terça-feira, 19 de abril de 2022

Detidos extremistas alemães que planeavam ataques e raptos - Ministro da Saúde era um dos alvos !


A justiça alemã anunciou hoje a detenção de quatro alegados membros de uma rede de extrema-direita contra as regras de contenção da covid-19, que planeavam “ataques violentos” no país e o rapto de “figuras públicas”.

De acordo com a agência noticiosa France-Presse (AFP), que cita uma fonte ministerial, entre os alvos do grupo estava o ministro da Saúde social-democrata, Karl Lauterbach.

A rede, denominada “Patriotas Unidos”, tinha como objetivo destruir “o sistema democrático alemão”, segundo a procuradoria de Coblença e a polícia da Renânia-Palatinado, refere uma declaração conjunta.

Os suspeitos, detidos na quarta-feira durante extensas buscas, tinham planeado atacar as redes elétricas para provocar “um apagão a longo prazo em todo o país”, que, segundo estes, provocaria as condições para uma “guerra civil”.

As autoridades estavam a investigar o grupo, os seus fundadores e apoiantes em várias partes do país desde outubro de 2021.

Na rusga realizada na quarta-feira, as autoridades apreenderam armas de fogo, barras de ouro, moedas de prata e dinheiro no valor de mais de 10.000 euros, assim como telemóveis, falsos certificados de vacinação contra a covid-19 e vários documentos que descreviam os planos para derrubar o Estado alemão.

As autoridades tinham em mira cinco suspeitos – todos alemães e com idades compreendidas entre os 41 e os 55 anos –, tendo detido quatro, de acordo com a declaração.

As operações policiais visam a franja mais radical do movimento contra as restrições, cuja expressão se multiplicou e que colocou a violência da extrema-direita no topo da lista de ameaças à ordem pública, à frente do extremismo islâmico.

Este movimento tem estado particularmente ativo na Alemanha desde o início da pandemia da covid-19 e utiliza canais da plataforma de troca de mensagens Telegram, onde fazem ameaças contra representantes eleitos ou durante manifestações.

O assassínio em junho de 2019 de Walter Lübcke – um político do partido conservador que defendia o conjunto de ações para o acolhimento de migrantes da ex-chanceler Angela Merkel –, cometido por um militante neonazi, abalou profundamente o país.

No início de abril, as autoridades alemãs realizaram uma grande operação nos meios terroristas de extrema-direita, no âmbito de uma investigação mais ampla envolvendo a polícia e os serviços de informações militares desde 2019.

Quatro suspeitos do grupo “Knockout 51” foram então detidos. As investigações em curso também visam o grupo de extrema-direita “Atomwaffen Division Deutschland”.

Na quarta-feira, o Ministério Público Federal da Alemanha anunciou a acusação de um alemão simpatizante de um grupo neonazi, suspeito de querer desencadear “uma guerra de raças” no país através de ataques com explosivos e armas de fogo.

https://zap.aeiou.pt/detidos-extremistas-alemaes-ataques-473644

 

Guterres fala da “tempestade perfeita” - Mais de 20% da população mundial pode ficar na miséria !


Apresentado o primeiro relatório sobre o impacto global da guerra na Ucrânia nos sistemas de alimentação, energia e finanças.

Esta quarta-feira foi apresentado o primeiro relatório do Grupo Global de Resposta a Crises sobre o impacto global da guerra na Ucrânia nos sistemas de alimentação, energia e finanças.

António Guterres esteve presente no evento, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), e sublinhou que estamos perante uma “tempestade perfeita”. Ou seja, juntando os factores crise sanitária (COVID-19) e clima de paz e segurança, as nações em desenvolvimento estão ameaçadas.

O secretário-geral das Nações Unidas compreende o foco dado aos ucranianos mas a guerra está a criar dificuldades a nível global. E a pobreza, a fome e a instabilidade já estavam a aumentar antes do conflito.

Guterres lembrou que a guerra agravou a situação que muitos países em desenvolvimento já atravessavam por causa da COVID-19. E estão a começar agora encargos históricos da dívida e uma inflação crescente.

O relatório apresentado em Nova Iorque deixa o alerta: a situação bélica na Ucrânia pode fazer com que a pobreza, a miséria e a fome atinjam 1,7 mil milhões de pessoas. Ou seja, mais de 20% da população mundial.

Esta possibilidade está fortemente relacionada com o facto de a Ucrânia e a Rússia serem exportadores importantes de trigo, cevada, milho e óleo de girassol – essenciais para populações de países mais pobres.

O cenário piora porque a crise de financiamento também afecta o Programa Mundial de Alimentos, que não tem recursos suficientes para alimentar pessoas em regiões vulneráveis, como Iémen, Chade e Níger.

“Há uma correlação direta entre o aumento dos preços dos alimentos e a instabilidade social e política. E o mundo não pode permitir isso, é necessário agir imediatamente”, avisou António Guterres, que acredita que esta situação vai deixar “cicatrizes profundas e duradouras”.

O relatório da ONU pede às instituições financeiras internacionais que libertem financiamento para os países mais vulneráveis e que ajudem os governos dos países em desenvolvimento a investir nos mais pobres e vulneráveis.

E há outro lado deste cenário: a ONU acredita que a crise pode ser uma oportunidade para o planeta, dando o exemplo de uma eventual implementação acelerada de energias renováveis (iria suavizar o aumento de preços da energia e iria tornar a Terra mais limpa).

https://zap.aeiou.pt/populacao-mundial-miseria-guterres-onu-473466

 

Rússia ameaça atacar centros de comando em Kiev !


O Exército russo ameaçou hoje atacar centros de comando na capital ucraniana, Kiev, que Moscovo tinha desistido de tomar até agora, se as tropas ucranianas continuarem a atacar o território russo.

“Estão a verificar-se tentativas de sabotagem e de ataques das forças ucranianas contra alvos em território da Federação da Rússia”, declarou Igor Konachenkov, porta-voz do Ministério da Defesa russo.

“Caso prossigam estas ações, o exército russo desencadeará ataques dirigidos a centros de tomada de decisão, incluindo em Kiev, o que o exército russo se absteve de fazer até agora”, prosseguiu.

No final de março as forças russas retiraram-se da região de Kiev. Durante um mês, tentaram cercar a capital e efetuaram diversos bombardeamentos que atingiram a periferia da capital.

Moscovo possui designadamente mísseis hipersónicos, considerados impossíveis de destruir durante o voo devido à sua velocidade, que indicou já ter utilizado na Ucrânia.  

O porta-voz do Ministério da Defesa também referiu que a zona comercial do porto de Mariupol, cidade estratégica do sudeste da Ucrânia, foi totalmente conquistada.

Na segunda-feira, o líder dos separatistas russófonos de Donetsk, que combatem ao lado do exército russo em Mariupol, tinha já reivindicado este avanço militar.

“O que resta das unidades ucranianas e dos nazis [do batalhão] Azov presentes na cidade estão bloqueados e privados da possibilidade de sair do cerco”, afirmou hoje Igor Konachenkov.

O responsável militar afirmou ainda que Moscovo destruiu 36 alvos militares ucranianos durante ataques no decurso das últimas 24 horas.

https://zap.aeiou.pt/russia-ameaca-atacar-centros-comando-473427

 

Detido homem suspeito da autoria do tiroteio no metro em Nova Iorque !


A polícia de Nova Iorque deteve, esta quarta-feira, o suspeito acusado de disparar sobre dez pessoas num vagão de metro em Brooklyn. O tiroteio feriu pelo menos 29 pessoas, que estão livres de perigo.

O suspeito em causa é Frank James, que já no final da noite passada tinha sido identificado como uma “pessoa de interesse” pelas autoridades nova-iorquinas.

Segundo a CNN, o suspeito foi detido por uma patrulha de três agentes na zona de East Village, em Manhattan, Nova Iorque.

A polícia de Nova Iorque prendeu o suspeito depois de receber uma dica por chamada telefónica, de acordo com fontes policiais. Os agentes responderam imediatamente, localizaram o suspeito e levaram-no sob custódia.

As autoridade de Nova Iorque já tinham revelado a identidade do suspeito e tinham pedido que quem tivesse informações sobre o seu paradeiro informasse a polícia. A polícia adiantou também, em comunicado, que estava a oferecer uma recompensa de cerca de 461 mil euros por informações sobre o suspeito.

O alerta foi dado às 8h30 horas locais (13h30 em Lisboa). Os agentes foram chamados para responder a um incidente na estação por onde passam as linhas D, N e R, cujos comboios foram travados para não passarem pelo local. Deram-se ainda conta de relatos de fumo no interior da estação.

A polícia de Nova Iorque encontrou explosivos inativos no local, corrigindo uma informação inicial dos bombeiros que indicava tratar-se de engenhos por detonar. As testemunhas foram incentivadas a ligar para as autoridades caso tenham informações sobre o incidente.

A ABC apurou também que o suspeito estava a murmurar para si mesmo antes de abrir fogo com uma pistola com calibre .380.

https://zap.aeiou.pt/detido-suspeito-tiroteio-nova-iorque-473419

 

domingo, 17 de abril de 2022

“À espera de um massacre": Elite russa não terá planos de paz com a Ucrânia !


A elite russa não terá planos de paz com a Ucrânia, pelo que as atuais negociações entre os dois países não deverão levar a nada em concreto.

A mais recente ronda de negociações na Turquia, entre responsáveis russos e ucranianos, sobre a guerra na Ucrânia, ficou marcada por um anúncio que poderia ser importante: a Rússia avisou que ia reduzir “radicalmente” a atividade militar perto de Kiev e de Chernihiv.

Foi um primeiro passo importante, mas outras regiões ucranianas continuam a lutar desesperadamente contra a invasão russa. Os especialistas mostraram-se apreensivos, temendo que as tropas fossem redistribuídas para o sul, onde o Kremlin expandiria a sua ação militar.

Muitos entendem que a recente ronda de negociações não deu em nada e terá sido em vão, com promessas vagas.

Recentemente, Medvedev publicou um texto sobre uma guerra impiedosa contra o “ucranianismo profundo”, que lembra o famoso discurso de “guerra total” de Goebbels, no dia 18 de fevereiro de 1943.
Medvedev fala do ataque a uma maternidade de Mariupol e do massacre em Bucha como casos “falsos” e produto “da cínica imaginação da propaganda ucraniana“.

Segundo o ex-presidente russo, há organizações não-governamentais e organizações governamentais geridas pelos “Governos ocidentais” a “cozinharem” estas alegadas mentiras por “grandes quantidades de dinheiro”. A sua intenção é “desumanizar a Rússia” e “denegrir” o país, defende.

Mas esta alegada desinformação também é uma prova de que o “ucranianismo profundo, alimentado pelo veneno anti-russo, é uma grande mentira”, refere Medvedev na publicação.

O portal The Insider realça uma teoria de que há neste momento uma “fação da paz” e uma “fação da guerra” na Rússia.

A primeira acredita que Zelenskyy é o devido Presidente do país e que devem ser perseguidas negociações de paz com a Ucrânia. A segunda fação, por sua vez, acredita na ‘desnazificação’ da Ucrânia e rejeita negociações.

Num artigo publicado no Nezavisimaya Gazeta, Dmitri Belousov, um dos chefes do Centro de Análise Macroeconómica e Previsão de Curto Prazo (CMASTF), defende que não há “fação da paz” na Rússia. Pelo contrário, há uma “fação de vítimas” que não tem qualquer influência sobre Putin ou sobre o Conselho de Segurança.

Belousov fala em dois cenários: um de “longo inverno”, caso as negociações de paz avancem, e outro de “conflito militar prolongado”.

Outra teoria sugere que a eventual existência de uma “fação da paz” não é mais do que uma “manobra estalinista” de Vladimir Putin.

Quando o Presidente russo identificar aqueles que estão demasiado felizes com o cessar-fogo que se aproxima, irá rapidamente enviar os serviços especiais e transformá-los em “traidores da nação”, explica o The Insider.

“O Kremlin vai invadir o leste da Ucrânia nos próximos dias. Um massacre está a chegar. A partir daí, o Kremlin reiterará as suas exigências através de negociações”, acrescenta o site russos de jornalismo de investigação.

https://zap.aeiou.pt/elite-russa-nao-tera-planos-paz-472721

 

Novo relatório aponta sabotagem no desastre aéreo que matou Presidente polaco !

O antigo Presidente polaco, Lech Kaczyński.
Um novo relatório elaborado pela subcomissão polaca que investiga o desastre aéreo de Smolensk, em 2010, no qual morreu o então Presidente Lech Kaczynski e outras 95 pessoas, concluiu que houve sabotagem e “duas explosões” no avião.

O responsável do grupo que investiga o caso, Antoni Macierewicz, apresentou hoje, coincidindo com o aniversário do desastre, um relatório que “invalida o de 2011” e sustenta a tese de sabotagem.

Em 10 de abril de 2010, um avião Tupolev Tu-154 da Força Aérea Polaca, que transportava o então Presidente Kaczynski, bem como 88 outras personalidades políticas e eclesiásticas e militares polacos, além da tripulação, despenhou-se na base aérea russa em Smolensk.

A delegação polaca estava a chegar ao local por ocasião do 70.º aniversário do massacre de Katyn, no qual elementos do exército soviético executaram cerca de 4.400 prisioneiros polacos.

Jaroslaw Kaczynski, atual vice-presidente do Governo e líder do partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), irmão gémeo do falecido Lech, tem insistido que foi sabotagem e acusou o Governo do primeiro-ministro da altura, Donald Tusk, de encobrir os acontecimentos em conluio com Moscovo.
 
Também o responsável pela investigação do desastre considera que a Rússia tem tentado “esconder, destruir e modificar” as provas do caso, nomeadamente ao impedir os investigadores polacos de aceder a todos os registos de voo e a análise laboratorial dos restos da aeronave.

Uma investigação anterior, publicada em 2011, apontava como causa do acidente a descida do avião durante a descolagem e uma colisão com árvores próximas.

Em declarações à rádio pública polaca, hoje, depois de divulgado o novo relatório, Jaroslaw Kaczynski insistiu que foi “um ato de agressão contra a Polónia”.

O Presidente polaco, Andrzej Duda, tinha já anunciado que a Polónia pretende apresentar a um tribunal internacional o massacre de Katyn, ocorrido em 1940, como parte de uma série de massacres de prisioneiros e oficiais polacos pelo exército soviético.

“O genocídio não prescreve”, sublinhou Duda, “é por isso que vou exigir que os tribunais internacionais elucidam esta questão.

https://zap.aeiou.pt/sabotagem-antigo-presidente-polaco-472768

 

Os EUA testaram secretamente o seu míssil hipersónico ! Conseguirão encurtar distâncias para a Rússia ?

Míssil Hipersónico norte-americano X-51A Waverider

Versão testada é equivalente à usada pelas forças russas na zona oeste da Ucrânia.

A Agência de Projetos de Defesa Avançada e a Força Aérea norte-americana anunciaram esta semana que levaram a cabo um teste versão Lockheed Martin do seu Hypersonic Air-breathing Weapon Concept (HAWC), ou seja, do seu míssil hipersónico. De acordo com a CNN, o teste aconteceu há duas semanas, mas a sua realização foi mantida em segredo para evitar uma escalada nas tensões com a Rússia.

O organismo do governo dos EUA especificou que o veículo manteve uma velocidade de cruzeiro cinco vezes mais rápida que a velocidade do som durante um longo período de tempo. No que respeita a altitude e distância, ficou-se pelos 19.812 quilómetros e 556 quilómetros, respetivamente.

De acordo com o Interesting Engineering, o teste é o segundo evento levado a cabo com sucesso no âmbito do referido programa desde setembro. “Este teste demonstrou com sucesso um segundo desenho de míssil que permitirá aos nossos militares selecionar, de forma competitiva, os melhores instrumentos para dominar o campo de trabalho”, descreveu Andrew Tippy Knoedler, responsável pelo programa HAWC no departamento HAWC no Gabinete de Tecnologia Tática da DARPA.

“Este feito aumenta o nível de maturidade técnica para a transição do HAWC para um programa de serviço de registo”, continuou a DARPA. Ainda de acordo com a estação de televisão norte-americana, a opção de manter o teste em segredo deveu-se à situação na Ucrânia, território invadido pela Rússia a 24 de fevereiro e onde o país já anunciou ter usado o seu próprio míssil hipersónico.

A arma usada pelos russos era a versão mais recente do míssil hipersónico Kinzhal, sendo que o seu lançamento teve como objetivo destruir um armazém com armamento na zona oeste do país. “O sistema de aviação míssil Kinzhal com mísseis aerobalísticos hipersónicos destruiu um grande armazém subterrâneo com mísseis e munições de aviação na aldeia de Deliatyn”, avançou Igor Konashenkov, o porta-voz do ministério da Defesa russo

https://zap.aeiou.pt/os-eua-testaram-secretamente-o-seu-missil-hipersonico-conseguirao-encurtar-distancias-para-a-russia-472152

 

Encontrada mais uma vala comum com dezenas de civis mortos em Buzova !


Depois das imagens dos corpos do massacre em Bucha terem chocado a comunidade internacional, as forças ucranianas revelaram que encontraram outra vala comum em Buzova, nos arredores de Kiev.

Uma nova vala comum com mais civis mortos foi encontrada perto da cidade de Buzova, na região de Kiev, disse hoje o presidente da comunidade de Dmitrov, Taras Didych.

“Encontrámos mais mortos numa vala, civis, perto de uma bomba de gasolina de Buzova”, disse Taras Didych, em declarações recolhidas pela agência União.

O mesmo responsável adiantou que na estrada que liga Kiev a Jitomir, entre as vilas de Myla e Mriya, cerca de uma dezena de carros foram baleados.

“Na comunidade há 14 vilas, algumas das quais estavam sob ocupação [russa]. Agora estamos a voltar à vida, mas durante a ocupação tivemos os nossos ‘pontos críticos’, morreram muitos civis”, disse.  

Taras Didych adiantou também que os serviços locais estão a restabelecer o fornecimento de eletricidade e de gás e a remover os destroços, precisando que há testemunhas dos factos.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,4 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/vala-comum-civis-mortos-buzova-472556

 

Ucrânia - Ataque em estação de comboio de Kramatorsk faz 30 mortos e 100 feridos !


Ataque aconteceu no dia em que Ursula von der Leyen visita Kiev, acompanhada de Josep Borrell.

Um ataque russo com recurso a rockets provocou, esta manhã, pelo menos 30 vítimas mortais numa estação ferroviária de Kramatorsk, na província de Donestsk, localizada na zona leste da Ucrânia. O ataque aconteceu numa altura em que muitos civis tentavam abandonar a região após os apelos das autoridades locais para que fizessem precisamente isso. De acordo com o governo ucraniano, os russos estarão a preparar um grande ataque à região Leste do país, as quais pretendem conquistar até ao início de maio.

“Os monstros russos nunca vão abandonar os seus métodos. Sem terem a força e a coragem para lutar connosco no campo de batalha, estão constantemente a atacar cinicamente a população civil. Este é um mal que não parece ter limites. E se não for punido, nunca vai parar”, reagiu Zolodymyr Zelenskyy, presidente ucraniano.

De acordo com o autarca local, Oleksander Honcharenko, cerca de 4 mil pessoas estariam na infraestrutura quando o ataque aconteceu. A companhia estatal de caminhos-de-ferro também especificou que dois rockets atingiram a estação ferroviária”, acrescentando que não existiam tropas ucranianas no local. Segundo o Público, a cidade de Kramatorsk é utilizada como ponto de acolhimento para civis que pretendem proteger-se dos bombardeamentos russos.

A Rússia já negou a autoria do ataque. Através da agência de notícias RIA, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que o míssil que atingiu a estação corresponde a um tipo de armas usado unicamente pelos militares ucranianos e semelhante ao que atingiu o centro da cidade de Donetsk, a 14 de março.
 
Já esta semana, três comboios que transportavam civis foram bloqueados na mesma região após as linhas ferroviárias terem sido atingidas por um ataque aéreo.

Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, já condenou o ataque. “Condenou veementemente o ataque indiscriminado desta manhã contra uma estação de comboio em Kramatorsk pela Rússia, que matou dezenas de pessoas e deixou muitas mais feridas“, escreveu no Twitter. O diplomata acrescentou ainda que o ataque “é mais uma tentativa de fechar vias de saída para aquelas que fogem desta guerra injustificada e de causar sofrimento humano”.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-ataque-em-estacao-de-comboio-de-kramatorsk-faz-30-mortos-e-100-feridos-472329

 

Rússia diz ter sido alvo de mais de 6.000 sanções por parte do Ocidente !


O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, acusou o Ocidente de querer causar pânico e danos à população com as sanções impostas.

O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, disse, esta quinta-feira, que o Ocidente impôs este ano mais de 6.000 sanções contra o país, um número “sem precedentes”, devido à invasão da Ucrânia.

“A pressão externa sobre o nosso país não abrandou por um único dia, mesmo durante a pandemia. Mas as sanções adicionais impostas este ano são realmente sem precedentes“, disse o chefe do Governo russo perante a Duma (a câmara baixa do Parlamento), onde apresentou esta quinta-feira o relatório anual do executivo.

Segundo Mishustin, o número de restrições impostas à Rússia excede o de qualquer outro país, com mais de 6.000 sanções individuais e setoriais.

“Os nossos ex-parceiros estão praticamente a competir entre si para ver quem pode impor as sanções mais rapidamente. As sanções são anunciadas quase todos os dias. O objetivo é espalhar o pânico e causar danos a todas as pessoas”, denunciou Mishustin.

O primeiro-ministro russo observou que, com o primeiro golpe no sistema financeiro da Rússia, o Ocidente recorreu à “pirataria”, “praticamente roubando o país, bloqueando os seus ativos”.

De acordo com a plataforma Castellum.AI, um banco de dados de risco global, que abrange sanções e controles de exportação, entre outras categorias, a comunidade internacional impôs 2.754 sanções à Rússia antes de 22 de fevereiro e 5.398 após essa data.

Em 21 de fevereiro, o Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência das repúblicas separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk em Donbass e, em 24 de fevereiro, lançou o que apelida de “operação militar especial” na Ucrânia.

Mishustin argumentou que o Ocidente planeava “destruir a economia russa” em poucos dias, mas que isso não aconteceu porque o sistema financeiro sobreviveu e o Governo e o Banco Central russos conseguiram evitar o seu colapso.

“Os pagamentos dentro do país estão a funcionar normalmente e o mercado de ações e a taxa de câmbio do rublo estão a estabilizar”, defendeu o primeiro-ministro russo.

No entanto, Mishustin reconheceu indiretamente que há problemas, já que “tudo está a ser feito [por parte do Ocidente] para subir a inflação, criar uma escassez de bens de consumo e, finalmente, criar tensão social”.

A inflação anual da Rússia disparou no início deste mês para 16,6%, a taxa mais alta desde março de 2015.

“As cadeias logísticas foram interrompidas, as entregas de produtos importados de alta tecnologia são limitadas. O tráfego aéreo foi suspenso e houve tentativas de nos privar do uso de aviões. A exportação das nossas mercadorias para muitos países foi restringida”, admitiu o chefe do Governo russo.

Mishustin disse que as multinacionais que saem do mercado russo “devem continuar a funcionar, porque o padrão de vida das pessoas não pode depender dos caprichos de políticos estrangeiros”.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.563 civis, incluindo 130 crianças, e feriu 2.213, entre os quais 188 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/russia-alvo-de-mais-de-6-000-sancoes-472248

 

sexta-feira, 15 de abril de 2022

Alemanha faz buscas a instalações ligadas a células neonazis ! Foram detidos quatro suspeitos !


Foram detidos quatro suspeitos na Alemanha, depois de uma operação policial que reuniu mil agentes da polícia alemã.

Três dos suspeitos serão figuras de peso no grupo Knockout 51 que, como explicou o Ministério Público, “atrai homens novos de ideologias nacionalistas, doutrina-os com propagada de extrema-direita e treina-os para lutas de rua”, segundo o Observador.

Quatro suspeitos foram detidos na Alemanha esta quarta-feira, depois de uma operação policial com mil agentes da polícia alemã, na qual foram realizadas 50 buscas a diversas instalações ligadas a células neonazis.

“Os quatro homens detidos estão acusados de filiação a organizações criminosas de extrema-direita”, refere um comunicado do Ministério Público alemão, citado pela AFP.

Alguns dos suspeitos foram também detidos por outros crimes, como o de lesão corporal agravada. De acordo com a agência de notícias alemã Der Spiegel, um dos suspeitos seria um elemento das forças armadas alemãs.

O grupo Knockout 51 também terá organizado “patrulhas” em Eisenach, no ano passado, com o objetivo de provocar vítimas para lutar, tendo ferido com gravidade algumas das pessoas usadas como “alvos”.

Os quatro suspeitos, para além destas ligações, teriam relações com os grupos de extrema-direita Combat 18, Sonderkommando 1418 e Atomwaffen Division.

Relativamente ao Atomwaffen Division, suspeitava-se estar ligado a 10 dos visados pelas buscas, e é uma extensão do grupo “racista, anti-semítico e nacional socialista” formado nos EUA em 2015.

O objetivo principal do grupo será o de começar uma “guerra racial”, através da qual a “população branca saia vitoriosa”.

Nancy Faeser, na altura da sua nomeação para o cargo de ministra do Interior, tinha definido como uma das principais prioridades do seu ministério o combate à “maior ameaça: a extrema-direita”.

A 15 de março, o governo alemão anunciou um plano para combater os grupos de extrema-direita no país, que previa a retirada de armas e respetivas licenças a cerca de 1.500 suspeitos de pertenceram a grupos criminosos.

O governo alemão estabeleceu duas medidas, sendo uma delas o escrutínio de fluxos de dinheiro que beneficiassem este tipo de grupos. Incluíam negócios de merchandising, festivais de música e eventos de artes marciais.

Para além disso, o governo de Olaf Scholz, segundo anunciado, iria proceder à identificação de elementos ligados a agências governamentais e forças de segurança, que pudessem estar envolvidos em grupos de extrema-direita.

https://zap.aeiou.pt/alemanha-faz-buscas-a-instalacoes-ligadas-a-celulas-neonazis-foram-detidos-quatro-suspeitos-472073

 

Russos estarão a usar crematórios móveis para encobrir crimes !


O presidente da Câmara de Mariupol disse que as tropas russas “estão a tentar encobrir os seus rastos” e começaram a utilizar crematórios móveis para fazerem desaparecer os “vestígios dos seus crimes” na cidade.

Numa mensagem publicada na rede social Telegram, Vadym Boychenko afirmou que, “após o genocídio generalizado cometido em Bucha, os principais líderes da Rússia ordenaram a destruição de qualquer evidência dos crimes cometidos pelo seu exército em Mariupol”.

“Há uma semana, algumas estimativas cautelosas indicavam 5.000 mortos [em Mariupol]. Mas, dado o tamanho da cidade, a destruição catastrófica, a duração do bloqueio e a resistência feroz, dezenas de milhares de civis de Mariupol podem ter sido vítimas dos ocupantes russos”, sublinhou.

Em Mariupol, às margens do Mar de Azov e com meio milhão de habitantes no período pré-guerra, restam apenas 160.000 pessoas que, segundo o Governo de Kiev, não têm água, eletricidade, medicamentos ou outros serviços básicos devido aos ataques e ao cerco a que a cidade foi submetida durante semanas pelas tropas russas.
“Os racistas transformaram toda a nossa cidade num campo de concentração. Infelizmente, a estranha analogia está a ser cada vez mais confirmada. Esta não é mais a Chechénia ou Alepo. Esta é a nova Auschwitz e Maidanek”, atirou.

O autarca da cidade acredita que a Rússia “não tem pressa” em autorizar qualquer operação humanitária para retirar civis da cidade e está a ter o cuidado de silenciar potenciais testemunhas das “atrocidades cometidas”.

Vadym Boychenko também acusou os russos de “recrutar terroristas locais” e membros de brigadas especiais para apoiá-los nessas tarefas.

“O mundo não viu uma tragédia com a magnitude que Mariupol está a experimentar desde os campos de concentração nazis”, afirmou Boychenko.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/russos-usar-crematorios-moveis-472008

https://zap.aeiou.pt/russos-usar-crematorios-moveis-472008

 

Guerra: Como a Rússia esconde as suas baixas militares !


Mil ou 18 mil? Não há consenso sobre os números reais de militares russos que já morreram. Os métodos facilitam ocultações.

Cerca de um mês e meio depois do início da invasão russa à Ucrânia, quantos militares russos já morreram durante o conflito? Os números divulgados não esclarecem.

No final de Março, a contabilidade apresentada pelo ministro da Defesa da Rússia assegurava que morreram até agora 1.351 militares russos.

Nesta quarta-feira as forças armadas ucranianas indicaram que já morreram 18.600 militares russos.

Pelo meio, o Departamento de Estado dos EUA apontou para mais de 10 mil baixas militares do lado russo.  

Quando a contabilidade oficial russa ainda rondava os 500 mortos, um jornal russo, o Komsomolskaia Pravda, indicou que afinal já tinham morrido quase 10 mil soldados – a notícia foi apagada logo a seguir.

Muitos russos não sabem onde estão, ou o que está a acontecer, aos seus familiares que estão em serviço no conflito. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, comentou com jornalistas que as autoridades russas já recusaram recolher os cadáveres: “Até os cães e gatos mortos são mais bem tratados”.
Contabilidade parcial

O processo de contagem é o seguinte: há brigadas especiais que tratam da evacuação dos cadáveres e, “se possível”, registam os mortos; a lista é entregue a um comandante, que depois apresenta o relatório. O método foi revelado por um advogado militar ao jornal The Moscow Times.

Para serem integrados na lista oficial de mortos em combate, os cadáveres têm de ser identificados na íntegra. Com testes ADN, se for necessário. Partes do corpo ou declarações de testemunhas não chegam.

No entanto, os soldados que ainda não foram identificados como mortos também não estão incluídos na lista de soldados desaparecidos.

Ou seja, os corpos que continuam espalhados pelas ruas na Ucrânia, os que não foram identificados e os que foram enterrados ainda em solo ucraniano não estão na lista, nem dos desaparecidos, nem dos mortos em combate.

No meio disto tudo, “ninguém sabe o número certo de vítimas”, avisou o advogado.

Familiares procuram respostas

A comissária russa dos Direitos Humanos já recebeu cerca de 400 contactos por parte de familiares que deixaram de ter notícias por parte de militares que estão na Ucrânia.

Só que também aqui há um entrave: para os familiares pedirem a um tribunal que o soldado seja declarado desaparecido em combate, precisam de esperar por um ano completo de “silêncio”. Mesmo depois desse período, se a morte do militar não for confirmada por parte das autoridades russas, a família nunca receberá indemnizações.

Há soldados russos que morreram na guerra na Chechénia, na década 1990, e que ainda não foram identificados.

O jornal cita o exemplo do soldado russo Stanislav Pivovarov. Os familiares não sabiam dele, até que o viram num vídeo ucraniano: Stanislav tornou-se num prisioneiro de guerra. Contactaram os responsáveis militares russos, que responderam: “Stanislav está em missão. Não estava nas listas de prisioneiros de guerra mas descobrimos que está num hospital, com um ferimento grave na perna. Não sabemos mais nada. Nem sabemos se ele está vivo”.

O jornal The Moscow Times tentou obter um esclarecimento de Dmitry Peskov, ministro da Defesa e porta-voz do Governo russo, em relação ao número de soldados russos mortos na Ucrânia. Peskov não respondeu.

https://zap.aeiou.pt/guerra-russia-esconde-baixas-militares-472003

 

“Nem Lisboa está segura ?” O sonho de Putin de “Eurásia unida” desde a capital lusa a Vladivostok !


O ex-presidente da Rússia e um dos homens de confiança de Vladimir Putin, Dmitry Medvedev, faz eco da propaganda política russa e apresenta a ideia antiga de construir uma “Eurásia unida desde Lisboa a Vladivostok” como uma das razões para a guerra na Ucrânia.

Esta declaração surge numa publicação de Medvedev no seu canal do Telegram e está a ser disseminada por vários órgãos de informação e pelas redes sociais.

O ex-presidente russo escreve que “mudar a consciência sangrenta e cheia de falsos mitos de uma parte dos ucranianos de hoje é o objectivo mais importante” desta guerra.

“O objectivo é a paz das futuras gerações de ucranianos e a oportunidade de finalmente construir uma Eurásia unida – de Lisboa a Vladivostok“, aponta ainda a terminar um texto que começa referindo-se a “falsidades” e à “verdadeira história”.

Medvedev fala do ataque a uma maternidade de Mariupol e do massacre em Bucha como casos “falsos” e produto “da cínica imaginação da propaganda ucraniana“.  

Segundo o ex-presidente russo, há Organizações Não-Governamentais e organizações governamentais geridas pelos “Governos ocidentais” a “cozinharem” estas alegadas mentiras por “grandes quantidades de dinheiro”. A sua intenção é “desumanizar a Rússia” e “denegrir” o país, defende.

Mas esta alegada desinformação também é uma prova de que o “ucranianismo profundo, alimentado pelo veneno anti-russo, é uma grande mentira”, refere Medvedev na publicação.

O homem de confiança de Putin fala em Otto von Bismarck e na Guerra Austro-Prussiana de 1866, bem como no “militarismo alemão” e no “monstro do nacional-socialismo” que “acabou por ser destruído apenas pelo Exército Vermelho em 1945”.

“O actual radical ucraniano cresceu atrás da bancada estudantil”, “com pensamentos de ódio por tudo o que é russo”, diz ainda.

“Em vez de se orgulhar das conquistas conjuntas de seus ancestrais, desde 1991, uma pseudo-história do estado ucraniano foi escrita em cima do joelho” e “a ideia de um único povo russo foi destruída” graças a uma galeria de “nazistas zoológicos, assassinos e colaboradores”, escreve também.

“Uma parte apaixonada de ucranianos tem orado pelo Terceiro Reich nos últimos 30 anos”, acrescenta, indo ao encontro da retórica russa que foi apresentada como pretexto para a invasão.

Medvedev salienta que “os símbolos nazistas são encontrados em quase todas as unidades militares da Ucrânia”, incluindo “até copos com suásticas”.

Assim, reforça “a meta de desmilitarização e desnazificação da Ucrânia” já anunciada por Putin. “Essas tarefas complexas não acontecem todas de uma vez” e “serão decididas não apenas nos campos de batalha”, aponta ainda.
“Então, agora nem Lisboa está segura?”

O antigo embaixador da Ucrânia na Áustria, Olexander Scherba, já reagiu às palavras de Medvedev, através do Twitter, com uma pergunta: “Então, agora nem Lisboa está segura?”.

Entretanto, o porta-voz da Agência de Segurança Interna da Polónia, Stanislaw Zaryn, também comentou a publicação de Medvedev, considerando que “é parte de uma mentira sistémica sobre as razões da guerra da Rússia contra a Ucrânia”.

“Ao mesmo tempo, o texto prova que para o Kremlin, a simples atitude dos ucranianos em relação à Rússia já é uma ameaça”, aponta Zaryn.

O responsável polaco também lembra que a ideia de uma “Eurásia unida” foi apresentada por Putin em 2010, num texto escrito para a imprensa alemã, onde falava da “criação de uma comunidade económica harmoniosa de Lisboa a Vladivostok“, cidade portuária russa junto à fronteira com a China e a Coreia do Norte.

Assim, prova-se “a continuidade da política imperial russa que visa outros países”, acrescenta Zaryn, considerando que é “cada vez mais agressiva”.

Mas a publicação de Medvedev “também deve ser vista como uma espécie de oferta política ao Ocidente para superar a guerra da Rússia contra a Ucrânia e voltar a fazer negócios com a Rússia”, destaca Zaryn.

Até porque “a propaganda russa vem pressionando o Ocidente desde o início da invasão, argumentando, entre outras coisas, que a política de sanções sobrecarrega principalmente os países ocidentais“, sublinha ainda, frisando que a publicação de Medvedev “está em conformidade com essas acções.

https://zap.aeiou.pt/putin-eurasia-lisboa-vladivostok-471668

 

Entretanto, também há guerra em Israel !


Outro tipo de guerra, mas já com 11 mortos em poucos dias. Há militares a patrulhar cidades. E há centenas de civis com armas, nas ruas.

Há mais de um mês que as atenções de quase todo o mundo se centram na Ucrânia, desde que se iniciou a invasão russa no dia 24 de Fevereiro. Talvez por isso o cenário de violência em Israel esteja a preencher menos os noticiários do que aconteceria noutro contexto internacional.

Não há guerra entre países em solo israelita, tal como acontece na Ucrânia. Mas aquele país não atravessava uma série de atentados tão violentos desde 2015. Em menos de duas semanas já morreram pelo menos 11 pessoas.

A violência passou a ser constante, a insegurança aumentou e, pela primeira vez nos últimos anos, há ruas de Jerusalém repletas de militares. O exército local está a patrulhar o centro de Jerusalém nesta semana, com militares espalhados também por outras cidades israelitas.

Mas as armas não estão apenas na posse dos militares. Há centenas de civis que passeiam pelas ruas com armas na mão – recomendação do primeiro-ministro Naftali Bennett.

Seguidores do Estado Islâmico estarão por detrás destes atentados. A autoria estará centrada em árabes nascidos em Israel e em palestinos da Cisjordânia.

Este cenário violento é uma consequência dos meses de desestabilização do Governo local.

No ano passado, num pós-eleições prolongado e complexo, foi formado um Governo de coligação que não inclui o partido mais votado: o Likud, liderado por Benjamin Netanyahu, que só elegeu 30 deputados num total de 120.

As eleições foram em Março e só em Junho – mesmo em cima do fim do prazo para apresentações de soluções governavas – Naftali Bennett passou a liderar um Executivo nunca visto, formado por oito partidos.

Há conversadores, há centristas, há esquerda, há movimento islamita no Governo. Tudo junto nesta coligação inédita.

Com tanta mistura, surgem declarações e orientações muito distantes umas das outras, sublinha o jornal El País. Muitas delas “perigosas”, controversas, que podem incitar à violência, num território que já é palco de conflitos e de tensão há séculos.

É um Governo “traidor” e ligado ao “movimento islamita”, alega a oposição, agora liderada por Benjamin Netanyahu.

Um Governo que terá sido surpreendido por esta sequência de atentados, orientados por árabes israelitas que matam em nome do Estado Islâmico.

Um Governo que, nas palavras, tem tentado mostrar uma postura de moderação mas que, nas ruas, tem permitido uma resposta forte e bem evidente das forças de segurança.

Ainda na sexta-feira passada, os militares invadiram um campo de refugiados para deter suspeitos – o movimento terminou com dois palestinos mortos. Estavam armados. No dia seguinte, três jovens palestinos também foram abatidos – iriam cometer um atentado pouco depois, diz a versão oficial.

E entretanto começou o Ramadão. Cerca de 170 mil trabalhadores palestinos já terão entrado em Israel, pela Cisjordânia e pela faixa de Gaza.

E vem aí a Páscoa dos judeus, que vai decorrer em simultâneo com o Ramadão, na próxima semana.

Há o risco evidente de uma “onda” de violência ainda mais grave, especialmente em Jerusalém.

https://zap.aeiou.pt/guerra-israel-471659

 

terça-feira, 12 de abril de 2022

Chuvas torrenciais provocam 14 vítimas mortais no Rio de Janeiro !


Cinco pessoas continuam desaparecidas. As fortes chuvas em todo o estado do Rio de Janeiro começaram na noite de quinta-feira, com casas e, por vezes, bairros inteiros inundados.

Pelo menos 14 pessoas, incluindo oito crianças, morreram devido a deslizamentos de terra e inundações causadas pelas chuvas torrenciais no estado brasileiro do Rio de Janeiro, informaram no sábado as autoridades locais. Cinco pessoas continuam desaparecidas. O balanço anterior feito pelas autoridades era de pelo menos oito mortos e uma dúzia de desaparecidos.

De acordo com os dados atualizados da Defesa Civil do Rio de Janeiro, sete das 14 mortes ocorreram na cidade turística de Paraty, no litoral do estado de São Paulo, seis em Angra dos Reis, e um em Mesquita.

O deslizamento de terra na paradisíaca praia de Ponta Negra, em Paraty, enterrou sete membros da mesma família, uma mãe e seus seis filhos. Um helicóptero foi enviado para o local, que não tem acesso nem por mar por causa das rochas que o cercam, nem por estrada.

Na vizinha Angra dos Reis, seis pessoas morreram, incluindo duas crianças, cinco ficaram feridas e outras cinco continuam desaparecidas devido a outro deslizamento de terras que soterrou quatro residências no bairro de Monsuaba, próximo ao litoral da parte continental do município, também formado por uma ilha.  

Em Mesquita, na região metropolitana do Rio de Janeiro, um homem foi electrocutado ao tentar resgatar uma pessoa que estava isolada numa residência inundada pelas chuvas. Outros municípios do estado de Rio de Janeiro, como Mangaratiba e Sacuarema, declararam situação de “alerta vermelho” porque a previsão do tempo indica chuva até segunda-feira.

As mortes e desaparecimentos ocorrem dois meses após a tragédia causada pelas tempestades de verão na região serrana do mesmo estado, que causou 233 mortos, a maioria na cidade de Petrópolis.

As fortes chuvas em todo o estado do Rio de Janeiro começaram na noite de quinta-feira e continuaram até à manhã de domingo, com casas e, por vezes, bairros inteiros inundados. Angra registou 800 mm de chuva em 48 horas, “níveis nunca antes registados”, segundo as autoridades municipais que mobilizaram todas as equipas para socorrer a população.

Especialistas alertam que a estação chuvosa no Brasil é agravada pelo fenómeno La Niña (o resfriamento cíclico do Oceano Pacífico) e pelo impacto das mudanças climáticas.

https://zap.aeiou.pt/chuvas-torrenciais-provocam-14-vitimas-mortais-no-rio-de-janeiro-471144

 

Doença “zombie” está a matar veados no Canadá !


A Doença Emaciante Crónica (CWD, na sigla em inglês) pode ter impactos ecológicos e de conservação num futuro próximo.

A infeção, debilitante e altamente transmissível, está a espalhar-se pelas populações de veados no Oeste do Canadá.

“Há uma epidemia da Doença Emaciante Crónica em Alberta e em Saskatchewan – e já está em curso”, disse a especialista Margo Pybus, investigadora da Universidade de Alberta e colaboradora no Governo da cidade. “Esta epidemia está a assolar veados.”

No Canadá, a doença surgiu, pela primeira vez, em 1996, numa quinta de alces em Saskatchewan, tendo-se depois espalhado por populações selvagens. Alberta confirmou o seu primeiro caso em dezembro de 2005 num veado selvagem, um animal de caça apanhado perto da fronteira de Saskatchewan.

Segundo a VICE, a doença foi detetada através de uma amostra submetida no âmbito do programa de vigilância de caçadores, em que estes fornecem amostras de animais para verificar a existência desta patologia.

“Temos vindo a vigiar constantemente a doença desde 2005”, disse Pybus. “Agora, estamos a ver a CWD a invadir os limites do leste de Edmonton, Red Deer, e Calgary.” A maioria das infeções foi detetada em Alberta e Saskatchewan, mas Manitoba relatou o seu primeiro caso selvagem em finais de 2021.

A Doença Emaciante Crónica pertence a uma classe única de agentes patogénicos chamada priões, a mesma classe de doenças a que pertence a encefalopatia espongiforme bovina (BSE), mais comummente conhecida como doença das vacas loucas.

Ao contrário das bactérias e dos vírus que “sequestram” as células hospedeiras, não está envolvida qualquer informação genética numa infeção por CWD. Os priões não contêm genes – são compostos por aminoácidos como qualquer outra proteína.

Apesar de os veados serem o hospedeiro mais comum da doença na América do Norte, a patologia é capaz de infetar qualquer cervídeo.

Os animais infetados acabam por adoecer, ficando magros e muito fracos. Podem perder o medo de humanos e outros predadores, tropeçar devido à má coordenação, exibir sinais de depressão, mudanças de comportamento e paralisia. Estes sintomas levam muitas pessoas a referirem-se à CWD como “doença zombie“.

https://zap.aeiou.pt/doenca-zombie-esta-a-matar-veados-no-canada-470534

 

Ucrânia reconquista totalidade da região de Kiev - Manobra revela rasto de horror russo !


Chegada de jornalistas aos locais reconquistados revelou ao mundo algumas das atrocidades cometidas durante a ocupação russa.

As tropas ucranianas anunciaram ao fim do dia de ontem a reconquista da totalidade de Kiev, dando força aos relatos de que os soldados russos estão a recuar nas imediações da capital para um eventual reposicionamento. Uma notícia que poderia ser positiva para o regime de Zelenskyy, não fosse o rasto de horror deixado para trás pelos russos nas cidades que há semanas permaneciam sob seu controlo.

De acordo com o que os ucranianos vinham a dizer nos últimos dias, a reconquista permitiu a libertação de cerca de 30 cidades, mas tal não deveria levar a população sobrevivente a abandonar os territórios, já que nas estradas haviam sido deixadas minas terrestres.

“As casas estão minadas, o equipamento está minado, até os cadáveres” anunciou o presidente do país numa declaração feita ontem e citada pelo Público. Na aldeia de Dmitrivka, perto de Kiev, foram encontrados mais de 1500 engenhos, avançaram as autoridades locais.

As revelações da barbárie russa foi acontecendo ao longo do dia de ontem através das câmaras de jornalistas que avançaram pelos territórios reconquistados. Na cidade de Bucha, os correspondentes da AFP encontraram 20 cadáveres nas ruas, alguns dos quais haviam sido alvejados e mutilados. As imagens mostram ainda corpos com as mãos atadas, sugerindo execuções durante a ocupação russa.

As imagens deverão integrar os registos ucranianos de crimes de guerra cometidos pelos russos e que serão entregues às autoridades internacionais tendo em vista a responsabilização dos seus oficiais e decisores políticos.

Há ainda relatos de que 280 corpos foram enterradas em “valas comuns” na mesma cidade por forças ucranianas, que dizem ser impossível fazê-lo nos três cemitérios do município, por estarem ao alcance dos militares russos.

“Em algumas ruas, pode-se ver 15 a 20 corpos no chão”, mas “não posso dizer quantos mais há nos quintais, atrás das vedações”, avançou o presidente da câmara Anatoly Fedoruk, por telefone, à agência AFP. “Enquanto os desminadores não os tiverem vindo verificar, não é aconselhável apanhá-los” porque podem estar armadilhados, disse.

É expectável que as forças russas se concentrem no Donbass, onde o país invasor pretende expandir e anexar o território controlado pelos rebeldes desde 2014. Ao contrário da versão partilhada pelas forças, que atribuem a mudança a questões táticas, os restantes países acreditam que o reposicionamento se deve a falhas na ofensiva russa, cujo plano inicial era chegar a Kiev e depor o Governo de Zelenskyy.

No entanto, passado mais de um mês da invasão, tal avanço nunca aconteceu.

As atenções da Ucrânia viram-se também para a frente Leste, onde, reconhece o presidente, os russos têm uma vantagem em termos de armamento e até de meios humanos. “Batalhas difíceis ainda nos esperam, não podemos pensar que já passámos por todos os testes”, realçou. É também expectável o reforço dos efetivos russos na região.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-reconquista-totalidade-da-regiao-de-kiev-manobra-revela-rasto-de-horror-russo-471132

 

É ilegal ser tatuador na Coreia do Sul - Artistas arriscam multas e prisão !


O Tribunal Constitucional de Seul, na Coreia do Sul, confirmou, esta quinta-feira, que continua a ser proibido tatuar no país.

Assim, as tatuagens continuam a ser consideradas um procedimento médico e só podem ser realizadas por profissionais de saúde. Isto é uma realidade desde 1992.

“O conhecimento médico limitado e as habilidades envolvidas na tatuagem não podem garantir os níveis de tratamento que os profissionais médicos podem fornecer, tratamento que pode ser necessário antes ou depois do procedimento”, concluiu o tribunal.

Durante centenas de anos, as tatuagens foram praticamente um tabu na Coreia do Sul. Hoje, embora se fale mais sobre isso, continuam a ser olhadas de lado. Apesar de a prática existir entre os coreanos há pelo menos 1.500 anos, a cultura neoconfucionista da Dinastia Joseon (1392-1910) acabou com ela.

As crenças culturais ditavam que os corpos não devem ser mutilados ou decorados de outra forma, uma vez que são presentes dos pais.

Além disso, as tatuagens tinham um sentido pejorativo. Criminosos tatuavam os seus crimes na pele e alguns escravos tinham os nomes dos seus senhores inscritos na pele.

Face ao recente veredito do Tribunal Constitucional de Seul, um sindicato de cerca de 650 tatuadores condenou a decisão, escreve a VICE. Os artistas consideram que esta é uma decisão “retrógrada”.

“É quase uma piada, farsa o suficiente para fazer as pessoas rirem”, disse o líder do sindicato e tatuador Kim Do-yoon. “Eles não convencem ninguém de que a tatuagem é uma atividade médica. Ninguém pensa assim”.

Todos os anos, milhares de tatuadores trabalham clandestinamente e arriscam não só multas, como também penas de prisão.

Desde abril do ano passado, pelo menos seis artistas foram condenados a cumprir uma pena de prisão, que normalmente ronda os dois anos.

“A lei não reflete a realidade. O número de pessoas que se tatuam está a crescer rapidamente. As pessoas querem ser tatuadas por tatuadores, não por médicos”, disse Lim Bo-lan, diretor da Korea Tattoo Federation.

https://zap.aeiou.pt/ilegal-ser-tatuador-na-coreia-do-sul-470964

 

O que é mais perigoso: Rússia derrotada ou Rússia humilhada ?


Major-general Arnaut Moreira vê um impasse militar, explica porque as negociações se prolongam e pede contenção a Joe Biden.

Ao fim de um mês de guerra na Ucrânia, os dois lados têm que cair na realidade: há um impasse militar.

A conclusão, que não é nova, foi comentada pelo major-general Arnaut Moreira, num programa da rádio Observador.

As forças russas acusam um “certo desgaste” e os seus objectivos, sobretudo os que foram traçados pelos militares que saíram da Bielorrússia e do nordeste da Rússia, “não produziram os efeitos desejados”.

Há pequenos avanços e pequenos recuos, “como se ambas as partes estivessem à espera de um reforço extra para poder desbloquear a situação militar”.
 
As negociações não têm chegado a um desfecho positivo “também porque não há uma linha muito clara sobre possíveis sucessos militares imediatos. Ambas as partes não querem chegar a um compromisso político sem haver uma vantagem militar sustentada. As negociações arrastam-se”, analisou.

As negociações arrastam-se, a guerra também, e o major-general sublinha dois factores importantes.

O prolongamento da guerra e de imagens de tragédia começou a “anestesiar” a opinião pública ocidental. “A opinião pública já se começa a distanciar, começam a aparecer outras notícias que também suscitam interesse. Para Zelenskyy era importante manter o foco na guerra”.

Por outro lado, as forças russas – com excepção da região Sul – têm tido grandes dificuldades. “Andam à procura de reforços militares e isso tem implicações políticas a nível interno, na Rússia”, descreveu.

Arnaut Moreira foi questionado sobre a alegada intenção de Vladimir Putin, presidente da Rússia, de dividir a Ucrânia em duas nações.

“A Rússia quis preparar a criação de repúblicas separatistas no Sul da Ucrânia, que servissem de tampão entre a Ucrânia que restasse e a Crimeia. Seria para não haver fronteiras directas entre Ucrânia e Crimeia. Mas estão a reivindicar mais territórios do que aqueles que realmente conquistam no terreno”, analisou.

Além disso, a luta das populações ucranianas tem evidenciado que “não há simpatia com os russos”.

Oeste e Biden

No terreno, a Rússia continua com capacidade para conseguir várias vitórias militares no Leste da Ucrânia.

Já no Oeste, a Rússia sabe que as forças ucranianas estão a ser reabastecidas pelo Ocidente – por isso, continuará a haver bombardeamentos a cidades no Oeste que tenham depósitos. “Mas não se vê um conjunto de forças russas suficiente para dominar o Oeste da Ucrânia”, acredita.

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos da América, não se tem controlado nos discursos públicos e já disse que Putin é um “carniceiro”.

O major-general sugere contenção: “Biden tem mostrado mais sentimentos pessoais e não enquanto presidente”.

“Biden preocupa-se com a tragédia mas deve ser suficientemente racional para encontrar uma saída – que respeite os grandes objectivos da Ucrânia e que permita também ao Kremlin uma saída desta aventura”, acrescentou.

Por fim, e ainda na sequência de palavras como estas, Arnaut Moreira deixou um alerta: “Não sei o que é mais perigoso: uma derrota militar da Rússia na Ucrânia ou uma Rússia que saia, sem derrota militar, mas com uma humilhação”.

https://zap.aeiou.pt/russia-derrotada-humilhada-470159

 

domingo, 10 de abril de 2022

Artista mostra como ficariam monumentos famosos num apocalipse climático !

O artista francês Fabien Barrau re-imaginou como seriam alguns marcos arquitetónicos famosos depois de um apocalipse climático.

Para alguns, crise climática é um termo abstrato, que ouvem replicado várias vezes pelos políticos, ativistas e comunicação social. Já dizia o filósofo chinês Confúcio que uma imagem vale mais do que mil palavras.

Foi com isto em mente que o fotógrafo e artista digital francês Fabien Barrau criou “News From The Future”, uma série de imagens de como ficariam alguns marcos arquitetónicos famosos depois de um apocalipse climático.

Criadas com a ajuda de um drone e com as suas habilidades de Photoshop à mistura, as imagens mostram o estado de monumentos como o Coliseu de Roma e o Arco do Triunfo depois de afetados pelo extremo da crise climática.

“Estou convencido de que uma simples imagem pode ter mais impacto nas pessoas, especialmente nos mais jovens, para entender as consequências da inação”, disse Barrau à VICE.

“Esta série é um trabalho pessoal de antecipação das consequências das alterações climáticas”, explicou o artista francês. “Não é um trabalho científico, mas um trabalho artístico onde me inspiro nas probabilidades dos dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC)”.

Segundo um relatório do IPCC, de agosto do ano passado, todas as regiões habitadas da Terra já são afetadas pelas alterações climáticas e o limite de 1,5º C será atingido mesmo no melhor dos cenários nos próximos 20 anos. Eventos climáticos extremos serão mais frequentes e intensos e algumas das alterações são “irreversíveis”.

Para visualizar as consequências catastróficas, Barrau retocou digitalmente fotografias de bancos de imagens e fotos capturadas por drone.

É possível ver a Torre Eiffel, em plena Paris, no meio de um deserto de areia, ou a Estátua da Liberdade, em Nova Iorque, com água pela cintura.

O artista inspirou-se em grande parte na ficção, nomeadamente nos filmes Planeta dos Macacos, Mad Max, Akira e o documentário da National Geographic Aftermath: Population Zero.

“Gosto de fazer fotografia de paisagem e arquitetura e tive a oportunidade de viajar para vários países para fotografar ambientes fabulosos”, disse à VICE. “Mas, ao longo dos anos, tenho sentido cada vez mais os efeitos devastadores desta crise climática na biodiversidade, nas paisagens e nas pessoas. Parece-me difícil continuar a fingir que nada mudou”.

https://zap.aeiou.pt/artista-monumentos-apocalipse-climatico-469713
 

Gangsta rapper expõe o lado negro da Suécia que ninguém quer ver !

Capa do segundo álbum do rapper sueco Yasin.

Visto como um país próspero e com igualdade social, a Suécia está a ser desmascarada por um jovem rapper que destaca a pobreza e o crime.

“O mais procurado da Suécia”, canta o polémico artista Yasin na faixa “20 Talet”. As letras do rapper são sem filtro, diretas, cruas, nascidas num ambiente marginalizado e muitas vezes criminal, retratando um lado da Suécia que pode ser irreconhecível para muitos.

Quando as pessoas pensam na Suécia, provavelmente pensam em igualdade social e prosperidade, não em pobreza e crime. É provável que pensem nos grooves alegres dos ABBA e não nas batidas arrojadas de Yasin.

No entanto, tem havido uma onda crescente de gangsta rap liderada por nomes como Yasin. Vindo do subúrbio multiétnico de Estocolmo, Rinkeby, o rapper sueco-somali é representante de uma onda de rap sueco que expõe a dura realidade de ser um sueco de minoria étnica ou imigrante a crescer nos subúrbios marginalizados do país escandinavo aparentemente tão equalitário.

Junto com gangsta rappers como Jaffar Byn, 1.Cuz, 23, e Dree Low, Yasin pinta um quadro difícil salpicado de criminalidade e violência de gangues. A sua música muitas vezes fala sobre as dificuldades de sobreviver financeira e socialmente na sociedade sueca, mas mais recentemente também sobre o custo mental e emocional que isso exige.

Estas músicas expõem uma realidade que muitos não querem pensar, principalmente na Suécia, uma nação que se orgulha de proporcionar uma alta qualidade de vida e que se preocupa com os direitos humanos e a liberdade individual. Como tal, certas fações da sociedade sueca estão a usar estas músicas para reforçar os sentimentos anti-imigrantes.

Nos últimos 30 anos, o hip-hop sueco surgiu e assumiu as paradas do país. Deu aos artistas, que muitas vezes vêm de áreas multiétnicas e segregadas, os meios para expressar as suas opiniões sobre a sociedade e refletir sobre o que está a acontecer ao seu redor.

A Suécia tornou-se uma sociedade multicultural – mas a noção daquilo o que é sueco permaneceu atolada no passado. Embora os grupos minoritários estejam a aumentar em tamanho e só se espere que cresçam, ser sueco ainda tem uma forte ligação com ser branco.

Nos primeiros dias do hip-hop sueco na década de 1990, The Latin Kings descreveram as desigualdades estruturais, violência e segregação em bairros tão desfavorecidos de maneira semelhante aos rappers de hoje. Mas eles fizeram isso de uma perspetiva observacional e com um toque de esperança para o futuro.

Os rappers de hoje, por outro lado, estão mais inseridos na violência e tendem a ter uma opinião mais niilista do seu futuro.

Veja-se a música “Adressen” do artista 23. Ele quer que a sua mãe saiba que não é culpa dela que ele tenha sido afetado pelo ambiente criminal e seja estigmatizado pelo bairro de onde vem:

A recente onda de gangsta rap foi o resultado da degradação da dinâmica da sociedade. Muitos bairros como Rinkeby, que são predominantemente multiétnicos, foram categorizados como social e economicamente “vulneráveis”, sofrendo com desigualdades estruturais, falta de investimento e desemprego acima da média, o que levou a altos índices de pobreza e criminalidade.

Estas estatísticas de pobreza e criminalidade ecoam regularmente nos media e nos discursos políticos, o que levou a uma maior estigmatização desses bairros e das minorias étnicas que lá vivem.

As letras violentas do gangsta rap sobre esses bairros também são usadas para reforçar a retórica nacionalista e anti-imigrante. Juntos, são usados para criar uma narrativa que promove a ideia de que esses lugares são diferentes da grande parte da Suécia e as pessoas que vivem lá, incluindo esses rappers, não são como os suecos.

Nem todo o hip-hop está errado aos olhos da maioria dos suecos. Mas o estilo gangsta rap contemporâneo colocou as pessoas no limite porque o associam a tiroteios e criminalidade de gangues. Um aumento de incidentes violentos e criminais na Suécia nos últimos anos é associado por alguns à imagem retratada por estes rappers suecos e o seu ambiente.

Yasin, com as suas raízes somalis, ligações ao gangue local Shottaz e condenações criminais, é facilmente julgado de antemão pelo público, que não consegue separar a sua arte atual das suas atividades passadas.

Yasin expressou isso na capa do seu último álbum, Del Två (Parte Dois), que mostra o passaporte sueco de Yasin carimbado com Dömd på förhand, que significa “condenado antecipadamente”. Yasin sabe que não é reconhecido como sueco.

O artista de hip-hop Timbuktu é um defensor assumido de que as minorias sejam aceites como suecas, legal e simbolicamente. Em 2013 foi convidado para o Parlamento, onde falou e ergueu o passaporte no ar, mostrando que é sueco.

Mais recentemente, no talk show Efter Fem, argumentou que pessoas como ele com origem imigrante não deveriam precisar de pedir permissão para fazer parte da história sueca – elas são e têm sido há já algum tempo.

A tendência atual do gangsta rap expõe um lado bastante destrutivo da Suécia. Sim, expõe a criminalidade e a pobreza, mas também expõe uma sociedade que é resistente à mudança, ou simplesmente não muda rápido o suficiente.

https://zap.aeiou.pt/gangsta-rapper-expoe-lado-negro-suecia-469195

 

Toalhetes podem estar por trás de um surto que infetou mais de 200 pessoas na Noruega !


Os toalhetes húmidos são o principal suspeito de um surto de uma doença invulgar que se está a espalhar pelos hospitais noruegueses. Já foram infetadas mais de 200 pessoas.

Segundo o IFL Science, pelo menos 239 pessoas em 33 hospitais em toda a Noruega adoeceram após terem sido infetadas com a bactéria Pseudomonas aeruginosa.

De acordo com o Instituto Norueguês de Saúde Pública (NIPH), o surto foi detetado em novembro de 2020, num hospital em Tromsø. Após vários meses, a estirpe da bactéria responsável pelo surto foi encontrada no interior de uma embalagem de toalhetes, fabricados pela empresa britânica Vernacare.

Suspeita-se de que os toalhetes sejam os responsáveis pelas infeções. Assim que a possível ligação se tornou conhecida, os panos humedecidos, que estavam a ser utilizados nos hospitais para dar banho a doentes críticos que estão demasiado doentes ou fracos para se lavarem, foram retirados de circulação.

“Os serviços de saúde têm estado envolvidos numa extensa investigação de surtos em que, entre outras coisas, o mapeamento dos doentes infetados e o exame dos produtos e equipamentos com os quais têm estado em contacto tem sido uma prioridade. Será agora importante encontrar a extensão da contaminação no produto suspeito”, disse Kirsten Gravningen, responsável do NIPH.

A P. aeruginosa é tipicamente inofensiva para pessoas saudáveis, mas pode causar infeções graves em doentes com sistemas imunitários enfraquecidos.

A bactéria pode ser encontrada em muitos ambientes naturais, como solo húmido e água, mas é frequentemente encontrada em hospitais e lares devido à sua capacidade de infetar doentes imunocomprometidos.

Curiosamente, estas bactérias têm a capacidade de decompor o petróleo bruto, o que significa que poderiam ser uma ferramenta útil contra os derrames de petróleo.

https://zap.aeiou.pt/toalhetes-podem-estar-por-tras-de-surto-469718

 

Nenhum país cumpriu os padrões de qualidade do ar definidos pela OMS !


Nenhum país conseguiu cumprir os padrões de qualidade do ar em 2021, definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo um levantamento de dados de poluição em 6.475 cidades, nenhum país foi capaz de cumprir os requisitos da Organização Mundial de Saúde.

Segundo a Reuters, a OMS recomenda que as leituras médias anuais de partículas pequenas e perigosas transportadas pelo ar, conhecidas como PM2,5, não devem ser superiores a 5 microgramas por metro cúbico.

Estas após diretrizes foram alteradas no ano passado, afirmando que mesmo as concentrações baixas causavam riscos significativos para a saúde.

Apenas 3,4% das cidades inquiridas cumpriram a norma em 2021, de acordo com dados da IQAir, uma empresa suíça de tecnologia que estuda a poluição e monitoriza a qualidade do ar.

De acordo com esses mesmos dados, 93 cidades registaram 10 vezes mais o nível de PM2,5 recomendado.

“Há muitos países que estão a fazer grandes progressos na redução”, disse Christi Schroeder, gerente do departamento de qualidade do ar da IQAir.

“A China começou com alguns números muito grandes e têm vindo a diminuir com o tempo. Mas também há lugares no mundo onde está a ficar significativamente pior”, acrescenta ainda a especialista.

Os níveis globais de poluição da Índia pioraram em 2021, e Nova Deli continuou a ser o capital mais poluída do mundo.

Verificou-se também que o Bangladesh era o país mais poluído, também sem alterações em relação ao ano anterior, enquanto que o Chade ficou em segundo lugar após a inclusão, pela primeira vez, dos dados do país africano.

A China, que tem estado a lutar contra a poluição desde 2014, caiu para a 22ª posição no ranking das PM2,5 em 2021.

Desceu do 14º lugar, onde se encontrava um ano antes, com as leituras médias a melhorar ligeiramente ao longo do ano para 32,6 microgramas, disse o IQAir.

Hotan, na região noroeste de Xinjiang, foi a cidade com pior desempenho da China, com leituras médias de PM2,5 de mais de 100 microgramas, em grande parte causadas por tempestades de areia.

Hotan caiu para terceiro na lista das cidades mais poluídas do mundo, depois de ter sido ultrapassada por Bhiwadi e Ghaziabad, ambas na Índia.

https://zap.aeiou.pt/nenhum-pais-cumpriu-os-padroes-de-qualidade-do-ar-definidos-pela-oms-469227

 

Basta uma hora para os utilizadores do TikTok serem expostos a informação falsa sobre a guerra na Ucrânia !


Investigadores sublinham a incapacidade da rede social em não conseguir diferenciar a informação credível e transmitir esse verdito aos utilizadores.

Um novo utilizador do TikTok será confrontado com conteúdo falso sobre a guerra na Ucrânia apenas minutos após estes acederam à plataforma, aponta uma investigação do NewsGuard, um meio especializado em combater a desinformação. A empresa conduziu um conjunto de testes para monitorizar e avaliar a forma como a rede social trata a informação relativa ao conflito.

Uma das conclusões foi que uma conta recém criada, apenas num movimento normal de scroll através da página designada como “Para Si”, com conteúdos escolhidos pelo algoritmo da rede social, mostraria conteúdos falsos ou enganosos dentro do intervalo temporal de 40 minutos.

“Perto do fim da experiência de 45 minutos, os feeds dos analistas foram preenchidos quase exclusivamente com conteúdos verdadeiros e falsos sobre o conflito na Ucrânia, apesar de não haver distinção entre a informação credível ou não“, justificou a equipa, citada pelo The Guardian. “Numa altura em que as falsas narrativas sobre a guerra proliferam na internet, nenhum dos vídeos fornecidos anos nossos analistas pelo algoritmo do TikTok continha qualquer informação sobre a fiabilidade das fontes, avisos ou verificação dos factos.”

Entre as informações falsas apresentavas constavam a da existência de laboratórios bioquímicos na Ucrânia apoiados pelos Estados Unidos e a acusação de que a imagem de Putin foi alvo de manipulação quando esta pertencia a uma conferência de imprensa dada no início de Março. Existiam também vídeos a afirmar que imagens falsas eram reais e o contrário. Algumas das imagens foram mesmo retiradas de jogos, ao passo que as verdadeiras com rútulo de “falsas” eram recorrentes nas contas pró-Rússia.

“Alguns dos mitos presentes nos vídeos que o algoritmo do TikTok transmite foram previamente identificados como propaganda do Kremlin“, resumiram os investigadores.

Os testes efetuados tinham uma filosofia simples: a criação de contas novas e passar 45 minutos a fazer scroll pela página de conteúdos selecionados pela rede social de acordo com as preferências mostradas. Durante este período de tempo, todos os vídeos relacionados com a guerra na Ucrânia foram vistos na totalidade.

Apesar de o TikTok não fornecer uma descrição detalhada de como o seu algoritmo avalia as preferências dos utilizadores, a empresa diz ter em conta o tempo gasto a ver vários vídeos, assim como outros sinais, incluindo gostos, comentários e as contas qye um utilizador segue ou bloqueou. Ao assistirem a todos os vídeos da guerra que apareceram na sua página, os investigadores terão “treinado” o algoritmo para mostrar o conteúdo das novas contas sobre o conflito.

Um porta-voz da TikTok advertiu que a experiência só pode oferecer conclusões limitadas sobre a forma como a aplicação funciona no mundo real, uma vez que não consegue imitar o comportamento padrão de visualização.

“Continuamos a responder à guerra na Ucrânia com mais recursos de segurança e proteção, à medida que trabalhamos para remover a desinformação prejudicial e ajudar a proteger uma experiência segura no TikTok”, acrescentaram eles. “Também estabelecemos parcerias com organizações independentes de verificação de factos para apoiar os nossos esforços no sentido de ajudar a TikTok a permanecer um lugar seguro e autêntico“.

A aplicação de partilha de vídeos teve um grande aumento no conteúdo relacionado com a guerra, com vídeos marcados #Ucrânia a receber mais de 30 mil milhões de visualizações até ao final da semana passada. Um relatório do New York Times descobriu que, proporcionalmente, o conteúdo ucraniano no TikTok ultrapassa em mais do dobro o seu tamanho nas plataformas.

https://zap.aeiou.pt/basta-uma-hora-para-os-utilizadores-do-tiktok-serem-expostos-a-informacao-falsa-sobre-a-guerra-na-ucrania-468947

 

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Rússia concentra-se na “libertação” do Donbass - Biden não afasta o uso de armas nucleares !


A Rússia considera que já alcançou os objetivos da primeira fase da “operação especial militar”. O próximo passo é “concentrar esforços em alcançar o objetivo principal, a libertação do Donbass”.

Esta sexta-feira, Sergey Rudskoy, um responsável do exército russo, disse que Moscovo vai concentrar os seus esforços na libertação de Donbass, depois de ter alcançado os objetivos da primeira fase da invasão.

Segundo o Diário de Notícias, a declaração parece ser uma admissão das dificuldades que a Rússia tem encontrado no terreno.

“As tarefas principais da primeira fase da operação estão completas”, disse o responsável. “O potencial de combate das Forças Armadas da Ucrânia foi reduzido significativamente, o que nos permite – enfatizo mais uma vez – concentrar os nossos esforços em alcançar o objetivo principal, a libertação do Donbass.”

O Ministério da Defesa russo alega que os separatistas já controlam 93% da região de Lugansk e 54% de Donetsk (que juntas formam Donbass), além da criação de um corredor terrestre que permite ligar essa zona à Crimeia. Tal corredor implicaria, no entanto, o controlo total da cidade de Mariupol.
 
De acordo com as declarações de Rudskoy, Putin tinha duas opções para a operação militar: uma ação limitada no Donbass ou uma generalizada em todo o país. Optou pela segunda opção para impedir que as forças ucranianas pudessem concentrar os seus esforços no Donbass.
Biden poderá usar armas nucleares em “circunstâncias extremas”

O Telegraph avança que o Presidente norte-americano, Joe Biden, poderá usar armas nucleares em “circunstâncias extremas”, mesmo que a Rússia não as utilize primeiro.

A posição de Biden tem vindo a mudar, principalmente após as declarações do Kremlin que admite a utilização de armas nucleares caso a sua existência estiver em risco.

Os EUA permitem o uso de armas nucleares para a defesa no âmbito dos “interesses vitais” do país, “dos seus aliados e parceiros” e em resposta a “ataques estratégicos significativos que não sejam nucleares”. Segundo o Observador, Biden pode usar este tipo de armamento numa potencial ameaça de uso de armas biológicas, químicas e ciberataques.

A Rússia publicou uma doutrina sobre quando usar armas nucleares: caso o país seja atingido um míssil balístico, caso seja empregue uma arma nuclear por parte de um inimigo (independentemente que caia ou não em solo russo), ou qualquer ataque que ameace a existência da Rússia.

Este sábado, o Presidente dos Estados Unidos vai encontrar-se com os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da Ucrânia, Dmitro Kuleba e Oleksii Reznikov, respetivamente, durante a sua visita a Varsóvia.

A Casa Branca anunciou que Biden tem previsto “participar em parte de uma reunião” na capital polaca entre os ministros ucranianos e os secretários de Estado e de Defesa norte-americanos, Antony Blinken e Lloyd Austin, que estão a acompanhar o Presidente na sua viagem.

Biden deverá também encontrar-se com o Presidente polaco, Andrzej Duda, antes de visitar o estádio de futebol PGE Narodowy, que foi convertido num centro de refugiados para cuidar de alguns dos mais de 2,17 milhões de refugiados que fugiram da Ucrânia para a Polónia desde que a guerra começou.
“Operação humanitária” de evacuação de Mariupol

A França, a Turquia e a Grécia vão efetuar “uma operação humanitária” para evacuar “nos próximos dias” a cidade sitiada de Mariupol, no sul da Ucrânia, anunciou o Presidente francês, Emmanuel Macron, na sexta-feira.

“Vamos, em conjunto com a Turquia e a Grécia, lançar uma operação humanitária para retirar todas aquelas e aqueles que desejarem sair de Mariupol”, declarou no final de uma cimeira europeia em Bruxelas, precisando que terá uma reunião sobre esse assunto com o Presidente russo, Vladimir Putin, “dentro de 48 a 72 horas”.

“Espero poder envolver o maior número possível de intervenientes nesta operação”, prosseguiu o Presidente francês, assegurando que estará “em condições” de realizar essa evacuação “nos próximos dias”.

Macron afirmou que as “equipas do Eliseu” falaram hoje com o presidente da câmara de Mariupol, uma “cidade de mais de 400.000 habitantes que atualmente tem apenas 150.000” a viver “em circunstâncias dramáticas”. Mais de 2.000 civis foram mortos em Mariupol, segundo o mais recente balanço divulgado pela autarquia.

De acordo com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, cerca de 100.000 pessoas estão ainda retidas na cidade portuária estratégica do mar de Azov que está cercada pelas tropas russas.

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de dez milhões de pessoas, mais de 3,7 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

https://zap.aeiou.pt/russia-concentra-libertacao-donbass-469857

 

Anonymous publicam milhares de documentos secretos do Banco Central da Rússia !


Além de ter divulgado 28 gigabytes de documentos, o grupo de hackers avisou o Presidente russo, Vladimir Putin, que todos os seus segredos serão revelados.

O grupo de hackers Anonymous revelou, este sábado, que publicou 28 gigabytes de documentos que obteve depois de penetrar no sistema de segurança informático do Banco Central da Rússia.

Em conjunto com os 28 gigabytes de documentos, o grupo de hackers advertiu o Presidente russo, Vladimir Putin, num vídeo divulgado, em que diz que todos os seus segredos serão revelados.

“A extorsão de documentos do Banco Central da Rússia (28 gigabytes) foi difundida pelo Anonymous”, escreveu o grupo no Twitter, indicando que espalhou os documentos por vários pontos da internet e que, caso os links sejam censurados, partilhá-los-á noutros novos pontos da internet.

No vídeo, os hackers afirmam que o Presidente russo é “mentiroso, ditador, criminoso de guerra e assassino de crianças”.

Até agora, milhares de civis inocentes morreram, centenas de milhares foram deslocados, hospitais, escolas e abrigos foram bombardeados, crianças perderam as suas famílias e as famílias perderam seus filhos, devido à decisão de Putin ter desencadeado uma “operação especial” na Ucrânia, como o Kremlin a qualifica.

“Vladimir Putin, nenhum segredo é seguro, estamos em todos os lados: no seu palácio, onde come, na sua mesa, no seu quarto”, adverte um pirata informático usando a típica máscara do Anonymous.

E prossegue: “Agora partilhamos milhares de documentos pertencentes ao Banco Central da Rússia”.

Entre os documentos, afirma ainda o pirata informático, estão acordos, correspondência, transferências de dinheiro, segredos comerciais dos oligarcas russos, relatórios económicos que “Putin esconde do público“, diz.

Além disso, constam também “acordos comerciais que Putin assinou com outros países, declarações, informações dos seus apoiantes com cadastro, videoconferências [do presidente russo] e os programas usados” por Putin, revela o hacker pertencente ao Anonymous.

Desde o arranque desta ciberguerra contra o regime de Putin, os Anonymous alegam que já atacaram “2500 sites dos Governos russo e bielorrusso”, bem como “sites de notícias, bancos, hospitais, aeroportos, empresas e grupos de hackers pró-russos”. Tudo pelo “apoio à Ucrânia”, sublinham.

https://zap.aeiou.pt/anonymous-publicam-documentos-russia-469861

 

Professores russos têm cartilha para justificar a guerra às crianças !


O Ministério da Educação russo deu aos professores ordens para dar aulas, seguindo uma metodologia fornecida, para justificar a invasão à Ucrânia.

Aulas de propaganda que procuram justificar a necessidade da invasão à Ucrânia começaram na segunda-feira na Rússia, escreve o portal The Insider. É pedido aos professores que lecionem aulas quem expliquem às crianças porque é que as autoridades russas estão a realizar uma “operação militar especial” na Ucrânia.

Foram enviados para as escolas dois tipos de apresentações pelo Ministério da Educação russo: uma para jovens e outra para crianças.

Antes destas aulas de propaganda, os professores foram instruídos sobre materiais e orientações metodológicas que devem usar nas suas apresentações.

No dia 28 de fevereiro, Maria Zakharova, diretora do departamento de informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, falou em videoconferência durante uma hora e meia com os professores sobre a sua posição relativamente à Ucrânia.

Zakharova disse aos professores que estes estão “na vanguarda desta guerra de informação” e depois foram avisados de que teriam que discutir a Ucrânia com os alunos como parte das suas aulas de história num futuro próximo, “com o nosso apoio metodológico”.

A governante russa referiu-se à guerra como uma “operação de desmilitarização e manutenção da paz” em Donetsk e Luhansk.

Zakharova sugeriu ainda que os atuais acontecimentos, aos quais as próximas aulas devem ser dedicadas, “começaram há muito tempo, quando as pessoas foram forçadas a jurar fidelidade a [Stepan] Bandera”.

Segundos professores ouvidos pelo The Insider, apenas um docente questionou a necessidade de transmitir estas informações às crianças e jovens.

Numa das cartilhas enviadas, os professores são incitados a responder à pergunta: “Há realmente uma guerra a acontecer na Ucrânia?”. A resposta deverá ser: “Sim, está a acontecer há oito anos, a Ucrânia está a travá-la contra os seus próprios cidadãos que vivem em Donbass”.

Além disso, os professores terão que dizer às crianças, em conversas privadas, que o objetivo da invasão da Ucrânia é “o estabelecimento da paz”.

“No dia 1 de março, que eu saiba, houve outra reunião, à qual não participei. Como resultado disso, todos nós temos que conversar com as crianças e explicar a posição do país em conversas privadas. Quanto às aulas baseadas na metodologia, agora serão realizadas apenas nas escolas que anteriormente recebiam os pedidos”, disse um professor russo sob anonimato.

Em algumas escolas, foi até solicitado aos professores que gravassem secretamente as suas conversas privadas com os alunos.

“Se vou ter estas conversas, vou fazê-lo com um tom neutro, porque vou ter que falar com crianças que em breve farão 17 anos, e dentro de um ano podem encontrar-se em vagões a viajar para oeste, e eu não gostaria de estar envolvido nisso”, disse um professor ao The Insider.

https://zap.aeiou.pt/professores-russos-cartilha-guerra-469740

 

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