O
caso de um médico infetado com a Síndrome Respiratória do Médio Oriente
(MERS-CoV), que manteve contacto com mais de mil pessoas pouco antes de
ser colocado sob quarentena, fez disparar hoje ainda mais o alarme na
Coreia do Sul.
O médico, que tratou um dos 41 portadores
do vírus sinalizados, começou a apresentar sintomas na passada
sexta-feira, mas apenas foi colocado sob quarentena na tarde de domingo, disse, na noite de quinta-feira, o presidente da câmara de Seul, Park Won-soon, em conferência de imprensa.
No
sábado, o médico participou numa reunião sindical que juntou cerca de
1.500 pessoas e durante o fim de semana assistiu a duas conferências
profissionais. Também visitou um centro comercial e outros lugares
públicos, referem hoje os 'media' sul-coreanos.
Foi na
segunda-feira que se confirmou que o médico é portador do MERS, o novo
coronavírus que, de acordo com dados facultados hoje pelas autoridades,
fez quatro vítimas mortais na Coreia do Sul.
Como primeira medida
hoje as autoridades municipais da capital sul-coreana vão contactar cada
uma das 1.565 pessoas que participaram na reunião sindical de sábado,
disse à Efe um porta-voz do município.
As autoridades sul-coreanas informaram hoje da ocorrência de cinco novos casos de MERS, aumentando o total para 41.
Mais
de 1.100 creches, escolas e institutos suspenderam as aulas em todo o
país, numa altura em que 1.600 pessoas foram colocadas sob diferentes
graus de quarentena -- em casa ou em instalações médicas próprias -- a
fim de evitar a propagação do vírus.
O primeiro caso sinalizado na Coreia do Sul foi reportado a 20 de maio.
O
MERS é considerado um 'primo', mais mortal, mas menos contagioso, do
vírus responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) que, em
2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo.
Tal como
aquele vírus, provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de
febre, tosse e dificuldades respiratórias, não havendo, por enquanto,
tratamento preventivo para a doença.
Até ao momento, e
desde que, em 2012, se sinalizou o primeiro caso na Arábia Saudita,
foram registados 1.160 casos de MERS em mais de 20 países, dos quais 436
se revelaram mortais.
Fonte: http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=4608697&page=1
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