quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

China terá espiado norte-americanos através da rede móvel das Caraíbas !

A China terá usado redes telefónicas das Caraíbas para vigiar assinantes da rede móvel dos Estados Unidos como parte da sua campanha de espionagem contra norte-americanos.


A informação é revelado por um especialista em segurança de rede móvel que analisou dados de sinais sensíveis, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

As descobertas pintam um quadro alarmante da forma como a China terá explorada vulnerabilidades de décadas na rede global de telecomunicações para direcionar ataques de vigilância “ativa” através de operadoras de telecomunicações.

Os alegados ataques parecer ter permitido que a China vigiasse, rastreasse e intercetasse comunicações telefónicas de assinantes da rede móvel dos Estados Unidos, de acordo com Gary Miller, ex-executivo de segurança de rede móvel.

Miller, que passou anos a analisar relatórios de inteligência de ameaças móveis e observações de tráfego de sinalização entre operadoras móveis estrangeiras e americanas, disse que, em alguns casos, a China parece ter usado redes nas Caraíbas para conduzir a sua vigilância.

No cerne das acusações estão as alegações de que a China, usando uma operadora de rede móvel controlada pelo Estado, está a enviar mensagens de sinalização a assinantes dos Estados Unidos, geralmente enquanto estão a viajar para o exterior.

Mensagens de sinalização são comandos enviados por operadoras de telecomunicações através da rede global, sem o conhecimento do utilizador. As mensagens permitem que as operadoras localizem telemóveis, liguem utilizadores uns aos outros e avaliem as tarifas de roaming.

Algumas mensagens de sinalização podem ser usadas para fins ilegítimos, como rastreamento, monitorização ou interceptação de comunicações.

As operadoras de rede móvel dos Estados Unidos podem bloquear muitas dessas tentativas, mas Miller acredita que os Estados Unidos não foram suficientemente longe para proteger os utilizadores que não estarão cientes de como as suas comunicações são inseguras.

 

Em 2018, Miller descobriu que a China tinha conduzido o maior número de ataques de vigilância aparentes contra assinantes de redes móveis dos Estados Unidos em redes 3G e 4G. A grande maioria foi encaminhada através da operadora de telecomunicações estatal China Unicom, o que, segundo Miller, aponta para uma campanha de espionagem patrocinada pelo Estado.

Dezenas de milhares de utilizadores de telemóveis nos Estados Unidos terão sido afetados pelos alegados ataques vindos da China entre 2018 e 2020.

Miller deixou recentemente um emprego na Mobileum, uma empresa de segurança móvel que rastreia e relata ameaças a operadoras móveis, para iniciar a Exigent Media, uma empresa de investigação de ameaças cibernéticas.

O especialista disse que estava a partilhar as suas descobertas com o The Guardian para ajudar a expor “a gravidade dessa atividade” e para encorajar a implementação de contramedidas e políticas de segurança mais eficazes.

https://zap.aeiou.pt/china-espiado-americanos-caraibas-366076

 

Queniano acusado de preparar ataque semelhante aos atentados do 11 de setembro de 2001 !

Um cidadão queniano, com alegadas ligações ao grupo jihadista Al Shabaab, foi esta terça-feira acusado pela procuradoria federal dos EUA de planear o sequestro de um avião e efetuar um ataque semelhante aos atentados do 11 de setembro.


O indiciado, identificado como Cholo Abdi Abdullah, “obteve treino como piloto e investigou como sequestrar um avião para lançar um ataque ao estilo do 11 de setembro sob a direção do Al Shabaab“, um grupo vinculado à Al-Qaida e que planeou os ataques de 2001 em território dos Estados Unidos com um balanço de quase 3 mil mortos.

De acordo com um comunicado da procuradoria, o acusado, que poderá ser condenado a prisão perpétua caso seja considerado culpado, foi detido nas Filipinas em julho de 2019 e deportado na terça-feira para os Estados Unidos, onde comparecerá perante a juíza Analisa Torres num tribunal federal de Nova Iorque para escutar as atas de acusação.

“Como se alega, Cholo Abdi Abdullah obteve treino como piloto nas Filipinas como parte de uma conspiração terrorista dirigido por altos líderes do Al Shabaab, como preparação para tentar sequestrar um avião comercial e dirigi-lo contra um edifício nos Estados Unidos”, disse o procurador geral do distrito de Manhattan, Audrey Strauss.

A procuradoria considera que a preparação desta operação se insere numa campanha terrorista do Al Shabaab em resposta à decisão dos Estados Unidos em reconhecer Jerusalém como capital de Israel e denominada “Operação Jerusalém nunca será judaizada”.

https://zap.aeiou.pt/acusado-ataque-semelhante-11-setembro-366355

 

Disney World adicionava máscaras digitais às fotos de visitantes que não as estavam a usar !

A ideia é no mínimo caricata, mas não agradou a todos os utilizadores do parque temático. A denúncia da situação acabou por ser feita por um visitante, mas entretanto a Disney já veio dizer que interrompeu esta prática.

Desde que a pandemia de covid-19 eclodiu no mundo, são muitas as formas que se têm arranjado para fazer com que a população cumpra o distanciamento social, e também as regras de higiene recomendadas. Contudo, alguns destes métodos podem não corresponder ao que é aconselhado pelas autoridades de saúde. Terá sido esse o caso da Disney Word.

O parque temático optou por fazer com que os seus visitantes usassem máscara de uma forma bastante diferente do habitual. O facto dos parques da Disney World serem inflexíveis no que diz respeito ao uso da máscara dentro dos seus recintos, fez com que se munissem de alguma criatividade tecnológica e colocassem máscaras digitais na cara de visitantes que as retiravam durante o uso dos divertimentos.

Toda a gente conhece as famosas fotos tiradas durante o passeio num divertimento de um parque temático, porém, na era covid, a Disney teve que as adaptar. A aplicação de mascaras digitais surgiu devido à regra de que se alguém não estivesse a usar uma máscara durante o passeio, nem essa pessoa nem qualquer outro visitante presente na foto conseguiria fazer o download da mesma na aplicação da Disney (nem imprimi-la).

O facto é que bastava uma pessoa não estar a usar máscara, que todas as outras também ficavam condicionadas no acesso às fotos. A solução da Disney foi então começar a colocar máscaras digitalmente.

No entanto, esta ideia não agradou a todos os visitantes.

Tony Townsend, que esteve presente no parque, denunciou a situação através do Facebook, onde publicou uma imagem na qual foi feita uma alteração digital, e onde o parque de diversões adicionou máscaras a pessoas que não as tinham colocadas.

A imagem mostra uma mulher no banco de trás com uma máscara facial digitalizada de grandes dimensões.

Perante o controverso acontecimento, a Disney referiu ao WDW News Today, através de um comunicado, que neste momento a prática já foi interrompida e que tudo se tratou apenas de “um teste”.

“Em resposta às solicitações dos visitantes, testamos a modificação de algumas fotos no momento em que estavam a utilizar um dos divertimentos. Não estamos mais a realizar esta prática, mas continuamos a pedir aos nossos clientes que usem máscaras, exceto quando estão a comer ou quando estão a beber”, disse o comunicado.

O que ainda não está claro é se a Disney vai continuar com a sua rígida política de fotos, onde não permite que ninguém presente na foto tenha acesso a esta, caso algum dos visitantes não esteja a usar máscara.

https://zap.aeiou.pt/disney-world-mascaras-digitais-fotos-365934

 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Grandes eleitores do Arizona votaram a partir de um local secreto devido a ameaças de violência !

Todos os 11 grandes eleitores do estado norte-americano do Arizona votaram esta segunda-feira a partir de um lugar cuja localização foi mantida em segredo devido a ameaças de violência contra os membros do Colégio Eleitoral. 


A revelação foi feita esta terça-feira pela secretária de Estado do Arizona, Katie Hobbs, numa entrevista concedida à emissora norte-americana CNN.

“Vimos, ao longo da passada, uma retórica e ameaças cada vez mais crescentes e, por isso, decidimos alterar [o local de voto dos grandes eleitores do Arizona] para a segurança de todos os envolvidos”, explicou a governante.

O Colégio Eleitoral é o grupo de Grandes Eleitores requerido pela Constituição norte-americana para eleger o Presidente e o vice-Presidente, após as eleições que decorrem a cada quatro anos, em função da votação em cada estado, explica a agência Lusa.

Nas eleições de 3 de novembro, o democrata Joe Biden conseguiu os votos suficientes para garantir 306 Grandes Eleitores – bem acima dos 270 necessários para a maioria dos 538 votos no Colégio Eleitoral – contra 232 de Trump.

Contudo, cada Grande Eleitor tem a liberdade de escolher o candidato em que votará na reunião, podendo desrespeitar as indicações manifestadas pelo voto popular.

O Arizona foi um estado importante para a eleição de Joe Biden, tendo o democrata vencido o republicano Donald Trump neste território por mais de 10.000 votos, segundo escreve o jornal norte-americano The Washington Post.

Katie Hobbs falou ainda sobre as alegações de fraude de que esta eleição presidencial tem sido alvo durante a reunião do Colégio Eleitoral do Arizona nesta segunda-feira, que foi transmitida em tempo real através da rede social Facebook.

“Tivemos uma eleição extremamente bem dirigida e observamos uma participação eleitoral historicamente alta (…) Embora exista quem esteja chateado com o facto de o candidato não ter vencido, é é patentemente anti-americano e inaceitável que o evento de hoje seja algo menos do que uma tradição honrada, realizada com orgulho e celebração”.

De acordo com a democrata, as alegações sobre fraude geraram “ameaças de violência” contra a própria, bem como ao seu gabinete, acrescentou, dando conta que teve conhecimento de relatos semelhantes de ameaças e intimidação noutros estados.

“É tempo de virar a página”. Biden apela a Trump que desista, William Barr demite-se

https://zap.aeiou.pt/grandes-eleitores-do-arizona-votaram-partir-um-local-secreto-devido-ameacas-violencia-365925

 

Vietname - Escritor condenado a 12 anos de prisão por escrever críticas ao governo !

Um escritor e ativista vietnamita foi condenado esta terça-feira a 12 anos de prisão por ter escrito artigos criticando o governo, que publicou na sua página no Facebook, uma década depois de ter sido foi libertado por um crime semelhante.


Em 2009, o escritor e poeta Tran Duc Thach, de 69 anos – condenado agora sob a acusação de tentativa de derrubar o governo – esteve preso durante três anos por criar “propaganda contra o Estado”, tendo entrado na lista de 10 mil reclusos que receberam amnistia em 2011.

Nos últimos meses, o Governo vietnamita intensificou os esforços para silenciar os críticos e dissidentes. Thach foi detido em abril e o julgamento desta terça-feira durou cerca de cinco horas, noticiou a agência AFP.

“No tribunal, Thach admitiu o seu crime”, relatou a media estatal. O ativista foi acusado de escrever e publicar vários artigos “distorcendo eventos económicos, socio-políticos, enegrecendo e humilhando líderes do partido e do Estado” na sua página do Facebook, entre maio de 2019 a março de 2020, informou.

A poesia de Thach se concentra na vida sem liberdade e justiça e os seus romances cobrem abusos dos Direitos Humanos e o sistema jurídico do país. No seu livro de memórias, “A Haunting Collective Grave”, conta a história do assassinato em massa de civis por soldados do exército em Dong Nai, em abril de 1975, que o próprio testemunhou.

O vice-diretor da Human Rights Watch na Ásia, Phil Robertson, criticou a detenção. “Quando o Vietname vai perceber que cidadãos como Tran Duc Thach devem ser homenageados pelo seu compromisso com a reforma e os direitos, e não perseguidos por apontar as deficiências do governo e da sociedade?”, disse em comunicado. A organização informou que o escritor terá sido detido pelo menos 10 vezes desde 1978.

No início deste mês, a Amnistia Internacional acusou o Facebook de ajudar a censurar a dissidência pacífica e a expressão política no país. A rede social admitiu que estava a bloquear conteúdo considerado ilegal pelas autoridades, enquanto o seu último relatório sobre transparência revelou um aumento de quase 1000% no conteúdo censurado por ordem do governo, em comparação com os seis meses anteriores.

https://zap.aeiou.pt/escritor-do-vietna-preso-12-anos-causa-artigos-criticos-ao-governo-365969

 

Relações entre pessoas do mesmo sexo continuam a ser crime em 69 países !

Apesar do progresso nos direitos da comunidade LGBT, dezenas de países ainda criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo. Em seis desses, a homossexualidade é punível com a morte, segundo um relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais (ILGA).


No novo relatório, divulgado esta terça-feira, a ILGA encontrou um “progresso considerável” ao nível da proteção legal para pessoas LGBTI. Mesmo durante a pandemia “ocorreram desenvolvimentos positivos”, disse a organização, citada esta terça-feira pela agência AFP.

No entanto, 69 Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) continuam a criminalizar as relações sexuais entre pessoas do mesmo género. A ILGA verificou que 34 desses países aplicaram ativamente essa lei nos últimos cinco anos. O relatório alertou, contudo, que o número real de países onde isso acontece pode ser “muito maior”.

“Onde quer que existam tais disposições legais, as pessoas podem ser denunciadas e presas a qualquer momento”, disse o coordenador da pesquisa e um o autor principal do relatório, Lucas Ramon Mendos. Os indivíduos “condenados à prisão, açoitamento público ou até a morte”, sublinhou.

Em seis estados membros da ONU – Brunei, Irão, Mauritânia, Arábia Saudita, Iémen e 12 estados do norte da Nigéria -, a pena de morte é a punição estabelecida para as relações homossexuais. Segundo o relatório, esta medida pode ainda ser aplicada no Afeganistão, no Paquistão, no Qatar, na Somália e nos Emirados Árabes Unidos.

O mesmo relatório mostrou que outros 42 países ergueram barreiras legais quanto à liberdade de expressão, às questões de orientação sexual e à identidade de género, enquanto 51 têm leis específicas para a criação de Organizações Não-Governamentais (ONG’s) que trabalham com questões LGBTI.

Para a diretora de Programas da ILGA, Julia Ehrt, alguns governos aproveitaram a crise do coronavírus para intensificar os esforços para “oprimir, perseguir e discriminar violentamente” a comunidade, apontando a proliferação das “zonas livres de LGBT” em países como a Polónia e a Indonésia, assim como apoio para “terapias de conversão”.

Em julho, o Sudão revogou a pena de morte para atos sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo. A Alemanha passou a integrar o grupo de quatro Estados-membros da ONU que proíbem as terapias de conversão a nível nacional. Já a Costa Rica se juntou ao número crescente de países que introduziram a igualdade no casamento.

O relatório mostrou ainda que, a partir deste mês, atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo passam a ser legais em 124 países – 64% dos Estados-membros da ONU. Enquanto isso, 81 países têm leis que protegem contra a discriminação no local de trabalho com base na orientação sexual, informou a ILGA.

https://zap.aeiou.pt/relacoes-mesmo-sexo-crime-69-paises-365946

 

Uma conferência em Boston com 100 participantes levou a centenas de milhares de casos em vários países !

Uma conferência da Biogen, em Boston, nos Estados Unidos, pode ter despoletado centenas de milhares de casos de coronavírus em vários países.


De acordo com o jornal britânico The Independent, a conferência da Biogen, em Boston foi realizada no final de fevereiro num hotel e acabou por gerar 333 mil casos. Os investigadores acreditam que a conferência é um dos primeiros surtos de covid-19 na cidade norte-americana.

Cientistas que analisaram o surto e a sua disseminação subsequente ligaram o evento de Boston a dezenas de milhares de infecções na Flórida.

O Boston Globe relatou que a conferência contou com a presença de só 175 pessoas e, no final do surto, mais de 100 tinham testado positivo para o coronavírus.

O estudo estima que a conferência da Biogen, em Boston, é responsável por aproximadamente 1,6% de todos os casos de covid-19 nos Estados Unidos desde o seu início.

Segundo o Mercury News, o surto resultou na disseminação do vírus para a Flórida, Carolina do Norte, Indiana, nos Estados Unidos – mas também para outros países como a Austrália, a Suécia e a Eslováquia.

No entanto, nem todas as reuniões em massa fechadas se transformam em eventos massivos de disseminação nacional. O relatório também analisou um caso de uma casa de repouso em Wilmington, Massachusetts, onde um surto em toda a instalação foi detetado após uma triagem casual.

O vírus infetou 82 dos 97 residentes e 36 funcionários. Duas dúzias de residentes morreram em duas semanas após receberem os testes, mas o surto permaneceu em grande parte na enfermaria.

Os investigadores determinaram que ambos os eventos eram perigosos – no caso da casa de repouso porque os residentes estavam em faixas etárias de alto risco e no caso da conferência porque os indivíduos provavelmente viajariam e espalhariam o vírus.

“As implicações podem ser maiores, quando medidas como um custo para a sociedade, para eventos de superespalhamento que envolvem populações mais jovens, mais saudáveis e mais móveis devido ao aumento do risco de transmissão subsequente”, revela o estudo.

Este novo estudo foi publicado este mês na revista Science.

https://zap.aeiou.pt/boston-eua-conferencia-surto-365826

 

Condenado à morte assassino japonês que atraía as vítimas pelo Twitter !

Um japonês de 30 anos foi esta terça-feira condenado por um tribunal de Tóquio à pena de morte por ter assassinado, em 2017, nove pessoas que atraiu a sua casa depois de as ter contactado na rede social Twitter.


O autor confesso das mortes, Takahiro Shiraishi, foi declarado culpado de roubar, assassinar, desmembrar e armazenar os corpos das vítimas em casa, na localidade de Zama, na região de Kanagawa, noticiou a agência Lusa.

O juiz Naokuni Yano afirmou que nenhuma das vítimas, apesar de ter manifestado pensamentos suicidas no Twitter, consentiu em ser morta. O consentimento das vítimas foi o principal ponto de debate entre a acusação e a defesa durante o julgamento.

As vítimas, oito mulheres e um homem, com idades entre os 15 e os 26 anos, foram assassinadas entre agosto e outubro de 2017.

Shiraishi entrou em contacto com as vítimas femininas através do Twitter e atraiu-as a casa com propostas para as ajudar a morrer. A única vítima masculina era o companheiro de uma das mulheres mortas e que entrou em contacto com Shiraishi depois do desaparecimento da companheira.

Durante o julgamento, o réu declarou que não ia recorrer da sentença, mesmo se fosse condenado à pena de morte. Esta é a segunda condenação à pena capital que a justiça japonesa determina em menos de uma semana.

No sábado, um tribunal do sudoeste do arquipélago condenou à morte por enforcamento um homem de 41 anos pelo homicídio em 2018 de cinco pessoas, incluindo a avó e o pai.

https://zap.aeiou.pt/condenado-morte-assassino-japones-twitter-365891

 

Um dos exoplanetas mais negros da nossa galáxia está a caminho de uma morte impetuosa !

Impressão artística do exoplaneta WASP-12b

A 1.410 anos-luz da Terra, o ultranegro WASP-12b está numa órbita cada vez mais perigosa. Novas pesquisas sugerem que a decadência visível é mais rápida do que a apontada por estimativas anteriores.

O WASP-12b é um dos exoplanetas mais interessantes que os cientistas conhecem: orbita uma estrela anã amarela um pouco maior do que o Sol, a 1.410 anos-luz de distância, e é conhecido como “Júpiter quente” – um exoplaneta gigante gasoso com massa e tamanho semelhantes a Júpiter, mas muito próximo da estrela.

De acordo com o Science Alert, este planeta ultranegro nunca esteve numa posição segura. O seu período orbital é de pouco mais de 24 horas, e, como se encontra tão perto da sua estrela, perde constantemente matéria da sua atmosfera.

Um novo artigo, aceite para publicação no The Astronomical Journal e disponível no arXiv, refere que a sua órbita está a deteriorar-se mais rápido do que os cientistas calcularam inicialmente: estimava-se que o exoplaneta seria destruído em 3,25 milhões de anos, mas as estimativas ajustadas apontam que o seu fim chegará em 2,9 milhões de anos.

Os júpiteres quentes tecnicamente não deveriam existir, principalmente se se tiver em conta os modelos atuais de formação estelar. Um gigante gasoso não se pode formar tão perto de uma estrela porque a gravidade, a radiação e os ventos estelares intensos deveriam impedir o gás de se aglutinar. No entanto, já foram identificadas várias centenas destes planetas.

WASP-12b é um dos júpiteres quentes mais próximos da sua estela, e tem sido um bom exemplo para analisar as interações de marés.

Mas este exoplaneta tem outras características curiosas: o WASP-12b é oticamente muito escuro, sendo que absorve 94% de toda a luz que incide sobre ele, o que o torna mais negro do que o asfalto. Os astrónomos acreditam que é por esse motivo que o planeta é muito quente – no seu lado diurno, as temperaturas chegam a 2.600 graus Celsius.

https://zap.aeiou.pt/exoplanetas-negros-morte-impetuosa-365578

 

Pacifico - O maior oceano do mundo está em perigo e nós também !!!

 

O Oceano Pacífico é o maior e mais profundo da Terra, cobrindo um terço do planeta. Um oceano tão vasto pode parecer invencível, mas apesar do seu tamanho, o seu delicado equilíbrio ecológico está em perigo.


À medida que expelimos dióxido de carbono na atmosfera, o Pacífico, tal como o resto dos oceanos, está a aumentar os seus níveis de acidez, e isso pode ser muito prejudicial tanto para os ecossistemas que nele habitam como para os seres humanos.

Os oceanos produzem a maior parte do oxigénio que respiramos, pois regulam o clima, fornecem-nos alimentos, são locais de diversão e recreação, mas também de bem-estar. Contudo, se não cuidarmos dele o resultado pode ser catastrófico, e o Pacífico já está a dar sinais.

O problema do plástico do oceano

Há evidências científicas do problema da presença do plástico no Oceano Pacífico desde a década de 1960. Apenas 20 rios são responsáveis ​​pelo transporte de dois terços do plástico dos oceanos do mundo e, desses 20, 10 desaguam no Pacífico Norte.

Os resíduos de plástico dos oceanos representam um perigo para a vida marinha, pois os animais podem ficar presos em detritos, como redes de pesca descartadas, causando ferimentos ou até mesmo afogamento.

Estes plásticos podem entupir a boca dos animais ou acumular-se nos seus estômagos. Quando isso acontece, os animais normalmente morrem de forma lenta e dolorosa.

Ainda assim, e em outros casos, o lixo de plástico pode acabar em diferentes locais do oceano. Uma parte afunda, outra acaba nas praias, e uma outra flutua na superfície carregada por correntes, ventos e ondas.

Cerca de 1% do lixo plástico acumula-se em cinco “ilhas de lixo” localizadas em mar aberto nas regiões subtropicais. Estes locais foram formados como consequência da circulação oceânica.

Existem duas ilhas de lixo subtropicais no Pacífico: uma no hemisfério norte e outra no hemisfério sul. O acúmulo de lixo no Pacífico Norte é dividido numa grande ilha oriental localizada entre a Califórnia e o Havaí, e uma ilha ocidental localizada a leste do Japão.

A ilha oriental foi descoberta no início do ano 2000 e é conhecida como A Grande Ilha do Lixo do Pacífico por representar a maior concentração de plásticos ambos por extensão (cerca de 1,6 milhão de quilómetros quadrados) conforme a quantidade de resíduos. A ilha de lixo do Pacífico Sul está localizada na costa de Valparaíso (Chile) e estende-se a oeste.

Com o tempo, os plásticos maiores tornam-se em microplásticos. Em altas concentrações, estes plásticos fazem com que a água adquira uma cor “turva”.

Parar melhorar esta situação, implicaria desenvolver planos de recolha e reciclagem de plásticos, ou até mesmo ceder a uma interrupção da produção.

Atividade piscatória à beira do colapso

Por ser o maior e mais profundo oceano do planeta, o Pacífico possui uma das maiores atividades piscatórias do mundo. Durante milhares de anos, a população usou esta região como zona de pesca para satisfazer as suas necessidades de alimentação e sustento.

Contudo, em todo o mundo, e não apenas no Pacífico, a pesca está a reduzir as populações de peixes a um ritmo mais acelerado do que demoram para se recuperar. Esta sobre exploração da pesca é considerada uma das maiores ameaças que os oceanos do mundo enfrentam.

Os humanos extraem cerca de 80 milhões de toneladas de vida selvagem dos oceanos a cada ano. Mas a redução das populações de peixes não é um problema apenas para os humanos, uma vez que os peixes desempenham um papel central nos ecossistemas marinhos e são um elo fundamental nas cadeias alimentares dos oceanos.

A sobre exploração da pesca ocorre quando os humanos extraem recursos acima do nível máximo, conhecido como “rendimento máximo sustentável”. A pesca acima desse nível causa o declínio afeta as cadeias alimentares, degrada os habitats e leva à escassez de alimentos para os humanos.

Existem muitas razões pelas quais ocorre a sobre exploração e pela qual esta permanece descontrolada. Os dados objetivos apontam que a pobreza dos pescadores nos países em desenvolvimento, a má gestão da pesca e comunidades piscatórias, a baixa conformidade com as restrições de pesca devido a autoridades locais fracas, são algumas das grandes razões.

Para evitar a sobre exploração, os governos devem combater o problema da pobreza e o acesso à educação nas comunidades piscatórias pobres, diz o The Conversation.

A luta contra a sobre exploração no Pacífico também deverá exigir a cooperação entre os países para controlar a atividade piscatória e garantir o cumprimento das restrições.

O colapso de áreas de pesca em todo o mundo apenas demonstra até que ponto a vida marinha é vulnerável. Milhões de pessoas dependem da produção de peixes para obter o seu sustento, mas se as coisas continuarem assim, não haverão apenas danos apenas nos aos oceanos, mas também a nós próprios.

Uma reação química

O aumento da acidez do oceano significa um diminuição do pH da água do mar e isto é causado pela absorção de dióxido de carbono da atmosfera. Este é mais um problema para os oceanos.

Os oceanos absorvem até 30% do CO₂ da atmosfera, o que desencadeia uma reação química que faz com que as concentrações de iões de carbono caiam e os iões de hidrogénio aumentem. Essa mudança faz com que a acidez das águas do oceano aumente.

Os iões de carbono são os blocos de construção das estruturas dos corais e dos organismos criadores de conchas. Perante esta situação, moluscos demonstraram ter mais dificuldades em criar e restaurar as suas conchas.

O aumento da acidez do oceano também é um problema para os peixes, uma vez que são muitos os estudos que indica que níveis elevados de dióxido de carbono podem alterar o seu olfato, visão e audição.

Dos sete oceanos do mundo, os oceanos Pacífico e Índico apresentam o maior aumento nos níveis de acidez desde 1991, o que significa a sua vida marinha é provavelmente também a mais vulnerável.

No entanto, o aumento da acidez dos oceanos não afeta todas as espécies marinhas de igual forma. Além disso, esses efeitos não são os mesmos ao longo da vida de cada organismo.

Ainda não é tão tarde

O aumento da acidez dos oceanos não é apenas uma ameaça para os corais. Devido às mudanças climáticas, a taxa de aquecimento dos oceanos duplicou desde a década de 1990. A Grande Barreira de Corais, por exemplo, viu um aumento de temperatura de 0,8 graus desde a Revolução Industrial.

Neste sentido, a redução das emissões de gases de efeito estufa deve tornar-se numa preocupação global. Se o mundo atingir as metas do Acordo de Paris e impedir que as temperaturas globais aumentem acima de um grau e meio, o Pacífico pode conseguir sofrer quedas menos drásticas no pH oceânico.

No entanto, é necessário reduzir as emissões para manter o aquecimento global abaixo de 1,5 graus.

As decisões que tomamos hoje irão afetar a vida dos oceanos amanhã.

https://zap.aeiou.pt/acontecer-pacifico-maior-oceano-perigo-365320

Possibilidade de não haver natal - Europa volta a confinar, Governos têm medo das consequências das festividades !

 

Depois da Holanda, da Alemanha e do Reino Unido, também a Itália, a República Checa e a Espanha se preparam para apertar as medidas com medo da multiplicação de casos no Natal.


Com medo de uma possível terceira vaga após as festividades natalícios, vários países na Europa têm vindo a apertar as medidas para travar a pandemia durante esta época do ano, depois de ações anteriores não terem conseguido fazer baixar os casos de infeção pelo novo coronavírus e após um aumento de casos que poderão estar ligados a celebrações ou compras de Natal.

Estes países vão desde Itália, o primeiro país a sofrer com a pandemia na Europa, ao Reino Unido, onde se detetou uma nova variante do coronavírus que se propaga mais rapidamente do que outras.

Em Itália, as autoridades têm estado assustadas não só com os números mas também com a dimensão de ajuntamentos nas ruas de várias cidades para as compras de Natal. O país passou a ser detentor do maior número de mortes por covid-19 na Europa, ultrapassando já o total de mais de 65 mil mortos.

Por essas razões, aguarda-se a qualquer momento o anúncio de novo confinamento nacional desde a véspera de Natal até 2 de janeiro para evitar um previsto aumento de infeções durante as celebrações. O governo de Giuseppe Conte já tinha anunciado algumas restrições, como o não haver missa do galo, mas as novas medidas que estão ainda a ser estudadas pelo executivo devem ir mais além, como avança a imprensa italiana.

República Checa retoma recolher obrigatório

Mais radical está já a República Checa: recolhimento obrigatório noturno entre as 23h e as 7h é retomado na sexta-feira. O governo checo decidiu também encerrar bares e restaurantes e limitar as movimentações, depois de um aumento significativo dos contágios em consequência do relaxamento nas medidas.

As lojas e serviços vão continuar abertos, embora devam obedecer a estritas medidas de higiene, as visitas em lares de idosos mantêm-se, embora os visitantes tenham que ser submetidos a testes rápidos antes de o fazerem.

Espanha celebra Natal e Ano Novo de forma desigual

Em Espanha, as celebrações serão feitas de forma desigual, com cada região a decidir que medidas aplicar além das previstas no plano acordado entre o governo central e as comunidades autónomas para travar os contágios durante o Natal.

O plano prevê a proibição de viajar entre regiões, com exceção das deslocações para reuniões familiares. As refeições não podem ter mais do que 10 pessoas e o início do atual recolher obrigatório diário é atrasado para a 1h30 da madrugada no dia de Natal e no de Ano Novo.

Estas medidas mínimas são de aplicação obrigatória, podendo as 17 comunidades autónomas acrescentar outras mais rígidas. É o caso de Valência que está a estudar a possibilidade de apertar ainda mais as medidas, após ser a região com mais incidência de internamentos em Espanha na última semana.

Estes três países juntam-se à Holanda, Reino Unido e Alemanha que ontem apertaram as restrições.

Londres em nível máximo de alerta

O primeiro a fazer um anúncio de medidas mais restritivas foi o ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, que referiu que Londres e algumas localidades de Essex e Hertfordshire vão passar para o nível 3 de restrições, o mais alto. A medida foi anunciada após o mayor de Londres ter dito que a situação na capital era “profundamente preocupante”.

Restaurantes e pubs vão estar encerrados, funcionando apenas com entregas para fora, e serão permitidos encontros entre pessoas que não sejam do mesmo agregado a familiar ou “bolha de apoio” (que prestem cuidados a dependentes, por exemplo) apenas ao ar livre e em locais públicos.

São ainda desaconselhadas viagens de zonas fora deste escalão para as zonas de nível 3, esclareceu Hancock. As medidas entram em vigor já na quarta-feira.

Já o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, anunciou na segunda-feira novo confinamento de cinco semanas até 19 de janeiro. As creches e as escolas da Holanda, bem como todas as atividades consideradas não essenciais, vão encerrar para se tentarem conter as infeções pelo novo coronavírus.

À exceção de supermercados, mercearias e farmácias, todos os estabelecimentos vão encerrar a partir de terça-feira, incluindo museus, cinemas, salas de espetáculos e jardins zoológicos.

Os encontros, mesmo em casa, não podem incluir mais de duas pessoas fora do agregado. Apenas há uma exceção no Natal, em que cada casa pode receber três adultos.

Apesar das medidas mais restritas, há quem acredite que os facilitismos de Natal podem trazer graves problemas de saúde pública ao Reino Unido. As revistas científicas BMJ e Health Service Journal alertam que permitir que as famílias se encontrem no Natal vai fazer aumentar os casos e que sistema nacional de saúde britânico não vai aguentar.

Em vez de aliviarem as medidas e permitirem que até três agregados familiares se juntem no Natal, como tem sido discutido, os dois editores das revistas sugerem que se adote medidas mais parecidas com o que está a ser feito na Alemanha, Itália ou Holanda. E explicam porquê: apesar das medidas restritivas que estão atualmente em vigor, o número de pessoas internadas está a subir.

Alemanha prepara Natal mais “duro”

Também a Alemanha vai endurecer as medidas de combate à pandemia da Covid-19 durante o período do Natal, uma vez que o número de novos casos de infeção por dia continua a aumentar, anunciou a chanceler alemã, Angela Merkel. A partir de quarta-feira, 16 de dezembro, a esmagadora maioria das lojas vai fechar — e assim será até ao dia 10 de janeiro.

Bares e restaurantes vão manter-se fechados até à mesma data, mas as escolas, que deveriam manter o seu calendário de funcionamento normal, vão encerrar mais cedo e ficar fechadas entre 16 de dezembro e 10 de janeiro.

Eslováquia e o “não milagre” dos testes rápidos

Há pouco mais de um mês, a Eslováquia espantava o mundo quando, em apenas dois dias, testou dois terços da sua população de cerca de 5,5 milhões. A pandemia parecia controlada, a curva baixou, mas os números dos últimos dias estão, de novo, a bater máximos.

Apesar de inicialmente o plano de fazer testes rápidos ter ajudado a diminuir o número de contágios, em dezembro, o vento da pandemia mudou de direção e a curva ameaçou uma subida. A 12 de dezembro, um dia depois de serem anunciadas as primeiras medidas restritivas, a Eslováquia chegava ao seu pico: 3.707 contágios registados em 24 horas, o maior número jamais contado desde o início da pandemia.

Ainda hoje os eslovacos vão conhecer as regras para o Natal. Tudo indica que serão apertadas.

https://zap.aeiou.pt/natal-europa-confinar-governos-366043

Terramoto ocorre na fronteira do Chile com Bolívia durante eclipse solar !

Terremoto ocorre na fronteira do Chile com Bolívia durante eclipse solar
Crédito da imagem: depositphotos
De acordo com a agência de notícia Reuters, um terremoto de magnitude 6,1 atingiu a região da fronteira Chile-Bolívia, no mesmo momento que ocorria o eclipse solar mais ao sul, disse hoje o Centro Alemão de Pesquisa de Geociências GFZ.

O terremoto ocorreu à uma profundidade de 90 quilômetros e ainda não há relatos de danos físicos ou materiais, se é que houve.

Coincidência?

https://www.ovnihoje.com/2020/12/14/terremoto-ocorre-na-fronteira-do-chile-com-bolivia-durante-eclipse-solar/

 

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Investigação revela que espiões russos seguiram Navalny desde 2017 e tentaram envenená-lo outras duas vezes !

Uma equipa de agentes do Serviço de Segurança Federal Russo (FSB) estava por trás da tentativa de assassinato, revelou o prório dissidente russo.


O opositor russo Alexei Navalny, ativista anticorrupção e crítico do Kremlin, apresentou registos telefónicos e listas de passageiros de companhias aéreas como evidência de que o grupo FSB – principal agência sucessora da KGB da era soviética – estava por trás do envenenamento, num vídeo publicado no YouTube.

Navalny adoeceu gravemente durante um voo da Sibéria para Moscovo em agosto. Foi levado primeiro a um hospital em Omsk, no sudoeste da Sibéria e, depois, levado para Berlim para tratamento. Laboratórios alemães, franceses e suecos determinaram que foi envenenado por um agente nervoso Novichok da era soviética.

“Eu sei quem quis me matar”, disse o ativista num vídeo de quase uma hora publicado no YouTube, antes de publicar os retratos dos acusados. A operação, segundo Navalny, teria sido conduzida por uma equipa de pelo menos oito agentes a mando do presidente Vladimir Putin.

Um membro do grupo FSB alegamente envolvido na tentativa de homicídio relatou o sucedido diretamente ao presidente russo, Vladimir Putin, segundo uma investigação conjunta envolvendo Bellingcat, o site russo The Insider, o jornal alemão Der Spiegel e a emissora CNN.

Os meios de comunicação estão a conduzir uma investigação contínua para descobrir quem está por trás do envenenamento.

As alegações de Bellingcat, parceiros e Navalny surgiram um dia depois que o jornal britânico The Times alegou que o Kremlin tentou envenenar a figura da oposição russa Alexei Navalny uma segunda vez após a primeira tentativa ter falhado.

A equipa de agentes do FSB parece ter tentado pelo menos duas outras vezes envenená-lo com a arma química Novichok, segundo Navalny. As duas vezes anteriores não tiveram sucesso porque a dosagem era muito pequena.

Navalny explicou ainda que a equipa precisava de ter cuidado para não usar muito veneno porque uma morte instantânea seria muito fácil de investigar.

A investigação identifica os agentes do FSB Alexey Alexandrov, Ivan Osipov – ambos médicos – e Vladimir Panyaev, que seguiu Navalny até a cidade russa de Tomsk, onde foi envenenado, juntamente com outros.

Navalny e os meios de investigação, incluindo Bellingcat, apresentaram metadados de telefone, registos de voos sobrepostos e bancos de dados offline previamente vazados como evidência das suas alegações.

Por exemplo, a investigação Bellingcat afirma que os agentes do FSB seguiram Navalny desde 2017, “viajando com ele em mais de 30 voos sobrepostos para os mesmos destinos”. “Dada essa série implausível de coincidências, o peso da prova para uma explicação inocente parece recair puramente sobre o Estado russo“, concluiu a investigação Bellingcat.

Navalny há muito considera o Kremlin responsável pelo seu envenenamento. Moscovo nega as acusações.

https://zap.aeiou.pt/investigacao-revela-que-espioes-russos-seguiram-navalny-365768

 

Brexit cria caos nos acessos ao Canal da Mancha em França - Situação é “catastrófica” !

As filas de acesso ao porto e ao túnel da Mancha, na passagem da fronteira entre França e o Reino Unido, estão a gerar tempos de espera de entre cinco e seis horas nas últimas semanas, em antecipação do fim do período de transição do Brexit.


Segundo a prefeitura do departamento de Pas-de-Calais, nas últimas duas semanas, o tráfego de camiões passou de seis mil para nove mil por dia, criando filas inéditas com um tempo de espera entre cinco e seis horas.

Com a aproximação do fim do período de transição no âmbito do Brexit, e com o receio da escassez de produtos, a situação na fronteira é “catastrófica”, relatou à agência EFE o delegado em Pas-de-Calais da Federação Nacional de Transportadoras, Sébastien Ribera.

“À antecipação do Brexit, acresce que com a covid-19 não há turismo, portanto as companhias marítimas têm rotas reduzidas e há menos ‘ferries’ atualmente. É o cocktail que nos levou a esta situação, com engarrafamentos de quilómetros e entre cinco e seis horas de espera para passar”, disse Sébastien Ribera.

A falta de estruturas para acomodar tantos camiões faz com que os veículos se acumulem nas vias portuárias e na autoestrada A16, com esperas que criam um outro problema: incentivam os migrantes que pretendem chegar ao Reino Unido a infiltrarem-se nos camiões.

O delegado regional da federação sugere que até ao primeiro trimestre de 2021 não será possível ter uma visão mais ampla da situação nesta fronteira, onde haverá um tempo de espera acrescido para as declarações aduaneiras, declarações de segurança e o tempo para os controlos.

“Os meios têm de ser reajustados ao volume atual e é preciso permitir que haja espaços adequados e protegidos para o tempo de espera”, afirma Ribera, considerando também necessário “pedir às empresas que coloquem mais ‘ferries’ para absorver o fluxo”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse que há poucas probabilidades de alcançar um acordo sobre as relações futuras no pós-Brexit, enquanto o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou muito provável o fracasso das negociações que estão a decorrer.

A decisão de prolongar novamente as negociações, anunciada este domingo pela presidente da Comissão Europeia, também não ajuda, lamentou Sébastien Ribera, afirmando que “a incerteza nunca é boa para os negócios”.

Apesar de novo prolongamento, as negociações entre Londres e Bruxelas não podem prolongar-se por mais de alguns dias, já que um eventual acordo tem de ser ainda ratificado – designadamente pelo Parlamento Europeu – antes de entrar em vigor, em 1 de janeiro de 2021.

O Reino Unido abandonou a UE em 31 de janeiro, tendo entrado em vigor medidas transitórias que caducam no próximo dia 31 de dezembro.

https://zap.aeiou.pt/brexit-caos-canal-mancha-franca-365544

 

Descoberta peridiocidade das extinções em massa - Andam de “mãos dadas” com asteróides e vulcões !

As extinções em massa terrestres, que incluem anfíbios, répteis, mamíferos e aves, ocorrem em ciclos de 27 milhões de anos, concluiu uma nova investigação da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Os resultados da nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista a Historical Biology, estão em linha com as extinções em massa da vida oceânica estudadas anteriormente, que ocorrem em intervalos de 26,4 a 27,3 milhões de anos.

Em comunicado, a equipa da universidade norte-americana explica ainda que o estudo evidenciou ainda que estas extinções estão diretamente relacionadas com os principais impactos de asteróidesgrandes fenómenos vulcânicos.

“Parece que os impactos de grandes corpos e os pulsos de atividade interna da Terra que criam o vulcanismo de basalto podem estar a marchar ao mesmo ritmo de 27 milhões de anos do que as extinções massivas terrestres, talvez compassados pela nossa órbita na galáxia”, disse Michael Rampino, professor do Departamento de Biologia da Universidade de Nova Iorque e principal autor do estudo.

Para chegar a esta conclusão, os cientistas analisaram extinções em massa de animais terrestres e levaram a cabo novas análises estatísticas.

“Estas novas descobertas sobre extinções em massa coincidentes e repentinas na terra e nos oceanos, e o ciclo comum de 26 a 27 milhões de anos, dão crédito à ideia de que eventos catastróficos globais periódicos são os gatilhos de extinções”, continuo Rampino.

“Na verdade, já se sabe que três das mortes mais massivas de espécies em terra e mar ocorreram ao mesmo tempo dos três maiores impactos dos últimos 250 milhões de anos, cada um capaz de causar um desastre global e consequentes extinções em massa”.

Conhecem-se, a partir do registo fóssil, cinco grandes extinções em massa.

Há cerca de 443 milhões de anos, no final do período Ordoviciano, 86% de todas as espécies marinhas desapareceram. Há cerca de 360 ​​milhões de anos, no final do período geológico Devoniano, 75% de todas as espécies foram extintas.

Em igual sentido, há cerca de 250 milhões de anos, no final do período Permiano, a taxa de extinção rondava os 96%, sendo considerada a pior de sempre.

Já no final do período Triássico, há cerca de 201 milhões de anos, 80% de todas as espécies desapareceram, enquanto no final do Cretáceo, há cerca de 65 milhões de anos, 76% de todas as espécies foram dizimadas, incluindo os dinossauros.

https://zap.aeiou.pt/descoberta-peridiocidade-das-extincoes-massa-andam-maos-dadas-asteroides-vulcoes-365592

 

A Carolina do Norte é abalada por misteriosos estrondos há 150 anos e ninguém sabe o que são !

Estrondos enigmáticos chamados “Seneca Guns” ressoam em partes da costa da Carolina do Norte há mais de 150 anos. Agora, os cientistas estão a usar dados sísmicos para identificar de onde vêm as explosões e o que as causa.

O nome “Seneca Guns” não vem da Carolina do Norte, mas do Lago Seneca, no interior do estado de Nova Iorque, onde ocorreu um fenómeno semelhante. Os sons do lago, descritos em 1850 pelo escritor James Fenimore Cooper no seu conto “The Lake Gun”, já eram ouvidos há séculos.

“É um som que lembra a explosão de uma pesada peça de artilharia, que não pode ser explicado por nenhuma das leis conhecidas da natureza“, escreveu Cooper. “O relatório é profundo, oco, distante e imponente. O lago parece estar a falar com as colinas circundantes, que devolvem os ecos da sua voz em uma resposta precisa. Nenhuma teoria satisfatória jamais foi abordada para explicar esses ruídos.”

Os residentes da costa da Carolina do Norte frequentemente relatam ter ouvido estrondos semelhantes, com explicações que vão desde tempestades distantes ou terramotos a explosões em pedreiras ou até exercícios militares.

Alguns desses estrondos são suficientemente poderosos para sacudir janelas e fazer edíficios vibrar.

Uma equipa de cientistas vasculhou relatos que datam de 2013 para criar um catálogo de observações. Depois, compararam esses incidentes com os dados colhidos pelo EarthScope Transportable Array, uma rede de 400 sensores atmosféricos e sismógrafos.

Lançado em 2003, o EarthScope Transportable Array migra entre 1.700 locais nos Estados Unidos continentais e os dados sísmicos altamente localizados que colhe estão disponíveis gratuitamente para o público. Atualmente localizado no Alasca, foi instalado na Carolina do Norte entre 2013 e 2015.

“Queríamos ler artigos de notícias locais, criar um catálogo de instâncias dos Seneca Guns e, em seguida, tentar verificá-los com dados sismo-acústicos reais”, disse Eli Bird, estudante de ciências geológicas da University of North Carolina, citado pelo LiveScience.

Embora os Seneca Guns possam causar tremores no solo, os cientistas não encontraram nenhum registo de terramoto que coincidisse com os eventos, descartando o tremor de solo como a causa das explosões.

“De um modo geral, acreditamos que este seja um fenómeno atmosférico – não achamos que seja proveniente de atividade sísmica, estamos a assumir que se está a propagar através da atmosfera em vez do solo”, disse Bird. “Os dados em que mais me concentrei neste projeto são dados de infrassons em vez de dados sísmicos”.

Uma explicação atmosférica poderia ser os bólidos – rochas espaciais que viajam tão rápido quando atingem a atmosfera da Terra que explodem. Outra possibilidade poderia ser eventos que se originam no oceano, como a quebra de ondas muito grandes ou trovões longe da costa.

“As condições atmosféricas podem ser tais que se amplificam numa determinada direção ou afetam principalmente esta área localizada”, explicou Bird.

Os sinais associados à explosão variaram entre cerca de um segundo a 10 segundos, com a estação perto de Cape Fear a captar os sinais mais proeminentes.

A região de Cape Fear também é conhecida por ter vários incidentes com os “Seneca Guns”. No entanto, a matriz de sensores não era suficientemente densa para apontar de onde vinham os sinais.

“Presumivelmente, não é sempre a mesma coisa que produz sons estrondosos”, disse Bird. Alguns aviões militares que voam na área quebraram a barreira do som, por isso alguns dos sons de “armas” podem, na verdade, ser estrondos sónicos. Mesmo nesses casos, um sinal natural pode amplificá-los ainda mais.

Com a região de Cape Fear identificada como o local mais promissor para continuar a procurar, as próximas etapas para resolver esse enigma envolveriam a recolha de mais dados ao longo de vários anos, usando uma matriz de pelo menos três estações com três microfones em cada, para triangular com mais precisão onde os sons se originam.

Mas, por enquanto, os estrondoos “Seneca Guns” permanece um mistério.

O estudo foi apresentado este mês na reunião anual da American Geophysical Union (AGU), realizada virtualmente este ano devido à pandemia de covid-19.

https://zap.aeiou.pt/a-carolina-do-norte-e-abalada-por-misteriosos-estrondos-365622

 

Auto-anticorpos geram casos mais graves de covid-19 !

Investigadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos (EUA), descobriram que os infetados com o coronavírus tinham um grande número de anticorpos rebeldes (mal direcionados), que, ao invés de combater o vírus, comprometeram o próprio sistema imunológico dos pacientes.


De acordo com o Diário de Notícias, a equipa responsável pelo estudo – ainda não publicado e sem revisão dos pares – descobriu dezenas de anticorpos rebeldes nos infetados, que bloquearam as defesas antivirais, eliminaram células imunológicas úteis e atacaram o corpo desde o cérebro, vasos sanguíneos e o trato gastrointestinal.

Esses anticorpos desativam os vírus ao se colarem a proteínas na superfície do vírus, mas os autoanticorpos têm o formato incorreto e ligam-se erroneamente a proteínas que estão presentes ou foram libertadas por células humanas, explicando assim as diferentes reações à infeção por covid-19.

“Os pacientes da covid-19 produzem autoanticorpos que realmente interferem nas respostas imunológicas contra o vírus”, disse Aaron Ring, imunobiologista e autor do estudo. “Acreditamos que esses autoanticorpos são prejudiciais aos pacientes com covid-19”, referiu, acrescentando que os efeitos prejudiciais podem continuar após a redução da infeção, deixando os doentes com problemas de saúde mais duradouros.

“Como os anticorpos podem persistir por muito tempo, é concebível que contribuam para o desenvolvimento de doenças de covid-19 por mais tempo”, indicou o investigador, que, em parceria com Akiko Iwasaki, professora de imunobiologia, examinou 194 pacientes e funcionários de hospitais com várias gravidades de infeção por covid-19.

A infeção por covid-19, acredita a equipa, piora quando muitos anticorpos rebeldes diferentes surgem no mesmo paciente. “A soma agregada dessas respostas pode explicar uma parte significativa da variação clínica nos pacientes”, defenderam.

Ao Guardian, o professor de imunobiologia do Imperial College de Londres Danny Altmann, que não esteve envolvido no estudo, indicou que os auto-anticorpos podem explicar a variedade de sintomas de covid-19 e a longa duração em alguns pacientes.

“Considero isso muito provável, especialmente por analogia com o Ébola e o chikungunya, onde a autoimunidade parece ser uma grande parte da resposta. Uma grande parte do nosso trabalho de laboratório nos próximos meses é tentar relacionar os sintomas de covid longo com perfis auto-imunes “, sublinhou.

https://zap.aeiou.pt/auto-anticorpos-casos-graves-covid-19-365579

 

Reino Unido detecta nova estirpe do vírus !

Após a primeira semana desde o início da vacinação no Reino Unido, o país encontrou uma nova estirpe do vírus e colocou Londres nas medidas de nível 3 – mais restritivas. Já os Países Baixos vão confinar até 19 de janeiro.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, em Londres e partes do sudeste de Inglaterra, 10 milhões de pessoas vão entrar em medidas de nível 3 na quarta-feira, anunciou o secretário de saúde Matt Hancock – menos de duas semanas após um confinamento nacional projetado para suprimir o aumento de casos de coronavírus.

“Isto ainda não acabou”, disse Hancock, colocando Londres e partes de Essex e Hertfordshire no nível 3 e aumentando o número de pessoas sob as regras mais rígidas para 34 milhões, após uma semana de notícias animadoras desde o início do lançamento da vacina

Num anúncio surpresa, Hancock disse ainda, na Casa dos Comuns, que foram encontrados mais de 1.000 casos de uma nova estirpe de vírus em quase 60 áreas, predominantemente no sul da Inglaterra.

O ministro sugeriu que a nova estirpe estava a crescer mais rapidamente do que as variantes já encontradas, mas enfatizou que o conselho clínico sugeria que era “altamente improvável” que a mutação deixasse de responder a uma vacina.

Chris Whitty, diretor médico da Inglaterra, afirmou que não havia evidências de que a variante fosse mais perigosa e que seria detetada por testes. Whitty também enfatizou em Downing Street que a nova estirpe não era a razão por trás das mudanças para o nível 3.

“A razão pela qual a camada 3 foi introduzida é porque as taxas têm subido muito rápido em muitas áreas. A variante pode estar ou não estar a contribuit para isso, mas a realidade disso é que está a acontecer em toda a linha, e essa é a razão para fazer as mudanças”.

A Associação Médica Britânica, que representa a maioria dos médicos britânicos, disse que a entrada de Londres para o nível 3 salvaria vidas. Gary Marlowe, o presidente do conselho regional de Londres, disse que “a escalada em Londres mostra quão rapidamente o progresso para controlar o vírus foi desfeito e com a implementação da vacinação ainda na sua infância, agora não há outra opção a não ser mover Londres para o nível mais alto”.

Países Baixos reconfinam até 19 de janeiro

O primeiro-ministro, Mark Rutte, anunciou o confinamento de cinco semanas num discurso interrompido por assobios e gritos de manifestantes que protestavam contra as restrições, que entram em vigor a partir de terça-feira.

As creches, as escolas e todas as atividades consideradas não essenciais dos Países Baixos vão encerrar até 19 de janeiro para tentar conter as infeções pelo novo coronavírus. À exceção de supermercados, mercearias e farmácias, todos os estabelecimentos vão encerrar a partir de terça-feira, incluindo museus, cinemas, salas de espetáculos e jardins zoológicos.

Não estamos a lidar com uma simples gripe, como pensam as pessoas que estão atrás de nós”, disse, referindo-se aos manifestantes.

Na semana entre 2 e 8 de dezembro, o número de infeções confirmadas fixou-se acima de 43 mil, segundo a informação divulgada pelo Instituto Nacional para a Saúde Pública e Ambiente dos Países Baixos.

A população holandesa foi ainda aconselhada a permanecer em casa e a receber, no máximo, duas pessoas por dia e três no Natal.

O Governo liderado por Mark Rutte já tinha decretado o encerramento de restaurantes, bares e coffee shops em 14 de outubro e endureceu as medidas de combate à pandemia em 3 de novembro, ao encerrar museus, cinemas e jardins zoológicos por duas semanas.

Recolher durante 4 dias no Ano Novo na Turquia

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou esta segunda-feira um recolher obrigatório de quatro dias durante o Ano Novo para combater a propagação da pandemia.

Durante uma reunião do conselho de ministros, Erdogan afirmou que o recolher obrigatório vai começar na noite de 31 de dezembro e vigorará até à manhã de 4 de janeiro.

O Governo reintroduziu este mês os confinamentos durante o fim de semana, assim como recolher obrigatório noturno perante um aumento nos números de novas infeções e mortes, tendo evitado, até agora, um confinamento total para manter à tona a frágil economia do país.

Erdogan anunciou também apoios aos negócios afetados e prometeu prolongar os descontos nos impostos.

As estatísticas de hoje do Ministério da Saúde mostraram um recorde de 229 mortes diárias, elevando o total de óbitos para 16.646. A média de sete dias de infeções diárias tem estado acima das 30 mil, o que torna o país num dos mais afetados do mundo.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.612.297 mortos resultantes de mais de 72,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se na Itália (65 011 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), seguindo-se Reino Unido (64 170 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), França (58 282 mortos, mais de 2,3 milhões de casos) e Espanha (48 013 mortos, mais de 1,7 milhões de casos). Portugal contabiliza 5649 mortos em 350 938 casos de infeção.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-deteta-nova-estirpe-do-virus-paises-baixos-365755

 

“Homicida negligente” - Bolsonaro criticado devido a programa de vacinação !

 

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está a ser fortemente criticado e classificado como “homicida negligente” devido ao fracasso na preparação de um programa de vacinação contra o coronavírus, enquanto o número de mortes aumenta novamente no país.

Mais de 181 mil brasileiros morreram por causa da doença, com a maior economia da América Latina mergulhada numa segunda vaga. O Governo de Bolsonaro tem sido lento nos planos para vacinar os 212 milhões de cidadãos, apostando na vacina da Universidade Oxford e da farmacêutica AstraZeneca, noticiou no domingo o Guardian.

O Brasil ainda não assinou um contrato com a Pfizer e evitou a vacina experimental chinesa CoronaVac, defendida pelo governador de São Paulo, João Doria, provável adversário do Presidente nas próximas eleições. Observadores acreditam que a hostilidade de Bolsonaro à vacina visa impedir o aumento da popularidade de Doria.

Os especialistas temem que a estratégia possa causar milhares de mortes desnecessárias ao adiar a vacinação. “Mostra, mais uma vez, o quão desconetado o governo federal está da realidade da pandemia. Eles ainda não perceberam a gravidade do que estamos a passar”, disse Natália Pasternak, fundadora do Question of Science Institute.

Para Pasternak, é aceitável que o Governo brasileiro acredite na vacina da AstraZeneca, mas “o problema é apostar apenas nessa e não fechar outros contratos, sabendo que” esse “não será suficiente para vacinar toda a população”. “O Brasil colocou todos os seus ovos na mesma cesta”, disse, indicando que a decisão em recusar a CoronaVac é “absurda”.

O Ministério da Saúde brasileiro publicou um plano de vacinação, que dezenas de consultores alegaram não ter aprovado, no qual foi determinado um período de cinco meses para vacinar 51 milhões de prioritários, entre esses profissionais de saúde e idosos, mas sem avançar uma data para um programa mais amplo.

Num editorial de primeira página, o Folha de São Paulo criticou a “negligência homicida” de Bolsonaro, alegando que os brasileiros foram “abandonados pelo governo” e condenados a “assistir em angústia” o início da vacinação noutros lugares.

“A estupidez assassina de Bolsonaro sobre a pandemia de coronavírus passou todos os limites. É hora de ele abandonar essa imprudência criminosa e pelo menos fingir ter a capacidade e maturidade para liderar uma nação de 212 milhões, num momento tão dramático da sua história coletiva. Chega de tolice com a vacina!”, declarou.

Já o Estado de São Paulo apontou a “incompetência letal” de Bolsonaro, ao escrever: “Não sabemos quantas vacinas o governo federal terá, nem quando. Há sinais de que haverá falta de vacinas. E o ministério [da Saúde] resiste em negociar opções viáveis, como a CoronaVac… por motivos claramente políticos”.

“Não há um único aspeto no tratamento desta crise que não tenha sido contaminado pelo obscurantismo, negligência, incompetência ou desonestidade do Presidente ou do seu fantoche no Ministério da Saúde”, acrescentou a publicação.

As críticas seguiram-se às palavras do presidente da Sociedade Médica e Cirúrgica do Rio de Janeiro, depois que um dos seus membros morreu de covid-19. Numa homenagem pública, criticou a resposta “simplesmente homicida” ao coronavírus e a “miopia, desumanidade, negligência e irresponsabilidade criminosa” dos líderes brasileiros.

No sábado, um dos maiores observadores políticos do Brasil, Elio Gaspari, disse que o coronavírus era “o Chernobyl de Bolsonaro”, comparando a sua negação em relação à covid-19 aos esforços soviéticos para ocultar o desastre de 1986. Outro, Jânio de Freitas, referiu que a “confusão” em torno da vacina é motivo para ‘impeachment’.

Daniel Dourado, especialista em Saúde Pública e advogado, concordou que a reação “desastrosa” de Bolsonaro justifica o ‘impeachment’ imediato. “É um ultraje após o outro. Dilma Rousseff foi removida por muito menos”, sublinhou.

“No início da pandemia, pensei que assim que muitas pessoas começassem a morrer”, Bolsonaro “estaria morto. Mas 180 mil morreram e ele ainda está lá”, disse Dourado. “Estamos a falar sobre ‘impeachment’ – mas o Congresso não”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/homicida-negligente-bolsonaro-plano-vacinacao-365590

Bill Gates alerta que “os próximos quatro a seis meses podem ser os piores da pandemia” !

Numa altura em que o mundo, e sobretudo os Estados Unidos da América, começam a ver uma luz ao fundo túnel, devido ao desenvolvimento de várias vacinas, Bill Gates deixa uma novo alerta sobre a pandemia de covid-19.


Bill Gates tem feito constantes alertas sobre a forma como os EUA estão a lidar com a a pandemia, e a forma como esta pode evoluir no mundo. Neste domingo, voltou a fazê-lo, um dia depois da vacina da Pfizer e da BioNTech, já aprovada pela FDA, começar a sair da fábrica do laboratório norte-americano, no Michigan, para ser distribuída nos EUA.

Em entrevista à CNN, o cofundador da Microsoft avisou os americanos que “os próximos quatro a seis meses podem ser os piores da pandemia”, ao argumentar que os dados do IHME estimam a ocorrência de mais de 200 mil mortes adicionais.

O empreendedor confessa que inicialmente achou que “os EUA conseguiriam lidar” com a situação pandémica e que “fariam um trabalho melhor”.

Nos EUA, o número de mortes diárias por covid-19 ultrapassa as três mil, mais do que as registadas no ataque de 11 setembro de 2001, e, no total, quase 300 mil. Ao todo, e numa população de 330 milhões, há 17 milhões de infetados, sendo o país mais afetado pela pandemia. “Temos de fazer melhor”, argumentou Gates.

Questionado sobre se aceitará tomar a vacina para a covid-19, já que nos EUA há uma forte contestação por parte de movimentos antivacinas, Bill Gates disse que não só a tomará como o irá fazer publicamente, como já o declararam os ex-presidentes Bill Clinton, George Bush e Barack Obama, para aumentar a confiança das pessoas.

Defendeu ainda que os critérios sobre quem deve ter acesso ou não à vacina devem ser definidos pelas necessidades médicas e não pela riqueza. Tanto nos EUA, como em outros países, nomeadamente o Brasil, onde a pandemia tem posto a descoberto as fragilidades sociais e aumentado as desigualdades entre classes.

Na entrevista Gates defendeu ainda que só a vacina não chega, reforçando assim que os “próximos quatro a seis meses exigem que os americanos façam o melhor”. “Sabemos que a situação um dia acaba, mas ninguém quer que aqueles que ama sejam os últimos a morrer por covid”.

A única solução “é evitar a transmissão da doença, é seguir as regras, usar máscara não tem qualquer desvantagem”. O cofundador da Microsoft, cuja fundação criada por ele e pela mulher, Belinda Gates, tem apoiado o financiamento da investigação para uma vacina ou medicamento para a doença, disse que se os casos continuarem a aumentar nos EUA “bares e restaurantes da maior parte do país terão de fechar“.

Em pleno período de transição entre uma administração republicana e democrata, Gates diz que “a nova administração está disposta a confiar nos especialistas e não em os atacar”. “Acho que vamos superar a situação de forma positiva. Estou satisfeito com as pessoas e com as prioridades que o presidente eleito, Joe Biden, e a sua equipa estão a definir para enfrentar o problema “, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/bill-gates-alerta-os-proximos-quatro-seis-meses-podem-os-piores-da-pandemia-365537

 

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