O vídeo foi gravado por um grupo de conservação ambiental depois de uma onda de calor no Noroeste Pacífico que fez as temperaturas da água atingirem os 21 graus Celsius.
De acordo com o jornal The Guardian, os salmões do rio Columbia, na América do Norte, foram recentemente expostos a temperaturas insuportáveis, o que lhes provocou feridas e infeções fúngicas.
No vídeo, divulgado esta terça-feira pela organização sem fins lucrativos Columbia Riverkeeper, pode ver-se um grupo de salmões vermelhos a nadar com ferimentos no corpo, que a associação diz serem resultado do stress e do sobreaquecimento.
Os salmões estavam a nadar rio acima, vindos do oceano, para regressar às suas áreas de desova, quando inesperadamente mudaram a sua rota, explicou Brett VandenHeuvel, diretor executivo da Columbia Riverkeeper. Segundo este responsável, foi a forma encontrada para “escapar de um prédio em chamas”.
VandenHeuvel comparou a situação a alguém a tentar correr uma maratona com temperaturas acima dos 38 graus. “A diferença é que isto não é um passatempo para os salmões. Eles não têm escolha. Ou conseguem sobreviver ou morrem”, declarou.
Segundo o jornal britânico, os salmões que aparecem no vídeo não serão capazes de se reproduzir no afluente e morrerão, provavelmente, de doença e stress provocados pelo calor.
“É desolador ver animais a morrer de forma tão pouco natural. E pior, pensar na causa dessa morte. Este é um problema causado pelo ser humano e faz-me realmente pensar no futuro”, lamentou VandenHeuvel.
“Vejo isto como uma visão profundamente triste do nosso futuro. Mas também o vejo como um apelo para agir. Há medidas que podemos tomar para salvar o salmão, para arrefecer os nossos rios. Se este vídeo não inspira uma reflexão séria, não sei o que o fará.”
Este é mais um exemplo da tragédia causada pela recente onda de calor na América do Norte, que matou centenas de pessoas nos Estados Unidos e no Canadá e terá causado também a morte de mais de mil milhões de animais marinhos.
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