sexta-feira, 8 de abril de 2022

Anonymous publicam milhares de documentos secretos do Banco Central da Rússia !


Além de ter divulgado 28 gigabytes de documentos, o grupo de hackers avisou o Presidente russo, Vladimir Putin, que todos os seus segredos serão revelados.

O grupo de hackers Anonymous revelou, este sábado, que publicou 28 gigabytes de documentos que obteve depois de penetrar no sistema de segurança informático do Banco Central da Rússia.

Em conjunto com os 28 gigabytes de documentos, o grupo de hackers advertiu o Presidente russo, Vladimir Putin, num vídeo divulgado, em que diz que todos os seus segredos serão revelados.

“A extorsão de documentos do Banco Central da Rússia (28 gigabytes) foi difundida pelo Anonymous”, escreveu o grupo no Twitter, indicando que espalhou os documentos por vários pontos da internet e que, caso os links sejam censurados, partilhá-los-á noutros novos pontos da internet.

No vídeo, os hackers afirmam que o Presidente russo é “mentiroso, ditador, criminoso de guerra e assassino de crianças”.

Até agora, milhares de civis inocentes morreram, centenas de milhares foram deslocados, hospitais, escolas e abrigos foram bombardeados, crianças perderam as suas famílias e as famílias perderam seus filhos, devido à decisão de Putin ter desencadeado uma “operação especial” na Ucrânia, como o Kremlin a qualifica.

“Vladimir Putin, nenhum segredo é seguro, estamos em todos os lados: no seu palácio, onde come, na sua mesa, no seu quarto”, adverte um pirata informático usando a típica máscara do Anonymous.

E prossegue: “Agora partilhamos milhares de documentos pertencentes ao Banco Central da Rússia”.

Entre os documentos, afirma ainda o pirata informático, estão acordos, correspondência, transferências de dinheiro, segredos comerciais dos oligarcas russos, relatórios económicos que “Putin esconde do público“, diz.

Além disso, constam também “acordos comerciais que Putin assinou com outros países, declarações, informações dos seus apoiantes com cadastro, videoconferências [do presidente russo] e os programas usados” por Putin, revela o hacker pertencente ao Anonymous.

Desde o arranque desta ciberguerra contra o regime de Putin, os Anonymous alegam que já atacaram “2500 sites dos Governos russo e bielorrusso”, bem como “sites de notícias, bancos, hospitais, aeroportos, empresas e grupos de hackers pró-russos”. Tudo pelo “apoio à Ucrânia”, sublinham.

https://zap.aeiou.pt/anonymous-publicam-documentos-russia-469861

 

Professores russos têm cartilha para justificar a guerra às crianças !


O Ministério da Educação russo deu aos professores ordens para dar aulas, seguindo uma metodologia fornecida, para justificar a invasão à Ucrânia.

Aulas de propaganda que procuram justificar a necessidade da invasão à Ucrânia começaram na segunda-feira na Rússia, escreve o portal The Insider. É pedido aos professores que lecionem aulas quem expliquem às crianças porque é que as autoridades russas estão a realizar uma “operação militar especial” na Ucrânia.

Foram enviados para as escolas dois tipos de apresentações pelo Ministério da Educação russo: uma para jovens e outra para crianças.

Antes destas aulas de propaganda, os professores foram instruídos sobre materiais e orientações metodológicas que devem usar nas suas apresentações.

No dia 28 de fevereiro, Maria Zakharova, diretora do departamento de informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, falou em videoconferência durante uma hora e meia com os professores sobre a sua posição relativamente à Ucrânia.

Zakharova disse aos professores que estes estão “na vanguarda desta guerra de informação” e depois foram avisados de que teriam que discutir a Ucrânia com os alunos como parte das suas aulas de história num futuro próximo, “com o nosso apoio metodológico”.

A governante russa referiu-se à guerra como uma “operação de desmilitarização e manutenção da paz” em Donetsk e Luhansk.

Zakharova sugeriu ainda que os atuais acontecimentos, aos quais as próximas aulas devem ser dedicadas, “começaram há muito tempo, quando as pessoas foram forçadas a jurar fidelidade a [Stepan] Bandera”.

Segundos professores ouvidos pelo The Insider, apenas um docente questionou a necessidade de transmitir estas informações às crianças e jovens.

Numa das cartilhas enviadas, os professores são incitados a responder à pergunta: “Há realmente uma guerra a acontecer na Ucrânia?”. A resposta deverá ser: “Sim, está a acontecer há oito anos, a Ucrânia está a travá-la contra os seus próprios cidadãos que vivem em Donbass”.

Além disso, os professores terão que dizer às crianças, em conversas privadas, que o objetivo da invasão da Ucrânia é “o estabelecimento da paz”.

“No dia 1 de março, que eu saiba, houve outra reunião, à qual não participei. Como resultado disso, todos nós temos que conversar com as crianças e explicar a posição do país em conversas privadas. Quanto às aulas baseadas na metodologia, agora serão realizadas apenas nas escolas que anteriormente recebiam os pedidos”, disse um professor russo sob anonimato.

Em algumas escolas, foi até solicitado aos professores que gravassem secretamente as suas conversas privadas com os alunos.

“Se vou ter estas conversas, vou fazê-lo com um tom neutro, porque vou ter que falar com crianças que em breve farão 17 anos, e dentro de um ano podem encontrar-se em vagões a viajar para oeste, e eu não gostaria de estar envolvido nisso”, disse um professor ao The Insider.

https://zap.aeiou.pt/professores-russos-cartilha-guerra-469740

 

FBI tem anúncios “geo-direcionados” para espiões russos descontentes !

FBI / wikimedia
A última operação de contra-espionagem do FBI contra a Rússia dificilmente é discreta — basta estar no sítio certo.

Na sequência da invasão do Presidente russo Vladimir Putin à Ucrânia, o FBI intensificou os seus esforços de recrutamento nos EUA, com o objetivo de atrair russos insatisfeitos ou desiludidos com a guerra.

As pessoas que estão muito próximas da embaixada russa em Washington podem ver os anúncios, que aparecem em russo, no Facebook, Twitter, e Google.

Um jornalista do The Washington Post afirmou que lhe apareceu um anúncio no Facebook enquanto estava ao lado da embaixada russa na Avenida Wisconsin, mas deixou de apareceu no seu feed quando atravessou a rua.

“É uma brilhante estratégia de recrutamento porque penso que há provavelmente muita gente dentro do governo russo que está insatisfeita com a guerra de Putin, e por isso é uma grande oportunidade para ver se alguma dessas pessoas nos poderia ajudar a compreender melhor as intenções de Putin”, sublinhou um antigo agente de contra-informação do FBI.

O anúncio do FBI no Facebook

Muitas plataformas de publicidade permitem aos anunciantes visar anúncios com base na localização. As localizações podem ser tão amplas como um país ou região ou tão pequenas como um raio definido pelo utilizador.

Para anúncios do Facebook, o mínimo é uma milha, embora seja possível encurtar ainda mais, excluindo certos locais através de códigos ZIP ou bairros específicos.

O anúncio no Facebook que aparece na Embaixada Russa mostra Sergey Naryshkin, diretor do Serviço de Informações Externas da Rússia de pé, num auditório ao lado de Putin, com um aspeto austero.

O texto na imagem cita Putin, dizendo: “Fala claramente, Sergey Yevgenyevich”. O anúncio recorda uma série de momentos tensos de uma das reuniões televisivas de Putin no período que antecedeu a guerra, durante os quais ele interrompeu repetidamente Naryshkin e o pressionou a “falar claramente” quando o chefe espião se engasgou com as palavras. No fundo da imagem, o FBI escreveu: “Fala claramente… estamos prontos a ouvir”.

Na parte de cima do anúncio, o FBI pede aos leitores que contactem a agência: “A informação fornecida ao FBI pelo público é o meio mais eficaz de combater as ameaças. Se tiver informações que possam ajudar o FBI, por favor contacte-nos“.

Os anúncios terão provavelmente funcionários de contra-espionagem russos a trabalhar horas extraordinárias para determinar se algum dos espiões ou diplomatas da Rússia visitou o site ou o gabinete do FBI.

https://zap.aeiou.pt/fbi-tem-anuncios-geo-direcionados-para-espioes-russos-descontentes-469800

 

Satélite mostra que a plataforma de gelo Conger colapsou completamente !

Uma das frentes do Thwaites, o "glaciar do juizo final".
Cientista da NASA diz que o colapso completo de uma plataforma de gelo do tamanho de Roma com temperaturas invulgarmente elevadas é “sinal do que pode estar para vir”.

Uma plataforma de gelo do tamanho de Roma desmoronou-se completamente na Antártida Oriental dentro de dias, de acordo com dados de satélite, depois de registarem temperaturas elevadas, segundo o The Guardian.

A plataforma de gelo Conger, que tinha uma superfície aproximada de 1.200 km2, desmoronou-se a 15 de março, alertaram os cientistas esta sexta-feira.

A Antártida Oriental sofreu temperaturas invulgarmente elevadas na semana passada, com a estação Concordia a atingir uma temperatura recorde de -11,8ºC a 18 de março, mais de 40ºC mais quente do que as normas sazonais.

As plataformas de gelo são extensões de placas de gelo que flutuam sobre o oceano, desempenhando um papel importante na contenção do gelo interior. Sem elas, o gelo interior flui mais rapidamente para o oceano, resultando na subida do nível do mar.

Catherine Colello Walker, cientista terrestre e planetária da NASA e do Instituto Oceanográfico Woods Hole, disse que embora a plataforma de gelo Conger fosse relativamente pequena, “é um dos eventos de colapso mais significativos em qualquer parte da Antártida desde o início dos anos 2000, quando a plataforma de gelo Larsen B se desintegrou”.

“Não terá efeitos devastadores, muito provavelmente, mas é um sinal do que poderá estar para vir”, disse Walker.

A plataforma de gelo Conger tem vindo a diminuir desde meados dos anos 2000, mas apenas gradualmente até ao início de 2020, disse Walker.

A 4 de março deste ano, a plataforma de gelo parecia ter perdido mais de metade da sua superfície em comparação com as medições de janeiro.

Peter Neff, glaciólogo e professor assistente de investigação na Universidade do Minnesota, disse que ver mesmo uma pequena plataforma de gelo cair na Antártida Oriental era uma surpresa.

“Continuamos a tratar a Antártida Oriental como este enorme, alto, seco, frio e imutável cubo de gelo”, disse o docente.

“O entendimento atual sugere em grande parte que não é possível obter as mesmas taxas rápidas de perda de gelo [como na Antártida Ocidental] devido à geometria do gelo e do leito rochoso ali”, acrescentou.

“Este colapso, especialmente se ligado ao calor extremo trazido pelo evento atmosférico do rio em meados de março, conduzirá a investigações adicionais sobre estes processos na região”, alerta também.

Dados de satélite da missão Copernicus Sentinel-1 mostraram que o movimento da plataforma de gelo começou entre 5 e 7 de março, explicou Neff.

“Grande parte da Antártida Oriental é retida por plataformas de gelo de contração, pelo que precisamos de vigiar todas as plataformas de gelo existentes”, explicou Helen Amanda Fricker, professora de glaciologia no Centro Polar Scripps.

“As plataformas de gelo perdem massa como parte do seu comportamento natural, mas o colapso em grande escala de uma plataforma de gelo é um acontecimento bastante invulgar“, concluiu Andrew Mackintosh, da Universidade Monash .

https://zap.aeiou.pt/satelite-mostra-que-a-plataforma-de-gelo-conger-colapsou-completamente-469805

 

quarta-feira, 6 de abril de 2022

Oligarcas russos estão a planear assassinato de Putin e já têm um substituto a postos, acusa a Ucrânia !


Os oligarcas estarão descontentes com a decisão de Putin de continuar com a guerra face às sanções de que têm sido alvo, desejando restabelecer as trocas comerciais com o Ocidente.

Perante o impacto da guerra nas suas finanças pessoais devido às sanções impostas à Rússia e aos mais próximos de Putin, um grupo de oligarcas russos tem alegadamente um plano para “eliminar” o Presidente.

As informações são avançadas pelos serviços de inteligência da Ucrânia, que afirmam que há membros da elite russa que não estão contentes com as decisões de Putin e se opõem à continuação da guerra, defendendo o seu fim e o restabelecimento das trocas comerciais com o Ocidente “o mais cedo possível”.

Face à intransigência de Putin e os aparentes impasses no terreno com a resistência ucraniana a surpreender as forças russas, a página do Facebook das autoridades de Kiev afirma que os oligarcas estão a planear assassinar o líder russo, através de um “envenenamento”, “acidente”, “doença súbita” ou até uma “coincidência”.

Alexander Bortnikov é o favorito para suceder a Putin, segundo a Ucrânia. Bortnikov é actualmente o director da FSB, a agência de inteligência Rússia que sucedeu à agência soviética KGB.

A inteligência ucraniana refere ainda que Bortnikov entrou em discórdia com Putin recentemente. “A razão oficial para a desgraça do líder da FSB — erros fatais na guerra contra a Ucrânia. Foi Bortnikov e o seu departamento que foram responsáveis por analisarem a disposição da população ucraniana e a capacidade do exército ucraniano”, afirma.

Na quarta-feira, Petre Aven, dirigente do maior banco comercial russo, reuniu-se com Alexander Mashkevich, um oligarca bilionário que tem vários negócios na Rússia, em Moscovo. A Ucrânia avança que estes dois magnatas estão “extremamente irritados com a política de Vladimir Putin” e que fazem parte da conspiração para o eliminar.

Não se sabe se estiveram outras personalidades da elite russa na reunião, que terá servido para se discutir qual a melhor forma de se “influenciar” Putin. No entanto, o encontro não terá dado frutos porque o Presidente russo estará “completamente isolado” e terá suspeitas sobre os oligarcas do seu círculo.

Em última caso, poderá haver um “pagamento” para “eliminar fisicamente” o chefe de Estado da Rússia.

https://zap.aeiou.pt/oligarcas-assassinato-putin-substituto-469373

 

Guerra do gás - Entre ameaças de Putin, Biden desenha com a UE o plano perfeito para os EUA !


As sanções impostas à Rússia por causa da guerra na Ucrânia estão a alimentar uma outra guerra, de tipo diplomático e comercial, em torno do gás natural. E o presidente dos EUA, Joe Biden, está a aproveitar o momento para “roubar” à Rússia o domínio sobre as exportações de gás natural para a Europa.

Biden e a União Europeia (UE) preparam-se para anunciar, nesta semana, um grande plano para redireccionar gás liquefeito dos EUA para a Europa. Esse cenário poderá permitir a imposição de novas sanções à Rússia, nomeadamente para atingir as importações deste combustível, o que seria um golpe fatal para as finanças do Governo de Vladimir Putin.

A UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, o que faz com que seja difícil para muitos países europeus imporem sanções ao regime de Putin no domínio da energia.

Entretanto, Putin já avisou que só vai aceitar o pagamento em rublos de países “inimigos”, ou seja, daqueles que impuserem sanções à Rússia. E esse é mais um motivo de preocupação que acresce à instabilidade que reina em plena crise energética.

No meio deste turbilhão de incertezas, os líderes europeus têm estudado como podem reduzir a dependência do gás russo. Ora, os EUA oferecem-se para ser parte importante da solução.

A Casa Branca e a União Europeia (UE) estarão “perto de um acordo” com vista ao fornecimento de gás dos EUA para a Europa, como avança a agência Bloomberg.

O Conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, anuncia que esse acordo deve ser anunciado nesta sexta-feira, como cita a mesma agência. Uma outra fonte refere à Bloomberg que os planos passam por “garantir o fornecimento de gás natural americano e de hidrogénio para a Europa”.
“Ponto final” na dependência europeia do gás russo

Sullivan define que está em causa colocar um “ponto final” à dependência europeia do gás russo, notando que Biden e os líderes europeus estão a definir “o roteiro prático de como fazer isso”, incluindo as “medidas” a tomar, como “os EUA podem contribuir” e “o que a Europa tem que fazer”.

“Tem sido um assunto de intensas idas e voltas ao longo dos últimos dias e semanas”, nota ainda Sullivan, prometendo novidades para esta sexta-feira.

“Pode-se esperar que os EUA procurem maneiras de aumentar o fornecimento de GNL [gás natural liqueifeito] para a Europa, não apenas ao longo dos anos, mas também ao longo dos meses”, refere ainda o Conselheiro de Biden.

Mas, para já, não se sabe como é que isso vai ser concretizado e é provável que Biden não consiga comprometer-se com o fornecimento de quantidades específicas de gás. Também não é certo se o acordo com a UE incluirá referências a preços.

Além disso, questiona-se também se os EUA terão capacidade para responder às necessidades europeias. Antes da viagem para a Europa, assessores de Biden reuniram-se com responsáveis de várias empresas petrolíferas nos EUA, incluindo da Exxon Mobil e da Marathon Petroleum, como revela a Bloomberg.

Esses encontros terão servido para avaliar se as petrolíferas norte-americanas estarão preparados para aumentar a produção. Mas também terá sido discutida “a possibilidade de compensar os déficits de produção se a UE decidir juntar-se aos EUA na proibição das importações de petróleo russo“, aponta a Bloomberg.

A concretização desta sanção seria uma forma de isolar ainda mais o regime de Putin do mundo, e seria também um choque financeiro fatal para as finanças da Rússia numa altura em que o país já sente a crise financeira.

Por outro lado, será também uma vitória comercial de Biden contra o tradicional inimigo, desviando uma importante exportação russa para os EUA. E será um óptimo indicador para fortalecer a popularidade do líder norte-americano.

No fim de contas, pode ser o plano perfeito para os EUA, pelo impulso económico que pode garantir para os próximos anos e pela forma como também pode enfraquecer a Rússia, o eterno inimigo.

Bruxelas quer UE com 80% de gás armazenado

A Comissão Europeia (CE) pretende implementar a obrigação mínima de 80% de armazenamento de gás na UE para o próximo Inverno, até início de novembro, para garantir o fornecimento energético. Essa percentagem deverá chegar aos 90% nos anos seguintes.

Esta é a resposta de Bruxelas “às preocupações sobre a continuação dos preços elevados da energia” no espaço comunitário numa altura em que os preços da luz e do gás batem máximos também ‘puxados’ pelas tensões da guerra da Ucrânia.

Os 18 dos 27 Estados-membros que têm instalações subterrâneas de gás devem, assim, assegurar o preenchimento até pelo menos 80% da capacidade até 1 de Novembro de 2022, aumentando para 90% nos anos seguintes, com objetivos intermédios de Fevereiro a Outubro.

Há duas semanas, a CE propôs a eliminação progressiva da dependência de combustíveis fósseis da Rússia antes de 2030, com aposta no gás natural liquefeito (GNL) e nas energias renováveis, estimando reduzir, até final do ano, dois terços de importações de gás russo.

Na altura, o executivo comunitário defendeu ainda a conclusão do mercado interno da energia e a aposta em projectos transfronteiriços, como “as ligações essenciais” entre Portugal, Espanha e França e entre a Bulgária e a Grécia.
UE discute como responder à exigência de Putin

A Alemanha critica, entretanto, o anúncio feito por Putin de que Moscovo deixará de aceitar pagamentos em dólares ou euros pelo fornecimento de gás à UE.

Tal exigência “constitui uma ruptura de contrato”, declara o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, numa conferência de imprensa em Berlim, anunciando que os parceiros europeus vão discutir “a forma de responder a esta exigência”.

Putin deu uma semana às autoridades russas para organizarem o novo sistema de pagamento em rublos depois de ter anunciado que a Rússia não aceitará mais pagamentos em dólares ou euros pelo fornecimento de gás à UE.

O presidente russo explicou que se tratava de uma reação ao congelamento de bens da Rússia no Ocidente por causa da sua ofensiva na Ucrânia.

A Alemanha está particularmente dependente do gás russo, que representa cerca de 55% das suas importações de gás. O país está a tentar reduzir rapidamente a sua dependência obtendo outros fornecedores.

Além de acelerar a construção de terminais de GNL, o Governo alemão também assinou um acordo com o Qatar, grande exportador desta matéria-prima, para um “abastecimento a longo prazo”.

https://zap.aeiou.pt/guerra-gas-putin-biden-ue-469374

Anonymous atacaram o Banco Central da Rússia e prometem revelar acordos secretos !


O grupo de hackers Anonymous assegura que conseguiu entrar no sistema informático do Banco Central da Rússia (BCR) e ameaça divulgar “mais de 35 mil ficheiros” com “acordos secretos” nas próximas 48 horas.

A divulgação foi feita no Twitter e a informação ainda não foi oficialmente confirmada, nem se sabe que tipo de ficheiros podem estar em causa.

Este dado surge depois de rumores de que a Governadora do BCR, Elvira Nabiullina, terá tentado demitir-se do cargo no âmbito da invasão da Ucrânia. Vladimir Putin, presidente da Rússia, não terá aceite essa demissão, segundo as especulações.

O BCR foi forçado a tomar medidas drásticas, como aumentar significativamente as taxas de juro e impor controles de capital, para evitar a saída de dinheiro numa altura em que o rublo está altamente desvalorizado

Depois da invasão da Ucrânia, o Anonymous declarou “guerra electrónica” ao “regime criminoso do Kremlin”, começando a atacar vários sites governamentais russos. Mas o grupo de hackers também tem visado a Bielorrússia que é aliada de Putin.

Além disso, o grupo tem levado a cabo ataques contra empresas multinacionais que continuam a operar na Rússia, como são os casos da Auchan, da Leroy Merlin e da Decathlon.

Nesta semana, o grupo de hackers anunciou ter acedido a impressoras não seguras, por toda a Rússia, para imprimir “mensagens anti-propaganda sobre a guerra” na Ucrânia, alegando que foram feitas “mais de 100 mil cópias”.

Desde o arranque desta ciberguerra contra o regime de Putin, os Anonymous alegam que já atacaram “2500 sites dos Governos russo e bielorrusso”, bem como “sites de notícias, bancos, hospitais, aeroportos, empresas e grupos de hackers pró-russos”. Tudo pelo “apoio à Ucrânia”, sublinham.

https://zap.aeiou.pt/anonymous-banco-central-russia-469364

 

Suspeito da invasão ao Capitólio e procurado pelo FBI recebe asilo na Bielorrússia !


Um suspeito do motim no Capitólio, acusado de atacar a polícia durante a insurreição, e procurado pelo FBI, recebeu asilo na Bielorrússia, segundo a imprensa local.

“O cidadão americano Evan Neumann recebeu o estatuto de refugiado na Bielorússia. O documento foi-lhe entregue hoje no Departamento de Cidadania e Migração da Direção de Assuntos Internos do Comité Executivo Regional de Brest”, lê-se numa declaração partilhada pela agência noticiosa estatal bielorrussa BelTA.

“Sinto-me seguro na Bielorrússia. É calmo, eu gosto de estar neste país”, referiu Neumann, segundo o The Daily Beast.

“Hoje estou com sentimentos mistos. Estou contente pela Bielorrússia ter tomado conta de mim. Estou chateado por ter acabado nesta situação, por no meu país natal existirem tais problemas”, acrescentou o suspeito. 

Neumann vendeu a sua casa na Califórnia e fugiu dos Estados Unidos em agosto de 2021, para reaparecer na Bielorrússia em novembro segundo o Insider.

Defendeu a sua fuga para a Bielorússia, afirmando que tinha medo de ser torturado pelo sistema judicial dos Estados Unidos.

“Não tenho esperança no sistema de justiça dos EUA neste momento. Não sou suficientemente forte para resistir à tortura”, contou Neumann, numa emissão da ATN, um órgão de comunicação estatal bielorrusso.

Evan Neumann está na lista dos mais procurados do FBI e enfrenta seis acusações, incluindo agressão a oficiais, obstrução à lei, entrada no Capitólio sem autorização, e conduta violenta, de acordo com documentos de um tribunal federal de Washington.

https://zap.aeiou.pt/suspeito-da-invasao-ao-capitolio-e-procurado-pelo-fbi-recebe-asilo-na-bielorrussia-469225

 

Rússia admite usar armas nucleares na Ucrânia em caso de “ameaça existencial” !

O Presidente russo, Vladimir Putin.

Moscovo apenas vai usar armas nucleares na Ucrânia no caso de uma “ameaça existencial” contra a Rússia, disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, numa entrevista à CNN Internacional.

“Temos uma doutrina de segurança interna. É pública. Pode ler lá todas as razões para o uso de armas nucleares. E se é uma ameaça existencial ao nosso país, então podem ser usadas no âmbito da nossa doutrina”, afirmou.

A jornalista da CNN Internacional Christiane Amanpour pediu a Dmitry Peskov que dissesse se estava “confiante” ou “convencido” de que o Presidente russo, Vladimir Putin, de quem é muito próximo, não usaria armas nucleares em território ucraniano.

Peskov disse que Putin ainda não atingiu nenhum dos seus objetivos militares na Ucrânia, mas realçou que a “operação militar especial” está a seguir “exatamente de acordo com os planos e os propósitos que foram estabelecidos de antemão”.

“Não foi Putin que arruinou os acordos de Minsk, foi o lado ucraniano”, atirou Peskov.

O Exército russo encontrou uma resistência inesperada das forças de segurança ucranianas desde o início da guerra.

De acordo com o Pentágono, o Exército da Ucrânia, que detém o controlo dos grandes centros urbanos, esteve mesmo em condições nos últimos dias de levar a cabo algumas contra-ofensivas que lhe permitiram, em particular no sul, recuperar terreno às tropas russas.

Especialistas militares acreditam que o Exército russo está a sofrer de problemas logísticos e de comunicação.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo mais de 180 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,53 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/russia-admite-usar-armas-nucleares-469027
 

domingo, 3 de abril de 2022

Desastres naturais mataram 134 pessoas em Moçambique desde outubro !


Pelo menos 134 pessoas morreram e mais de 760 mil foram afetadas por desastres naturais na atual época das chuvas em Moçambique, segundo o mais recente relatório do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique.

O maior número de óbitos foi registado em Nampula (62), seguida da Zambézia (42) e Tete (10), no norte e centro de Moçambique, algumas das províncias mais afetadas por tempestades tropicais e pelo ciclone Gombe, entre 11 e 19 de março, e pela tempestade Ana, em janeiro.

Segundo o INGD, o desabamento de paredes, arrastamento pelas águas, relâmpagos, incêndios e queimadas descontroladas, queda de árvores e eletrocussão, estão entre as principais causas das mortes.

Do total de 762.523 pessoas afetadas, que correspondem a 151.331 famílias, 333 ficaram feridas, em consequência das intempéries que se registam em Moçambique desde outubro.

A atual época das chuvas causou ainda a destruição parcial e total de 135.860 casas e inundação de outras 26.231, além de destruir também 3.843 salas de aulas de construção precária e convencional, afetando 468.116 alunos, 8.304 professores e 1.700 escolas.

Segundo as autoridades, o mau tempo afetou ainda 103 unidades hospitalares, danificou 2.965 postes de energia, 644 casas de culto, 6.300 quilómetros de estrada, 19 pontes, entre outras infraestruturas.

As regiões norte e centro de Moçambique estiveram, entre 11 e 19 de março, sob chuvas intensas causadas pelo ciclone Gombe e pela depressão tropical que lhe sucedeu.

O ciclone Gombe provocou 59 mortos e 82 feridos, sobretudo na província de Nampula, a norte, em muitos casos devido ao desabamento de casas construídas com material tradicional (argila e caniço), segundo dados oficiais.

Moçambique enfrenta anualmente várias tempestades durante a época ciclónica e chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

https://zap.aeiou.pt/desastres-naturais-mataram-134-pessoas-desde-outubro-em-mocambique-468964

 

Soldados ucranianos desenterram corpos de combatentes russos para os trocarem por reféns !


Os soldados ucranianos retiram os corpos dos combatentes russos de valas comuns para os oferecerem como troca em negociações pela libertação de colegas que tenham sido capturados pelas forças de Moscovo.

As forças da Ucrânia estão a desenterrar os corpos de soldados russos sepultados em valas comuns em Kiev para os devolverem à Rússia como moeda de troca por combatentes ucranianos que tenham sido capturados e ainda estejam vivos, após os confrontos em Rusaniv, no leste da capital do país, segundo o The Kyiv Independent.

A reportagem do jornal acompanhou um grupo de soldados ucranianos a desenterrar os cadáveres de seis combatentes russos que morreram em combate de valas comuns para poderem exigir a libertação de dois colegas do exército ucraniano que são reféns como troca.

A reportagem nota que o cheiro libertado indica que os corpos já se estavam a decompor. Os cadáveres são desenterrados aleatoriamente e sem poderem ser identificados, já que não há documentos que os identifiquem.

Os russos alegadamente deixam para trás todos os documentos ou objetos que possam revelar a identidade dos soldados de propósito. Nos combates em que os ucranianos vencem, as tropas vão depois vasculhar os veículos russos em busca destes objetos.

Os trabalhadores dos serviços de emergência da Ucrânia na margem do rio Trubizh também estão empenhados neste esforço. Nem Kiev nem Moscovo revelaram alguma vez ter conhecimento destas trocas que os soldados dos exércitos adversários fazem no terreno e os números oficiais do Governo ucraniano avançam que já 15 mil russos morreram na guerra.

https://zap.aeiou.pt/ucranianos-desenterram-russos-refens-468845

 

Rússia prepara ciberataques nos EUA !


Presidente considera que os EUA estão num momento crítico para acelerar a melhoria da sua cibersegurança.

Joe Biden deixou um aviso ao seu país, sobretudo a quem está ligado ao mundo dos computadores: “Este é um momento crítico para acelerar o nosso trabalho de melhorar a nossa cibersegurança e de reforçar a nossa resiliência nacional”.

O início do comunicado recorda que foi o próprio presidente dos Estados Unidos da América que já avisou que a Rússia poderia ser responsável por “conduta maliciosa” no mundo da ciberactividade, contra os EUA.

Agora a resposta russa às sanções económicas parece estar mais próxima: “Hoje, o meu governo reitera esses avisos. Temos a indicação de que o Governo russo está a explorar opções para possíveis ataques cibernéticos”.

“Faz parte do manual da Rússia”, continuou Biden, que assegurou que a Casa Branca está constantemente a fortalecer as defesas nacionais nesse sector, com medidas abrangentes de segurança cibernética no Governo Federal e nos sectores de infraestrutura crítica

“A minha administração continuará a usar todas as ferramentas para impedir, interromper e, se necessário, responder a ataques cibernéticos contra infraestruturas críticas dos EUA”, avisou o presidente, que assim já admite que os EUA também poderão ser responsáveis por ciberataques em organizações ou instituições russas.

Mas o Governo Federal não pode se defender sozinho dessa ameaça”, apelou Biden, que assim espera colaboração do sector privado, que também deve “acelerar os esforços para trancar as suas portas digitais”.

E devem fazê-lo “imediatamente”, avisou.

https://zap.aeiou.pt/russia-prepara-ciberataques-nos-eua-468771

 

Zelenskyy: “Se diálogos com Putin falharem, vem aí a III Guerra Mundial” !!!


Há dois anos que o presidente da Ucrânia está preparado para negociar com o presidente da Rússia. Só essas negociações poderão encerrar a guerra.

Volodymyr Zelenskyy voltou a dizer que está pronto para conversar com Vladimir Putin, para tentar acabar com a guerra na Ucrânia: “Estou preparado para negociar com ele. Estou preparado há dois anos. Penso que sem essas negociações não podemos acabar com esta guerra”.

“Se temos apenas 1% de chance de acabar com esta guerra, penso que temos de a aproveitar. Temos de fazer isso. Em todo o caso, estamos diariamente a perder pessoas, pessoas inocentes”, lembrou o presidente da Ucrânia, em entrevista à CNN.

Zelenskyy acredita que os líderes deverão recorrer “a qualquer formato, a qualquer oportunidade”, para conseguirem falar e tentarem antecipar o final do conflito: “Se estas tentativas falharem, isso significará que estamos perante a Terceira Guerra Mundial”.

O presidente ucraniano considera que a Rússia chegou à Ucrânia para realizar um “extermínio”. O povo e o exército ucranianos demonstraram a sua “dignidade, ao serem capazes de desferir um golpe poderoso, de responder. Mas, infelizmente, a nossa dignidade não vai preservar vidas”, lamentou.

Volodymyr Zelenskyy tem prioridades para as negociações com vista à paz: fim da guerra, garantias de segurança, soberania, restauro da integridade territorial, verdadeiras garantias para a Ucrânia país e protecção efectiva para a Ucrânia.

A Rússia exige dois reconhecimentos que o chefe de Estado ucraniano não aceita: a independência das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk e a soberania da Rússia sobre a Crimeia: “Há compromissos que não podemos fazer enquanto estado independente. Os ucranianos falaram, não receberam os soldados russos com flores, mas sim com coragem e armas nas mãos”.

Se a Ucrânia estivesse ligada à NATO, a guerra nem teria começado, de acordo com o seu líder: “Se os membros da NATO estão preparados para nos ver na Aliança, então que o façam imediatamente pois há pessoas a morrer diariamente. Mas se não estão preparados para preservar as vidas do nosso povo, se nos querem ver entre dois mundos, não nos podem pôr nesta posição, não nos podem forçar a estar neste limbo”.

Na semana passada, Zelenskyy admitiu que a Ucrânia não será membro da NATO em breve.

Volodymyr Zelenskyy confessou ainda que, a nível familiar, não há dúvidas: os seus dois filhos sabem que está a decorrer uma guerra. “Não sei se isso (eles saberem) é bom ou mau. Não lhes expliquei o que está acontecer. Eles é que me disseram que há uma guerra a decorrer na Ucrânia. Nos dois primeiros dias, não conversámos sobre isso. Eles não fizeram perguntas. Eles próprios estavam a pensar no assunto”.

“Felizmente, não temos de lhes explicar, eles têm acesso a vídeos e a notícias. Eu faço com que eles tenham acesso aos vídeos. Acho que as minhas crianças não devem ser proibidas de ver qualquer tipo de vídeo do que a Rússia fez. O meu filho tem que estar ciente disso porque, enquanto o meu filho estiver vivo, há algum membro do exército ucraniano que está a morrer por ele.

https://zap.aeiou.pt/zelenskyy-putin-iii-guerra-mundial-468496

 

Europânico - UE vai reforçar compras de comprimidos de iodeto de potássio e de fatos de proteção nuclear !


Vários eurodeputados lembram como o mundo foi apanhado desprevenido pela covid-19 e acreditam que não podemos cometer o mesmo erro perante a ameaça da guerra na Ucrânia escalar até ser um conflito nuclear.

Segundo avança o Financial Times, fontes da Comissão Europeia está a encorajar os estados-membros a reforçarem a compra de comprimidos de iodeto de potássio e de fatos protetores para a eventualidade de um ataque nuclear.

“A Comissão Europeia está a trabalhar para assegurar que reforça a sua preparação na área das ameaças química, biológica, radiológica e nuclear, antes ainda da guerra na Ucrânia”, afirmou um porta-voz ao jornal britânico.

Vários estudos sugerem que a toma de iodeto de potássio previne a acumulação de iodo-131 — um isótopo radioativo que pode ser libertado com a explosão de bombas nucleares — na tiróide, tendo o medicamento um estatuto essencial para a Organização Mundial da Saúde.

Em 2011, as autoridades japonesas inclusivamente recomendaram à população que vivia nos arredores de Fukushima, onde houve o acidente com a central nuclear, que tomassem iodeto de potássio.

A União Europeia avançou com a criação da Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA) em Setembro, depois do mundo ter sido apanhado de surpresa pela pandemia de covid-19, que expôs a falta de preparação e a escassez de materiais de proteção individual.

Já vários eurodeputados apelaram a que esta autoridade recém-criada se prepare também para uma possível crise causada pela guerra na Ucrânia. “Precisamos de tirar fortes lições da covid. São necessárias medidas específicas para instalações nucleares. Nós não estamos prontos. Não temos stocks”, apelou Véronique Trillet-Lenoir, deputada francesa do partido En Marche, de Emmanuel Macron.

Com o início do conflito entre a Ucrânia e a Rússia e a ordem de Putin para que as forças nucleares estivessem em alerta máximo, os comprimidos deste medicamento, que só deve ser tomado perante uma recomendação médica, voaram das prateleiras das farmácias em países como a Bulgária ou a Bélgica e também em menor escala em Portugal.

O facto da Ucrânia ter várias centrais nucleares e das tropas russas já terem tomado a maior central da Europa, em Zaporizhzhia, também alimentou este medo generalizado e o pânico que levou às compras.

https://zap.aeiou.pt/ue-iodeto-potassio-protecao-nuclear-468546

 

sábado, 19 de março de 2022

Possível colisão com asteroide poderá ocorrer em 6 de maio de 2022 !

A Agência Aeroespacial dos EUA alertou que o asteroide 2009 JF1 pode colidir com a Terra em 6 de maio de 2022.

Possível colisão com asteroide poderá ocorrer em 6 de maio de 2022
Imagem meramente ilustrativa.

Como informado pelo material, a NASA descobriu um objeto potencialmente perigoso graças a um sistema Sentry especial que rastreia objetos espaciais com alta precisão e a probabilidade deles atingirem a Terra nos próximos 100 anos.

A NASA considerou o asteroide 2009 JF1 uma grande ameaça – ele é considerado o quinto mais perigoso em termos de tamanho, distância da Terra e velocidade de aproximação a ela.

Especialistas conseguiram estabelecer a data e hora exatas de uma possível colisão.

Espera-se que isso aconteça em 6 de maio de 2022 às 08h34, horário peninsular espanhol (06:34 GMT). A probabilidade deste evento não excede 0,026%.

O artigo diz que o asteroide 2009 JF1 não possui dimensões grandiosas, mas se move a uma velocidade muito alta – 23,92 quilômetros por segundo, quase o dobro da velocidade do asteroide mais perigoso existente, que deve cair na Terra em 2880.

https://www.ovnihoje.com/2022/03/16/possivel-colisao-com-asteroide-6-de-maio-de-2022/

 

NASA passa mês inteiro preparando-se para impacto catastrófico de asteroide !!!

Não foi confirmado ou negado se a NASA estava ou não executando a simulação porque sabe de uma ameaça de asteroide ativa, mas o mundo pode ficar mais feliz sabendo que os testes foram feitos.

NASA passa mês inteiro se preparando para impacto catastrófico de asteroide

A NASA contou como passou o último mês se preparando para um impacto de asteroide.

A confissão foi feita durante o Exercício de Mesa Interagências de Defesa Planetária – que é o quarto encontro de vários especialistas espaciais nos últimos anos, embora não tenha ficado claro se a organização está realmente preocupada com um impacto iminente.

Lindley Johnson, oficial de defesa planetária na sede da NASA, disse:

“Embora a NASA já tenha liderado e participado de cenários simulados de impacto de asteroides, este exercício específico marcou a primeira vez que uma simulação de ponta a ponta desse tipo de desastre foi estudada, para incluir desde a avaliação de um cenário a partir da descoberta da ameaça do impacto do asteroide, até os efeitos posteriores de seu impacto hipotético com a Terra.

Um impacto de asteroide em nosso planeta é potencialmente o único desastre natural que a humanidade é capaz de prever e prevenir com precisão.

A realização de exercícios dessa natureza permite que as partes interessadas do governo identifiquem e resolvam possíveis problemas antes que ações no mundo real para responder a uma ameaça real de impacto de asteroide sejam necessárias.”

Embora não haja ameaças previstas de impacto de asteroides ao nosso planeta no futuro próximo, este exercício – organizado pelo Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins em Laurel, Maryland – concentrou-se extensivamente na coordenação do governo federal e estadual dos Estados Unidos que seria necessária para responder a tais uma ameaça, caso uma seja descoberta.

Ao longo de dois dias, vários funcionários de agências governamentais trabalharam em um cenário hipotético detalhado no qual os astrônomos “descobrem” um asteroide simulado, designado 2022 TTX, que tem probabilidade de impactar a Terra seis meses após sua descoberta.

À medida que mais informações foram reveladas aos participantes do exercício através de uma série de módulos, ficou claro que o asteroide (simulado), grande o suficiente para causar danos regionais substanciais, realmente impactaria a Terra perto de Winston-Salem, estado da Carolina do Norte, nos EUA.

Detalhes específicos do asteroide, como seu tamanho, permaneceram altamente incertos até poucos dias antes do impacto simulado do asteroide.

A simulação imitou como a informação poderia se desdobrar no mundo real devido às limitações das capacidades atuais, incluindo a tecnologia de radar terrestre, que exige que um objeto esteja relativamente próximo da Terra para que as instalações atuais possam visualizá-lo e analisá-lo.

No entanto, não se sabe se a Terra foi ou não salva do asteroide imaginário.

https://www.ovnihoje.com/2022/03/13/nasa-se-preparando-para-impacto-asteroide/

 

Por que uma 'zona de exclusão aérea' na Ucrânia significaria o fim do mundo ... Literalmente !


Com bombardeiros russos causando destruição em cidades ucranianas, o apelo para estabelecer uma “zona de exclusão aérea” sobre o país pode parecer à primeira vista um acéfalo. Se a força aérea de Putin puder ser mantida fora dos céus, os ucranianos poderão ser poupados do terror da morte vinda de cima, certo?

A proposta de uma zona de exclusão aérea está recebendo muita atenção agora. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky está fazendo o lance para um cada vez que ele tem a atenção de políticos ocidentais. Muitas manifestações anti-guerra em todo o mundo apresentam cartazes e cartazes exigindo isso. Repórteres constantemente apimentam a Casa Branca com perguntas sobre por que não está se movendo para fechar os céus da Ucrânia.

E pesquisas de opinião mostram que 72% dos cidadãos norte-americanos — sem dúvida indignados com as baixas civis em lugares como Kherson e Mariupol transmitidos em suas televisões todos os dias — são a favor do aterramento de aviões russos.

Embora possa parecer uma coisa nobre de se fazer em abstrato, uma zona de exclusão aérea imposta pela OTAN sobre a Ucrânia é, na verdade, uma ideia muito, muito ruim. Isso quase garantiria o início da Terceira Guerra Mundial e a aniquilação nuclear da vida neste planeta.

O que é uma zona de exclusão aérea?

Muitos comentaristas de política externa e porta-vozes do governo ucraniano estão falando sobre uma zona de exclusão aérea como se fosse algo que pode ser declarado, como se fosse uma questão administrativa a ser decidida pelos estados ocidentais.

Zelensky tem sido direto em seus apelos para que o governo dos EUA interfira. Invocando estranhamente a memória do discurso "Eu tenho um sonho" do Dr. Martin Luther King Jr., o presidente ucraniano disse ao Congresso dos EUA na quarta-feira que sonhava em uma zona de exclusão aérea.

“É pedir muito, criar uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia para salvar as pessoas? É pedir demais, uma zona de exclusão aérea humanitária, [para] que a Rússia não seja capaz de aterrorizar nossas cidades livres?”

No dia anterior, falando com legisladores canadenses , Zelensky implorou: “Por favor, fechem o céu, fechem o espaço aéreo, por favor, pare o bombardeio…. Quantos mísseis de cruzeiro mais terão que cair em nossas cidades até que você faça isso acontecer?”

Zelensky teve praticamente todos os membros do Congresso aplaudindo de pé, com a presidente Nancy Pelosi aplaudindo o grito de guerra da direita, “Slava Ukraini!” Mas apenas um punhado de políticos norte-americanos parecia convencido da ideia de uma zona de exclusão aérea. O senador da Flórida Rick Scott foi um deles; ele disse que o presidente Joe Biden é “insensível e ignorante” se não “fechar os céus ucranianos para ataques russos”.

Zelensky quer nos fazer acreditar que Washington ou Ottawa podem simplesmente emitir uma declaração dizendo que os céus da Ucrânia estão fechados e então, como mágica, os militares russos interromperão seu ataque aéreo. O senador Scott diz que qualquer um que se oponha é ignorante. Mas são os defensores de uma zona de exclusão aérea que são os ignorantes.


A realidade é que impor uma zona de exclusão aérea significaria literalmente que aviões de guerra e mísseis da OTAN (que basicamente implica nos EUA) estariam derrubando aviões russos – militares americanos matando militares russos.

Isso significaria guerra — guerra imediata entre a Rússia e as 30 nações da aliança da OTAN dominada pelos EUA. E uma guerra entre a Rússia e os Estados Unidos poderia facilmente evoluir para um confronto nuclear total. A Rússia já colocou suas forças nucleares em alerta máximo antes da invasão da Ucrânia e alertou outros para ficarem de fora, e os mísseis dos EUA estão sempre prontos para serem lançados a qualquer momento.

Ninguém deve subestimar as consequências em jogo.

Uma guerra nuclear entre a Rússia e os Estados Unidos significaria centenas de milhões de pessoas mortas em poucas horas, ou mesmo minutos. Washington, Nova York, Los Angeles, Chicago, Moscou, São Petersburgo, Kiev, Londres, Paris, Berlim e tantas outras cidades seriam varridas do mapa. Em tal troca nuclear, provavelmente também seria difícil impedir que outras potências nucleares fossem arrastadas, então Pequim, Xangai, Taipei e várias metrópoles distantes da zona de guerra também poderiam ser vaporizadas.

Algumas vozes na mídia, bem cientes do risco de uma zona de exclusão aérea, estão dispostas a apostar o futuro da humanidade. Sam Bowman, editor da publicação Works in Progress e ex-diretor executivo do Adam Smith Institute, um think tank capitalista, escreveu no Twitter em 14 de março:

“Minha opinião é basicamente que vale a pena arriscar uma guerra nuclear por algumas coisas, como manter o máximo possível da Europa livre e independente da Rússia. Mas acho que é uma posição difícil de manter se você acha que a extinção da humanidade é tão ruim que evitá-la supera todo o resto.”

Deus salve o livre mercado, tudo o mais que se dane — assim segue a lógica aparentemente.

Felizmente, Biden, outros líderes da OTAN e a maioria no Congresso dos EUA reconhecem a realidade de que, se houver uma guerra nuclear, não haverá mais Europa, mercados livres, humanidade ou qualquer outra coisa – e assim eles continuam a resistir pede uma zona de exclusão aérea, até agora.

Quando muitas pessoas ouvem falar de uma zona de exclusão aérea, talvez tenham lembranças do Iraque na década de 1990 ou da guerra da Bósnia em meio à dissolução da Iugoslávia naquela mesma década. Deixando de lado a legalidade dessas guerras por enquanto, as situações nesses lugares não são comparáveis ​​ao que está acontecendo na Ucrânia agora. Nesses casos, os EUA tinham uma vantagem militar total em comparação com Saddam Hussein ou os sérvios bósnios.

Nenhum dos adversários dos EUA naqueles conflitos da década de 1990 poderia igualá-lo em armamento, e nenhum deles possuía capacidade nuclear. Se um avião iraquiano ou sérvio fosse abatido, ou vice-versa, se um avião americano fosse abatido, havia pouca probabilidade de que essas guerras ficassem automática e drasticamente fora de controle em outros países.

Destruição Mutuamente Assegurada

Em contraste, um confronto direto entre pilotos americanos e russos sobre a Ucrânia, ou a destruição de um bombardeiro russo por um míssil americano, imediatamente nos arrastaria para uma guerra muito mais ampla que ninguém poderia vencer.

Durante a Guerra Fria, tanto a URSS quanto os Estados Unidos reconheceram que ambos os países seriam destruídos se algum deles iniciasse uma guerra nuclear. Essa consciência foi chamada de MAD – Destruição Mutuamente Assegurada – e manteve o mundo seguro, embora tenha havido mais do que algumas ligações ao longo dos anos.

O presidente dos EUA Ronald Reagan e o líder soviético Mikhail Gorbachev se encontraram em 1985 e declararam ao mundo: “Uma guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve ser travada”. Esse princípio deve ser central para todas as discussões sobre uma zona de exclusão aérea no momento, e deve acabar com qualquer noção de que ela deve ser aplicada.

A invasão da Ucrânia pela Rússia, as pesadas baixas civis que está causando e a ordem de Putin de colocar as forças nucleares de seu país em alerta máximo tornaram este um momento perigoso. Mas os Estados Unidos também deram muitos passos provocativos que nos levaram a este precipício.

Em 2002, revertendo décadas de progresso no controle de armas nucleares, o presidente George W. Bush retirou os EUA do histórico Tratado de Mísseis Antibalísticos de 1972. Seu sucessor, Barack Obama, seguiu dois caminhos, negociando um Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo START) com a Rússia, ao mesmo tempo em que gastava bilhões atualizando as capacidades do arsenal nuclear dos EUA. Então, sob Donald Trump, os EUA deixaram o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) de 1987. Hoje, mísseis dos EUA são implantados na Polônia e na República Tcheca, não muito longe da fronteira russa.

O progresso que foi feito anteriormente para reduzir o perigo da guerra nuclear foi erodido. Esta é uma parte importante do contexto através do qual os pedidos de uma zona de exclusão aérea na Ucrânia devem ser avaliados. Muitas das barreiras para evitar a destruição nuclear global já foram removidas, então não podemos correr nenhum risco.

Negociações agora, não aniquilação nuclear

O povo da Ucrânia está agora no meio de um conflito entre grandes potências. Eles estão pagando o custo mais imediato dessa luta, com milhares perdendo suas vidas. O resto do globo também está agora sujeito ao risco de uma nova guerra mundial.

O imperialismo dos EUA, determinado a cercar a Rússia e consolidar seu domínio na Europa, ajudou a derrubar o governo da Ucrânia em um golpe em 2014 e agitou a perspectiva de que o país seria trazido para a aliança militar anti-Rússia da OTAN. O golpe fortaleceu a extrema direita na Ucrânia e ajudou a desencadear uma guerra civil no leste que durou mais de oito anos.

A camarilha dominante em torno de Putin certamente foi provocada por muitos anos de crescentes ameaças dos EUA à segurança russa, mas também tem sua própria agenda. Sonhos de um novo império russo que trará velhos súditos de volta ao domínio de Moscou e reverter as aberturas da era soviética para a autodeterminação nacional são uma motivação chave, a julgar pelo próprio discurso do presidente russo na véspera da invasão da Ucrânia.

A antiga Rússia czarista, antes da revolução comunista de 1917, era conhecida como a “prisão das nações”. É esse passado que Putin parece determinado a ressuscitar.

A Rússia deve interromper sua ofensiva e reconhecer o direito da Ucrânia de existir. As autoridades ucranianas devem iniciar um diálogo sério sobre as questões de neutralidade militar e resolução da guerra civil nas regiões de Donbass de Donetsk e Lugansk, incluindo o controle de elementos fascistas e neonazistas nas forças armadas. A OTAN deve se comprometer a não buscar expansão para a Ucrânia. E os EUA devem parar de encher a região de armas e tropas.

Para salvar o povo da Ucrânia e salvar o mundo de uma guerra global, a negociação é o único caminho realista à frente. Uma zona de exclusão aérea, por mais nobre que alguns possam achar que soa, não é a solução para os terrores que estão sendo lançados sobre os ucranianos. De fato, uma zona de exclusão aérea é a maneira mais rápida de garantir a extinção da Ucrânia – e do resto de nós – da face da Terra.

CJ Atkins é o editor-chefe do People's World. Ele tem um Ph.D. em ciência política pela York University em Toronto e tem experiência em pesquisa e ensino em economia política e nas políticas e ideias da esquerda americana. Além de seu trabalho no People's World, CJ atualmente atua como Diretor Executivo Adjunto da ProudPolitics.

Imagem em destaque: A primeira explosão nuclear do mundo – o teste atômico 'Trinity' dos EUA no Novo México, 16 de julho de 1945. Se uma guerra nuclear estourar hoje, a devastação causada pelas armas nucleares modernas faria o poder de Trinity parecer pequeno em comparação. A maior parte da vida na Terra provavelmente seria exterminada. | Departamento de Energia dos EUA

People's World

 

Rússia usou mísseis hipersónicos na Ucrânia !

Veículos militares a transportar o míssil balístico hipersónico DF-17.

Depósito de armas destruído pelos mísseis. Mais de 100 crianças já morreram e Zelenskyy reforça: chegou a altura de haver um encontro com Putin.

A Rússia utilizou, pela primeira vez, mísseis ar-terra hipersónicos na guerra na Ucrânia. Na sexta-feira as forças russas destruíram dessa forma um depósito de armas subterrâneo, nesta sexta-feira.

A novidade foi dada neste sábado pelo Ministério da Defesa da Rússia, que descreveu o míssil Kinjal como altamente manobrável e que “desafia todos os sistemas de defesa antiaérea”.

A maioria dos sistemas anti-mísseis, segundo o Governo de Moscovo, não consegue captar este míssil, porque o Kinjal é realmente rápido (hipersónico) e consegue voar a baixas altitudes. E também conseguirá carregar ogivas nucleares.

Mais civis mortos

Enquanto se anuncia mais um cessar-fogo para se criar um corredor humanitário para evacuar civis, agora em Lugansk, foi precisamente em Lugansk que mais quatro pessoas morreram e 10 ficaram feridas, após bombardeamentos em Severodonetsk e Rubizhne.

O chefe da administração militar regional de Lugansk indicou que esses ataques decorreram na sexta-feira e atingiram 19 edifícios residenciais e 19 casas particulares, além de centros de saúde.

Já na manhã deste sábado, em Zaporizhzhya, pelo menos nove pessoas morreram e 17 ficaram feridas, na sequência de um ataque russo nos subúrbios dessa cidade.

A capital Kiev mantém constantes sirenes de alerta mas o exército ucraniano revelou que conseguiu travar a marcha do exército russo em direcção a Kiev.

Presidente da Ucrânia pede encontro

A guerra na Ucrânia começou há mais de três semanas e, segundo as autoridades locais, já morreram 112 crianças desde o dia da invasão russa.

Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia, divulgou uma mensagem na noite passada, na qual reforçou a sua disponibilidade para uma reunião directa com o presidente da Rússia, Vladimir Putin: “Chegou a altura de haver um encontro, de haver um diálogo.”

https://zap.aeiou.pt/russia-usou-misseis-hipersonicos-na-ucrania-468414

 

Instagram bloqueado na Rússia: “Era a minha vida ! Não sei como vou ter dinheiro agora” !


Reacções de vários profissionais que praticamente dependiam dessa rede social, no seu negócio: “Vamos perder 90% do nosso público”.

O Instagram foi bloqueado na Rússia, nesta segunda-feira. A decisão partiu do Roskomnadzor – Serviço Federal de Supervisão de Comunicações, Tecnologia da Informação e Meios de Comunicação de Massa.

Os responsáveis pelo Roskomnadzor alegam que o Instagram foi bloqueado porque está repleto de “apelos a acções violentas contra cidadãos e militares russos” – na semana passada a Meta, detentora de Instagram e Facebook, avisou que iria aliviar as regras sobre conteúdos violentos ou mensagens de ódio contra o Exército e dirigentes russos.

O procurador-geral da Rússia pediu que a Meta, empresa que detém o Instagram, seja colocada na lista negra de organizações, sendo classificada como “organização extremista”.

O portal Meduza recolheu reacções de vários russos, que moram em diversas cidades. E há quem tenha o negócio completamente estragado por causa deste bloqueio.

Zoya é especialista em tatuagens: “O Instagram era a minha principal página profissional. Publicava fotografias do meu trabalho e era através dessa rede que conseguia a maioria dos meus clientes. Vou perder dinheiro e contactos“.

Ekaterina, directora de marketing, não tem muitas ilusões: “Gastámos anos a conseguir chegar ao nosso público no Instagram, que tem crescido muito. Mas, agora, vamos perder para sempre 90 por cento desse público“.

Uma especialista em marketing nas redes sociais, Liza, não acreditava que o Instagram iria ser mesmo bloqueado: “Agora vou ter de encontrar novas soluções para os meus clientes, noutras redes sociais. Preciso de reconstruir completamente a imagem das empresas, reaprender os públicos e o alcance das publicações. Bloquear o Instagram anula completamente os meus sete anos de experiência profissional”.

Alexey é proprietário de uma estância turística e também não tem dúvidas: “92% dos nossos clientes vinham do Instagram. Tínhamos sempre lotação esgotada, mesmo em dias de semana. Agora não vamos conseguir nenhum cliente, aparentemente. Estamos vazios“.

O contexto da fotógrafa Nastya parece ser ainda mais delicado: “O Instagram é a minha vida inteira, mesmo a nível financeiro. E dele dependem as pessoas de quem cuido. Não sei como vou cuidar deles agora, sem o meu blogue. Estou a tentar não pensar nisso, nestes dias”.

Inna, guia turístico, admite que a proibição do Instagram é sinónimo de perda do salário: “Isto destrói os meus cinco anos de trabalho duro. É um golpe terrível”.

Os relatos de vida profissional arruinada repetem-se ao longo do artigo. Pessoas choraram, outras não sabem o que vão fazer agora. E uma proprietária de um abrigo para animais até classifica esta decisão como uma “crise humanitária”.

Também há três relatos diferentes, que deixamos para o final.

Um é de Nastya, que conta que há 10 anos um homem viu uma fotografia sua no Instagram e ficou interessado – hoje esse homem é o seu marido.

Outro é de Viktor, reformado, que não será afectado porque nem tem conta no Instagram. Mas sente-se aborrecido devido a tantos bloqueios na Rússia: “Acho que, um dia, a Rússia será livre!“.

Por fim, a confissão de Anton, programador informático: “Duvido de que o Meduza publique isto: eu utilizava muito o Instagram e considerava a rede um sítio importante para socializar e ler as notícias mais recentes; mas, a partir do momento em que mudaram as regras sobre mensagens de ódio contra os russos, passei a ser a favor da proibição do Instagram”.

Muitos russos têm agora tentado angariar seguidores no Telegram e no VKontakte (o Facebook da Rússia).

https://zap.aeiou.pt/instagram-bloqueado-russia-468050

 

Fortuna escondida - Putin terá vários imóveis de luxo na Alemanha !


O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem vários imóveis de luxo em Berlim e em Munique, na Alemanha, de acordo com o jornal alemão Bild.

Segundo este órgão de comunicação social, Putin adquiriu há poucos anos o “Palácio da Ópera” de Munique, avaliado em 300 milhões de euros, assim como o edifício do Hotel Sofitel, também na capital da Bavária.

A investigação de 2021 apelidada de “Pandora Papers” tinha revelado que o palacete em Munique estava vinculado a uma empresa ‘fantasma’ sediadas nas Ilhas Virgens.

A empresa estará associada, de acordo com uma investigação conjunta de vários órgãos de comunicação social alemães, ao empresário russo Ruslan Yevgenevich Goriujin, por sua vez associado ao milionário Arkadi Rotenberg, que pertence ao círculo mais restrito de amizades de Putin.

As notícias publicadas pelo Bild avançam que o Presidente russo também é o proprietário de 33 imóveis na Avenida Kurfürstendamm e de uma moradia de luxo de 1.850 metros quadrados em Berlim.

Mais uma vez, os imóveis aparecem como propriedade de Arkadi Rotenberg e do seu irmão, Boris, ambos submetidos às sanções dos EUA e do Reino Unido, pelo vínculo das suas empresas com a invasão à Ucrânia.

Este mês, as autoridades da Alemanha apreenderam num estaleiro em Hamburgo vários iates pertencentes a oligarcas russos sancionados.

No entanto, ainda não há registos de que alguma propriedade tenha sido confiscada. Isto porque há dificuldades em determinar quem é o verdadeiro proprietário destes bens luxuosos, pois, na maior parte das vezes, estão registados em empresas sediadas em paraísos fiscais.

Putin tem sido associada a vários oligarcas russos, incluindo Roman Abramovich. O empresário sobretudo conhecido como dono do Chelsea chegou a ser apontado como um eventual “testa-de-ferro” de Putin, já que poderia estar à frente de investimentos feitos em parceria com dinheiro do presidente russo.

https://zap.aeiou.pt/fortuna-putin-imoveis-alemanha-468445

 

Após protesto em direto, televisões russas deparam-se com onda de demissões de jornalistas !


Há vários anos que os jornalistas russos lidam com as limitações à liberdade de expressão e de imprensa no país, no entanto, a ideia de que podem estar a participar no branqueamento da guerra na Ucrânia e na instrumentalização da opinião pública.

Quando no início desta semana Marina Ovsyannikova decidiu intrometer-se no cenário da transmissão televisiva do estatal Channel One exibindo um cartaz a denunciar invasão russa à Ucrânia e apelar ao fim do conflito, estava longe de adivinhar o que se seguiria. A própria jornalista reconheceu, mais tarde, que antes do gesto não havia refletido bem sobre as consequências que dele resultaria, já que a sua prioridade era contestar o conflito, no qual a sua própria se recusa a acreditar.

A ação da jornalista ganhou dimensão mundial, com muitos a elogiar-lhe a coragem e valentia. O próprio presente ucraniano Volodymyr Zelenskyy agradeceu-lhe, para além de pedir a todos os que trabalham para o que chamou de ‘sistema de propaganda russo’ que se demitam das suas funções. Foi ainda mais longe, dizendo que aqueles que trabalham para o quarto ramo do poder arrisca-se a ser alvo de sanções e investigações por parte dos tribunais internacionais por envolvimento nos “crimes de guerra”.

De facto, alguns dos apoiantes mais próximos do presidente russo que trabalham nos canais de televisão estatais já foram alvo de sanções, nomeadamente Vladimir Solovyov, que apresenta um talk show num dos canais mais vistos, e Margarita Simonyan que afirmou que todos os seus compatriotas com vergonha de serem russos é porque “realmente não o são”.

Neste contexto de completa limitação da liberdade de expressão e imprensa, em que os meios de comunicação são obrigados a seguir a cartilha imposta pelo governo, a demissão pode ser mesmo o único caminho para os profissionais que não concordam com as suas opções, nomeadamente a invasão da Ucrânia. E o incidente com Ovsyannikova parece ter incentivado alguns a fazê-lo.

Nas horas que se seguiram ao protesto, três demissões sonantes aconteceram. Também no Channel One, a jornalista Zhanna Agalakova deixou as suas funções como correspondente europeia, ao passo que dois outros jornalistas abandonaram a rival NTV. Lilia Gildeyeva trabalhava na estação como apresentadora desde 2006 e Vadim Glusker era funcionário do canal há quase 30. Na imprensa internacional correm rumores de demissões entre jornalistas do grupo VGTRK, também controlada pelo Kremlin.

Roman Super jornalista da Vesti, anunciou que os funcionários estavam a sair “em massa”, apesar de tal afirmação ainda não ter sido oficialmente confirmada. Na RT (Russia Today), órgão russo com predominância em todo o mundo e que acabou banido na Europa por decisão da União Europeia como consequência da guerra na Ucrânia, a demissão mais proeminente foi a de Maria Baronova. Em declarações à BBC, a antiga editora-executiva afirmou que o presidente russo havia destruído a reputação do país e que a economia estava morta.

Para além de Baronova, a onda de demissões na RT vai além dos jornalistas com nacionalidade russa. Shadia Edwards-Dashti anunciou o cessar de funções enquanto correspondente em Londres no dia da invasão à Ucrânia, sem que avançar qualquer justificação. Jonny Tickle, com nacionalidade inglesa mas a trabalhar em Moscovo, também apresentou a demissão “à luz dos eventos recentes”.

Já Frédéric Taddei, apresentador francês na RT do seu país, anunciou que iria deixar de apresentar o seu programa já que França estava “em conflito” com a Rússia, o que impedia de prosseguir as suas funções habituais “por lealdade” ao seu país. De acordo com a Reuters, a agência de notícias estatal russa com sede na Alemanha, a Ruptly, viu muitos dos seus quadros baterem com a porta.

Também os meios de comunicação social russos sem ligações ao Kremlin têm sido alvo de ataques repetidos durante os últimos anos, pelo que muitos estão habituados a trabalhar sob a ameaça – daí não estarem surpreendidos pela atual colheita de demissões. De facto, alguns foram rotulados como agentes estrangeiros, em linha com o que acontecia na era soviética.

A Dozhd (TV Rain), que foi forçada a abandonar a transmissão tradicional em 2014, teve de suspender as suas emissões online devido à invasão da Ucrânia e alguns dos seus jornalistas fugiram da Rússia de forma a garantir a segurança. A Rádio Ekho Moskvy também foi retirada do ar como consequência da nova legislação russa sobre a chamada falsa informação. A BBC russa está também entre os vários meios ocidentais que foram proibidos, enquanto os jornalistas que trabalham para a Meduza, sediada na Letónia, foram forçados a sair da Rússia.

https://zap.aeiou.pt/apos-protesto-em-direto-televisoes-russas-deparam-se-com-onda-de-demissoes-de-jornalistas-468163

 

EUA ameaçam guerra nuclear ou sanções !


Uma mudança sísmica está enviando ondas de choque pela economia global.

A bem estabelecida desordem capitalista, dominada pelo imperialismo dos EUA e em vigor desde a Segunda Guerra Mundial, está em terreno instável. Sanções econômicas extremas impostas à Rússia estão arrastando o mundo inteiro para uma guerra que começou muito antes da intervenção russa na Ucrânia em 24 de fevereiro.

Um grande cálculo é quais países serão forçados a aceitar as onerosas sanções econômicas impostas à Rússia pelos EUA. Os países que representam a maioria da população mundial não estão dispostos a vincular sua soberania ao controle total de Wall Street. Para o choque dos estrategistas de guerra dos EUA, quase toda a América Latina, Caribe, muitos países da África e a maior parte da Ásia rejeitaram as sanções à Rússia.

O desafio aberto de tantos países e grandes blocos comerciais é uma confirmação impressionante do enfraquecimento do poder econômico dos EUA.
Domínio dos EUA desafiado

É bem reconhecido que o domínio econômico dos EUA na Europa, e globalmente, foi desafiado pelo aumento do comércio da União Europeia com a Rússia e a China. A crescente integração do bloco de países da Eurásia, que se estende desde a China e o Sul da Ásia, passando pela Ásia Central e Rússia até a Europa, confere uma enorme vantagem econômica aos países envolvidos.

A crescente integração do comércio e investimento da UE com a Rússia e a China ameaça tanto a dominação do poder corporativo dos EUA na Europa quanto a hegemonia global dos EUA. É do interesse do poder corporativo nos EUA provocar cinicamente um conflito onde é menos afetado, mas fazê-lo em uma região onde seus rivais capitalistas na UE carregarão o fardo mais pesado.
EUA ameaçam guerra nuclear para obter sanções

Os EUA instigaram uma crise cercando a Rússia com bases da OTAN, organizando operações militares constantes e fornecendo armas pesadas à Ucrânia para atirar nas fronteiras da Rússia.

Os Estados Unidos são o único país que já usou armas nucleares. Ele incinerou duas cidades inteiras – Hiroshima e Nagasaki – em 1945. É o único país que se recusa a concordar com uma política nuclear de “No First Use”.

Ao colocar armas nucleares na Europa e instalar armamento com capacidade nuclear nas fronteiras da Rússia, está provocando abertamente a Rússia a atacar em legítima defesa. Os EUA usaram a ameaça nuclear não apenas contra a Rússia, mas para impelir a União Europeia a impor duras sanções à Rússia, embora fosse contra os interesses da UE cortar os laços econômicos com Moscou.

Com a UE, e especialmente a Alemanha, relutantes em impor sanções que romperiam todas as relações com a Rússia, os EUA jogaram duro. O presidente Joe Biden ameaçou a UE em 26 de fevereiro, dois dias depois de a Rússia iniciar sua operação militar na Ucrânia, que a única alternativa para seguir as sanções dos EUA “seria a Terceira Guerra Mundial”.

“Você tem duas opções. Iniciar uma Terceira Guerra Mundial, ir à guerra com a Rússia, fisicamente. Ou, dois, certifique-se de que o país que age de forma tão contrária ao direito internacional acabe pagando um preço por tê-lo feito. . . . Eu sei que essas sanções são as sanções mais amplas da história, sanções econômicas e sanções políticas”.

Em entrevista ao blogueiro Brian Tyler Cohen, Biden disse que seu “objetivo desde o início” era manter a OTAN e a União Europeia “na mesma página”. (Veja isso )

A UE, um bloco de economias capitalistas dominado pela Alemanha, é incapaz e não quer desafiar diretamente a hegemonia dos EUA, especialmente quando eles são ameaçados com uma guerra nuclear na Europa se não cumprirem. A UE impôs todas as sanções exigidas pelos EUA. Suas sanções refletem as impostas por Washington. No entanto, eles ainda podem comprar gás da Rússia, com base em um acordo com os EUA

Sanções foram impostas à Rússia em 2014, depois que a maioria da população russa na Crimeia votou para se juntar à Rússia. Isso ocorreu após um golpe fascista apoiado pelos EUA na capital ucraniana de Kiev. Naquela época, duas regiões do leste da Ucrânia – Donetsk e as Repúblicas Populares de Lugansk – se separaram das gangues fascistas em Kiev.

Desde o bombardeio dos EUA/OTAN à Iugoslávia em 1999, e apesar dos constantes alertas de perigo até mesmo de seus próprios estrategistas políticos, a política do governo dos EUA tem sido continuar absorvendo mais países do Leste Europeu na OTAN, construindo bases da OTAN em torno da Rússia, recrutando e treinando soldados e mercenários, criando provocações na fronteira russa e usando a Ucrânia como peão para desestabilizar toda a região.


Esses anos de constantes ataques econômicos e militares à Rússia estão escondidos do público nos EUA e na UE.
O que está por trás da política de guerra dos EUA?

Por que o comércio e a integração UE/Rússia são tão ameaçadores para o imperialismo dos EUA?

A UE é o maior investidor na Rússia. Um novo e maior gasoduto duplo, chamado Nord Stream 2, foi construído para transportar gás natural barato da Rússia através do Mar Báltico até a Europa. Deveria fornecer combustível para as indústrias da UE e calor para milhões de casas, evitando a dependência de carvão e petróleo altamente poluentes. O chanceler alemão Olaf Scholz suspendeu o projeto em 22 de fevereiro.

A energia representa 62% das importações da UE da Rússia. Custa muito menos do que o gás dos EUA, que é o maior exportador de gás GNL fraccionado. Este é um desafio para a abertura de novos mercados. Com a guerra e as sanções, as empresas de gás e petróleo dos EUA lucrarão imediatamente com os preços vertiginosos do combustível e garantirão seu controle futuro do mercado europeu.

O embate é maior do que apenas um gasoduto. A economia dos EUA está focada na produção militar. É o maior exportador de sistemas de armas. Mas o imperialismo dos EUA é incapaz de igualar os planos de desenvolvimento do Cinturão e Rota da China. Mais de 138 países assinaram novos portos, ferrovias, centros industriais e empréstimos a juros baixos.

Os empréstimos de desenvolvimento do Cinturão e Rota da China são muito mais atraentes do que os sistemas de armas dos EUA e os duros planos de austeridade associados aos empréstimos do FMI e do Banco Mundial.

O capital financeiro dos EUA está alarmado com o fato de dois terços dos países membros da União Européia terem assinado como membros formais dos projetos de Desenvolvimento do Cinturão e Rota da China. As cidades portuárias da Grécia, Itália, Portugal e Hungria estão sendo reconstruídas. Novos projetos de energia estão em andamento. O comércio da Europa com a China agora excede seu comércio com os Estados Unidos. (Veja isso )

Na luta para manter sua posição dominante, o imperialismo dos EUA tem apenas uma ferramenta contra essas relações econômicas em rápido desenvolvimento e fortemente concorrentes: a guerra. Tanto a guerra militar quanto a guerra econômica de sanções.
Sanções são guerra

As sanções não são um impedimento à guerra ou um substituto para a guerra. Eles são de fato uma escalada da guerra.

Usando o papel dominante do dólar na economia mundial, Washington impôs mais de 5.500 sanções à Rússia e está forçando outros países a reconfigurar suas economias para cumprir essas penalidades econômicas extremas. As sanções contra a Rússia são as medidas de guerra econômica mais extremas do mundo. (Veja isso )

As sanções criam hiperinflação, fomes artificiais, convulsões sociais e crises de saúde que punem as populações civis. Tão mortais quanto bombas, as sanções são um ato de guerra. Eles são corretamente rotulados como um Crime Contra a Humanidade.

As sanções conseguirão restaurar a posição do imperialismo norte-americano? Esse é claramente o cálculo.

A vice-diretora-gerente sênior do Fundo Monetário Internacional, Gita Gopinath , deu uma visão oficial dessa expectativa de que as sanções financeiras levarão a Rússia a uma "recessão profunda" e "mudarão a ordem econômica global". . . . Tem implicações para a ordem econômica global como a conhecemos.” (Veja isto ) Outros artigos de notícias preveem que a economia russa está “descendo pela calha de gelo”, vai “cair”, “entrar em queda livre” etc.

Vários economistas alertam que isso impactará a economia global. Para os banqueiros e financistas, a dor de milhões, mesmo dentro dos EUA, não é motivo de preocupação, desde que eles possam juntar os pedaços depois.

Especuladores preveem que indústrias de “defesa” e empresas de energia irão prosperar. Todas as previsões financeiras nos EUA e na Europa são de que isso afetará muito mais a economia europeia.
Terceiro mundo sancionado

Hoje mais de 40 países, abrangendo um terço da população mundial, já sofrem com as medidas econômicas impostas por Washington. Os EUA sancionaram Cuba, Venezuela, Nicarágua, China, Irã, Iraque, Síria, Palestina, Afeganistão, Zimbábue, Etiópia, Sudão e outros. Os países que negociam com alvos de sanções dos EUA enfrentam multas pesadas. Essa forma mortal de guerra econômica afeta todos os países vizinhos e destrói o desenvolvimento regional.

Muitos desses países, no entanto, estão encontrando maneiras de sobreviver por meio de programas complexos de troca e troca que estão se desenvolvendo à medida que o número de países sancionados cresce.

Quase todos os países atingidos por essas duras medidas desestabilizadoras dos EUA e sanções de confisco de ativos assinaram os programas de desenvolvimento da Iniciativa do Cinturão e Rota da China. Muitos dos países sancionados, incluindo Venezuela, Cuba e Síria, recebem remessas confiáveis ​​de combustível e grãos necessários da Rússia. Essas novas formas de troca, desenvolvidas por necessidade, começam a enfraquecer o estrangulamento econômico pretendido. A Rússia ainda tem um mercado forte para suas exportações além do alcance das sanções dos EUA.

A Rússia também é membro da Organização de Cooperação de Xangai. Esta é uma aliança econômica e de segurança que é a maior organização regional do mundo, cobrindo aproximadamente 60% da área da Eurásia, 40% da população mundial e mais de 20% do produto interno bruto (PIB) global. Dos 14 membros desse bloco comercial, seis já estão sob sanções dos EUA, mas mantêm relações econômicas normais.
Os países se recusam a cumprir

Para o choque dos estrategistas de guerra de Washington, muitos países que não estão atualmente sob sanções dos EUA estão se recusando a cumprir as sanções dos EUA e da UE impostas à Rússia. Até o momento, Índia, Paquistão, Bangladesh, Indonésia, África do Sul, Quênia, Tanzânia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar, Brasil, Argentina, Bolívia, México e outros países com economias menores se recusaram a cumprir as medidas dos EUA que prejudicar suas próprias relações comerciais.

São nações com economias em crescimento e grandes populações. Vários países que anteriormente faziam parte da União Soviética e agora fazem parte da União Econômica da Eurásia (EAEU) – Bielorrússia, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão – provavelmente não cumprirão.

Vários países, não dispostos a enfrentar abertamente a ira econômica dos EUA, afirmaram vagamente que apenas cumpririam as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU, onde um veto russo ou chinês tornaria tal votação improvável.

A pressão econômica e política dos EUA para que todos esses países cumpram se intensificará no próximo período.
Ameaçando a China

O principal regulador bancário da China, Guo Shuqing, diz: “Não participaremos de tais sanções e continuamos a manter as trocas econômicas, comerciais e financeiras normais com as partes relevantes”. (New York Times, 11 de março) Depois que Mastercard e Visa interromperam suas operações, os bancos russos recorreram ao UnionPay da China, que oferece opções de pagamento em 180 países.

A China ainda não deu assistência econômica ou militar à Rússia. Simplesmente se recusou a cortar suas relações econômicas normais. Isso está enfurecendo o governo Biden.

Os EUA ameaçaram publicamente a China por ajudar a Rússia a evitar sanções. A China foi lembrada de que dois de seus maiores parceiros comerciais são os EUA e a União Européia. A China precisa de acesso a esses mercados.

O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan , ameaçou a China diretamente, afirmando:

“Estamos comunicando direta e privadamente a Pequim que haverá absolutamente consequências” se a China ajudar a Rússia a “preencher” suas perdas com as sanções. “Não permitiremos que isso avance e que haja uma tábua de salvação para a Rússia dessas sanções econômicas de qualquer país em qualquer lugar do mundo.”

Sullivan disse que a China e todos os países estão cientes de que não podem “basicamente resgatar a Rússia. . . dar à Rússia uma solução alternativa para as sanções”, com impunidade. (Veja isso )

Se ameaças tão descaradas e ofensivas estão sendo feitas abertamente à China, ameaças mais duras estão sendo feitas a outros países.

Novas formas de comércio e troca desafiam o poder de hegemonia do dólar americano. Mas medidas extremas impostas à Rússia criarão intensa dor econômica de inflação e desemprego em escala global.

A classe dominante dos EUA, o Congresso dos EUA e a mídia corporativa dos EUA são neste momento unanimemente a favor de uma guerra econômica e até mesmo de um confronto militar, independentemente de quão destrutivos sejam para a vida humana, desde que abram novos mercados e destruir seus rivais.

Os democratas rapidamente abandonaram as promessas do Build Back Better e um pacote de saúde COVID-19 para saturar a Ucrânia com armas. Os trabalhadores nos EUA e na Europa pagarão o preço.

O perigo crescente é que uma guerra imperialista dos EUA nessa escala, combinada com a exigência de que o mundo inteiro participe, possa escalar perigosamente.

Workers World .

 

Comida fora do prazo e falta de combustível - Corrupção está a sabotar o exército russo !


O grande nível de corrupção no setor de defesa e segurança estará a sabotar o avanço do exército russo na Ucrânia.

A Rússia não contava encontrar este tipo de resistência por parte dos ucranianos, como já muitas vezes se referiu. O exército de Vladimir Putin esperava uma entrada mais fácil na Ucrânia, mas a realidade é que estão a ter dificuldades em combater os locais, apesar da superioridade em número e armamento.

O Presidente russo esperava até que fosse recebido de braços abertos em alguns casos, uma vez que pairava a ideia de que o povo ucraniano ansiava por fazer parte da Rússia. Mais uma vez, a realidade revelou-se bem diferente.

A lentidão de alguns ataques é um fator realçado por alguns analistas, que falam ainda de um grande número de baixas entre o exército russo e falta de coordenação.

Foi este o caso em Voznesensk, por exemplo. A pequena cidade foi, recentemente, palco de um confronto entre ucranianos e russos, que terminou com a inesperada vitória dos locais.

Os 400 soldados russos de uma brigada de infantaria naval baseada na Crimeia planeavam bombardear a cidade e tomá-la em apenas algumas horas.

No entanto, a resistência ucraniana saiu por cima. A batalha durou dois dias e terminou com 100 soldados russos mortos, 30 dos 43 blindados destruídos e um helicóptero derrubado.

A Rússia apenas por uma vez, ao sétimo dia de guerra, revelou o número de soldados mortos no conflito: 498. Esta quarta-feira, os Estados Unidos estimaram que, em 20 dias, o exército russo possa ter perdido já cerca de 7.000 militares.

Segundo o Público, o afastamento de dois responsáveis dos serviços de espionagem, postos em prisão domiciliária, é sintoma de que as coisas não correram como planeado na Ucrânia.

Andrei Soldatov, especialista em serviços de segurança da Rússia, diz que os dois responsáveis foram interrogados por falharem na informação sobre a Ucrânia que deram antes da guerra. “Disseram a Putin o que ele queria ouvir”, explicou Soldatov.

Num artigo publicado no POLITICO, Polina Beliakova, do Centro para Estudos Estratégicos da Tufts University, disse que o grande nível de corrupção no setor de defesa e segurança da Rússia foi também um dos fatores que prejudicou os russos no terreno.

Equipamento militar desadequado, comida fora do prazo — expirada em 2015 — ou falta de combustível. Estes são alguns dos problemas que o exército russo terá sentido em plena invasão à Ucrânia.

“Muitas inovações tecnológicas, incluindo as que poderiam aumentar a precisão dos ataques russos, nunca se materializaram devido a subornos, desvios e fraude”, disse Beliakova.

https://zap.aeiou.pt/corrupcao-sabotar-exercito-russo-468079

 

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