sexta-feira, 15 de abril de 2022

Guerra: Como a Rússia esconde as suas baixas militares !


Mil ou 18 mil? Não há consenso sobre os números reais de militares russos que já morreram. Os métodos facilitam ocultações.

Cerca de um mês e meio depois do início da invasão russa à Ucrânia, quantos militares russos já morreram durante o conflito? Os números divulgados não esclarecem.

No final de Março, a contabilidade apresentada pelo ministro da Defesa da Rússia assegurava que morreram até agora 1.351 militares russos.

Nesta quarta-feira as forças armadas ucranianas indicaram que já morreram 18.600 militares russos.

Pelo meio, o Departamento de Estado dos EUA apontou para mais de 10 mil baixas militares do lado russo.  

Quando a contabilidade oficial russa ainda rondava os 500 mortos, um jornal russo, o Komsomolskaia Pravda, indicou que afinal já tinham morrido quase 10 mil soldados – a notícia foi apagada logo a seguir.

Muitos russos não sabem onde estão, ou o que está a acontecer, aos seus familiares que estão em serviço no conflito. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, comentou com jornalistas que as autoridades russas já recusaram recolher os cadáveres: “Até os cães e gatos mortos são mais bem tratados”.
Contabilidade parcial

O processo de contagem é o seguinte: há brigadas especiais que tratam da evacuação dos cadáveres e, “se possível”, registam os mortos; a lista é entregue a um comandante, que depois apresenta o relatório. O método foi revelado por um advogado militar ao jornal The Moscow Times.

Para serem integrados na lista oficial de mortos em combate, os cadáveres têm de ser identificados na íntegra. Com testes ADN, se for necessário. Partes do corpo ou declarações de testemunhas não chegam.

No entanto, os soldados que ainda não foram identificados como mortos também não estão incluídos na lista de soldados desaparecidos.

Ou seja, os corpos que continuam espalhados pelas ruas na Ucrânia, os que não foram identificados e os que foram enterrados ainda em solo ucraniano não estão na lista, nem dos desaparecidos, nem dos mortos em combate.

No meio disto tudo, “ninguém sabe o número certo de vítimas”, avisou o advogado.

Familiares procuram respostas

A comissária russa dos Direitos Humanos já recebeu cerca de 400 contactos por parte de familiares que deixaram de ter notícias por parte de militares que estão na Ucrânia.

Só que também aqui há um entrave: para os familiares pedirem a um tribunal que o soldado seja declarado desaparecido em combate, precisam de esperar por um ano completo de “silêncio”. Mesmo depois desse período, se a morte do militar não for confirmada por parte das autoridades russas, a família nunca receberá indemnizações.

Há soldados russos que morreram na guerra na Chechénia, na década 1990, e que ainda não foram identificados.

O jornal cita o exemplo do soldado russo Stanislav Pivovarov. Os familiares não sabiam dele, até que o viram num vídeo ucraniano: Stanislav tornou-se num prisioneiro de guerra. Contactaram os responsáveis militares russos, que responderam: “Stanislav está em missão. Não estava nas listas de prisioneiros de guerra mas descobrimos que está num hospital, com um ferimento grave na perna. Não sabemos mais nada. Nem sabemos se ele está vivo”.

O jornal The Moscow Times tentou obter um esclarecimento de Dmitry Peskov, ministro da Defesa e porta-voz do Governo russo, em relação ao número de soldados russos mortos na Ucrânia. Peskov não respondeu.

https://zap.aeiou.pt/guerra-russia-esconde-baixas-militares-472003

 

“Nem Lisboa está segura ?” O sonho de Putin de “Eurásia unida” desde a capital lusa a Vladivostok !


O ex-presidente da Rússia e um dos homens de confiança de Vladimir Putin, Dmitry Medvedev, faz eco da propaganda política russa e apresenta a ideia antiga de construir uma “Eurásia unida desde Lisboa a Vladivostok” como uma das razões para a guerra na Ucrânia.

Esta declaração surge numa publicação de Medvedev no seu canal do Telegram e está a ser disseminada por vários órgãos de informação e pelas redes sociais.

O ex-presidente russo escreve que “mudar a consciência sangrenta e cheia de falsos mitos de uma parte dos ucranianos de hoje é o objectivo mais importante” desta guerra.

“O objectivo é a paz das futuras gerações de ucranianos e a oportunidade de finalmente construir uma Eurásia unida – de Lisboa a Vladivostok“, aponta ainda a terminar um texto que começa referindo-se a “falsidades” e à “verdadeira história”.

Medvedev fala do ataque a uma maternidade de Mariupol e do massacre em Bucha como casos “falsos” e produto “da cínica imaginação da propaganda ucraniana“.  

Segundo o ex-presidente russo, há Organizações Não-Governamentais e organizações governamentais geridas pelos “Governos ocidentais” a “cozinharem” estas alegadas mentiras por “grandes quantidades de dinheiro”. A sua intenção é “desumanizar a Rússia” e “denegrir” o país, defende.

Mas esta alegada desinformação também é uma prova de que o “ucranianismo profundo, alimentado pelo veneno anti-russo, é uma grande mentira”, refere Medvedev na publicação.

O homem de confiança de Putin fala em Otto von Bismarck e na Guerra Austro-Prussiana de 1866, bem como no “militarismo alemão” e no “monstro do nacional-socialismo” que “acabou por ser destruído apenas pelo Exército Vermelho em 1945”.

“O actual radical ucraniano cresceu atrás da bancada estudantil”, “com pensamentos de ódio por tudo o que é russo”, diz ainda.

“Em vez de se orgulhar das conquistas conjuntas de seus ancestrais, desde 1991, uma pseudo-história do estado ucraniano foi escrita em cima do joelho” e “a ideia de um único povo russo foi destruída” graças a uma galeria de “nazistas zoológicos, assassinos e colaboradores”, escreve também.

“Uma parte apaixonada de ucranianos tem orado pelo Terceiro Reich nos últimos 30 anos”, acrescenta, indo ao encontro da retórica russa que foi apresentada como pretexto para a invasão.

Medvedev salienta que “os símbolos nazistas são encontrados em quase todas as unidades militares da Ucrânia”, incluindo “até copos com suásticas”.

Assim, reforça “a meta de desmilitarização e desnazificação da Ucrânia” já anunciada por Putin. “Essas tarefas complexas não acontecem todas de uma vez” e “serão decididas não apenas nos campos de batalha”, aponta ainda.
“Então, agora nem Lisboa está segura?”

O antigo embaixador da Ucrânia na Áustria, Olexander Scherba, já reagiu às palavras de Medvedev, através do Twitter, com uma pergunta: “Então, agora nem Lisboa está segura?”.

Entretanto, o porta-voz da Agência de Segurança Interna da Polónia, Stanislaw Zaryn, também comentou a publicação de Medvedev, considerando que “é parte de uma mentira sistémica sobre as razões da guerra da Rússia contra a Ucrânia”.

“Ao mesmo tempo, o texto prova que para o Kremlin, a simples atitude dos ucranianos em relação à Rússia já é uma ameaça”, aponta Zaryn.

O responsável polaco também lembra que a ideia de uma “Eurásia unida” foi apresentada por Putin em 2010, num texto escrito para a imprensa alemã, onde falava da “criação de uma comunidade económica harmoniosa de Lisboa a Vladivostok“, cidade portuária russa junto à fronteira com a China e a Coreia do Norte.

Assim, prova-se “a continuidade da política imperial russa que visa outros países”, acrescenta Zaryn, considerando que é “cada vez mais agressiva”.

Mas a publicação de Medvedev “também deve ser vista como uma espécie de oferta política ao Ocidente para superar a guerra da Rússia contra a Ucrânia e voltar a fazer negócios com a Rússia”, destaca Zaryn.

Até porque “a propaganda russa vem pressionando o Ocidente desde o início da invasão, argumentando, entre outras coisas, que a política de sanções sobrecarrega principalmente os países ocidentais“, sublinha ainda, frisando que a publicação de Medvedev “está em conformidade com essas acções.

https://zap.aeiou.pt/putin-eurasia-lisboa-vladivostok-471668

 

Entretanto, também há guerra em Israel !


Outro tipo de guerra, mas já com 11 mortos em poucos dias. Há militares a patrulhar cidades. E há centenas de civis com armas, nas ruas.

Há mais de um mês que as atenções de quase todo o mundo se centram na Ucrânia, desde que se iniciou a invasão russa no dia 24 de Fevereiro. Talvez por isso o cenário de violência em Israel esteja a preencher menos os noticiários do que aconteceria noutro contexto internacional.

Não há guerra entre países em solo israelita, tal como acontece na Ucrânia. Mas aquele país não atravessava uma série de atentados tão violentos desde 2015. Em menos de duas semanas já morreram pelo menos 11 pessoas.

A violência passou a ser constante, a insegurança aumentou e, pela primeira vez nos últimos anos, há ruas de Jerusalém repletas de militares. O exército local está a patrulhar o centro de Jerusalém nesta semana, com militares espalhados também por outras cidades israelitas.

Mas as armas não estão apenas na posse dos militares. Há centenas de civis que passeiam pelas ruas com armas na mão – recomendação do primeiro-ministro Naftali Bennett.

Seguidores do Estado Islâmico estarão por detrás destes atentados. A autoria estará centrada em árabes nascidos em Israel e em palestinos da Cisjordânia.

Este cenário violento é uma consequência dos meses de desestabilização do Governo local.

No ano passado, num pós-eleições prolongado e complexo, foi formado um Governo de coligação que não inclui o partido mais votado: o Likud, liderado por Benjamin Netanyahu, que só elegeu 30 deputados num total de 120.

As eleições foram em Março e só em Junho – mesmo em cima do fim do prazo para apresentações de soluções governavas – Naftali Bennett passou a liderar um Executivo nunca visto, formado por oito partidos.

Há conversadores, há centristas, há esquerda, há movimento islamita no Governo. Tudo junto nesta coligação inédita.

Com tanta mistura, surgem declarações e orientações muito distantes umas das outras, sublinha o jornal El País. Muitas delas “perigosas”, controversas, que podem incitar à violência, num território que já é palco de conflitos e de tensão há séculos.

É um Governo “traidor” e ligado ao “movimento islamita”, alega a oposição, agora liderada por Benjamin Netanyahu.

Um Governo que terá sido surpreendido por esta sequência de atentados, orientados por árabes israelitas que matam em nome do Estado Islâmico.

Um Governo que, nas palavras, tem tentado mostrar uma postura de moderação mas que, nas ruas, tem permitido uma resposta forte e bem evidente das forças de segurança.

Ainda na sexta-feira passada, os militares invadiram um campo de refugiados para deter suspeitos – o movimento terminou com dois palestinos mortos. Estavam armados. No dia seguinte, três jovens palestinos também foram abatidos – iriam cometer um atentado pouco depois, diz a versão oficial.

E entretanto começou o Ramadão. Cerca de 170 mil trabalhadores palestinos já terão entrado em Israel, pela Cisjordânia e pela faixa de Gaza.

E vem aí a Páscoa dos judeus, que vai decorrer em simultâneo com o Ramadão, na próxima semana.

Há o risco evidente de uma “onda” de violência ainda mais grave, especialmente em Jerusalém.

https://zap.aeiou.pt/guerra-israel-471659

 

terça-feira, 12 de abril de 2022

Chuvas torrenciais provocam 14 vítimas mortais no Rio de Janeiro !


Cinco pessoas continuam desaparecidas. As fortes chuvas em todo o estado do Rio de Janeiro começaram na noite de quinta-feira, com casas e, por vezes, bairros inteiros inundados.

Pelo menos 14 pessoas, incluindo oito crianças, morreram devido a deslizamentos de terra e inundações causadas pelas chuvas torrenciais no estado brasileiro do Rio de Janeiro, informaram no sábado as autoridades locais. Cinco pessoas continuam desaparecidas. O balanço anterior feito pelas autoridades era de pelo menos oito mortos e uma dúzia de desaparecidos.

De acordo com os dados atualizados da Defesa Civil do Rio de Janeiro, sete das 14 mortes ocorreram na cidade turística de Paraty, no litoral do estado de São Paulo, seis em Angra dos Reis, e um em Mesquita.

O deslizamento de terra na paradisíaca praia de Ponta Negra, em Paraty, enterrou sete membros da mesma família, uma mãe e seus seis filhos. Um helicóptero foi enviado para o local, que não tem acesso nem por mar por causa das rochas que o cercam, nem por estrada.

Na vizinha Angra dos Reis, seis pessoas morreram, incluindo duas crianças, cinco ficaram feridas e outras cinco continuam desaparecidas devido a outro deslizamento de terras que soterrou quatro residências no bairro de Monsuaba, próximo ao litoral da parte continental do município, também formado por uma ilha.  

Em Mesquita, na região metropolitana do Rio de Janeiro, um homem foi electrocutado ao tentar resgatar uma pessoa que estava isolada numa residência inundada pelas chuvas. Outros municípios do estado de Rio de Janeiro, como Mangaratiba e Sacuarema, declararam situação de “alerta vermelho” porque a previsão do tempo indica chuva até segunda-feira.

As mortes e desaparecimentos ocorrem dois meses após a tragédia causada pelas tempestades de verão na região serrana do mesmo estado, que causou 233 mortos, a maioria na cidade de Petrópolis.

As fortes chuvas em todo o estado do Rio de Janeiro começaram na noite de quinta-feira e continuaram até à manhã de domingo, com casas e, por vezes, bairros inteiros inundados. Angra registou 800 mm de chuva em 48 horas, “níveis nunca antes registados”, segundo as autoridades municipais que mobilizaram todas as equipas para socorrer a população.

Especialistas alertam que a estação chuvosa no Brasil é agravada pelo fenómeno La Niña (o resfriamento cíclico do Oceano Pacífico) e pelo impacto das mudanças climáticas.

https://zap.aeiou.pt/chuvas-torrenciais-provocam-14-vitimas-mortais-no-rio-de-janeiro-471144

 

Doença “zombie” está a matar veados no Canadá !


A Doença Emaciante Crónica (CWD, na sigla em inglês) pode ter impactos ecológicos e de conservação num futuro próximo.

A infeção, debilitante e altamente transmissível, está a espalhar-se pelas populações de veados no Oeste do Canadá.

“Há uma epidemia da Doença Emaciante Crónica em Alberta e em Saskatchewan – e já está em curso”, disse a especialista Margo Pybus, investigadora da Universidade de Alberta e colaboradora no Governo da cidade. “Esta epidemia está a assolar veados.”

No Canadá, a doença surgiu, pela primeira vez, em 1996, numa quinta de alces em Saskatchewan, tendo-se depois espalhado por populações selvagens. Alberta confirmou o seu primeiro caso em dezembro de 2005 num veado selvagem, um animal de caça apanhado perto da fronteira de Saskatchewan.

Segundo a VICE, a doença foi detetada através de uma amostra submetida no âmbito do programa de vigilância de caçadores, em que estes fornecem amostras de animais para verificar a existência desta patologia.

“Temos vindo a vigiar constantemente a doença desde 2005”, disse Pybus. “Agora, estamos a ver a CWD a invadir os limites do leste de Edmonton, Red Deer, e Calgary.” A maioria das infeções foi detetada em Alberta e Saskatchewan, mas Manitoba relatou o seu primeiro caso selvagem em finais de 2021.

A Doença Emaciante Crónica pertence a uma classe única de agentes patogénicos chamada priões, a mesma classe de doenças a que pertence a encefalopatia espongiforme bovina (BSE), mais comummente conhecida como doença das vacas loucas.

Ao contrário das bactérias e dos vírus que “sequestram” as células hospedeiras, não está envolvida qualquer informação genética numa infeção por CWD. Os priões não contêm genes – são compostos por aminoácidos como qualquer outra proteína.

Apesar de os veados serem o hospedeiro mais comum da doença na América do Norte, a patologia é capaz de infetar qualquer cervídeo.

Os animais infetados acabam por adoecer, ficando magros e muito fracos. Podem perder o medo de humanos e outros predadores, tropeçar devido à má coordenação, exibir sinais de depressão, mudanças de comportamento e paralisia. Estes sintomas levam muitas pessoas a referirem-se à CWD como “doença zombie“.

https://zap.aeiou.pt/doenca-zombie-esta-a-matar-veados-no-canada-470534

 

Ucrânia reconquista totalidade da região de Kiev - Manobra revela rasto de horror russo !


Chegada de jornalistas aos locais reconquistados revelou ao mundo algumas das atrocidades cometidas durante a ocupação russa.

As tropas ucranianas anunciaram ao fim do dia de ontem a reconquista da totalidade de Kiev, dando força aos relatos de que os soldados russos estão a recuar nas imediações da capital para um eventual reposicionamento. Uma notícia que poderia ser positiva para o regime de Zelenskyy, não fosse o rasto de horror deixado para trás pelos russos nas cidades que há semanas permaneciam sob seu controlo.

De acordo com o que os ucranianos vinham a dizer nos últimos dias, a reconquista permitiu a libertação de cerca de 30 cidades, mas tal não deveria levar a população sobrevivente a abandonar os territórios, já que nas estradas haviam sido deixadas minas terrestres.

“As casas estão minadas, o equipamento está minado, até os cadáveres” anunciou o presidente do país numa declaração feita ontem e citada pelo Público. Na aldeia de Dmitrivka, perto de Kiev, foram encontrados mais de 1500 engenhos, avançaram as autoridades locais.

As revelações da barbárie russa foi acontecendo ao longo do dia de ontem através das câmaras de jornalistas que avançaram pelos territórios reconquistados. Na cidade de Bucha, os correspondentes da AFP encontraram 20 cadáveres nas ruas, alguns dos quais haviam sido alvejados e mutilados. As imagens mostram ainda corpos com as mãos atadas, sugerindo execuções durante a ocupação russa.

As imagens deverão integrar os registos ucranianos de crimes de guerra cometidos pelos russos e que serão entregues às autoridades internacionais tendo em vista a responsabilização dos seus oficiais e decisores políticos.

Há ainda relatos de que 280 corpos foram enterradas em “valas comuns” na mesma cidade por forças ucranianas, que dizem ser impossível fazê-lo nos três cemitérios do município, por estarem ao alcance dos militares russos.

“Em algumas ruas, pode-se ver 15 a 20 corpos no chão”, mas “não posso dizer quantos mais há nos quintais, atrás das vedações”, avançou o presidente da câmara Anatoly Fedoruk, por telefone, à agência AFP. “Enquanto os desminadores não os tiverem vindo verificar, não é aconselhável apanhá-los” porque podem estar armadilhados, disse.

É expectável que as forças russas se concentrem no Donbass, onde o país invasor pretende expandir e anexar o território controlado pelos rebeldes desde 2014. Ao contrário da versão partilhada pelas forças, que atribuem a mudança a questões táticas, os restantes países acreditam que o reposicionamento se deve a falhas na ofensiva russa, cujo plano inicial era chegar a Kiev e depor o Governo de Zelenskyy.

No entanto, passado mais de um mês da invasão, tal avanço nunca aconteceu.

As atenções da Ucrânia viram-se também para a frente Leste, onde, reconhece o presidente, os russos têm uma vantagem em termos de armamento e até de meios humanos. “Batalhas difíceis ainda nos esperam, não podemos pensar que já passámos por todos os testes”, realçou. É também expectável o reforço dos efetivos russos na região.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-reconquista-totalidade-da-regiao-de-kiev-manobra-revela-rasto-de-horror-russo-471132

 

É ilegal ser tatuador na Coreia do Sul - Artistas arriscam multas e prisão !


O Tribunal Constitucional de Seul, na Coreia do Sul, confirmou, esta quinta-feira, que continua a ser proibido tatuar no país.

Assim, as tatuagens continuam a ser consideradas um procedimento médico e só podem ser realizadas por profissionais de saúde. Isto é uma realidade desde 1992.

“O conhecimento médico limitado e as habilidades envolvidas na tatuagem não podem garantir os níveis de tratamento que os profissionais médicos podem fornecer, tratamento que pode ser necessário antes ou depois do procedimento”, concluiu o tribunal.

Durante centenas de anos, as tatuagens foram praticamente um tabu na Coreia do Sul. Hoje, embora se fale mais sobre isso, continuam a ser olhadas de lado. Apesar de a prática existir entre os coreanos há pelo menos 1.500 anos, a cultura neoconfucionista da Dinastia Joseon (1392-1910) acabou com ela.

As crenças culturais ditavam que os corpos não devem ser mutilados ou decorados de outra forma, uma vez que são presentes dos pais.

Além disso, as tatuagens tinham um sentido pejorativo. Criminosos tatuavam os seus crimes na pele e alguns escravos tinham os nomes dos seus senhores inscritos na pele.

Face ao recente veredito do Tribunal Constitucional de Seul, um sindicato de cerca de 650 tatuadores condenou a decisão, escreve a VICE. Os artistas consideram que esta é uma decisão “retrógrada”.

“É quase uma piada, farsa o suficiente para fazer as pessoas rirem”, disse o líder do sindicato e tatuador Kim Do-yoon. “Eles não convencem ninguém de que a tatuagem é uma atividade médica. Ninguém pensa assim”.

Todos os anos, milhares de tatuadores trabalham clandestinamente e arriscam não só multas, como também penas de prisão.

Desde abril do ano passado, pelo menos seis artistas foram condenados a cumprir uma pena de prisão, que normalmente ronda os dois anos.

“A lei não reflete a realidade. O número de pessoas que se tatuam está a crescer rapidamente. As pessoas querem ser tatuadas por tatuadores, não por médicos”, disse Lim Bo-lan, diretor da Korea Tattoo Federation.

https://zap.aeiou.pt/ilegal-ser-tatuador-na-coreia-do-sul-470964

 

O que é mais perigoso: Rússia derrotada ou Rússia humilhada ?


Major-general Arnaut Moreira vê um impasse militar, explica porque as negociações se prolongam e pede contenção a Joe Biden.

Ao fim de um mês de guerra na Ucrânia, os dois lados têm que cair na realidade: há um impasse militar.

A conclusão, que não é nova, foi comentada pelo major-general Arnaut Moreira, num programa da rádio Observador.

As forças russas acusam um “certo desgaste” e os seus objectivos, sobretudo os que foram traçados pelos militares que saíram da Bielorrússia e do nordeste da Rússia, “não produziram os efeitos desejados”.

Há pequenos avanços e pequenos recuos, “como se ambas as partes estivessem à espera de um reforço extra para poder desbloquear a situação militar”.
 
As negociações não têm chegado a um desfecho positivo “também porque não há uma linha muito clara sobre possíveis sucessos militares imediatos. Ambas as partes não querem chegar a um compromisso político sem haver uma vantagem militar sustentada. As negociações arrastam-se”, analisou.

As negociações arrastam-se, a guerra também, e o major-general sublinha dois factores importantes.

O prolongamento da guerra e de imagens de tragédia começou a “anestesiar” a opinião pública ocidental. “A opinião pública já se começa a distanciar, começam a aparecer outras notícias que também suscitam interesse. Para Zelenskyy era importante manter o foco na guerra”.

Por outro lado, as forças russas – com excepção da região Sul – têm tido grandes dificuldades. “Andam à procura de reforços militares e isso tem implicações políticas a nível interno, na Rússia”, descreveu.

Arnaut Moreira foi questionado sobre a alegada intenção de Vladimir Putin, presidente da Rússia, de dividir a Ucrânia em duas nações.

“A Rússia quis preparar a criação de repúblicas separatistas no Sul da Ucrânia, que servissem de tampão entre a Ucrânia que restasse e a Crimeia. Seria para não haver fronteiras directas entre Ucrânia e Crimeia. Mas estão a reivindicar mais territórios do que aqueles que realmente conquistam no terreno”, analisou.

Além disso, a luta das populações ucranianas tem evidenciado que “não há simpatia com os russos”.

Oeste e Biden

No terreno, a Rússia continua com capacidade para conseguir várias vitórias militares no Leste da Ucrânia.

Já no Oeste, a Rússia sabe que as forças ucranianas estão a ser reabastecidas pelo Ocidente – por isso, continuará a haver bombardeamentos a cidades no Oeste que tenham depósitos. “Mas não se vê um conjunto de forças russas suficiente para dominar o Oeste da Ucrânia”, acredita.

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos da América, não se tem controlado nos discursos públicos e já disse que Putin é um “carniceiro”.

O major-general sugere contenção: “Biden tem mostrado mais sentimentos pessoais e não enquanto presidente”.

“Biden preocupa-se com a tragédia mas deve ser suficientemente racional para encontrar uma saída – que respeite os grandes objectivos da Ucrânia e que permita também ao Kremlin uma saída desta aventura”, acrescentou.

Por fim, e ainda na sequência de palavras como estas, Arnaut Moreira deixou um alerta: “Não sei o que é mais perigoso: uma derrota militar da Rússia na Ucrânia ou uma Rússia que saia, sem derrota militar, mas com uma humilhação”.

https://zap.aeiou.pt/russia-derrotada-humilhada-470159

 

domingo, 10 de abril de 2022

Artista mostra como ficariam monumentos famosos num apocalipse climático !

O artista francês Fabien Barrau re-imaginou como seriam alguns marcos arquitetónicos famosos depois de um apocalipse climático.

Para alguns, crise climática é um termo abstrato, que ouvem replicado várias vezes pelos políticos, ativistas e comunicação social. Já dizia o filósofo chinês Confúcio que uma imagem vale mais do que mil palavras.

Foi com isto em mente que o fotógrafo e artista digital francês Fabien Barrau criou “News From The Future”, uma série de imagens de como ficariam alguns marcos arquitetónicos famosos depois de um apocalipse climático.

Criadas com a ajuda de um drone e com as suas habilidades de Photoshop à mistura, as imagens mostram o estado de monumentos como o Coliseu de Roma e o Arco do Triunfo depois de afetados pelo extremo da crise climática.

“Estou convencido de que uma simples imagem pode ter mais impacto nas pessoas, especialmente nos mais jovens, para entender as consequências da inação”, disse Barrau à VICE.

“Esta série é um trabalho pessoal de antecipação das consequências das alterações climáticas”, explicou o artista francês. “Não é um trabalho científico, mas um trabalho artístico onde me inspiro nas probabilidades dos dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC)”.

Segundo um relatório do IPCC, de agosto do ano passado, todas as regiões habitadas da Terra já são afetadas pelas alterações climáticas e o limite de 1,5º C será atingido mesmo no melhor dos cenários nos próximos 20 anos. Eventos climáticos extremos serão mais frequentes e intensos e algumas das alterações são “irreversíveis”.

Para visualizar as consequências catastróficas, Barrau retocou digitalmente fotografias de bancos de imagens e fotos capturadas por drone.

É possível ver a Torre Eiffel, em plena Paris, no meio de um deserto de areia, ou a Estátua da Liberdade, em Nova Iorque, com água pela cintura.

O artista inspirou-se em grande parte na ficção, nomeadamente nos filmes Planeta dos Macacos, Mad Max, Akira e o documentário da National Geographic Aftermath: Population Zero.

“Gosto de fazer fotografia de paisagem e arquitetura e tive a oportunidade de viajar para vários países para fotografar ambientes fabulosos”, disse à VICE. “Mas, ao longo dos anos, tenho sentido cada vez mais os efeitos devastadores desta crise climática na biodiversidade, nas paisagens e nas pessoas. Parece-me difícil continuar a fingir que nada mudou”.

https://zap.aeiou.pt/artista-monumentos-apocalipse-climatico-469713
 

Gangsta rapper expõe o lado negro da Suécia que ninguém quer ver !

Capa do segundo álbum do rapper sueco Yasin.

Visto como um país próspero e com igualdade social, a Suécia está a ser desmascarada por um jovem rapper que destaca a pobreza e o crime.

“O mais procurado da Suécia”, canta o polémico artista Yasin na faixa “20 Talet”. As letras do rapper são sem filtro, diretas, cruas, nascidas num ambiente marginalizado e muitas vezes criminal, retratando um lado da Suécia que pode ser irreconhecível para muitos.

Quando as pessoas pensam na Suécia, provavelmente pensam em igualdade social e prosperidade, não em pobreza e crime. É provável que pensem nos grooves alegres dos ABBA e não nas batidas arrojadas de Yasin.

No entanto, tem havido uma onda crescente de gangsta rap liderada por nomes como Yasin. Vindo do subúrbio multiétnico de Estocolmo, Rinkeby, o rapper sueco-somali é representante de uma onda de rap sueco que expõe a dura realidade de ser um sueco de minoria étnica ou imigrante a crescer nos subúrbios marginalizados do país escandinavo aparentemente tão equalitário.

Junto com gangsta rappers como Jaffar Byn, 1.Cuz, 23, e Dree Low, Yasin pinta um quadro difícil salpicado de criminalidade e violência de gangues. A sua música muitas vezes fala sobre as dificuldades de sobreviver financeira e socialmente na sociedade sueca, mas mais recentemente também sobre o custo mental e emocional que isso exige.

Estas músicas expõem uma realidade que muitos não querem pensar, principalmente na Suécia, uma nação que se orgulha de proporcionar uma alta qualidade de vida e que se preocupa com os direitos humanos e a liberdade individual. Como tal, certas fações da sociedade sueca estão a usar estas músicas para reforçar os sentimentos anti-imigrantes.

Nos últimos 30 anos, o hip-hop sueco surgiu e assumiu as paradas do país. Deu aos artistas, que muitas vezes vêm de áreas multiétnicas e segregadas, os meios para expressar as suas opiniões sobre a sociedade e refletir sobre o que está a acontecer ao seu redor.

A Suécia tornou-se uma sociedade multicultural – mas a noção daquilo o que é sueco permaneceu atolada no passado. Embora os grupos minoritários estejam a aumentar em tamanho e só se espere que cresçam, ser sueco ainda tem uma forte ligação com ser branco.

Nos primeiros dias do hip-hop sueco na década de 1990, The Latin Kings descreveram as desigualdades estruturais, violência e segregação em bairros tão desfavorecidos de maneira semelhante aos rappers de hoje. Mas eles fizeram isso de uma perspetiva observacional e com um toque de esperança para o futuro.

Os rappers de hoje, por outro lado, estão mais inseridos na violência e tendem a ter uma opinião mais niilista do seu futuro.

Veja-se a música “Adressen” do artista 23. Ele quer que a sua mãe saiba que não é culpa dela que ele tenha sido afetado pelo ambiente criminal e seja estigmatizado pelo bairro de onde vem:

A recente onda de gangsta rap foi o resultado da degradação da dinâmica da sociedade. Muitos bairros como Rinkeby, que são predominantemente multiétnicos, foram categorizados como social e economicamente “vulneráveis”, sofrendo com desigualdades estruturais, falta de investimento e desemprego acima da média, o que levou a altos índices de pobreza e criminalidade.

Estas estatísticas de pobreza e criminalidade ecoam regularmente nos media e nos discursos políticos, o que levou a uma maior estigmatização desses bairros e das minorias étnicas que lá vivem.

As letras violentas do gangsta rap sobre esses bairros também são usadas para reforçar a retórica nacionalista e anti-imigrante. Juntos, são usados para criar uma narrativa que promove a ideia de que esses lugares são diferentes da grande parte da Suécia e as pessoas que vivem lá, incluindo esses rappers, não são como os suecos.

Nem todo o hip-hop está errado aos olhos da maioria dos suecos. Mas o estilo gangsta rap contemporâneo colocou as pessoas no limite porque o associam a tiroteios e criminalidade de gangues. Um aumento de incidentes violentos e criminais na Suécia nos últimos anos é associado por alguns à imagem retratada por estes rappers suecos e o seu ambiente.

Yasin, com as suas raízes somalis, ligações ao gangue local Shottaz e condenações criminais, é facilmente julgado de antemão pelo público, que não consegue separar a sua arte atual das suas atividades passadas.

Yasin expressou isso na capa do seu último álbum, Del Två (Parte Dois), que mostra o passaporte sueco de Yasin carimbado com Dömd på förhand, que significa “condenado antecipadamente”. Yasin sabe que não é reconhecido como sueco.

O artista de hip-hop Timbuktu é um defensor assumido de que as minorias sejam aceites como suecas, legal e simbolicamente. Em 2013 foi convidado para o Parlamento, onde falou e ergueu o passaporte no ar, mostrando que é sueco.

Mais recentemente, no talk show Efter Fem, argumentou que pessoas como ele com origem imigrante não deveriam precisar de pedir permissão para fazer parte da história sueca – elas são e têm sido há já algum tempo.

A tendência atual do gangsta rap expõe um lado bastante destrutivo da Suécia. Sim, expõe a criminalidade e a pobreza, mas também expõe uma sociedade que é resistente à mudança, ou simplesmente não muda rápido o suficiente.

https://zap.aeiou.pt/gangsta-rapper-expoe-lado-negro-suecia-469195

 

Toalhetes podem estar por trás de um surto que infetou mais de 200 pessoas na Noruega !


Os toalhetes húmidos são o principal suspeito de um surto de uma doença invulgar que se está a espalhar pelos hospitais noruegueses. Já foram infetadas mais de 200 pessoas.

Segundo o IFL Science, pelo menos 239 pessoas em 33 hospitais em toda a Noruega adoeceram após terem sido infetadas com a bactéria Pseudomonas aeruginosa.

De acordo com o Instituto Norueguês de Saúde Pública (NIPH), o surto foi detetado em novembro de 2020, num hospital em Tromsø. Após vários meses, a estirpe da bactéria responsável pelo surto foi encontrada no interior de uma embalagem de toalhetes, fabricados pela empresa britânica Vernacare.

Suspeita-se de que os toalhetes sejam os responsáveis pelas infeções. Assim que a possível ligação se tornou conhecida, os panos humedecidos, que estavam a ser utilizados nos hospitais para dar banho a doentes críticos que estão demasiado doentes ou fracos para se lavarem, foram retirados de circulação.

“Os serviços de saúde têm estado envolvidos numa extensa investigação de surtos em que, entre outras coisas, o mapeamento dos doentes infetados e o exame dos produtos e equipamentos com os quais têm estado em contacto tem sido uma prioridade. Será agora importante encontrar a extensão da contaminação no produto suspeito”, disse Kirsten Gravningen, responsável do NIPH.

A P. aeruginosa é tipicamente inofensiva para pessoas saudáveis, mas pode causar infeções graves em doentes com sistemas imunitários enfraquecidos.

A bactéria pode ser encontrada em muitos ambientes naturais, como solo húmido e água, mas é frequentemente encontrada em hospitais e lares devido à sua capacidade de infetar doentes imunocomprometidos.

Curiosamente, estas bactérias têm a capacidade de decompor o petróleo bruto, o que significa que poderiam ser uma ferramenta útil contra os derrames de petróleo.

https://zap.aeiou.pt/toalhetes-podem-estar-por-tras-de-surto-469718

 

Nenhum país cumpriu os padrões de qualidade do ar definidos pela OMS !


Nenhum país conseguiu cumprir os padrões de qualidade do ar em 2021, definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo um levantamento de dados de poluição em 6.475 cidades, nenhum país foi capaz de cumprir os requisitos da Organização Mundial de Saúde.

Segundo a Reuters, a OMS recomenda que as leituras médias anuais de partículas pequenas e perigosas transportadas pelo ar, conhecidas como PM2,5, não devem ser superiores a 5 microgramas por metro cúbico.

Estas após diretrizes foram alteradas no ano passado, afirmando que mesmo as concentrações baixas causavam riscos significativos para a saúde.

Apenas 3,4% das cidades inquiridas cumpriram a norma em 2021, de acordo com dados da IQAir, uma empresa suíça de tecnologia que estuda a poluição e monitoriza a qualidade do ar.

De acordo com esses mesmos dados, 93 cidades registaram 10 vezes mais o nível de PM2,5 recomendado.

“Há muitos países que estão a fazer grandes progressos na redução”, disse Christi Schroeder, gerente do departamento de qualidade do ar da IQAir.

“A China começou com alguns números muito grandes e têm vindo a diminuir com o tempo. Mas também há lugares no mundo onde está a ficar significativamente pior”, acrescenta ainda a especialista.

Os níveis globais de poluição da Índia pioraram em 2021, e Nova Deli continuou a ser o capital mais poluída do mundo.

Verificou-se também que o Bangladesh era o país mais poluído, também sem alterações em relação ao ano anterior, enquanto que o Chade ficou em segundo lugar após a inclusão, pela primeira vez, dos dados do país africano.

A China, que tem estado a lutar contra a poluição desde 2014, caiu para a 22ª posição no ranking das PM2,5 em 2021.

Desceu do 14º lugar, onde se encontrava um ano antes, com as leituras médias a melhorar ligeiramente ao longo do ano para 32,6 microgramas, disse o IQAir.

Hotan, na região noroeste de Xinjiang, foi a cidade com pior desempenho da China, com leituras médias de PM2,5 de mais de 100 microgramas, em grande parte causadas por tempestades de areia.

Hotan caiu para terceiro na lista das cidades mais poluídas do mundo, depois de ter sido ultrapassada por Bhiwadi e Ghaziabad, ambas na Índia.

https://zap.aeiou.pt/nenhum-pais-cumpriu-os-padroes-de-qualidade-do-ar-definidos-pela-oms-469227

 

Basta uma hora para os utilizadores do TikTok serem expostos a informação falsa sobre a guerra na Ucrânia !


Investigadores sublinham a incapacidade da rede social em não conseguir diferenciar a informação credível e transmitir esse verdito aos utilizadores.

Um novo utilizador do TikTok será confrontado com conteúdo falso sobre a guerra na Ucrânia apenas minutos após estes acederam à plataforma, aponta uma investigação do NewsGuard, um meio especializado em combater a desinformação. A empresa conduziu um conjunto de testes para monitorizar e avaliar a forma como a rede social trata a informação relativa ao conflito.

Uma das conclusões foi que uma conta recém criada, apenas num movimento normal de scroll através da página designada como “Para Si”, com conteúdos escolhidos pelo algoritmo da rede social, mostraria conteúdos falsos ou enganosos dentro do intervalo temporal de 40 minutos.

“Perto do fim da experiência de 45 minutos, os feeds dos analistas foram preenchidos quase exclusivamente com conteúdos verdadeiros e falsos sobre o conflito na Ucrânia, apesar de não haver distinção entre a informação credível ou não“, justificou a equipa, citada pelo The Guardian. “Numa altura em que as falsas narrativas sobre a guerra proliferam na internet, nenhum dos vídeos fornecidos anos nossos analistas pelo algoritmo do TikTok continha qualquer informação sobre a fiabilidade das fontes, avisos ou verificação dos factos.”

Entre as informações falsas apresentavas constavam a da existência de laboratórios bioquímicos na Ucrânia apoiados pelos Estados Unidos e a acusação de que a imagem de Putin foi alvo de manipulação quando esta pertencia a uma conferência de imprensa dada no início de Março. Existiam também vídeos a afirmar que imagens falsas eram reais e o contrário. Algumas das imagens foram mesmo retiradas de jogos, ao passo que as verdadeiras com rútulo de “falsas” eram recorrentes nas contas pró-Rússia.

“Alguns dos mitos presentes nos vídeos que o algoritmo do TikTok transmite foram previamente identificados como propaganda do Kremlin“, resumiram os investigadores.

Os testes efetuados tinham uma filosofia simples: a criação de contas novas e passar 45 minutos a fazer scroll pela página de conteúdos selecionados pela rede social de acordo com as preferências mostradas. Durante este período de tempo, todos os vídeos relacionados com a guerra na Ucrânia foram vistos na totalidade.

Apesar de o TikTok não fornecer uma descrição detalhada de como o seu algoritmo avalia as preferências dos utilizadores, a empresa diz ter em conta o tempo gasto a ver vários vídeos, assim como outros sinais, incluindo gostos, comentários e as contas qye um utilizador segue ou bloqueou. Ao assistirem a todos os vídeos da guerra que apareceram na sua página, os investigadores terão “treinado” o algoritmo para mostrar o conteúdo das novas contas sobre o conflito.

Um porta-voz da TikTok advertiu que a experiência só pode oferecer conclusões limitadas sobre a forma como a aplicação funciona no mundo real, uma vez que não consegue imitar o comportamento padrão de visualização.

“Continuamos a responder à guerra na Ucrânia com mais recursos de segurança e proteção, à medida que trabalhamos para remover a desinformação prejudicial e ajudar a proteger uma experiência segura no TikTok”, acrescentaram eles. “Também estabelecemos parcerias com organizações independentes de verificação de factos para apoiar os nossos esforços no sentido de ajudar a TikTok a permanecer um lugar seguro e autêntico“.

A aplicação de partilha de vídeos teve um grande aumento no conteúdo relacionado com a guerra, com vídeos marcados #Ucrânia a receber mais de 30 mil milhões de visualizações até ao final da semana passada. Um relatório do New York Times descobriu que, proporcionalmente, o conteúdo ucraniano no TikTok ultrapassa em mais do dobro o seu tamanho nas plataformas.

https://zap.aeiou.pt/basta-uma-hora-para-os-utilizadores-do-tiktok-serem-expostos-a-informacao-falsa-sobre-a-guerra-na-ucrania-468947

 

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Rússia concentra-se na “libertação” do Donbass - Biden não afasta o uso de armas nucleares !


A Rússia considera que já alcançou os objetivos da primeira fase da “operação especial militar”. O próximo passo é “concentrar esforços em alcançar o objetivo principal, a libertação do Donbass”.

Esta sexta-feira, Sergey Rudskoy, um responsável do exército russo, disse que Moscovo vai concentrar os seus esforços na libertação de Donbass, depois de ter alcançado os objetivos da primeira fase da invasão.

Segundo o Diário de Notícias, a declaração parece ser uma admissão das dificuldades que a Rússia tem encontrado no terreno.

“As tarefas principais da primeira fase da operação estão completas”, disse o responsável. “O potencial de combate das Forças Armadas da Ucrânia foi reduzido significativamente, o que nos permite – enfatizo mais uma vez – concentrar os nossos esforços em alcançar o objetivo principal, a libertação do Donbass.”

O Ministério da Defesa russo alega que os separatistas já controlam 93% da região de Lugansk e 54% de Donetsk (que juntas formam Donbass), além da criação de um corredor terrestre que permite ligar essa zona à Crimeia. Tal corredor implicaria, no entanto, o controlo total da cidade de Mariupol.
 
De acordo com as declarações de Rudskoy, Putin tinha duas opções para a operação militar: uma ação limitada no Donbass ou uma generalizada em todo o país. Optou pela segunda opção para impedir que as forças ucranianas pudessem concentrar os seus esforços no Donbass.
Biden poderá usar armas nucleares em “circunstâncias extremas”

O Telegraph avança que o Presidente norte-americano, Joe Biden, poderá usar armas nucleares em “circunstâncias extremas”, mesmo que a Rússia não as utilize primeiro.

A posição de Biden tem vindo a mudar, principalmente após as declarações do Kremlin que admite a utilização de armas nucleares caso a sua existência estiver em risco.

Os EUA permitem o uso de armas nucleares para a defesa no âmbito dos “interesses vitais” do país, “dos seus aliados e parceiros” e em resposta a “ataques estratégicos significativos que não sejam nucleares”. Segundo o Observador, Biden pode usar este tipo de armamento numa potencial ameaça de uso de armas biológicas, químicas e ciberataques.

A Rússia publicou uma doutrina sobre quando usar armas nucleares: caso o país seja atingido um míssil balístico, caso seja empregue uma arma nuclear por parte de um inimigo (independentemente que caia ou não em solo russo), ou qualquer ataque que ameace a existência da Rússia.

Este sábado, o Presidente dos Estados Unidos vai encontrar-se com os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da Ucrânia, Dmitro Kuleba e Oleksii Reznikov, respetivamente, durante a sua visita a Varsóvia.

A Casa Branca anunciou que Biden tem previsto “participar em parte de uma reunião” na capital polaca entre os ministros ucranianos e os secretários de Estado e de Defesa norte-americanos, Antony Blinken e Lloyd Austin, que estão a acompanhar o Presidente na sua viagem.

Biden deverá também encontrar-se com o Presidente polaco, Andrzej Duda, antes de visitar o estádio de futebol PGE Narodowy, que foi convertido num centro de refugiados para cuidar de alguns dos mais de 2,17 milhões de refugiados que fugiram da Ucrânia para a Polónia desde que a guerra começou.
“Operação humanitária” de evacuação de Mariupol

A França, a Turquia e a Grécia vão efetuar “uma operação humanitária” para evacuar “nos próximos dias” a cidade sitiada de Mariupol, no sul da Ucrânia, anunciou o Presidente francês, Emmanuel Macron, na sexta-feira.

“Vamos, em conjunto com a Turquia e a Grécia, lançar uma operação humanitária para retirar todas aquelas e aqueles que desejarem sair de Mariupol”, declarou no final de uma cimeira europeia em Bruxelas, precisando que terá uma reunião sobre esse assunto com o Presidente russo, Vladimir Putin, “dentro de 48 a 72 horas”.

“Espero poder envolver o maior número possível de intervenientes nesta operação”, prosseguiu o Presidente francês, assegurando que estará “em condições” de realizar essa evacuação “nos próximos dias”.

Macron afirmou que as “equipas do Eliseu” falaram hoje com o presidente da câmara de Mariupol, uma “cidade de mais de 400.000 habitantes que atualmente tem apenas 150.000” a viver “em circunstâncias dramáticas”. Mais de 2.000 civis foram mortos em Mariupol, segundo o mais recente balanço divulgado pela autarquia.

De acordo com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, cerca de 100.000 pessoas estão ainda retidas na cidade portuária estratégica do mar de Azov que está cercada pelas tropas russas.

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de dez milhões de pessoas, mais de 3,7 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

https://zap.aeiou.pt/russia-concentra-libertacao-donbass-469857

 

Anonymous publicam milhares de documentos secretos do Banco Central da Rússia !


Além de ter divulgado 28 gigabytes de documentos, o grupo de hackers avisou o Presidente russo, Vladimir Putin, que todos os seus segredos serão revelados.

O grupo de hackers Anonymous revelou, este sábado, que publicou 28 gigabytes de documentos que obteve depois de penetrar no sistema de segurança informático do Banco Central da Rússia.

Em conjunto com os 28 gigabytes de documentos, o grupo de hackers advertiu o Presidente russo, Vladimir Putin, num vídeo divulgado, em que diz que todos os seus segredos serão revelados.

“A extorsão de documentos do Banco Central da Rússia (28 gigabytes) foi difundida pelo Anonymous”, escreveu o grupo no Twitter, indicando que espalhou os documentos por vários pontos da internet e que, caso os links sejam censurados, partilhá-los-á noutros novos pontos da internet.

No vídeo, os hackers afirmam que o Presidente russo é “mentiroso, ditador, criminoso de guerra e assassino de crianças”.

Até agora, milhares de civis inocentes morreram, centenas de milhares foram deslocados, hospitais, escolas e abrigos foram bombardeados, crianças perderam as suas famílias e as famílias perderam seus filhos, devido à decisão de Putin ter desencadeado uma “operação especial” na Ucrânia, como o Kremlin a qualifica.

“Vladimir Putin, nenhum segredo é seguro, estamos em todos os lados: no seu palácio, onde come, na sua mesa, no seu quarto”, adverte um pirata informático usando a típica máscara do Anonymous.

E prossegue: “Agora partilhamos milhares de documentos pertencentes ao Banco Central da Rússia”.

Entre os documentos, afirma ainda o pirata informático, estão acordos, correspondência, transferências de dinheiro, segredos comerciais dos oligarcas russos, relatórios económicos que “Putin esconde do público“, diz.

Além disso, constam também “acordos comerciais que Putin assinou com outros países, declarações, informações dos seus apoiantes com cadastro, videoconferências [do presidente russo] e os programas usados” por Putin, revela o hacker pertencente ao Anonymous.

Desde o arranque desta ciberguerra contra o regime de Putin, os Anonymous alegam que já atacaram “2500 sites dos Governos russo e bielorrusso”, bem como “sites de notícias, bancos, hospitais, aeroportos, empresas e grupos de hackers pró-russos”. Tudo pelo “apoio à Ucrânia”, sublinham.

https://zap.aeiou.pt/anonymous-publicam-documentos-russia-469861

 

Professores russos têm cartilha para justificar a guerra às crianças !


O Ministério da Educação russo deu aos professores ordens para dar aulas, seguindo uma metodologia fornecida, para justificar a invasão à Ucrânia.

Aulas de propaganda que procuram justificar a necessidade da invasão à Ucrânia começaram na segunda-feira na Rússia, escreve o portal The Insider. É pedido aos professores que lecionem aulas quem expliquem às crianças porque é que as autoridades russas estão a realizar uma “operação militar especial” na Ucrânia.

Foram enviados para as escolas dois tipos de apresentações pelo Ministério da Educação russo: uma para jovens e outra para crianças.

Antes destas aulas de propaganda, os professores foram instruídos sobre materiais e orientações metodológicas que devem usar nas suas apresentações.

No dia 28 de fevereiro, Maria Zakharova, diretora do departamento de informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, falou em videoconferência durante uma hora e meia com os professores sobre a sua posição relativamente à Ucrânia.

Zakharova disse aos professores que estes estão “na vanguarda desta guerra de informação” e depois foram avisados de que teriam que discutir a Ucrânia com os alunos como parte das suas aulas de história num futuro próximo, “com o nosso apoio metodológico”.

A governante russa referiu-se à guerra como uma “operação de desmilitarização e manutenção da paz” em Donetsk e Luhansk.

Zakharova sugeriu ainda que os atuais acontecimentos, aos quais as próximas aulas devem ser dedicadas, “começaram há muito tempo, quando as pessoas foram forçadas a jurar fidelidade a [Stepan] Bandera”.

Segundos professores ouvidos pelo The Insider, apenas um docente questionou a necessidade de transmitir estas informações às crianças e jovens.

Numa das cartilhas enviadas, os professores são incitados a responder à pergunta: “Há realmente uma guerra a acontecer na Ucrânia?”. A resposta deverá ser: “Sim, está a acontecer há oito anos, a Ucrânia está a travá-la contra os seus próprios cidadãos que vivem em Donbass”.

Além disso, os professores terão que dizer às crianças, em conversas privadas, que o objetivo da invasão da Ucrânia é “o estabelecimento da paz”.

“No dia 1 de março, que eu saiba, houve outra reunião, à qual não participei. Como resultado disso, todos nós temos que conversar com as crianças e explicar a posição do país em conversas privadas. Quanto às aulas baseadas na metodologia, agora serão realizadas apenas nas escolas que anteriormente recebiam os pedidos”, disse um professor russo sob anonimato.

Em algumas escolas, foi até solicitado aos professores que gravassem secretamente as suas conversas privadas com os alunos.

“Se vou ter estas conversas, vou fazê-lo com um tom neutro, porque vou ter que falar com crianças que em breve farão 17 anos, e dentro de um ano podem encontrar-se em vagões a viajar para oeste, e eu não gostaria de estar envolvido nisso”, disse um professor ao The Insider.

https://zap.aeiou.pt/professores-russos-cartilha-guerra-469740

 

FBI tem anúncios “geo-direcionados” para espiões russos descontentes !

FBI / wikimedia
A última operação de contra-espionagem do FBI contra a Rússia dificilmente é discreta — basta estar no sítio certo.

Na sequência da invasão do Presidente russo Vladimir Putin à Ucrânia, o FBI intensificou os seus esforços de recrutamento nos EUA, com o objetivo de atrair russos insatisfeitos ou desiludidos com a guerra.

As pessoas que estão muito próximas da embaixada russa em Washington podem ver os anúncios, que aparecem em russo, no Facebook, Twitter, e Google.

Um jornalista do The Washington Post afirmou que lhe apareceu um anúncio no Facebook enquanto estava ao lado da embaixada russa na Avenida Wisconsin, mas deixou de apareceu no seu feed quando atravessou a rua.

“É uma brilhante estratégia de recrutamento porque penso que há provavelmente muita gente dentro do governo russo que está insatisfeita com a guerra de Putin, e por isso é uma grande oportunidade para ver se alguma dessas pessoas nos poderia ajudar a compreender melhor as intenções de Putin”, sublinhou um antigo agente de contra-informação do FBI.

O anúncio do FBI no Facebook

Muitas plataformas de publicidade permitem aos anunciantes visar anúncios com base na localização. As localizações podem ser tão amplas como um país ou região ou tão pequenas como um raio definido pelo utilizador.

Para anúncios do Facebook, o mínimo é uma milha, embora seja possível encurtar ainda mais, excluindo certos locais através de códigos ZIP ou bairros específicos.

O anúncio no Facebook que aparece na Embaixada Russa mostra Sergey Naryshkin, diretor do Serviço de Informações Externas da Rússia de pé, num auditório ao lado de Putin, com um aspeto austero.

O texto na imagem cita Putin, dizendo: “Fala claramente, Sergey Yevgenyevich”. O anúncio recorda uma série de momentos tensos de uma das reuniões televisivas de Putin no período que antecedeu a guerra, durante os quais ele interrompeu repetidamente Naryshkin e o pressionou a “falar claramente” quando o chefe espião se engasgou com as palavras. No fundo da imagem, o FBI escreveu: “Fala claramente… estamos prontos a ouvir”.

Na parte de cima do anúncio, o FBI pede aos leitores que contactem a agência: “A informação fornecida ao FBI pelo público é o meio mais eficaz de combater as ameaças. Se tiver informações que possam ajudar o FBI, por favor contacte-nos“.

Os anúncios terão provavelmente funcionários de contra-espionagem russos a trabalhar horas extraordinárias para determinar se algum dos espiões ou diplomatas da Rússia visitou o site ou o gabinete do FBI.

https://zap.aeiou.pt/fbi-tem-anuncios-geo-direcionados-para-espioes-russos-descontentes-469800

 

Satélite mostra que a plataforma de gelo Conger colapsou completamente !

Uma das frentes do Thwaites, o "glaciar do juizo final".
Cientista da NASA diz que o colapso completo de uma plataforma de gelo do tamanho de Roma com temperaturas invulgarmente elevadas é “sinal do que pode estar para vir”.

Uma plataforma de gelo do tamanho de Roma desmoronou-se completamente na Antártida Oriental dentro de dias, de acordo com dados de satélite, depois de registarem temperaturas elevadas, segundo o The Guardian.

A plataforma de gelo Conger, que tinha uma superfície aproximada de 1.200 km2, desmoronou-se a 15 de março, alertaram os cientistas esta sexta-feira.

A Antártida Oriental sofreu temperaturas invulgarmente elevadas na semana passada, com a estação Concordia a atingir uma temperatura recorde de -11,8ºC a 18 de março, mais de 40ºC mais quente do que as normas sazonais.

As plataformas de gelo são extensões de placas de gelo que flutuam sobre o oceano, desempenhando um papel importante na contenção do gelo interior. Sem elas, o gelo interior flui mais rapidamente para o oceano, resultando na subida do nível do mar.

Catherine Colello Walker, cientista terrestre e planetária da NASA e do Instituto Oceanográfico Woods Hole, disse que embora a plataforma de gelo Conger fosse relativamente pequena, “é um dos eventos de colapso mais significativos em qualquer parte da Antártida desde o início dos anos 2000, quando a plataforma de gelo Larsen B se desintegrou”.

“Não terá efeitos devastadores, muito provavelmente, mas é um sinal do que poderá estar para vir”, disse Walker.

A plataforma de gelo Conger tem vindo a diminuir desde meados dos anos 2000, mas apenas gradualmente até ao início de 2020, disse Walker.

A 4 de março deste ano, a plataforma de gelo parecia ter perdido mais de metade da sua superfície em comparação com as medições de janeiro.

Peter Neff, glaciólogo e professor assistente de investigação na Universidade do Minnesota, disse que ver mesmo uma pequena plataforma de gelo cair na Antártida Oriental era uma surpresa.

“Continuamos a tratar a Antártida Oriental como este enorme, alto, seco, frio e imutável cubo de gelo”, disse o docente.

“O entendimento atual sugere em grande parte que não é possível obter as mesmas taxas rápidas de perda de gelo [como na Antártida Ocidental] devido à geometria do gelo e do leito rochoso ali”, acrescentou.

“Este colapso, especialmente se ligado ao calor extremo trazido pelo evento atmosférico do rio em meados de março, conduzirá a investigações adicionais sobre estes processos na região”, alerta também.

Dados de satélite da missão Copernicus Sentinel-1 mostraram que o movimento da plataforma de gelo começou entre 5 e 7 de março, explicou Neff.

“Grande parte da Antártida Oriental é retida por plataformas de gelo de contração, pelo que precisamos de vigiar todas as plataformas de gelo existentes”, explicou Helen Amanda Fricker, professora de glaciologia no Centro Polar Scripps.

“As plataformas de gelo perdem massa como parte do seu comportamento natural, mas o colapso em grande escala de uma plataforma de gelo é um acontecimento bastante invulgar“, concluiu Andrew Mackintosh, da Universidade Monash .

https://zap.aeiou.pt/satelite-mostra-que-a-plataforma-de-gelo-conger-colapsou-completamente-469805

 

quarta-feira, 6 de abril de 2022

Oligarcas russos estão a planear assassinato de Putin e já têm um substituto a postos, acusa a Ucrânia !


Os oligarcas estarão descontentes com a decisão de Putin de continuar com a guerra face às sanções de que têm sido alvo, desejando restabelecer as trocas comerciais com o Ocidente.

Perante o impacto da guerra nas suas finanças pessoais devido às sanções impostas à Rússia e aos mais próximos de Putin, um grupo de oligarcas russos tem alegadamente um plano para “eliminar” o Presidente.

As informações são avançadas pelos serviços de inteligência da Ucrânia, que afirmam que há membros da elite russa que não estão contentes com as decisões de Putin e se opõem à continuação da guerra, defendendo o seu fim e o restabelecimento das trocas comerciais com o Ocidente “o mais cedo possível”.

Face à intransigência de Putin e os aparentes impasses no terreno com a resistência ucraniana a surpreender as forças russas, a página do Facebook das autoridades de Kiev afirma que os oligarcas estão a planear assassinar o líder russo, através de um “envenenamento”, “acidente”, “doença súbita” ou até uma “coincidência”.

Alexander Bortnikov é o favorito para suceder a Putin, segundo a Ucrânia. Bortnikov é actualmente o director da FSB, a agência de inteligência Rússia que sucedeu à agência soviética KGB.

A inteligência ucraniana refere ainda que Bortnikov entrou em discórdia com Putin recentemente. “A razão oficial para a desgraça do líder da FSB — erros fatais na guerra contra a Ucrânia. Foi Bortnikov e o seu departamento que foram responsáveis por analisarem a disposição da população ucraniana e a capacidade do exército ucraniano”, afirma.

Na quarta-feira, Petre Aven, dirigente do maior banco comercial russo, reuniu-se com Alexander Mashkevich, um oligarca bilionário que tem vários negócios na Rússia, em Moscovo. A Ucrânia avança que estes dois magnatas estão “extremamente irritados com a política de Vladimir Putin” e que fazem parte da conspiração para o eliminar.

Não se sabe se estiveram outras personalidades da elite russa na reunião, que terá servido para se discutir qual a melhor forma de se “influenciar” Putin. No entanto, o encontro não terá dado frutos porque o Presidente russo estará “completamente isolado” e terá suspeitas sobre os oligarcas do seu círculo.

Em última caso, poderá haver um “pagamento” para “eliminar fisicamente” o chefe de Estado da Rússia.

https://zap.aeiou.pt/oligarcas-assassinato-putin-substituto-469373

 

Guerra do gás - Entre ameaças de Putin, Biden desenha com a UE o plano perfeito para os EUA !


As sanções impostas à Rússia por causa da guerra na Ucrânia estão a alimentar uma outra guerra, de tipo diplomático e comercial, em torno do gás natural. E o presidente dos EUA, Joe Biden, está a aproveitar o momento para “roubar” à Rússia o domínio sobre as exportações de gás natural para a Europa.

Biden e a União Europeia (UE) preparam-se para anunciar, nesta semana, um grande plano para redireccionar gás liquefeito dos EUA para a Europa. Esse cenário poderá permitir a imposição de novas sanções à Rússia, nomeadamente para atingir as importações deste combustível, o que seria um golpe fatal para as finanças do Governo de Vladimir Putin.

A UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, o que faz com que seja difícil para muitos países europeus imporem sanções ao regime de Putin no domínio da energia.

Entretanto, Putin já avisou que só vai aceitar o pagamento em rublos de países “inimigos”, ou seja, daqueles que impuserem sanções à Rússia. E esse é mais um motivo de preocupação que acresce à instabilidade que reina em plena crise energética.

No meio deste turbilhão de incertezas, os líderes europeus têm estudado como podem reduzir a dependência do gás russo. Ora, os EUA oferecem-se para ser parte importante da solução.

A Casa Branca e a União Europeia (UE) estarão “perto de um acordo” com vista ao fornecimento de gás dos EUA para a Europa, como avança a agência Bloomberg.

O Conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, anuncia que esse acordo deve ser anunciado nesta sexta-feira, como cita a mesma agência. Uma outra fonte refere à Bloomberg que os planos passam por “garantir o fornecimento de gás natural americano e de hidrogénio para a Europa”.
“Ponto final” na dependência europeia do gás russo

Sullivan define que está em causa colocar um “ponto final” à dependência europeia do gás russo, notando que Biden e os líderes europeus estão a definir “o roteiro prático de como fazer isso”, incluindo as “medidas” a tomar, como “os EUA podem contribuir” e “o que a Europa tem que fazer”.

“Tem sido um assunto de intensas idas e voltas ao longo dos últimos dias e semanas”, nota ainda Sullivan, prometendo novidades para esta sexta-feira.

“Pode-se esperar que os EUA procurem maneiras de aumentar o fornecimento de GNL [gás natural liqueifeito] para a Europa, não apenas ao longo dos anos, mas também ao longo dos meses”, refere ainda o Conselheiro de Biden.

Mas, para já, não se sabe como é que isso vai ser concretizado e é provável que Biden não consiga comprometer-se com o fornecimento de quantidades específicas de gás. Também não é certo se o acordo com a UE incluirá referências a preços.

Além disso, questiona-se também se os EUA terão capacidade para responder às necessidades europeias. Antes da viagem para a Europa, assessores de Biden reuniram-se com responsáveis de várias empresas petrolíferas nos EUA, incluindo da Exxon Mobil e da Marathon Petroleum, como revela a Bloomberg.

Esses encontros terão servido para avaliar se as petrolíferas norte-americanas estarão preparados para aumentar a produção. Mas também terá sido discutida “a possibilidade de compensar os déficits de produção se a UE decidir juntar-se aos EUA na proibição das importações de petróleo russo“, aponta a Bloomberg.

A concretização desta sanção seria uma forma de isolar ainda mais o regime de Putin do mundo, e seria também um choque financeiro fatal para as finanças da Rússia numa altura em que o país já sente a crise financeira.

Por outro lado, será também uma vitória comercial de Biden contra o tradicional inimigo, desviando uma importante exportação russa para os EUA. E será um óptimo indicador para fortalecer a popularidade do líder norte-americano.

No fim de contas, pode ser o plano perfeito para os EUA, pelo impulso económico que pode garantir para os próximos anos e pela forma como também pode enfraquecer a Rússia, o eterno inimigo.

Bruxelas quer UE com 80% de gás armazenado

A Comissão Europeia (CE) pretende implementar a obrigação mínima de 80% de armazenamento de gás na UE para o próximo Inverno, até início de novembro, para garantir o fornecimento energético. Essa percentagem deverá chegar aos 90% nos anos seguintes.

Esta é a resposta de Bruxelas “às preocupações sobre a continuação dos preços elevados da energia” no espaço comunitário numa altura em que os preços da luz e do gás batem máximos também ‘puxados’ pelas tensões da guerra da Ucrânia.

Os 18 dos 27 Estados-membros que têm instalações subterrâneas de gás devem, assim, assegurar o preenchimento até pelo menos 80% da capacidade até 1 de Novembro de 2022, aumentando para 90% nos anos seguintes, com objetivos intermédios de Fevereiro a Outubro.

Há duas semanas, a CE propôs a eliminação progressiva da dependência de combustíveis fósseis da Rússia antes de 2030, com aposta no gás natural liquefeito (GNL) e nas energias renováveis, estimando reduzir, até final do ano, dois terços de importações de gás russo.

Na altura, o executivo comunitário defendeu ainda a conclusão do mercado interno da energia e a aposta em projectos transfronteiriços, como “as ligações essenciais” entre Portugal, Espanha e França e entre a Bulgária e a Grécia.
UE discute como responder à exigência de Putin

A Alemanha critica, entretanto, o anúncio feito por Putin de que Moscovo deixará de aceitar pagamentos em dólares ou euros pelo fornecimento de gás à UE.

Tal exigência “constitui uma ruptura de contrato”, declara o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, numa conferência de imprensa em Berlim, anunciando que os parceiros europeus vão discutir “a forma de responder a esta exigência”.

Putin deu uma semana às autoridades russas para organizarem o novo sistema de pagamento em rublos depois de ter anunciado que a Rússia não aceitará mais pagamentos em dólares ou euros pelo fornecimento de gás à UE.

O presidente russo explicou que se tratava de uma reação ao congelamento de bens da Rússia no Ocidente por causa da sua ofensiva na Ucrânia.

A Alemanha está particularmente dependente do gás russo, que representa cerca de 55% das suas importações de gás. O país está a tentar reduzir rapidamente a sua dependência obtendo outros fornecedores.

Além de acelerar a construção de terminais de GNL, o Governo alemão também assinou um acordo com o Qatar, grande exportador desta matéria-prima, para um “abastecimento a longo prazo”.

https://zap.aeiou.pt/guerra-gas-putin-biden-ue-469374

Anonymous atacaram o Banco Central da Rússia e prometem revelar acordos secretos !


O grupo de hackers Anonymous assegura que conseguiu entrar no sistema informático do Banco Central da Rússia (BCR) e ameaça divulgar “mais de 35 mil ficheiros” com “acordos secretos” nas próximas 48 horas.

A divulgação foi feita no Twitter e a informação ainda não foi oficialmente confirmada, nem se sabe que tipo de ficheiros podem estar em causa.

Este dado surge depois de rumores de que a Governadora do BCR, Elvira Nabiullina, terá tentado demitir-se do cargo no âmbito da invasão da Ucrânia. Vladimir Putin, presidente da Rússia, não terá aceite essa demissão, segundo as especulações.

O BCR foi forçado a tomar medidas drásticas, como aumentar significativamente as taxas de juro e impor controles de capital, para evitar a saída de dinheiro numa altura em que o rublo está altamente desvalorizado

Depois da invasão da Ucrânia, o Anonymous declarou “guerra electrónica” ao “regime criminoso do Kremlin”, começando a atacar vários sites governamentais russos. Mas o grupo de hackers também tem visado a Bielorrússia que é aliada de Putin.

Além disso, o grupo tem levado a cabo ataques contra empresas multinacionais que continuam a operar na Rússia, como são os casos da Auchan, da Leroy Merlin e da Decathlon.

Nesta semana, o grupo de hackers anunciou ter acedido a impressoras não seguras, por toda a Rússia, para imprimir “mensagens anti-propaganda sobre a guerra” na Ucrânia, alegando que foram feitas “mais de 100 mil cópias”.

Desde o arranque desta ciberguerra contra o regime de Putin, os Anonymous alegam que já atacaram “2500 sites dos Governos russo e bielorrusso”, bem como “sites de notícias, bancos, hospitais, aeroportos, empresas e grupos de hackers pró-russos”. Tudo pelo “apoio à Ucrânia”, sublinham.

https://zap.aeiou.pt/anonymous-banco-central-russia-469364

 

Suspeito da invasão ao Capitólio e procurado pelo FBI recebe asilo na Bielorrússia !


Um suspeito do motim no Capitólio, acusado de atacar a polícia durante a insurreição, e procurado pelo FBI, recebeu asilo na Bielorrússia, segundo a imprensa local.

“O cidadão americano Evan Neumann recebeu o estatuto de refugiado na Bielorússia. O documento foi-lhe entregue hoje no Departamento de Cidadania e Migração da Direção de Assuntos Internos do Comité Executivo Regional de Brest”, lê-se numa declaração partilhada pela agência noticiosa estatal bielorrussa BelTA.

“Sinto-me seguro na Bielorrússia. É calmo, eu gosto de estar neste país”, referiu Neumann, segundo o The Daily Beast.

“Hoje estou com sentimentos mistos. Estou contente pela Bielorrússia ter tomado conta de mim. Estou chateado por ter acabado nesta situação, por no meu país natal existirem tais problemas”, acrescentou o suspeito. 

Neumann vendeu a sua casa na Califórnia e fugiu dos Estados Unidos em agosto de 2021, para reaparecer na Bielorrússia em novembro segundo o Insider.

Defendeu a sua fuga para a Bielorússia, afirmando que tinha medo de ser torturado pelo sistema judicial dos Estados Unidos.

“Não tenho esperança no sistema de justiça dos EUA neste momento. Não sou suficientemente forte para resistir à tortura”, contou Neumann, numa emissão da ATN, um órgão de comunicação estatal bielorrusso.

Evan Neumann está na lista dos mais procurados do FBI e enfrenta seis acusações, incluindo agressão a oficiais, obstrução à lei, entrada no Capitólio sem autorização, e conduta violenta, de acordo com documentos de um tribunal federal de Washington.

https://zap.aeiou.pt/suspeito-da-invasao-ao-capitolio-e-procurado-pelo-fbi-recebe-asilo-na-bielorrussia-469225

 

Rússia admite usar armas nucleares na Ucrânia em caso de “ameaça existencial” !

O Presidente russo, Vladimir Putin.

Moscovo apenas vai usar armas nucleares na Ucrânia no caso de uma “ameaça existencial” contra a Rússia, disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, numa entrevista à CNN Internacional.

“Temos uma doutrina de segurança interna. É pública. Pode ler lá todas as razões para o uso de armas nucleares. E se é uma ameaça existencial ao nosso país, então podem ser usadas no âmbito da nossa doutrina”, afirmou.

A jornalista da CNN Internacional Christiane Amanpour pediu a Dmitry Peskov que dissesse se estava “confiante” ou “convencido” de que o Presidente russo, Vladimir Putin, de quem é muito próximo, não usaria armas nucleares em território ucraniano.

Peskov disse que Putin ainda não atingiu nenhum dos seus objetivos militares na Ucrânia, mas realçou que a “operação militar especial” está a seguir “exatamente de acordo com os planos e os propósitos que foram estabelecidos de antemão”.

“Não foi Putin que arruinou os acordos de Minsk, foi o lado ucraniano”, atirou Peskov.

O Exército russo encontrou uma resistência inesperada das forças de segurança ucranianas desde o início da guerra.

De acordo com o Pentágono, o Exército da Ucrânia, que detém o controlo dos grandes centros urbanos, esteve mesmo em condições nos últimos dias de levar a cabo algumas contra-ofensivas que lhe permitiram, em particular no sul, recuperar terreno às tropas russas.

Especialistas militares acreditam que o Exército russo está a sofrer de problemas logísticos e de comunicação.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo mais de 180 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,53 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/russia-admite-usar-armas-nucleares-469027
 

domingo, 3 de abril de 2022

Desastres naturais mataram 134 pessoas em Moçambique desde outubro !


Pelo menos 134 pessoas morreram e mais de 760 mil foram afetadas por desastres naturais na atual época das chuvas em Moçambique, segundo o mais recente relatório do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique.

O maior número de óbitos foi registado em Nampula (62), seguida da Zambézia (42) e Tete (10), no norte e centro de Moçambique, algumas das províncias mais afetadas por tempestades tropicais e pelo ciclone Gombe, entre 11 e 19 de março, e pela tempestade Ana, em janeiro.

Segundo o INGD, o desabamento de paredes, arrastamento pelas águas, relâmpagos, incêndios e queimadas descontroladas, queda de árvores e eletrocussão, estão entre as principais causas das mortes.

Do total de 762.523 pessoas afetadas, que correspondem a 151.331 famílias, 333 ficaram feridas, em consequência das intempéries que se registam em Moçambique desde outubro.

A atual época das chuvas causou ainda a destruição parcial e total de 135.860 casas e inundação de outras 26.231, além de destruir também 3.843 salas de aulas de construção precária e convencional, afetando 468.116 alunos, 8.304 professores e 1.700 escolas.

Segundo as autoridades, o mau tempo afetou ainda 103 unidades hospitalares, danificou 2.965 postes de energia, 644 casas de culto, 6.300 quilómetros de estrada, 19 pontes, entre outras infraestruturas.

As regiões norte e centro de Moçambique estiveram, entre 11 e 19 de março, sob chuvas intensas causadas pelo ciclone Gombe e pela depressão tropical que lhe sucedeu.

O ciclone Gombe provocou 59 mortos e 82 feridos, sobretudo na província de Nampula, a norte, em muitos casos devido ao desabamento de casas construídas com material tradicional (argila e caniço), segundo dados oficiais.

Moçambique enfrenta anualmente várias tempestades durante a época ciclónica e chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

https://zap.aeiou.pt/desastres-naturais-mataram-134-pessoas-desde-outubro-em-mocambique-468964

 

Soldados ucranianos desenterram corpos de combatentes russos para os trocarem por reféns !


Os soldados ucranianos retiram os corpos dos combatentes russos de valas comuns para os oferecerem como troca em negociações pela libertação de colegas que tenham sido capturados pelas forças de Moscovo.

As forças da Ucrânia estão a desenterrar os corpos de soldados russos sepultados em valas comuns em Kiev para os devolverem à Rússia como moeda de troca por combatentes ucranianos que tenham sido capturados e ainda estejam vivos, após os confrontos em Rusaniv, no leste da capital do país, segundo o The Kyiv Independent.

A reportagem do jornal acompanhou um grupo de soldados ucranianos a desenterrar os cadáveres de seis combatentes russos que morreram em combate de valas comuns para poderem exigir a libertação de dois colegas do exército ucraniano que são reféns como troca.

A reportagem nota que o cheiro libertado indica que os corpos já se estavam a decompor. Os cadáveres são desenterrados aleatoriamente e sem poderem ser identificados, já que não há documentos que os identifiquem.

Os russos alegadamente deixam para trás todos os documentos ou objetos que possam revelar a identidade dos soldados de propósito. Nos combates em que os ucranianos vencem, as tropas vão depois vasculhar os veículos russos em busca destes objetos.

Os trabalhadores dos serviços de emergência da Ucrânia na margem do rio Trubizh também estão empenhados neste esforço. Nem Kiev nem Moscovo revelaram alguma vez ter conhecimento destas trocas que os soldados dos exércitos adversários fazem no terreno e os números oficiais do Governo ucraniano avançam que já 15 mil russos morreram na guerra.

https://zap.aeiou.pt/ucranianos-desenterram-russos-refens-468845

 

Rússia prepara ciberataques nos EUA !


Presidente considera que os EUA estão num momento crítico para acelerar a melhoria da sua cibersegurança.

Joe Biden deixou um aviso ao seu país, sobretudo a quem está ligado ao mundo dos computadores: “Este é um momento crítico para acelerar o nosso trabalho de melhorar a nossa cibersegurança e de reforçar a nossa resiliência nacional”.

O início do comunicado recorda que foi o próprio presidente dos Estados Unidos da América que já avisou que a Rússia poderia ser responsável por “conduta maliciosa” no mundo da ciberactividade, contra os EUA.

Agora a resposta russa às sanções económicas parece estar mais próxima: “Hoje, o meu governo reitera esses avisos. Temos a indicação de que o Governo russo está a explorar opções para possíveis ataques cibernéticos”.

“Faz parte do manual da Rússia”, continuou Biden, que assegurou que a Casa Branca está constantemente a fortalecer as defesas nacionais nesse sector, com medidas abrangentes de segurança cibernética no Governo Federal e nos sectores de infraestrutura crítica

“A minha administração continuará a usar todas as ferramentas para impedir, interromper e, se necessário, responder a ataques cibernéticos contra infraestruturas críticas dos EUA”, avisou o presidente, que assim já admite que os EUA também poderão ser responsáveis por ciberataques em organizações ou instituições russas.

Mas o Governo Federal não pode se defender sozinho dessa ameaça”, apelou Biden, que assim espera colaboração do sector privado, que também deve “acelerar os esforços para trancar as suas portas digitais”.

E devem fazê-lo “imediatamente”, avisou.

https://zap.aeiou.pt/russia-prepara-ciberataques-nos-eua-468771

 

Zelenskyy: “Se diálogos com Putin falharem, vem aí a III Guerra Mundial” !!!


Há dois anos que o presidente da Ucrânia está preparado para negociar com o presidente da Rússia. Só essas negociações poderão encerrar a guerra.

Volodymyr Zelenskyy voltou a dizer que está pronto para conversar com Vladimir Putin, para tentar acabar com a guerra na Ucrânia: “Estou preparado para negociar com ele. Estou preparado há dois anos. Penso que sem essas negociações não podemos acabar com esta guerra”.

“Se temos apenas 1% de chance de acabar com esta guerra, penso que temos de a aproveitar. Temos de fazer isso. Em todo o caso, estamos diariamente a perder pessoas, pessoas inocentes”, lembrou o presidente da Ucrânia, em entrevista à CNN.

Zelenskyy acredita que os líderes deverão recorrer “a qualquer formato, a qualquer oportunidade”, para conseguirem falar e tentarem antecipar o final do conflito: “Se estas tentativas falharem, isso significará que estamos perante a Terceira Guerra Mundial”.

O presidente ucraniano considera que a Rússia chegou à Ucrânia para realizar um “extermínio”. O povo e o exército ucranianos demonstraram a sua “dignidade, ao serem capazes de desferir um golpe poderoso, de responder. Mas, infelizmente, a nossa dignidade não vai preservar vidas”, lamentou.

Volodymyr Zelenskyy tem prioridades para as negociações com vista à paz: fim da guerra, garantias de segurança, soberania, restauro da integridade territorial, verdadeiras garantias para a Ucrânia país e protecção efectiva para a Ucrânia.

A Rússia exige dois reconhecimentos que o chefe de Estado ucraniano não aceita: a independência das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk e a soberania da Rússia sobre a Crimeia: “Há compromissos que não podemos fazer enquanto estado independente. Os ucranianos falaram, não receberam os soldados russos com flores, mas sim com coragem e armas nas mãos”.

Se a Ucrânia estivesse ligada à NATO, a guerra nem teria começado, de acordo com o seu líder: “Se os membros da NATO estão preparados para nos ver na Aliança, então que o façam imediatamente pois há pessoas a morrer diariamente. Mas se não estão preparados para preservar as vidas do nosso povo, se nos querem ver entre dois mundos, não nos podem pôr nesta posição, não nos podem forçar a estar neste limbo”.

Na semana passada, Zelenskyy admitiu que a Ucrânia não será membro da NATO em breve.

Volodymyr Zelenskyy confessou ainda que, a nível familiar, não há dúvidas: os seus dois filhos sabem que está a decorrer uma guerra. “Não sei se isso (eles saberem) é bom ou mau. Não lhes expliquei o que está acontecer. Eles é que me disseram que há uma guerra a decorrer na Ucrânia. Nos dois primeiros dias, não conversámos sobre isso. Eles não fizeram perguntas. Eles próprios estavam a pensar no assunto”.

“Felizmente, não temos de lhes explicar, eles têm acesso a vídeos e a notícias. Eu faço com que eles tenham acesso aos vídeos. Acho que as minhas crianças não devem ser proibidas de ver qualquer tipo de vídeo do que a Rússia fez. O meu filho tem que estar ciente disso porque, enquanto o meu filho estiver vivo, há algum membro do exército ucraniano que está a morrer por ele.

https://zap.aeiou.pt/zelenskyy-putin-iii-guerra-mundial-468496

 

Europânico - UE vai reforçar compras de comprimidos de iodeto de potássio e de fatos de proteção nuclear !


Vários eurodeputados lembram como o mundo foi apanhado desprevenido pela covid-19 e acreditam que não podemos cometer o mesmo erro perante a ameaça da guerra na Ucrânia escalar até ser um conflito nuclear.

Segundo avança o Financial Times, fontes da Comissão Europeia está a encorajar os estados-membros a reforçarem a compra de comprimidos de iodeto de potássio e de fatos protetores para a eventualidade de um ataque nuclear.

“A Comissão Europeia está a trabalhar para assegurar que reforça a sua preparação na área das ameaças química, biológica, radiológica e nuclear, antes ainda da guerra na Ucrânia”, afirmou um porta-voz ao jornal britânico.

Vários estudos sugerem que a toma de iodeto de potássio previne a acumulação de iodo-131 — um isótopo radioativo que pode ser libertado com a explosão de bombas nucleares — na tiróide, tendo o medicamento um estatuto essencial para a Organização Mundial da Saúde.

Em 2011, as autoridades japonesas inclusivamente recomendaram à população que vivia nos arredores de Fukushima, onde houve o acidente com a central nuclear, que tomassem iodeto de potássio.

A União Europeia avançou com a criação da Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA) em Setembro, depois do mundo ter sido apanhado de surpresa pela pandemia de covid-19, que expôs a falta de preparação e a escassez de materiais de proteção individual.

Já vários eurodeputados apelaram a que esta autoridade recém-criada se prepare também para uma possível crise causada pela guerra na Ucrânia. “Precisamos de tirar fortes lições da covid. São necessárias medidas específicas para instalações nucleares. Nós não estamos prontos. Não temos stocks”, apelou Véronique Trillet-Lenoir, deputada francesa do partido En Marche, de Emmanuel Macron.

Com o início do conflito entre a Ucrânia e a Rússia e a ordem de Putin para que as forças nucleares estivessem em alerta máximo, os comprimidos deste medicamento, que só deve ser tomado perante uma recomendação médica, voaram das prateleiras das farmácias em países como a Bulgária ou a Bélgica e também em menor escala em Portugal.

O facto da Ucrânia ter várias centrais nucleares e das tropas russas já terem tomado a maior central da Europa, em Zaporizhzhia, também alimentou este medo generalizado e o pânico que levou às compras.

https://zap.aeiou.pt/ue-iodeto-potassio-protecao-nuclear-468546

 

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