O que parecia altamente improvável, aconteceu: Donald Trump, o
multimilionário que foi estrela de um reality show, o candidato que
prometeu construir um muro na fronteira com o México, o homem que foi
acusado de racismo e misoginia, vai liderar os destinos da maior
potência mundial. Donald Trump derrotou Hillary Clinton e é o 45.º
Presidente dos Estados Unidos, sucedendo a Barack Obama.
O desempenho do candidato republicano nesta noite eleitoral superou
todas as previsões dos analistas. Ao início da noite, a probabilidade de
Donald Trump vencer as eleições era de apenas cerca de 30%. Mas tudo a
noite levou. O magnata não só venceu a adversária democrata, como o fez
com uma vitória expressiva, conquistando 288 lugares no colégio
eleitoral. E ainda conseguiu dar aos republicanos a maioria no Senado.
À medida que as projeções das televisões norte-americanas foram sendo
divulgadas, o mapa eleitoral norte-americano começou a ser pintado de
vermelho, a cor do Partido Republicano. E as conquistas em “estados
oscilantes” importantes, como o Ohio, a Flórida ou a Carolina do Norte,
tornaram este desenho cada vez mais definido. Noite dentro.
Nada fazia prever este cenário. E nem o próprio Partido Republicano, que
desde o primeiro momento mostrou resistências em atribuir a nomeação a
Trump, anteciparia um resultado como este. Apesar de nos últimos dias a
campanha de Clinton ter sido abalada por um novo episódio na novela
sobre os emails que enviou enquanto secretária de Estado, os
especialistas continuavam a dar uma vantagem sólida à democrata.
Todavia, as previsões falharam. Depois de uma campanha eleitoral que
ficará para a História pelas piores razões - feita de muita crispação e
muito pouco sumo político -, Trump, o candidato com um discurso
populista sobre temas tão sensíveis como a imigração ou a liberdade
religiosa, mostrou que as sondagens não passam disso mesmo e podem
errar.
Os reflexos da vitória de Trump não se fizeram esperar. O peso mexicano
caiu abruptamente e as bolsas asiáticas abriram em queda. Um pouco por
todo o mundo, houve choque e perplexidade.
Os resultados destas eleições trazem inevitavelmente à memória o que
aconteceu com o referendo no Reino Unido sobre a União Europeia a meio
do ano. E, de certa forma, há um paralelismo: nos dois casos há um
eleitorado desiludido, zangado até, e
que escolhe uma mudança - ainda que esta signifique um caminho
radicalmente diferente de tudo o que se conheceu até então.(Site de imigração do Canadá 'crashou' depois das primeiras notícias de vitória de Trump !
Hoje, que Trump se confirmou como 45º Presidente dos Estados Unidos da
América, a verdade é que o site de imigração do Canadá foi abaixo,
provavelmente por excesso de procura !)
Trump conseguiu convencer a América desencantada. A América que, a
braços com uma economia que perdeu o fulgor de outros tempos, está
cansada de um sistema político que consideram estar viciado. E conseguiu
convencer a América que olha para os imigrantes com desdém, a que
acredita no isolacionismo. É esta América, que se divide em várias e ao
mesmo tempo é apenas uma, que olha para Trump como um outsider, alguém
capaz de uma mudança qualquer, mesmo que não sei saiba o que isso
realmente significa.
A identidade dos Estados Unidos, como a conhecemos - a nação da
liberdade, o berço da multi-culturalidade - pode ser profundamente
alterada com as políticas populistas de Trump que prometem romper com a
tradição diplomática norte-americana.
O futuro do país está em suspenso, mas não só. Porque os destinos da
maior potência a nível global mexem com os destinos de todos, é o futuro
dos povos e um sentimento de estabilidade do mundo que está em causa.
Entretanto,a líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, tuitou na
manhã desta quarta-feira suas "felicitações ao novo presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, e ao povo americano, livre", antecipando a
vitória do candidato republicano à Casa Branca.
A presidente da Frente Nacional (FN), que regularmente se manifestava a favor do "tudo, exceto Hillary Clinton", expressava na rede social sua satisfação pelo que seu companheiro Louis Aliot, vice-presidente da FN, qualificou de derrota de "uma elite arrogante".
Marine Le Pen é candidata às eleições presidenciais francesas de 2017. Diante de uma esquerda dividida, as pesquisas preveem que passará ao segundo turno destas eleições, mas que perderá para o candidato da direita.
A vitória de Donald Trump, é uma mostra de que a demonização é um disparate", declarou por sua vez seu pai, Jean-Marie Le Pen, fundador da Frente Nacional.
Em uma entrevista à CNN no início de setembro, Marine Le Pen disse ter pontos em comum com Trump. "Não participamos do sistema, não dependemos de ninguém, não obedeceremos às ordens de nenhuma potência financeira ou interesses de multinacionais", afirmou.
A presidente da Frente Nacional (FN), que regularmente se manifestava a favor do "tudo, exceto Hillary Clinton", expressava na rede social sua satisfação pelo que seu companheiro Louis Aliot, vice-presidente da FN, qualificou de derrota de "uma elite arrogante".
Marine Le Pen é candidata às eleições presidenciais francesas de 2017. Diante de uma esquerda dividida, as pesquisas preveem que passará ao segundo turno destas eleições, mas que perderá para o candidato da direita.
A vitória de Donald Trump, é uma mostra de que a demonização é um disparate", declarou por sua vez seu pai, Jean-Marie Le Pen, fundador da Frente Nacional.
Em uma entrevista à CNN no início de setembro, Marine Le Pen disse ter pontos em comum com Trump. "Não participamos do sistema, não dependemos de ninguém, não obedeceremos às ordens de nenhuma potência financeira ou interesses de multinacionais", afirmou.
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