nos foi roubada. Todos o sabem, especialmente o outro lado. Mas vocês têm de ir para casa, temos de ter paz. Não queremos ninguém ferido. Estes são tempos difíceis como não há memória. Isto foi-nos tirado. Foi tirado a vocês, a mim, ao nosso país”, disse.
O Twitter ameaçou suspender permanentemente a conta de Trump, depois de ter retirado três tweets do Presidente cessante e o mesmo vídeo. Esta é a primeira vez que a plataforma remove os tweets de Trump por razões que não os direitos de autor.
“A conta @realDonaldTrump será bloqueada durante 12 horas após a remoção destes tweets. Se estes tweets não forem eliminados [pelo seu autor], a conta permanecerá bloqueada”, explicou o Twitter.
“Esta é uma situação de emergência e estamos a tomar medidas de emergência apropriadas, incluindo a remoção do vídeo do Presidente Trump que acaba por contribuir para o risco de violência em vez de a diminuir”, disse o vice-presidente do Facebook, responsável pela integridade da plataforma, Guy Rosen.
A conta de Trump foi também bloqueada na aplicação Instagram.
As reações à invasão do Capitólio
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram “um ataque sem precedentes à democracia” do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.
A líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, defendeu que a certificação do Congresso da vitória eleitoral de Joe Biden iria mostrar ao mundo a verdadeira face do país.
O ex-Presidente Barack Obama considerou que os episódios de violência eram “uma vergonha”, mas não “uma surpresa”.
O também antigo Presidente Bill Clinton denunciou um “ataque sem precedentes” contra as instituições do país “alimentado por mais de quatro anos de política envenenada”.
O governo português condenou os incidentes, à semelhança da Comissão Europeia, do secretário-geral da NATO e dos governos de vários outros países.
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