http://ufosonline.blogspot.com/search?updated-max=2021-08-14T10:26:00-03:00&max-results=20&start=43&by-date=false
O relatório completo do IPCC pode ser visualizado ou baixado em formato PDF, AQUI
http://ufosonline.blogspot.com/search?updated-max=2021-08-11T19:22:00-03:00&max-results=20&start=38&by-date=fals
Em 1991, Spencer Elden era um bebé de quatro meses e tornou-se famoso por aparecer na capa do álbum “Nevermind”, dos Nirvana, tal como nasceu, ou seja, nu. Agora, aos 30 anos, está a processar a banda por pornografia infantil e exploração sexual.
Spencer Elden interpôs uma acção em tribunal, acusando a banda Nirvana de exploração sexual e pornografia infantil pelo facto de a sua imagem, em bebé, ter sido usada na capa do álbum “Nevermind”, em 1991. Ele aparece nu, a olhar para uma nota de um dólar.
O álbum vendeu mais de 30 milhões de cópias e a capa é uma das mais icónicas do mundo da música.
Mas, agora, o famoso bebé, já adulto, quer receber uma indemnização porque alega que os seus pais nunca “assinaram” nenhum contrato a autorizar o uso da imagem no álbum, conforme cita a BBC.
Além disso, alega que a imagem pode ser definida como pornografia infantil, pois exibe “lascivamente os genitais de Spencer desde que ele era uma criança até aos dias actuais”, segundo refere o processo que entrou num tribunal da Califórnia.
O advogado de Spencer Elden, Robert Y. Lewis, alega que a nota de dólar, que foi colocada na imagem posteriormente à fotografia ter sido tirada, faz com que o bebé pareça um “trabalhador do sexo”.
Além disso, o processo argumenta ainda que os Nirvana se comprometeram a cobrir os genitais do bebé, o que não aconteceu.
Por outro lado, “a sua verdadeira identidade e nome legal estão, para sempre, ligados à exploração sexual comercial que experimentou enquanto menor” e que foi “distribuída e vendida pelo mundo fora desde o tempo em que era bebé até aos dias actuais”, frisa-se ainda no processo citado pela BBC.
Elden alega que “sofreu e continuará a sofrer danos por toda a vida” devido àquela capa, incluindo “stress emocional extremo e permanente”.
Além disso, defende que a divulgação da imagem teve “interferência com o seu desenvolvimento normal e o progresso educacional”, e que o levou a precisar de “tratamento médico e psicológico“.
No processo, Elden pede uma indemnização de 150 mil dólares (cerca de 128 mil euros) dos Nirvana, mas também do fotógrafo Kirk Weddle, que captou a imagem. São ainda visados Courtney Love, a ex-mulher de Kurt Cobain, o vocalista dos Nirvana que se suicidou, e o gestor do seu património.
Os elementos vivos dos Nirvana, Dave Grohl e Krist Novoselic, ainda não reagiram ao processo.
Já enquanto adulto, Elden recriou diversas vezes a capa do álbum, posando para fotografias, mas sempre usando calções de banho. Nessas ocasiões, ficou à mostra uma tatuagem com a palavra “Nevermind” no peito.
Em 2016, em declarações à Time Magazine, Elden referiu que ficou “um bocadinho incomodado” com a fama obtida por causa da capa. “É bastante difícil – sentes que és famoso por nada“, disse na altura.
“É difícil não ficar incomodado quando ouves quanto dinheiro está envolvido”, também salientou.
“Quando vou a um jogo de basebol e penso nisso: ‘Meu, toda a gente neste jogo, provavelmente, viu o meu pequeno pénis de bebé’, sinto que tive uma parte dos meus direitos humanos revogados“, desabafou ainda.
Elden também manifestou algum desagrado por nunca ter conhecido nenhum elemento dos Nirvana e por não ter recebido nenhuma compensação.
Apesar disso, descreveu o conceito da capa como “genial”, embora lamentando que era “estranho” aparecer também em canecas ou em puzzles, no âmbito do merchandising dos Nirvana.
Já em 2015, Elden disse, numa entrevista ao jornal britânico The Guardian, que sempre foi “algo positivo” e que lhe “abriu portas”.
“Tenho 23 anos agora e sou um artista, e esta história deu-me a oportunidade de trabalhar com [o artista de rua] Shepard Fairey durante cinco anos, o que foi uma experiência espantosa. Ele é um grande conhecedor de música: quando ouviu que eu era o bebé Nirvana, pensou que era muito fixe“, contou ainda nessa entrevista.
Na ocasião, Elden revelou também que ouviu dizer que, “originalmente”, os Nirvana queriam que a imagem de capa fosse uma “mulher a dar à luz debaixo de água”, mas que a editora “achou que isso seria demasiado gráfico”.
Assim, terão chegado a um compromisso com “a ideia de um bebé a nadar atrás de um dólar”, explicou.
“As pessoas interpretaram-na de forma diferente”, notou ainda Elden, frisando que acreditava que a imagem é sobre “o abandono da inocência e todos, mais tarde ou mais cedo, andarem atrás de dinheiro“.
O pai de Elden chegou a contar, em 2008, que Kirk Weddle, que era amigo da família, lhe ofereceu 200 dólares para tirar a foto do filho bebé.
https://zap.aeiou.pt/bebe-capa-nevermind-processa-nirvana-427032
A infiltração de apoiantes do Presidente Jair Bolsonaro nas Polícias Militares do Brasil está a preocupar os governadores estaduais.
Na segunda-feira, 23 governadores reuniram-se para apelar a uma pacificação entre Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF). No encontro, transmitiram a preocupação com a infiltração de apoiantes do Presidente nas Polícias Militares.
Segundo o Público, esta tentativa de harmonia entre o Presidente e o tribunal surge depois de Bolsonaro ter apresentado um pedido de destituição do juiz do STF Alexandre de Moraes. A iniciativa, inédita por parte de um Presidente brasileiro, foi rejeitada por parte do Congresso e de outras instituições.
O diário escreve que os receios concentram-se todos envolta do dia 7 de setembro, data em que se celebra o Dia da Independência e para a qual estão marcadas várias manifestações, contra e a favor de Bolsonaro. Este clima de tensão pode favorecer a violência nas ruas.
No Facebook, Aleksander Lacerda, coronel da Polícia Militar (PM) de São Paulo, apelou à mobilização de apoiantes de Bolsonaro para a manifestação de dia 7 na Avenida Paulista e deixou ataques ao governador do estado, João Doria, e ao STF.
Na segunda-feira, o militar foi afastado por ordem de Doria.
O governador de São Paulo está alarmado com a instrumentalização dos militares da PM e disse haver um “estímulo pelas redes sociais para que militantes do movimento ‘bolsonarista’ utilizem armas e saiam às ruas armados”. Em Brasília, há ameaças de invasão do Congresso e do STF no dia 7.
No mesmo dia do encontro entre os governadores estaduais, Bolsonaro voltou a levantar suspeitas de que o sistema de voto eletrónico em vigor no Brasil é fraudulento, num sinal claro de que não tem intenções de alinhar nos apelos para um desanuviamento.
“O que que é a alma da democracia? É o voto. O povo quer que você, ao votar, tenha a certeza de que o teu voto vai para o João ou para a Maria. Não quer que, num quartinho secreto, meia dúzia de pessoas conte os seus votos”, disse, numa entrevista radiofónica.
Bolsonaro desencadeou uma forte campanha contra as urnas eletrónicas e chegou a acusar membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de participar num esquema para defraudar as eleições presidenciais de 2022 em favor do ex-Presidente Lula da Silva, que lidera todas as sondagens de intenção de voto para as presidenciais.
As denúncias sem provas feitas por Jair Bolsonaro levaram o TSE a abrir um processo administrativo contra o Presidente e a pedir que seja investigado pelo Supremo Tribunal Federal por supostamente cometer atentados à democracia e divulgar informações falsas.
https://zap.aeiou.pt/apoiantes-bolsonaro-policias-preocupa-426979
Cientistas acreditam que, sem as alterações climáticas, fenómenos como os registados este verão seriam quase impossíveis, pelo que revêm em alta a possibilidade destes aconteceram com maior frequência mas também intensidade.
O aquecimento global reforçou a probabilidade e a intensidade das inundações que afetaram a Alemanha e a Bélgica em julho, causando mais de 200 mortos e milhares de milhões de euros de estragos, segundo um estudo que será publicado hoje. A ocorrência dos episódios extremos foi tornado possível em até nove vezes mais pelo aquecimento global devido à atividade humana, com pelo menos 20% de probabilidade suplementar.
As alterações climáticas também “fizeram aumentar a quantidade de chuva em um dia, entre três e 19%”, segundo os cientistas da World Weather Attribution (WWA), que junta peritos de vários institutos de investigação no mundo. Este foi o segundo estudo que aponta de forma clara para o papel do aquecimento global nas catástrofes que se têm multiplicado neste verão. O WWA tinha calculado que o manto de calor que sufocou o Canadá e o oeste dos EUA no final de junho era “quase impossível” sem as alterações climáticas.
No início de agosto, os cientistas do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas da Organização das Nações Unidas (IPCC, na sigla em Inglês) tinham alertado, em documento de grande impacto, para um aquecimento ainda mais rápido e forte do Planeta do que se receava, ameaçando a humanidade de desastres “sem precedentes”. O limiar de um grau e meio Celsius (1,5ºC) — objetivo a não ultrapassar, segundo o Acordo de Paris — pode ser atingido em torno de 2030, dez anos mais cedo que estimado.
Como é possível constatar, os efeitos devastadores — secas, incêndios ou inundações — já se fazem sentir em todo o mundo.
A Alemanha vai afetar 30 mil milhões de euros à reconstrução das zonas sinistradas e a catástrofe colocou a questão da emergência climática no centro do debate público, a poucas semanas das eleições legislativas do fim de setembro para a sucessão da chanceler Angela Merkel.
Para os 30 cientistas internacionais reunidos sob a bandeira da WWA, não há dúvidas: “As alterações climáticas aumentaram a possibilidade, mas também a intensidade” dos acontecimentos de julho, sublinhou, durante uma apresentação on-line, Frank Kreienkamp, do serviço meteorológico alemão, que dirigiu o estudo. O episódio “bateu largamente os recordes de precipitação historicamente registados” nas zonas afetadas, sublinharam os investigadores.
A multiplicação das precipitações é uma consequência esperada do aquecimento global, uma vez que um fenómeno físico faz aumentar a humidade da atmosfera em cerca de sete por cento por cada grau Celsius suplementar.
Os autores recorreram a diversos modelos para estimar como a subida da temperatura média global afetou o volume máximo de precipitações durante um ou dois dias nas regiões mais afetadas, as bacias dos rios Ahr e Erft, na Alemanha, e no vale de Meuse, na Bélgica. Mas também numa região mais vasta, cobrindo os dois países e os Países Baixos, afetados em menor medida.
Observaram também uma “tendência para um reforço”, mesmo que permaneça uma “grande variabilidade” de um ano para outro. E avaliaram ainda a probabilidade de ocorrência na Europa Ocidental de um episódio como o de julho em uma vez em cada 400 anos. Ou seja, uma hipótese em 400 que uma catástrofe destas ocorra em cada ano.
Se o aquecimento prosseguir, essas situações “vão tornar-se mais frequentes”, apontaram. Em consequência, consideraram “importante saber como se reduz a vulnerabilidade a estes episódios e aos seus impactos”, sublinhou um dos autores, Maarten van Aalst, diretor do Centro Climático da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Porque “infelizmente, as pessoas costumam estar preparadas… para o desastre anterior”.
https://zap.aeiou.pt/aquecimento-global-agravou-inundacoes-na-alemanha-e-belgica-aponta-estudo-426669
Enrique Tarrio, líder dos Proud Boys desde 2018, foi condenado a cinco meses de prisão por ter destruído a propriedade de uma igreja e por estar em posse de munições proibidas em Washington.
Enrique Tarrio, foi condenado a cinco meses e cinco dias de prisão por ter queimado uma bandeira do movimento Black Lives Matter e por ter levado high capacity magazines – armas do estilo militar que contém mais munições do que armas normais – para Washington dois dias antes da invasão ao Capitólio.
O líder do grupo de extrema-direita Proud Boys disse numa videoconferência em tribunal estar “profundamente arrependido” das suas acções, descrevendo-as como um “erro muito grave”, escreve a Sky News.
Tarri lidera os Proud Boys desde 2018 e foi parte de um grupo que roubou e queimou uma bandeira do movimento Black Lives Matter que estava numa igreja de Washinton a 12 de Dezembro do ano passado, depois de um comício em apoio a Donald Trump.
O homem de 39 anos foi preso quando regressou à capital americana a 4 de Janeiro, pouco antes da invasão ao Capitólio onde membros dos Proud Boys também marcaram presença, e estava em posse de munições que estão banidas pela leis de controlo de armas na cidade.
Tarrio argumentou que as munições, que tinham o logótipo dos Proud Boys, eram para um cliente que as tinha comprado. O líder da organização foi depois ordenado a sair de Washington.
A reverenda Dr. Ianther Mills, da igreja onde estava a bandeira, disse em tribunal que a destruição foi “um acto de intimidação e racismo” que “causou danos imensuráveis e possivelmente irreparáveis” na comunidade.
Enrique Tarrio confessou em Julho aos crimes de destruição de propriedade e tentativa de posse de um dispositivo de altas munições. O juiz afirmou que o acusado merecia mais tempo de prisão do que os três meses que os procuradores tinham pedido e disse
“O Sr. Tarrio claramente – intencionalmente e com orgulho – atravessou a linha entre um protesto e reunião pacíficos para uma conduta criminal perigosa e potencialmente violenta”, afirmou o juiz Harold Cushenberry.
Os Proud Boys são um grupo de extrema-direita que se descreve como um clube para homens politicamente incorrectos e para “chauvinistas ocidentais“. Membros do grupo já estiveram envolvidos em vários confrontos com activistas anti-fascistas ou durante os protestos do movimento Black Lives Matter no Verão passado. As autoridades estão também a investigar ligações do grupo à insurreição no Capitólio.
https://zap.aeiou.pt/lider-dos-proud-boys-condenado-a-cinco-meses-de-prisao-queimar-bandeira-black-lives-matter-e-crime-de-armas-426660
Na costa sul de Itália, o maior vulcão ativo da Europa está escondido debaixo das ondas do mar. Os cientistas estão a investigar o que aconteceria se explodisse.
O Etna, na Sicília, e o Vesúvio, que destruiu Pompeia, não são a maior ameaça para as populações locais. O Marsili roubou-lhes o rótulo de inimigo vulcânico e pode devastar a península do sul da Itália e as suas ilhas.
Localizado a cerca de 175 quilómetros ao sul de Nápoles, Marsili tem 3.000 metros de altura, uma base de 70 quilómetros de comprimento e 30 quilómetros de largura. Segundo a BBC, é o maior vulcão ativo de toda a Europa e um dos muitos vulcões num arco localizado na costa sul da Sicília.
Apesar de ser gigantesco, é impossível observá-lo, uma vez que o cume fica a 500 metros de profundidade, no meio do mar Tirreno.
Esta verdadeira bomba-relógio só foi descoberta há cerca de 100 anos. “Só no início do século XX é que começamos a mapear as bacias marítimas”, contou Ventura.
O uso crescente de submarinos pelos militares e dos novos sistemas de comunicação internacional exigiram a instalação de cabos telegráficos no fundo do mar. Como resultado, os cartógrafos identificaram o monte submarino na década de 1920.
Os primeiros estudos sobre a sua atividade só arrancaram na década de 2000. Segundo as descobertas, a última erupção do vulcão ocorreu há alguns milhares de anos. Atualmente, a sua atividade limita-se a alguns “estrondos”, acompanhados de emissões de gases e tremores de baixa energia.
Se explodisse novamente, a lava e as cinzas produzidas pela explosão seriam absorvidas pelos 500 metros de água que cobrem o monte submarino, pelo que haveria pouco risco de uma erupção atingir a terra ou ferir os habitantes das ilhas próximas.
Isso não significa, no entanto, que não existe razão para alarme.
“O perigo não é a erupção, mas os possíveis deslizamentos submarinos“, especificou o investigador. Se os movimentos sísmicos causassem o colapso de um dos lados, o fenómeno deslocaria um volume tão grande de água que provocaria um tsunami.
Além disso, é impossível evitar um desastre iminente, razão que leva os cientistas a pedir novas tecnologias para monitorizar os movimentos do Mediterrâneo.
https://zap.aeiou.pt/ameacar-sul-italia-gigante-submerso-422541
Um dos terroristas mais procurados dos Estados Unidos, membro de um grupo com fortes laços à Al-Qaeda, esteve em Cabul, capital do Afeganistão, ainda no final da semana passada.
O terrorista em causa, Khalil al-Rahman Haqqani, tem uma recompensa de 5 milhões de euros pela sua cabeça, escreve a VICE. Khalil foi visto a liderar uma multidão de fiéis através de orações na mesquita Pul-i Khishti, em Cabul, na sexta-feira.
Khalil é uma figura proeminente da Rede Haqqani, um grupo guerrilheiro que luta contra as forças da NATO, lideradas pelos Estados Unidos, e contra o governo do Afeganistão. A rede Haqqani é aliada dos talibãs. Desde 7 de setembro de 2012, os Estados Unidos listam a Rede Haqqani entre as organizações consideradas terroristas.
O grupo foi acusado de alguns dos ataques militantes mais mortais no Afeganistão. O facto de membros da Rede Haqqani se estarem a reunir com os talibãs lança medo sobre os afegãos, que temem que a liderança talibã seja igualmente violenta.
Outro líder importante da Rede Haqqani, Anas Haqqani, encontrou-se com Abdullah Abdullah, o principal enviado de paz no governo deposto, em Cabul, na semana passada ao lado de um comandante dos talibãs. Khalil também se reuniu com Abdullah, salienta a VICE.
Outros líderes jihadistas e chefes dos talibãs, incluindo o cofundador Mullah Abdul Ghani Baradar, começaram a aparecer em Cabul nos últimos dias.
Um relatório do Conselho de Segurança das Nações Unidas em junho declarou que a Rede Haqqani “é a principal ligação entre os talibãs e a Al-Qaeda” e que “dentro da estrutura dos talibãs, o [grupo] continua a ser a força do talibãs mais pronta para o combate”.
https://zap.aeiou.pt/um-dos-terroristas-mais-procurados-cabul-426531
Em Vermont, nos Estados Unidos, os esquilos estão a atirar-se para debaixo dos automóveis. A causa é o aquecimento global, que está a provocar um aumento da população destes roedores.
“Não há outra forma de o dizer: matei dezenas de esquilos este verão. Talvez centenas.” É desta forma que Kevin Cullen inicia um artigo publicado no The Boston Globe, no qual desabafa sobre a tragédia que tem vivido ultimamente.
“Adoro animais, e nunca faria mal a um de propósito”. Mas, independentemente disso, assume: “Eu sou, tecnicamente falando, um assassino em série de esquilos“.
O jornalista notou, recentemente, que muitos “chipmunks” – uma espécie de roedor próximo do esquilo – tinham morrido numa estrada que costuma percorrer para ir a Vermont. Intrigado com a situação, Cullen quis resolver o mistério dos “esquilos suicidas”, uma vez que, muitos deles, atiraram-se para debaixo das rodas do seu Crosstrek.
“Na semana passada, um desses roedores descuidados parou no meio da estrada e olhou diretamente para mim com os seus adoráveis olhos castanhos enquanto eu passava por cima dele. Para adicionar um insulto à lesão fatal, o condutor atrás de mim deu-lhe uma pancada com sua pickup“, contou.
No artigo, Kevin Cullen diz que havia já vários sinais que indicavam que este ano ia ser recorde para os esquilos. No final do inverno, um amigo atingiu um destes animais enquanto esquiava em Okemo, um sinal de que os roedores tinham saído da hibernação mais cedo do que o habitual.
Bill Killpatrick, biólogo e professor da Universidade de Vermont, explicou que este aumento drástico da população destes pequenos esquilos é visível em New England.
Devido às alterações climáticas e invernos mais amenos, os períodos de hibernação são mais curtos, pelo que o número de ninhadas é maior. Isto faz com que muitos roedores tenham a necessidade de proteger o seu território e perseguir outros esquilos, não hesitando em ir para a estrada para o fazer.
Além de esquilos aflitos, a situação cria também condutores traumatizados, que não sabem se devem acelerar, travar, abrandar ou simplesmente fechar os olhos enquanto sentem as rodas do carro a passar por cima de um pequeno corpo. “Todas estas mortes – e todo este remorso – tem um efeito prejudicial no meu sono”, confessa Kevin Cullen.
https://zap.aeiou.pt/esquilos-suicidas-de-vermont-425475
Chuvas torrenciais inundaram os hospitais onde os feridos do terremoto de último fim-de-semana recuperavam.
Depois do terremoto de 7,2 na escala de Ritcher, a bonança ainda não chegou. O povo do Haiti parece não ter descanso, desta feita com uma tempestade que assolou a costa sul do país a causar inundações em vários pontos do território. De acordo com o The Guardian, o fenómeno meteorológico veio agravar ainda mais as condições, depois do sismo ter provocado a morte de pelo menos 1941 pessoas.
Segundo os relatos, várias partes das ilhas das Caraíbas ficaram inundadas depois de numa hora chover 50 litros de água por metro quadrado. Em algumas das regiões mais afetadas ainda não há eletricidade, rede e os hospitais também ficaram inundados.
A situação agrava-se ainda mais se considerarmos que os hospitais estão repletos de feridos causados pelo terremoto — que terá feito quase dez mil feridos, muitos deles graves, e destruído 60 mil casas.
O sismo teve um epicentro a 125 quilómetros a oeste da capital, Port-au-Prince, causando a destruição de cidades e deslizamentos de terras, que dificultaram a chegada de socorristas às zonas mais afetadas. Segundo o Observador, o abalo terá danificado escolas, igrejas e complexos empresariais, assim como hospitais.
O Haiti é o país mais pobre do Hemisfério Ocidental e lida atualmente com a pandemia da Covid-19, a violência de gangues, a pobreza e a incerteza política que resultou do assassino de Jovenel Moïsem, presidente do país, a 7 de julho. Recentemente, os dirigentes políticos viram-se obrigados a negociar com os gangues de Martissant de forma a que a passagem de duas colunas humanitárias pela área fosse viável, de acordo com o serviço da organização das Nações Unidas para os Humanitários.
Segundo a diretora executiva da UNICEF, Henrietta Fore, “pouco mais de uma década depois, o Haiti está outra vez a cambalear“, referindo-se ao sismo de 2010 que resultou na morte de dezenas de milhares de pessoas. “Este desastre coincide com a instabilidade política, o aumento da violência dos gangues, alarmantes e elevadas taxas de subnutrição infantil e a pandemia de Covid — para a qual o Haiti só recebeu 500 mil vacinas, apesar de precisar de muitas mais”, explicou.
O país, onde vivem 11 milhões de pessoas, recebeu as primeiras doses de vacinas depois de uma doação dos Estados Unidos da América no mês passado.
https://zap.aeiou.pt/haiti-atingido-por-graves-cheias-depois-do-terremoto-425556
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Senado brasileiro apurou hoje que o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, usou dados falsos para afirmar que o número de mortos por covid-19 foi inflacionado por governadores e prefeitos.
A comissão parlamentar ouviu o depoimento de Alexandre Marques, funcionário do Tribunal de Contas da União (TCU), que admitiu ser autor de um documento de trabalho que Bolsonaro citou, como se fosse um documento oficial daquele órgão fiscalizador, para afirmar que o país teve pelo menos “50% menos mortes” por covid-19 do que o anunciado pelos dados oficiais.
O Presidente fez essa afirmação em junho passado, quando o país já registava 475 mil mortes pelo novo coronavírus e acusou prefeitos e governadores de “inflar” esses números para receber mais recursos financeiros para enfrentar a crise de saúde.
A informação foi negada na época pelo TCU, mas mesmo assim Jair Bolsonaro insistiu que “documentos” daquele órgão admitiam a possibilidade de que as mortes de covid-19 fossem fraudulentamente exageradas.
O funcionário do TCU especificou perante a comissão que este documento de trabalho era apenas parte de uma discussão preliminar que foi deixada de lado quando se constatou que não houve fraudes no número de mortos, que ao contrário poderiam sofrer “subnotificação” devido à falta de testes em muitas áreas do país.
“Foi uma discussão muito inicial”, explicou Marques, que confessou ter enviado este documento de trabalho ao pai, o coronel Ricardo Silva Marques, que por sua vez enviou ao Presidente brasileiro.
“Meu pai é amigo do Presidente e mandou para ele. Fiquei indignado com isso porque nunca imaginei que ele fosse compartilhar com ninguém”, declarou.
O funcionário do TCU esclareceu ainda que no documento que o Presidente fez circular em alguns grupos de mensagens havia sido acrescentado a logótipo do TCU, que não constava do documento original que havia enviado ao pai.
Segundo Marques, o discurso do Presidente brasileiro com base nesse documento de trabalho” foi “totalmente irresponsável”.
Segundo o senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI da pandemia, a inserção da logótipo do TCU “para dar caráter oficial” a esse documento pode significar algo mais sério do que a própria divulgação de informações falsas.
“Podemos estar perante um crime contra a fé pública e um caso de falsificação de documentos”, declarou Rodrigues, apoiado por outros senadores da oposição.
A comissão parlamentar, que investiga ações e possíveis omissões do Governo brasileiro diante da pandemia já apurou negociações irregulares com vacinas e também outros assuntos suspeitos, como a distribuição de medicamentos ineficazes contra o novo coronavírus na rede pública de saúde.
O Brasil registou 569.492 vítimas mortais e 20.378.570 casos de covid-19 desde o começo da pandemia.
A covid-19 provocou pelo menos 4.370.427 mortes em todo o mundo, entre mais de 207,84 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
Bolsonaro reafirmou que apresentará ao Senado um pedido de afastamento dos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, que vêm adotando medidas judiciais contra o mandatário.
“Essa semana tenho novidades, dentro das quatro linhas da Constituição, temos novidades pela frente. Vou entrar com pedido de impedimento dos juízes no Senado, colocar lá. O que o Senado vai fazer? Está com o Senado agora, é independência”, disse Bolsonaro em entrevista à rádio Capital Notícia, de Cuiabá.
“Não vou agora tentar cooptar senadores, de uma forma ou de outra, oferecendo uma coisa para eles, etc, para votar o ‘impeachment’ deles”, acrescentou.
No último sábado, Bolsonaro já tinha informado, nas suas redes sociais, que entraria com um pedido de afastamento dos dois magistrados, a quem acusa de violar a Constituição brasileira.
“Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma rutura institucional, a qual não provocamos ou desejamos. De há muito, os juízes Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do STF, extrapolam com atos os limites constitucionais. Na próxima semana, levarei ao Presidente do Senado um pedido para que instaure um processo sobre ambos, de acordo com o art. 52.º da Constituição Federal”, escreveu o Presidente no Twitter.
Bolsonaro citou assim o artigo da Constituição que permite ao Congresso abrir juízos políticos de destituição a magistrados.
Jair Bolsonaro é atualmente alvo de cinco processos no Supremo Tribunal Federal e um na Justiça Eleitoral pelos seus ataques ao sistema eleitoral, por divulgar um documento sigiloso, por defender a difusão de mensagens antidemocráticas, por uma suposta ingerência na Polícia Federal e por alegada prevaricação na compra de vacinas contra a covid-19.
“Nós continuamos dentro das quatro linhas da Constituição. Do lado de lá, já saíram das quatro linhas, em alguns momentos já saíram. A gente espera que volte para a normalidade. Ninguém quer uma rutura. Uma rutura tem problemas internos e externos”, avaliou o chefe de Estado durante a entrevista que concedeu hoje.
O Presidente do Brasil reforçou que para o próximo dia 7 de setembro estão previstos, por todo o país, atos em defesa da “democracia, liberdade e contra a interferência de alguns magistrados na seara de outro Poder”.
Bolsonaro não confirmou, porém, se participará nas manifestações.
“Temos de ouvir o povo, a voz do povo que tem que dar o norte para nós. Não podem alguns poucos juízes, algumas poucas autoridades, se tornarem donos do mundo, donos da verdade”, afirmou.
https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-dados-falsos-mortes-425497