sábado, 19 de março de 2022

Por que uma 'zona de exclusão aérea' na Ucrânia significaria o fim do mundo ... Literalmente !


Com bombardeiros russos causando destruição em cidades ucranianas, o apelo para estabelecer uma “zona de exclusão aérea” sobre o país pode parecer à primeira vista um acéfalo. Se a força aérea de Putin puder ser mantida fora dos céus, os ucranianos poderão ser poupados do terror da morte vinda de cima, certo?

A proposta de uma zona de exclusão aérea está recebendo muita atenção agora. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky está fazendo o lance para um cada vez que ele tem a atenção de políticos ocidentais. Muitas manifestações anti-guerra em todo o mundo apresentam cartazes e cartazes exigindo isso. Repórteres constantemente apimentam a Casa Branca com perguntas sobre por que não está se movendo para fechar os céus da Ucrânia.

E pesquisas de opinião mostram que 72% dos cidadãos norte-americanos — sem dúvida indignados com as baixas civis em lugares como Kherson e Mariupol transmitidos em suas televisões todos os dias — são a favor do aterramento de aviões russos.

Embora possa parecer uma coisa nobre de se fazer em abstrato, uma zona de exclusão aérea imposta pela OTAN sobre a Ucrânia é, na verdade, uma ideia muito, muito ruim. Isso quase garantiria o início da Terceira Guerra Mundial e a aniquilação nuclear da vida neste planeta.

O que é uma zona de exclusão aérea?

Muitos comentaristas de política externa e porta-vozes do governo ucraniano estão falando sobre uma zona de exclusão aérea como se fosse algo que pode ser declarado, como se fosse uma questão administrativa a ser decidida pelos estados ocidentais.

Zelensky tem sido direto em seus apelos para que o governo dos EUA interfira. Invocando estranhamente a memória do discurso "Eu tenho um sonho" do Dr. Martin Luther King Jr., o presidente ucraniano disse ao Congresso dos EUA na quarta-feira que sonhava em uma zona de exclusão aérea.

“É pedir muito, criar uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia para salvar as pessoas? É pedir demais, uma zona de exclusão aérea humanitária, [para] que a Rússia não seja capaz de aterrorizar nossas cidades livres?”

No dia anterior, falando com legisladores canadenses , Zelensky implorou: “Por favor, fechem o céu, fechem o espaço aéreo, por favor, pare o bombardeio…. Quantos mísseis de cruzeiro mais terão que cair em nossas cidades até que você faça isso acontecer?”

Zelensky teve praticamente todos os membros do Congresso aplaudindo de pé, com a presidente Nancy Pelosi aplaudindo o grito de guerra da direita, “Slava Ukraini!” Mas apenas um punhado de políticos norte-americanos parecia convencido da ideia de uma zona de exclusão aérea. O senador da Flórida Rick Scott foi um deles; ele disse que o presidente Joe Biden é “insensível e ignorante” se não “fechar os céus ucranianos para ataques russos”.

Zelensky quer nos fazer acreditar que Washington ou Ottawa podem simplesmente emitir uma declaração dizendo que os céus da Ucrânia estão fechados e então, como mágica, os militares russos interromperão seu ataque aéreo. O senador Scott diz que qualquer um que se oponha é ignorante. Mas são os defensores de uma zona de exclusão aérea que são os ignorantes.


A realidade é que impor uma zona de exclusão aérea significaria literalmente que aviões de guerra e mísseis da OTAN (que basicamente implica nos EUA) estariam derrubando aviões russos – militares americanos matando militares russos.

Isso significaria guerra — guerra imediata entre a Rússia e as 30 nações da aliança da OTAN dominada pelos EUA. E uma guerra entre a Rússia e os Estados Unidos poderia facilmente evoluir para um confronto nuclear total. A Rússia já colocou suas forças nucleares em alerta máximo antes da invasão da Ucrânia e alertou outros para ficarem de fora, e os mísseis dos EUA estão sempre prontos para serem lançados a qualquer momento.

Ninguém deve subestimar as consequências em jogo.

Uma guerra nuclear entre a Rússia e os Estados Unidos significaria centenas de milhões de pessoas mortas em poucas horas, ou mesmo minutos. Washington, Nova York, Los Angeles, Chicago, Moscou, São Petersburgo, Kiev, Londres, Paris, Berlim e tantas outras cidades seriam varridas do mapa. Em tal troca nuclear, provavelmente também seria difícil impedir que outras potências nucleares fossem arrastadas, então Pequim, Xangai, Taipei e várias metrópoles distantes da zona de guerra também poderiam ser vaporizadas.

Algumas vozes na mídia, bem cientes do risco de uma zona de exclusão aérea, estão dispostas a apostar o futuro da humanidade. Sam Bowman, editor da publicação Works in Progress e ex-diretor executivo do Adam Smith Institute, um think tank capitalista, escreveu no Twitter em 14 de março:

“Minha opinião é basicamente que vale a pena arriscar uma guerra nuclear por algumas coisas, como manter o máximo possível da Europa livre e independente da Rússia. Mas acho que é uma posição difícil de manter se você acha que a extinção da humanidade é tão ruim que evitá-la supera todo o resto.”

Deus salve o livre mercado, tudo o mais que se dane — assim segue a lógica aparentemente.

Felizmente, Biden, outros líderes da OTAN e a maioria no Congresso dos EUA reconhecem a realidade de que, se houver uma guerra nuclear, não haverá mais Europa, mercados livres, humanidade ou qualquer outra coisa – e assim eles continuam a resistir pede uma zona de exclusão aérea, até agora.

Quando muitas pessoas ouvem falar de uma zona de exclusão aérea, talvez tenham lembranças do Iraque na década de 1990 ou da guerra da Bósnia em meio à dissolução da Iugoslávia naquela mesma década. Deixando de lado a legalidade dessas guerras por enquanto, as situações nesses lugares não são comparáveis ​​ao que está acontecendo na Ucrânia agora. Nesses casos, os EUA tinham uma vantagem militar total em comparação com Saddam Hussein ou os sérvios bósnios.

Nenhum dos adversários dos EUA naqueles conflitos da década de 1990 poderia igualá-lo em armamento, e nenhum deles possuía capacidade nuclear. Se um avião iraquiano ou sérvio fosse abatido, ou vice-versa, se um avião americano fosse abatido, havia pouca probabilidade de que essas guerras ficassem automática e drasticamente fora de controle em outros países.

Destruição Mutuamente Assegurada

Em contraste, um confronto direto entre pilotos americanos e russos sobre a Ucrânia, ou a destruição de um bombardeiro russo por um míssil americano, imediatamente nos arrastaria para uma guerra muito mais ampla que ninguém poderia vencer.

Durante a Guerra Fria, tanto a URSS quanto os Estados Unidos reconheceram que ambos os países seriam destruídos se algum deles iniciasse uma guerra nuclear. Essa consciência foi chamada de MAD – Destruição Mutuamente Assegurada – e manteve o mundo seguro, embora tenha havido mais do que algumas ligações ao longo dos anos.

O presidente dos EUA Ronald Reagan e o líder soviético Mikhail Gorbachev se encontraram em 1985 e declararam ao mundo: “Uma guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve ser travada”. Esse princípio deve ser central para todas as discussões sobre uma zona de exclusão aérea no momento, e deve acabar com qualquer noção de que ela deve ser aplicada.

A invasão da Ucrânia pela Rússia, as pesadas baixas civis que está causando e a ordem de Putin de colocar as forças nucleares de seu país em alerta máximo tornaram este um momento perigoso. Mas os Estados Unidos também deram muitos passos provocativos que nos levaram a este precipício.

Em 2002, revertendo décadas de progresso no controle de armas nucleares, o presidente George W. Bush retirou os EUA do histórico Tratado de Mísseis Antibalísticos de 1972. Seu sucessor, Barack Obama, seguiu dois caminhos, negociando um Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo START) com a Rússia, ao mesmo tempo em que gastava bilhões atualizando as capacidades do arsenal nuclear dos EUA. Então, sob Donald Trump, os EUA deixaram o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) de 1987. Hoje, mísseis dos EUA são implantados na Polônia e na República Tcheca, não muito longe da fronteira russa.

O progresso que foi feito anteriormente para reduzir o perigo da guerra nuclear foi erodido. Esta é uma parte importante do contexto através do qual os pedidos de uma zona de exclusão aérea na Ucrânia devem ser avaliados. Muitas das barreiras para evitar a destruição nuclear global já foram removidas, então não podemos correr nenhum risco.

Negociações agora, não aniquilação nuclear

O povo da Ucrânia está agora no meio de um conflito entre grandes potências. Eles estão pagando o custo mais imediato dessa luta, com milhares perdendo suas vidas. O resto do globo também está agora sujeito ao risco de uma nova guerra mundial.

O imperialismo dos EUA, determinado a cercar a Rússia e consolidar seu domínio na Europa, ajudou a derrubar o governo da Ucrânia em um golpe em 2014 e agitou a perspectiva de que o país seria trazido para a aliança militar anti-Rússia da OTAN. O golpe fortaleceu a extrema direita na Ucrânia e ajudou a desencadear uma guerra civil no leste que durou mais de oito anos.

A camarilha dominante em torno de Putin certamente foi provocada por muitos anos de crescentes ameaças dos EUA à segurança russa, mas também tem sua própria agenda. Sonhos de um novo império russo que trará velhos súditos de volta ao domínio de Moscou e reverter as aberturas da era soviética para a autodeterminação nacional são uma motivação chave, a julgar pelo próprio discurso do presidente russo na véspera da invasão da Ucrânia.

A antiga Rússia czarista, antes da revolução comunista de 1917, era conhecida como a “prisão das nações”. É esse passado que Putin parece determinado a ressuscitar.

A Rússia deve interromper sua ofensiva e reconhecer o direito da Ucrânia de existir. As autoridades ucranianas devem iniciar um diálogo sério sobre as questões de neutralidade militar e resolução da guerra civil nas regiões de Donbass de Donetsk e Lugansk, incluindo o controle de elementos fascistas e neonazistas nas forças armadas. A OTAN deve se comprometer a não buscar expansão para a Ucrânia. E os EUA devem parar de encher a região de armas e tropas.

Para salvar o povo da Ucrânia e salvar o mundo de uma guerra global, a negociação é o único caminho realista à frente. Uma zona de exclusão aérea, por mais nobre que alguns possam achar que soa, não é a solução para os terrores que estão sendo lançados sobre os ucranianos. De fato, uma zona de exclusão aérea é a maneira mais rápida de garantir a extinção da Ucrânia – e do resto de nós – da face da Terra.

CJ Atkins é o editor-chefe do People's World. Ele tem um Ph.D. em ciência política pela York University em Toronto e tem experiência em pesquisa e ensino em economia política e nas políticas e ideias da esquerda americana. Além de seu trabalho no People's World, CJ atualmente atua como Diretor Executivo Adjunto da ProudPolitics.

Imagem em destaque: A primeira explosão nuclear do mundo – o teste atômico 'Trinity' dos EUA no Novo México, 16 de julho de 1945. Se uma guerra nuclear estourar hoje, a devastação causada pelas armas nucleares modernas faria o poder de Trinity parecer pequeno em comparação. A maior parte da vida na Terra provavelmente seria exterminada. | Departamento de Energia dos EUA

People's World

 

Rússia usou mísseis hipersónicos na Ucrânia !

Veículos militares a transportar o míssil balístico hipersónico DF-17.

Depósito de armas destruído pelos mísseis. Mais de 100 crianças já morreram e Zelenskyy reforça: chegou a altura de haver um encontro com Putin.

A Rússia utilizou, pela primeira vez, mísseis ar-terra hipersónicos na guerra na Ucrânia. Na sexta-feira as forças russas destruíram dessa forma um depósito de armas subterrâneo, nesta sexta-feira.

A novidade foi dada neste sábado pelo Ministério da Defesa da Rússia, que descreveu o míssil Kinjal como altamente manobrável e que “desafia todos os sistemas de defesa antiaérea”.

A maioria dos sistemas anti-mísseis, segundo o Governo de Moscovo, não consegue captar este míssil, porque o Kinjal é realmente rápido (hipersónico) e consegue voar a baixas altitudes. E também conseguirá carregar ogivas nucleares.

Mais civis mortos

Enquanto se anuncia mais um cessar-fogo para se criar um corredor humanitário para evacuar civis, agora em Lugansk, foi precisamente em Lugansk que mais quatro pessoas morreram e 10 ficaram feridas, após bombardeamentos em Severodonetsk e Rubizhne.

O chefe da administração militar regional de Lugansk indicou que esses ataques decorreram na sexta-feira e atingiram 19 edifícios residenciais e 19 casas particulares, além de centros de saúde.

Já na manhã deste sábado, em Zaporizhzhya, pelo menos nove pessoas morreram e 17 ficaram feridas, na sequência de um ataque russo nos subúrbios dessa cidade.

A capital Kiev mantém constantes sirenes de alerta mas o exército ucraniano revelou que conseguiu travar a marcha do exército russo em direcção a Kiev.

Presidente da Ucrânia pede encontro

A guerra na Ucrânia começou há mais de três semanas e, segundo as autoridades locais, já morreram 112 crianças desde o dia da invasão russa.

Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia, divulgou uma mensagem na noite passada, na qual reforçou a sua disponibilidade para uma reunião directa com o presidente da Rússia, Vladimir Putin: “Chegou a altura de haver um encontro, de haver um diálogo.”

https://zap.aeiou.pt/russia-usou-misseis-hipersonicos-na-ucrania-468414

 

Instagram bloqueado na Rússia: “Era a minha vida ! Não sei como vou ter dinheiro agora” !


Reacções de vários profissionais que praticamente dependiam dessa rede social, no seu negócio: “Vamos perder 90% do nosso público”.

O Instagram foi bloqueado na Rússia, nesta segunda-feira. A decisão partiu do Roskomnadzor – Serviço Federal de Supervisão de Comunicações, Tecnologia da Informação e Meios de Comunicação de Massa.

Os responsáveis pelo Roskomnadzor alegam que o Instagram foi bloqueado porque está repleto de “apelos a acções violentas contra cidadãos e militares russos” – na semana passada a Meta, detentora de Instagram e Facebook, avisou que iria aliviar as regras sobre conteúdos violentos ou mensagens de ódio contra o Exército e dirigentes russos.

O procurador-geral da Rússia pediu que a Meta, empresa que detém o Instagram, seja colocada na lista negra de organizações, sendo classificada como “organização extremista”.

O portal Meduza recolheu reacções de vários russos, que moram em diversas cidades. E há quem tenha o negócio completamente estragado por causa deste bloqueio.

Zoya é especialista em tatuagens: “O Instagram era a minha principal página profissional. Publicava fotografias do meu trabalho e era através dessa rede que conseguia a maioria dos meus clientes. Vou perder dinheiro e contactos“.

Ekaterina, directora de marketing, não tem muitas ilusões: “Gastámos anos a conseguir chegar ao nosso público no Instagram, que tem crescido muito. Mas, agora, vamos perder para sempre 90 por cento desse público“.

Uma especialista em marketing nas redes sociais, Liza, não acreditava que o Instagram iria ser mesmo bloqueado: “Agora vou ter de encontrar novas soluções para os meus clientes, noutras redes sociais. Preciso de reconstruir completamente a imagem das empresas, reaprender os públicos e o alcance das publicações. Bloquear o Instagram anula completamente os meus sete anos de experiência profissional”.

Alexey é proprietário de uma estância turística e também não tem dúvidas: “92% dos nossos clientes vinham do Instagram. Tínhamos sempre lotação esgotada, mesmo em dias de semana. Agora não vamos conseguir nenhum cliente, aparentemente. Estamos vazios“.

O contexto da fotógrafa Nastya parece ser ainda mais delicado: “O Instagram é a minha vida inteira, mesmo a nível financeiro. E dele dependem as pessoas de quem cuido. Não sei como vou cuidar deles agora, sem o meu blogue. Estou a tentar não pensar nisso, nestes dias”.

Inna, guia turístico, admite que a proibição do Instagram é sinónimo de perda do salário: “Isto destrói os meus cinco anos de trabalho duro. É um golpe terrível”.

Os relatos de vida profissional arruinada repetem-se ao longo do artigo. Pessoas choraram, outras não sabem o que vão fazer agora. E uma proprietária de um abrigo para animais até classifica esta decisão como uma “crise humanitária”.

Também há três relatos diferentes, que deixamos para o final.

Um é de Nastya, que conta que há 10 anos um homem viu uma fotografia sua no Instagram e ficou interessado – hoje esse homem é o seu marido.

Outro é de Viktor, reformado, que não será afectado porque nem tem conta no Instagram. Mas sente-se aborrecido devido a tantos bloqueios na Rússia: “Acho que, um dia, a Rússia será livre!“.

Por fim, a confissão de Anton, programador informático: “Duvido de que o Meduza publique isto: eu utilizava muito o Instagram e considerava a rede um sítio importante para socializar e ler as notícias mais recentes; mas, a partir do momento em que mudaram as regras sobre mensagens de ódio contra os russos, passei a ser a favor da proibição do Instagram”.

Muitos russos têm agora tentado angariar seguidores no Telegram e no VKontakte (o Facebook da Rússia).

https://zap.aeiou.pt/instagram-bloqueado-russia-468050

 

Fortuna escondida - Putin terá vários imóveis de luxo na Alemanha !


O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem vários imóveis de luxo em Berlim e em Munique, na Alemanha, de acordo com o jornal alemão Bild.

Segundo este órgão de comunicação social, Putin adquiriu há poucos anos o “Palácio da Ópera” de Munique, avaliado em 300 milhões de euros, assim como o edifício do Hotel Sofitel, também na capital da Bavária.

A investigação de 2021 apelidada de “Pandora Papers” tinha revelado que o palacete em Munique estava vinculado a uma empresa ‘fantasma’ sediadas nas Ilhas Virgens.

A empresa estará associada, de acordo com uma investigação conjunta de vários órgãos de comunicação social alemães, ao empresário russo Ruslan Yevgenevich Goriujin, por sua vez associado ao milionário Arkadi Rotenberg, que pertence ao círculo mais restrito de amizades de Putin.

As notícias publicadas pelo Bild avançam que o Presidente russo também é o proprietário de 33 imóveis na Avenida Kurfürstendamm e de uma moradia de luxo de 1.850 metros quadrados em Berlim.

Mais uma vez, os imóveis aparecem como propriedade de Arkadi Rotenberg e do seu irmão, Boris, ambos submetidos às sanções dos EUA e do Reino Unido, pelo vínculo das suas empresas com a invasão à Ucrânia.

Este mês, as autoridades da Alemanha apreenderam num estaleiro em Hamburgo vários iates pertencentes a oligarcas russos sancionados.

No entanto, ainda não há registos de que alguma propriedade tenha sido confiscada. Isto porque há dificuldades em determinar quem é o verdadeiro proprietário destes bens luxuosos, pois, na maior parte das vezes, estão registados em empresas sediadas em paraísos fiscais.

Putin tem sido associada a vários oligarcas russos, incluindo Roman Abramovich. O empresário sobretudo conhecido como dono do Chelsea chegou a ser apontado como um eventual “testa-de-ferro” de Putin, já que poderia estar à frente de investimentos feitos em parceria com dinheiro do presidente russo.

https://zap.aeiou.pt/fortuna-putin-imoveis-alemanha-468445

 

Após protesto em direto, televisões russas deparam-se com onda de demissões de jornalistas !


Há vários anos que os jornalistas russos lidam com as limitações à liberdade de expressão e de imprensa no país, no entanto, a ideia de que podem estar a participar no branqueamento da guerra na Ucrânia e na instrumentalização da opinião pública.

Quando no início desta semana Marina Ovsyannikova decidiu intrometer-se no cenário da transmissão televisiva do estatal Channel One exibindo um cartaz a denunciar invasão russa à Ucrânia e apelar ao fim do conflito, estava longe de adivinhar o que se seguiria. A própria jornalista reconheceu, mais tarde, que antes do gesto não havia refletido bem sobre as consequências que dele resultaria, já que a sua prioridade era contestar o conflito, no qual a sua própria se recusa a acreditar.

A ação da jornalista ganhou dimensão mundial, com muitos a elogiar-lhe a coragem e valentia. O próprio presente ucraniano Volodymyr Zelenskyy agradeceu-lhe, para além de pedir a todos os que trabalham para o que chamou de ‘sistema de propaganda russo’ que se demitam das suas funções. Foi ainda mais longe, dizendo que aqueles que trabalham para o quarto ramo do poder arrisca-se a ser alvo de sanções e investigações por parte dos tribunais internacionais por envolvimento nos “crimes de guerra”.

De facto, alguns dos apoiantes mais próximos do presidente russo que trabalham nos canais de televisão estatais já foram alvo de sanções, nomeadamente Vladimir Solovyov, que apresenta um talk show num dos canais mais vistos, e Margarita Simonyan que afirmou que todos os seus compatriotas com vergonha de serem russos é porque “realmente não o são”.

Neste contexto de completa limitação da liberdade de expressão e imprensa, em que os meios de comunicação são obrigados a seguir a cartilha imposta pelo governo, a demissão pode ser mesmo o único caminho para os profissionais que não concordam com as suas opções, nomeadamente a invasão da Ucrânia. E o incidente com Ovsyannikova parece ter incentivado alguns a fazê-lo.

Nas horas que se seguiram ao protesto, três demissões sonantes aconteceram. Também no Channel One, a jornalista Zhanna Agalakova deixou as suas funções como correspondente europeia, ao passo que dois outros jornalistas abandonaram a rival NTV. Lilia Gildeyeva trabalhava na estação como apresentadora desde 2006 e Vadim Glusker era funcionário do canal há quase 30. Na imprensa internacional correm rumores de demissões entre jornalistas do grupo VGTRK, também controlada pelo Kremlin.

Roman Super jornalista da Vesti, anunciou que os funcionários estavam a sair “em massa”, apesar de tal afirmação ainda não ter sido oficialmente confirmada. Na RT (Russia Today), órgão russo com predominância em todo o mundo e que acabou banido na Europa por decisão da União Europeia como consequência da guerra na Ucrânia, a demissão mais proeminente foi a de Maria Baronova. Em declarações à BBC, a antiga editora-executiva afirmou que o presidente russo havia destruído a reputação do país e que a economia estava morta.

Para além de Baronova, a onda de demissões na RT vai além dos jornalistas com nacionalidade russa. Shadia Edwards-Dashti anunciou o cessar de funções enquanto correspondente em Londres no dia da invasão à Ucrânia, sem que avançar qualquer justificação. Jonny Tickle, com nacionalidade inglesa mas a trabalhar em Moscovo, também apresentou a demissão “à luz dos eventos recentes”.

Já Frédéric Taddei, apresentador francês na RT do seu país, anunciou que iria deixar de apresentar o seu programa já que França estava “em conflito” com a Rússia, o que impedia de prosseguir as suas funções habituais “por lealdade” ao seu país. De acordo com a Reuters, a agência de notícias estatal russa com sede na Alemanha, a Ruptly, viu muitos dos seus quadros baterem com a porta.

Também os meios de comunicação social russos sem ligações ao Kremlin têm sido alvo de ataques repetidos durante os últimos anos, pelo que muitos estão habituados a trabalhar sob a ameaça – daí não estarem surpreendidos pela atual colheita de demissões. De facto, alguns foram rotulados como agentes estrangeiros, em linha com o que acontecia na era soviética.

A Dozhd (TV Rain), que foi forçada a abandonar a transmissão tradicional em 2014, teve de suspender as suas emissões online devido à invasão da Ucrânia e alguns dos seus jornalistas fugiram da Rússia de forma a garantir a segurança. A Rádio Ekho Moskvy também foi retirada do ar como consequência da nova legislação russa sobre a chamada falsa informação. A BBC russa está também entre os vários meios ocidentais que foram proibidos, enquanto os jornalistas que trabalham para a Meduza, sediada na Letónia, foram forçados a sair da Rússia.

https://zap.aeiou.pt/apos-protesto-em-direto-televisoes-russas-deparam-se-com-onda-de-demissoes-de-jornalistas-468163

 

EUA ameaçam guerra nuclear ou sanções !


Uma mudança sísmica está enviando ondas de choque pela economia global.

A bem estabelecida desordem capitalista, dominada pelo imperialismo dos EUA e em vigor desde a Segunda Guerra Mundial, está em terreno instável. Sanções econômicas extremas impostas à Rússia estão arrastando o mundo inteiro para uma guerra que começou muito antes da intervenção russa na Ucrânia em 24 de fevereiro.

Um grande cálculo é quais países serão forçados a aceitar as onerosas sanções econômicas impostas à Rússia pelos EUA. Os países que representam a maioria da população mundial não estão dispostos a vincular sua soberania ao controle total de Wall Street. Para o choque dos estrategistas de guerra dos EUA, quase toda a América Latina, Caribe, muitos países da África e a maior parte da Ásia rejeitaram as sanções à Rússia.

O desafio aberto de tantos países e grandes blocos comerciais é uma confirmação impressionante do enfraquecimento do poder econômico dos EUA.
Domínio dos EUA desafiado

É bem reconhecido que o domínio econômico dos EUA na Europa, e globalmente, foi desafiado pelo aumento do comércio da União Europeia com a Rússia e a China. A crescente integração do bloco de países da Eurásia, que se estende desde a China e o Sul da Ásia, passando pela Ásia Central e Rússia até a Europa, confere uma enorme vantagem econômica aos países envolvidos.

A crescente integração do comércio e investimento da UE com a Rússia e a China ameaça tanto a dominação do poder corporativo dos EUA na Europa quanto a hegemonia global dos EUA. É do interesse do poder corporativo nos EUA provocar cinicamente um conflito onde é menos afetado, mas fazê-lo em uma região onde seus rivais capitalistas na UE carregarão o fardo mais pesado.
EUA ameaçam guerra nuclear para obter sanções

Os EUA instigaram uma crise cercando a Rússia com bases da OTAN, organizando operações militares constantes e fornecendo armas pesadas à Ucrânia para atirar nas fronteiras da Rússia.

Os Estados Unidos são o único país que já usou armas nucleares. Ele incinerou duas cidades inteiras – Hiroshima e Nagasaki – em 1945. É o único país que se recusa a concordar com uma política nuclear de “No First Use”.

Ao colocar armas nucleares na Europa e instalar armamento com capacidade nuclear nas fronteiras da Rússia, está provocando abertamente a Rússia a atacar em legítima defesa. Os EUA usaram a ameaça nuclear não apenas contra a Rússia, mas para impelir a União Europeia a impor duras sanções à Rússia, embora fosse contra os interesses da UE cortar os laços econômicos com Moscou.

Com a UE, e especialmente a Alemanha, relutantes em impor sanções que romperiam todas as relações com a Rússia, os EUA jogaram duro. O presidente Joe Biden ameaçou a UE em 26 de fevereiro, dois dias depois de a Rússia iniciar sua operação militar na Ucrânia, que a única alternativa para seguir as sanções dos EUA “seria a Terceira Guerra Mundial”.

“Você tem duas opções. Iniciar uma Terceira Guerra Mundial, ir à guerra com a Rússia, fisicamente. Ou, dois, certifique-se de que o país que age de forma tão contrária ao direito internacional acabe pagando um preço por tê-lo feito. . . . Eu sei que essas sanções são as sanções mais amplas da história, sanções econômicas e sanções políticas”.

Em entrevista ao blogueiro Brian Tyler Cohen, Biden disse que seu “objetivo desde o início” era manter a OTAN e a União Europeia “na mesma página”. (Veja isso )

A UE, um bloco de economias capitalistas dominado pela Alemanha, é incapaz e não quer desafiar diretamente a hegemonia dos EUA, especialmente quando eles são ameaçados com uma guerra nuclear na Europa se não cumprirem. A UE impôs todas as sanções exigidas pelos EUA. Suas sanções refletem as impostas por Washington. No entanto, eles ainda podem comprar gás da Rússia, com base em um acordo com os EUA

Sanções foram impostas à Rússia em 2014, depois que a maioria da população russa na Crimeia votou para se juntar à Rússia. Isso ocorreu após um golpe fascista apoiado pelos EUA na capital ucraniana de Kiev. Naquela época, duas regiões do leste da Ucrânia – Donetsk e as Repúblicas Populares de Lugansk – se separaram das gangues fascistas em Kiev.

Desde o bombardeio dos EUA/OTAN à Iugoslávia em 1999, e apesar dos constantes alertas de perigo até mesmo de seus próprios estrategistas políticos, a política do governo dos EUA tem sido continuar absorvendo mais países do Leste Europeu na OTAN, construindo bases da OTAN em torno da Rússia, recrutando e treinando soldados e mercenários, criando provocações na fronteira russa e usando a Ucrânia como peão para desestabilizar toda a região.


Esses anos de constantes ataques econômicos e militares à Rússia estão escondidos do público nos EUA e na UE.
O que está por trás da política de guerra dos EUA?

Por que o comércio e a integração UE/Rússia são tão ameaçadores para o imperialismo dos EUA?

A UE é o maior investidor na Rússia. Um novo e maior gasoduto duplo, chamado Nord Stream 2, foi construído para transportar gás natural barato da Rússia através do Mar Báltico até a Europa. Deveria fornecer combustível para as indústrias da UE e calor para milhões de casas, evitando a dependência de carvão e petróleo altamente poluentes. O chanceler alemão Olaf Scholz suspendeu o projeto em 22 de fevereiro.

A energia representa 62% das importações da UE da Rússia. Custa muito menos do que o gás dos EUA, que é o maior exportador de gás GNL fraccionado. Este é um desafio para a abertura de novos mercados. Com a guerra e as sanções, as empresas de gás e petróleo dos EUA lucrarão imediatamente com os preços vertiginosos do combustível e garantirão seu controle futuro do mercado europeu.

O embate é maior do que apenas um gasoduto. A economia dos EUA está focada na produção militar. É o maior exportador de sistemas de armas. Mas o imperialismo dos EUA é incapaz de igualar os planos de desenvolvimento do Cinturão e Rota da China. Mais de 138 países assinaram novos portos, ferrovias, centros industriais e empréstimos a juros baixos.

Os empréstimos de desenvolvimento do Cinturão e Rota da China são muito mais atraentes do que os sistemas de armas dos EUA e os duros planos de austeridade associados aos empréstimos do FMI e do Banco Mundial.

O capital financeiro dos EUA está alarmado com o fato de dois terços dos países membros da União Européia terem assinado como membros formais dos projetos de Desenvolvimento do Cinturão e Rota da China. As cidades portuárias da Grécia, Itália, Portugal e Hungria estão sendo reconstruídas. Novos projetos de energia estão em andamento. O comércio da Europa com a China agora excede seu comércio com os Estados Unidos. (Veja isso )

Na luta para manter sua posição dominante, o imperialismo dos EUA tem apenas uma ferramenta contra essas relações econômicas em rápido desenvolvimento e fortemente concorrentes: a guerra. Tanto a guerra militar quanto a guerra econômica de sanções.
Sanções são guerra

As sanções não são um impedimento à guerra ou um substituto para a guerra. Eles são de fato uma escalada da guerra.

Usando o papel dominante do dólar na economia mundial, Washington impôs mais de 5.500 sanções à Rússia e está forçando outros países a reconfigurar suas economias para cumprir essas penalidades econômicas extremas. As sanções contra a Rússia são as medidas de guerra econômica mais extremas do mundo. (Veja isso )

As sanções criam hiperinflação, fomes artificiais, convulsões sociais e crises de saúde que punem as populações civis. Tão mortais quanto bombas, as sanções são um ato de guerra. Eles são corretamente rotulados como um Crime Contra a Humanidade.

As sanções conseguirão restaurar a posição do imperialismo norte-americano? Esse é claramente o cálculo.

A vice-diretora-gerente sênior do Fundo Monetário Internacional, Gita Gopinath , deu uma visão oficial dessa expectativa de que as sanções financeiras levarão a Rússia a uma "recessão profunda" e "mudarão a ordem econômica global". . . . Tem implicações para a ordem econômica global como a conhecemos.” (Veja isto ) Outros artigos de notícias preveem que a economia russa está “descendo pela calha de gelo”, vai “cair”, “entrar em queda livre” etc.

Vários economistas alertam que isso impactará a economia global. Para os banqueiros e financistas, a dor de milhões, mesmo dentro dos EUA, não é motivo de preocupação, desde que eles possam juntar os pedaços depois.

Especuladores preveem que indústrias de “defesa” e empresas de energia irão prosperar. Todas as previsões financeiras nos EUA e na Europa são de que isso afetará muito mais a economia europeia.
Terceiro mundo sancionado

Hoje mais de 40 países, abrangendo um terço da população mundial, já sofrem com as medidas econômicas impostas por Washington. Os EUA sancionaram Cuba, Venezuela, Nicarágua, China, Irã, Iraque, Síria, Palestina, Afeganistão, Zimbábue, Etiópia, Sudão e outros. Os países que negociam com alvos de sanções dos EUA enfrentam multas pesadas. Essa forma mortal de guerra econômica afeta todos os países vizinhos e destrói o desenvolvimento regional.

Muitos desses países, no entanto, estão encontrando maneiras de sobreviver por meio de programas complexos de troca e troca que estão se desenvolvendo à medida que o número de países sancionados cresce.

Quase todos os países atingidos por essas duras medidas desestabilizadoras dos EUA e sanções de confisco de ativos assinaram os programas de desenvolvimento da Iniciativa do Cinturão e Rota da China. Muitos dos países sancionados, incluindo Venezuela, Cuba e Síria, recebem remessas confiáveis ​​de combustível e grãos necessários da Rússia. Essas novas formas de troca, desenvolvidas por necessidade, começam a enfraquecer o estrangulamento econômico pretendido. A Rússia ainda tem um mercado forte para suas exportações além do alcance das sanções dos EUA.

A Rússia também é membro da Organização de Cooperação de Xangai. Esta é uma aliança econômica e de segurança que é a maior organização regional do mundo, cobrindo aproximadamente 60% da área da Eurásia, 40% da população mundial e mais de 20% do produto interno bruto (PIB) global. Dos 14 membros desse bloco comercial, seis já estão sob sanções dos EUA, mas mantêm relações econômicas normais.
Os países se recusam a cumprir

Para o choque dos estrategistas de guerra de Washington, muitos países que não estão atualmente sob sanções dos EUA estão se recusando a cumprir as sanções dos EUA e da UE impostas à Rússia. Até o momento, Índia, Paquistão, Bangladesh, Indonésia, África do Sul, Quênia, Tanzânia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar, Brasil, Argentina, Bolívia, México e outros países com economias menores se recusaram a cumprir as medidas dos EUA que prejudicar suas próprias relações comerciais.

São nações com economias em crescimento e grandes populações. Vários países que anteriormente faziam parte da União Soviética e agora fazem parte da União Econômica da Eurásia (EAEU) – Bielorrússia, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão – provavelmente não cumprirão.

Vários países, não dispostos a enfrentar abertamente a ira econômica dos EUA, afirmaram vagamente que apenas cumpririam as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU, onde um veto russo ou chinês tornaria tal votação improvável.

A pressão econômica e política dos EUA para que todos esses países cumpram se intensificará no próximo período.
Ameaçando a China

O principal regulador bancário da China, Guo Shuqing, diz: “Não participaremos de tais sanções e continuamos a manter as trocas econômicas, comerciais e financeiras normais com as partes relevantes”. (New York Times, 11 de março) Depois que Mastercard e Visa interromperam suas operações, os bancos russos recorreram ao UnionPay da China, que oferece opções de pagamento em 180 países.

A China ainda não deu assistência econômica ou militar à Rússia. Simplesmente se recusou a cortar suas relações econômicas normais. Isso está enfurecendo o governo Biden.

Os EUA ameaçaram publicamente a China por ajudar a Rússia a evitar sanções. A China foi lembrada de que dois de seus maiores parceiros comerciais são os EUA e a União Européia. A China precisa de acesso a esses mercados.

O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan , ameaçou a China diretamente, afirmando:

“Estamos comunicando direta e privadamente a Pequim que haverá absolutamente consequências” se a China ajudar a Rússia a “preencher” suas perdas com as sanções. “Não permitiremos que isso avance e que haja uma tábua de salvação para a Rússia dessas sanções econômicas de qualquer país em qualquer lugar do mundo.”

Sullivan disse que a China e todos os países estão cientes de que não podem “basicamente resgatar a Rússia. . . dar à Rússia uma solução alternativa para as sanções”, com impunidade. (Veja isso )

Se ameaças tão descaradas e ofensivas estão sendo feitas abertamente à China, ameaças mais duras estão sendo feitas a outros países.

Novas formas de comércio e troca desafiam o poder de hegemonia do dólar americano. Mas medidas extremas impostas à Rússia criarão intensa dor econômica de inflação e desemprego em escala global.

A classe dominante dos EUA, o Congresso dos EUA e a mídia corporativa dos EUA são neste momento unanimemente a favor de uma guerra econômica e até mesmo de um confronto militar, independentemente de quão destrutivos sejam para a vida humana, desde que abram novos mercados e destruir seus rivais.

Os democratas rapidamente abandonaram as promessas do Build Back Better e um pacote de saúde COVID-19 para saturar a Ucrânia com armas. Os trabalhadores nos EUA e na Europa pagarão o preço.

O perigo crescente é que uma guerra imperialista dos EUA nessa escala, combinada com a exigência de que o mundo inteiro participe, possa escalar perigosamente.

Workers World .

 

Comida fora do prazo e falta de combustível - Corrupção está a sabotar o exército russo !


O grande nível de corrupção no setor de defesa e segurança estará a sabotar o avanço do exército russo na Ucrânia.

A Rússia não contava encontrar este tipo de resistência por parte dos ucranianos, como já muitas vezes se referiu. O exército de Vladimir Putin esperava uma entrada mais fácil na Ucrânia, mas a realidade é que estão a ter dificuldades em combater os locais, apesar da superioridade em número e armamento.

O Presidente russo esperava até que fosse recebido de braços abertos em alguns casos, uma vez que pairava a ideia de que o povo ucraniano ansiava por fazer parte da Rússia. Mais uma vez, a realidade revelou-se bem diferente.

A lentidão de alguns ataques é um fator realçado por alguns analistas, que falam ainda de um grande número de baixas entre o exército russo e falta de coordenação.

Foi este o caso em Voznesensk, por exemplo. A pequena cidade foi, recentemente, palco de um confronto entre ucranianos e russos, que terminou com a inesperada vitória dos locais.

Os 400 soldados russos de uma brigada de infantaria naval baseada na Crimeia planeavam bombardear a cidade e tomá-la em apenas algumas horas.

No entanto, a resistência ucraniana saiu por cima. A batalha durou dois dias e terminou com 100 soldados russos mortos, 30 dos 43 blindados destruídos e um helicóptero derrubado.

A Rússia apenas por uma vez, ao sétimo dia de guerra, revelou o número de soldados mortos no conflito: 498. Esta quarta-feira, os Estados Unidos estimaram que, em 20 dias, o exército russo possa ter perdido já cerca de 7.000 militares.

Segundo o Público, o afastamento de dois responsáveis dos serviços de espionagem, postos em prisão domiciliária, é sintoma de que as coisas não correram como planeado na Ucrânia.

Andrei Soldatov, especialista em serviços de segurança da Rússia, diz que os dois responsáveis foram interrogados por falharem na informação sobre a Ucrânia que deram antes da guerra. “Disseram a Putin o que ele queria ouvir”, explicou Soldatov.

Num artigo publicado no POLITICO, Polina Beliakova, do Centro para Estudos Estratégicos da Tufts University, disse que o grande nível de corrupção no setor de defesa e segurança da Rússia foi também um dos fatores que prejudicou os russos no terreno.

Equipamento militar desadequado, comida fora do prazo — expirada em 2015 — ou falta de combustível. Estes são alguns dos problemas que o exército russo terá sentido em plena invasão à Ucrânia.

“Muitas inovações tecnológicas, incluindo as que poderiam aumentar a precisão dos ataques russos, nunca se materializaram devido a subornos, desvios e fraude”, disse Beliakova.

https://zap.aeiou.pt/corrupcao-sabotar-exercito-russo-468079

 

Google proíbe aplicação do governo da Malásia para “conversão” de homossexuais !


Após uma análise ao conteúdo da aplicação, empresa norte-americana concluiu que esta violava os seus regulamentos, decidindo suspender a sua comercialização.

Uma aplicação para telemóveis produzida pelo governo da Malásia com o propósito de ajudar a comunidade LGBT a “regressar à natureza” foi removida da loja online Google Play, depois da empresa ter concluído que o produto violava os regulamentos da plataforma.

A tecnologia foi lançada em julho de 2016, mas atraiu mais atenção quando foi partilhada no Twitter pelo departamento de desenvolvimento islâmico do governo do país. A publicação alegava, em linha com a intenção dos seus criadores, que a aplicação iria permitir às pessoas LGBT regressar a um estado de natureza ou pureza, sendo que quem a adquirisse teria também acesso a um e-book onde é detalhada a experiência de um homem gay que “abandonou o seu comportamento homossexual” durante o Ramadão.

Confrontada pelo The Guardian, a Google esclareceu que sempre que uma aplicação lhes é reportada, inicia-se um processo de investigação em linha com os regulamentos e caso seja encontrada alguma violação são tomadas “ações apropriadas” para manter uma “experiência de confiança para todos”.

Nos regulamentos da Google Play, é possível ler-se que não serão permitidas aplicações que “tentem enganar os utilizadores ou permitir comportamentos desonestos”. O departamento responsável pela tecnologia não comentou, até agora, o passo dado pela empresa.

Rachel Chhoa-Howard, investigadora da Amnistia Internacional da Malásia, classificou a aplicação como “perigosa” e “odiosa”. “A terapia de conversão é um procedimento profundamente discriminatório e doloroso que pode causar danos nos indivíduos que se sujeitam a ela. Já foi, inclusive, criminalizada em vários países. Apelamos às autoridades da Malásia que abandonem a prática imediatamente, assim como o uso da aplicação. Instem o respeito e a proteção dos direitos LGBT no país.”

Numan Afifi, fundador do grupo defensor dos direitos LGBT+ Pelangi Campaign, defende que a Google e as outras plataformas devem melhorar as suas ferramentas de moderação de conteúdos que estão alojados nas suas plataformas. “Os grupos comunitários que tentam denunciar todo o conteúdo potencialmente danoso já enfrentam múltiplos entraves, nomeadamente perseguições, censura e rusgas em manifestações ou protestos.”

“Agora que as eleições gerais estão à porta, estou bastante seguro de que a demonização da comunidade LGBT vai ficar mais intensa, especialmente entre aqueles que estão a tentar [ganhar] votos conservadores”, explicou.

A comunidade LGBTI da Malásia enfrenta uma discriminação generalizada, incluindo leis que proíbem as relações entre pessoas do mesmo sexo e a expressão não-normativa do género. A Google, por sua vez, já havia retirado uma aplicação de um grupo baseado nos Estados Unidos Living Hope Ministries que promovia a chamada “terapia de conversão“. A aplicação, que sugeria que os utilizadores podiam “rezar longe os gays”, foi removida em 2019.

https://zap.aeiou.pt/google-proibe-aplicacao-do-governo-da-malasia-para-conversao-de-homossexuais-468045

 

Espiões já estarão a estudar como assassinar Putin — Mas o golpe pode vir do Kremlin !


Um antigo espião francês, perito em assassinatos, diz que já haverá planos em curso para assassinar Vladimir Putin — mas que o golpe deverá vir de dentro do Kremlin.

A invasão da Ucrânia pela Rússia levou uma panóplia de países a condenar as ações do Presidente russo, Vladimir Putin, que governa o país com mão de ferro há quase dez anos. Poderá o fim da guerra passar pelo assassinato do líder russo?

Um antigo agente admite que haverá agências de espionagem a esboçar planos para matar o Presidente russo.

“A operação está em cima da mesa de todas as agências de inteligência”, disse um veterano agente da Direção Geral de Segurança Externa de França (DGSE) ao The Daily Beast. “Eu sei disso porque costumava planeá-las”, disse o agente em anonimato.

Diplomaticamente, o eventual assassinato de Putin nunca é posto em questão, visto que seria um ponto sensível que poderia agravar o clima de tensão atual. Este é, regra geral, um tema discutido fora dos holofotes da imprensa.  

O espião especialista em eliminação, agora reformado, disse que o método mais eficiente para assassinar Vladimir Putin seria com veneno.

“A tentativa será de dentro do Kremlin. Este não é um trabalho de fora”, disse o espião ao The Daily Beast.

“A inteligência russa é provavelmente a única que resta a usar veneno”, diz o francês. Vários inimigos do Kremlin foram assassinados desta forma, desde o desertor da KGB Nikolai Khokhlov (café misturado com tálio) ao candidato presidencial ucraniano Viktor Yushchenko (jantar temperado com dioxina).

Mas a tarefa de assassinar Putin está longe de ser fácil. O líder russo está nas sombras da guerra e, de acordo com uma fonte do governo russo, Putin terá despedido as cerca de 1.000 pessoas — de cozinheiros a guarda-costas — que trabalhavam para si e substituiu-as.

“Duvido que Putin viaje longe de veículo. Não há veículo blindado que possa sobreviver a algumas toneladas de explosivos enterrados na rua”, disse o ex-espião gaulês.

Desta forma, matar o Presidente russo “será um trabalho caro, uma fortuna”, acrescenta o agente, salientado que já deve haver uma cifra fixada.

https://zap.aeiou.pt/espioes-assassinar-putin-golpe-kremlin-467789

 

Biden acusa pela primeira vez Putin de ser um “criminoso de guerra” ! Kremlin fala em declarações “inaceitáveis” !


O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou hoje o homólogo da Rússia, Vladimir Putin, de ser um “criminoso de guerra”, utilizando esta expressão pela primeira vez desde o início da invasão russa da Ucrânia.

“É um criminoso de guerra”, atirou, sem mais detalhes, quando respondia a um jornalista à saída de um evento dedicado à luta contra a violência doméstica, que decorreu na Casa Branca.

A porta-voz da presidência norte-americana, Jen Psaki, esclareceu pouco depois que Biden tinha falado “com o coração” depois de ter visto imagens das “ações bárbaras de um ditador brutal”.

Jen Psaki acrescentou que continua em andamento um “procedimento legal no Departamento de Estado” relativo à qualificação legal de “crimes de guerra” cometidos pela Rússia na Ucrânia.

Até agora, nenhum governante norte-americano tinha utilizado publicamente os termos “criminoso de guerra” ou “crimes de guerra”, ao contrário de outros estados ou organizações internacionais.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, por exemplo, descreveu na semana passada como um “crime de guerra hediondo” o bombardeamento russo de uma maternidade e hospital pediátrico perto de Mariupol, que causou três mortos, incluindo uma criança, e 17 feridos.

Também o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, referiu no início de março que considerava o uso de munições sobre civis inocentes um “crime de guerra”.

De resto, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), que investiga a existência de crimes de guerra na Ucrânia, visitou o país e conversou por videoconferência com Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, revelou hoje este organismo.

O Kremlin (presidência russa) reagiu de imediato a estas declarações de Joe Biden, considerando-as “inaceitáveis e imperdoáveis”.

“Consideramos esta retórica do chefe de Estado [norte-americano], cujas bombas mataram centenas de milhares de pessoas em todo o mundo, inaceitável e imperdoável”, referiu o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência estatal russa.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 726 mortos e mais de 1.170 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/biden-putin-criminoso-guerra-kremlin-467868

 

quarta-feira, 16 de março de 2022

Terceira Guerra Mundial no horizonte - Confronto militar é inevitável entre EUA e Rússia por causa das armas e combatentes voluntários pela Ucrânia !

Um confronto armado com os EUA chegou mais perto com o ataque aéreo da Rússia no domingo, 13 de março, no centro de treinamento militar Yavariv, na Ucrânia, perto da fronteira polonesa. O ataque ocorreu depois que o MREL da Rússia, Sergei Ryabkov, alertou os EUA que os comboios que trazem armas de vários países para a Ucrânia eram “não apenas um movimento perigoso, mas alvos legítimos”.

Os russos estavam alvejando voluntários ocidentais pelo apoio a Ucrânia, bem como armas recebidas. Apesar das negações, fontes militares revelam que presentes na base estavam voluntários dos EUA, Irlanda, Alemanha e Reino Unido. Não há informações sobre se o pessoal estrangeiro estava entre as 35 pessoas mortas e 130 feridas no ataque com mísseis de longo alcance russo no centro militar da Ucrânia a oeste de Lviv.

O contra-alerta de Washington foi feito pelo conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, que disse: “Se houver um ataque militar ao território da Otan, isso trará toda a força da aliança da Otan para responder a isso”, advertiu ele.

Um impasse perigoso marca a quase terceira semana do conflito na Ucrânia, dizem fontes militares do DEBKAfile: Por um lado, Moscou não pode permitir que o Ocidente continue injetando armas a bel prazer na Ucrânia para uso contra as forças russas - e pode não parar na fronteira de um membro da OTAN para interromper as entregas. Por outro lado, Washington e a OTAN não podem impedir o fluxo de milhões de dólares em armas, como mísseis antitanque e antiaéreos, bem como caças ocidentais, para reforçar a resistência ucraniana à invasão russa. Os confrontos estão se tornando inevitáveis; eles provavelmente serão locais e de escopo limitado, pelo menos no estágio inicial.
O presidente Joe Biden declarou no domingo: “Não queremos travar uma guerra contra a Rússia na Ucrânia. O confronto direto entre a OTAN e a Rússia será a Terceira Guerra Mundial – algo que devemos nos esforçar para evitar”, disse ele.
Além do ataque à base ucraniana no domingo, o exército russo se concentrou desde sábado em construir e trazer novos suprimentos para os dois comboios ainda estacionados a oeste e leste de Kiev para receber ordens de movimento, com ataques ocasionais de artilharia contra o cidade.
Há sinais de que unidades militares russas mantidas na Armênia e Ngorno Karabakh estão se preparando para sair e seguir para a Ucrânia. Enquanto isso, navios de guerra russos fecharam seu bloqueio ao porto de Odesa, no Mar Negro .
 
https://www.debka.com

 

Rússia pode entrar hoje em bancarrota !

O Presidente russo, Vladimir Putin.
A Rússia pode não ser capaz de pagar as dívidas contraídas no estrangeiro face às sanções económicas aplicadas pelo Ocidente após a invasão à Ucrânia.

Carmen Reinhart, economista-chefe do Banco Mundial, já tinha avisado, na semana passada, que Rússia e Bielorrússia estavam “extremamente perto” da inadimplência.

Caduca hoje, quarta-feira, dois cupões de juros de dívida pública denominada em dólares, no valor de 117 milhões de dólares (106 milhões de euros).

Ainda assim, Moscovo terá um período de graça de 30 dias depois da data limite, pelo que um cenário de incumprimento só se formaliza em abril. Os incumprimentos de pagamentos da dívida tornam mais difícil e mais caro pedir empréstimos no futuro.

Kristalina Georgieva, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse que a Rússia está a enfrentar uma “profunda recessão” devido às sanções.

De acordo com o Expresso, o ministro das Finanças russo, Anton Germanovich Siluanov, já admitiu recorrer às divisas em moeda chinesa (yuan) ou até mesmo na moeda russa (rublos).

A Fitch já disse que se o pagamento for em rublos, isso será considerado um default em abril depois do período de carência.

O comité da ISDA — International Swaps and Derivatives Association — “vai ter de decidir se o pagamento em rublos, em vez da divisa em que está denominada a dívida, é ou não um evento de crédito, um default”, explica Eric Dor, diretor de Estudos Económicos na Escola de Gestão IESEG, ao semanário.

“Mesmo os pagamentos em rublos para o estrangeiro estão proibidos com medo que os beneficiários no exterior revendam de imediato os rublos contra divisas estrangeiras e, deste modo, reforcem a desvalorização da moeda russa”, acrescenta.

Siluanov acusa os mercados de estarem a encenar um “incumprimento artificial”, chamando “hostis” aos credores estrangeiros.

O incumprimento pontual do pagamento da dívida é um cenário raro para os russos e já não acontecia desde a crise russa de 1998.

A sua má reputação como devedor tornará difícil atrair investimentos estrangeiros sem grandes garantias, potencialmente tornando o país mais dependente da China.

Caso Vladimir Putin conseguisse reclamar a vitória na Ucrânia, a situação apenas pioraria. Manter a paz num ambiente tão hostil forçaria o Presidente russo a desviar uma enorme quantidade de recursos do orçamento do país.

Ainda assim, o montante em dívida pelo Governo russo é relativamente pequeno: cerca de 40 mil milhões de dólares em obrigações de moeda estrangeira. O maior problema é para as empresas russas, que têm quase 100 mil milhões de dólares em obrigações internacionais.

https://zap.aeiou.pt/russia-pode-entrar-em-bancarrota-467616

 

Ever Forward - Um ano depois do Suez, há outro navio da Evergreen encalhado !


Um ano depois de o navio Ever Given ter ficado preso no Canal de Suez, há mais um navio encalhado, desta vez na Baía de Chesapeake, nos Estados Unidos.

Um cargueiro operado pela Evergreen ficou encalhado na Baía de Chesapeake, nos Estados Unidos, no domingo à noite.

O navio, com a bandeira de Hong Kong, tem 334 metros e chama-se “Ever Forward”. Dirigia-se para Norflok, na Virgínia, mas acabou por ficar preso após a partida do Terminal Seagirt, no Porto de Baltimore.

“O navio encalhado não está a impedir a circulação de outras embarcações até ao Porto de Baltimore. Têm sido feitos esforços para tentar desencalhar este barco. A Guarda Costeira está a monitorizar toda a situação”, explicou o diretor-executivo da administração do Porto de Baltimore, à Bloomberg.

A Evergreen está envolvida nas operações que têm como objetivo desencalhar a embarcação, tendo já contratado mergulhadores que inspecionaram o navio em busca de danos. A transportadora, sediada em Taiwan, também já abriu uma investigação para apurar o que esteve na origem do sucedido.

Há precisamente um ano, em março de 2021, o Canal do Suez ficou bloqueado durante seis dias por causa de um navio com a bandeira do Panamá. O canal é o ponto de passagem de cerca de 10% do comércio mundial.

Tal como o Ever Foward (de 334 metros de comprimento), o Ever Given (de 400 metros) pertencia à transportadora marítima Evergreen.

A obstrução causou um enorme trânsito de mercadorias. A Associated Press estimou perdas de nove mil milhões de dólares (cerca de 7,6 mil milhões de euros) por dia.

https://zap.aeiou.pt/outro-navio-da-evergreen-encalhado-467641

 

Kiev diz que quarta alta patente do exército russo morreu em combate !


Responsáveis ucranianos disseram que o major-general Oleg Mityaev, que comandava a 150.ª divisão de fuzileiros motorizados russa, foi morto na terça-feira em combate, na cidade ucraniana de Mariupol, cercada pelas forças russas.

Um conselheiro do Ministério do Interior ucraniano Anton Gerashchenko publicou na plataforma Telegram uma foto que disse ser de Mityaev, de 46 anos, antigo combatente na guerra da Síria.

A Rússia não confirmou a informação sobre Mityaev, tendo Kiev indicado ser a quarta alta patente das Forças Armadas russas morta em combate desde o início da invasão da Ucrânia.

Vários analistas, citados pela agência de notícias France-Presse (AFP), disseram que a Rússia decidiu colocar altas patentes militares na linha da frente para compensar dificuldades e fragilidades.

“Isto significa que pode estar a ser necessário que um líder vá para a frente de combate e se exponha, dadas as dificuldades”, disse à AFP uma fonte militar.

Esta informação aponta para as dificuldades que o Exército russo poderá estar a enfrentar no terreno, ao ter sido confrontado desde o início da invasão com a resistência ucraniana e múltiplas dificuldades de comando, estratégia e abastecimento.

“Relatada a morte de vários generais russos, sinal da necessidade de os comandantes de grandes unidades irem diretamente até à frente de combate, para contornar uma cadeia de comando saturada e compensar a falta de iniciativa das unidades”, escreveu na rede social Twitter, no sábado, o ex-coronel francês Michel Goya, um observador atento do atual conflito.

Todos os analistas consultados pela AFP convergiram sobre as inesperadas fragilidades manifestadas pelo Exército russo nesta ofensiva.

Na opinião do investigador do Instituto Francês de Relações Internacionais (IFRI) Elie Tenenbaum, a presença no terreno de oficiais deste nível prova que Moscovo “está a pedir aos generais que estejam à frente das tropas e assumam riscos” para compensar uma situação moral difícil.

“As forças russas só foram informadas da natureza das operações 24 horas antes. Algumas só foram informadas depois de entrarem na Ucrânia. Portanto, há um grave problema de confiança em relação às chefias”, indicou Tenenbaum, referindo-se a “problemas de moral das tropas e provavelmente deserção, com veículos abandonados em campo aberto”.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/kiev-quarta-alta-patente-russo-morreu-467653

 

Confronto militar é inevitável entre EUA e Rússia por causa das armas e combatentes voluntários pela Ucrânia !

Um confronto armado com os EUA chegou mais perto com o ataque aéreo da Rússia no domingo, 13 de março, no centro de treinamento militar Yavariv, na Ucrânia, perto da fronteira polonesa. O ataque ocorreu depois que o MREL da Rússia, Sergei Ryabkov, alertou os EUA que os comboios que trazem armas de vários países para a Ucrânia eram “não apenas um movimento perigoso, mas alvos legítimos”.

Os russos estavam alvejando voluntários ocidentais pelo apoio a Ucrânia, bem como armas recebidas. Apesar das negações, fontes militares revelam que presentes na base estavam voluntários dos EUA, Irlanda, Alemanha e Reino Unido. Não há informações sobre se o pessoal estrangeiro estava entre as 35 pessoas mortas e 130 feridas no ataque com mísseis de longo alcance russo no centro militar da Ucrânia a oeste de Lviv.

O contra-alerta de Washington foi feito pelo conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, que disse: “Se houver um ataque militar ao território da Otan, isso trará toda a força da aliança da Otan para responder a isso”, advertiu ele.

Um impasse perigoso marca a quase terceira semana do conflito na Ucrânia, dizem fontes militares do DEBKAfile: Por um lado, Moscou não pode permitir que o Ocidente continue injetando armas a bel prazer na Ucrânia para uso contra as forças russas - e pode não parar na fronteira de um membro da OTAN para interromper as entregas. Por outro lado, Washington e a OTAN não podem impedir o fluxo de milhões de dólares em armas, como mísseis antitanque e antiaéreos, bem como caças ocidentais, para reforçar a resistência ucraniana à invasão russa. Os confrontos estão se tornando inevitáveis; eles provavelmente serão locais e de escopo limitado, pelo menos no estágio inicial.
O presidente Joe Biden declarou no domingo: “Não queremos travar uma guerra contra a Rússia na Ucrânia. O confronto direto entre a OTAN e a Rússia será a Terceira Guerra Mundial – algo que devemos nos esforçar para evitar”, disse ele.
Além do ataque à base ucraniana no domingo, o exército russo se concentrou desde sábado em construir e trazer novos suprimentos para os dois comboios ainda estacionados a oeste e leste de Kiev para receber ordens de movimento, com ataques ocasionais de artilharia contra o cidade.
Há sinais de que unidades militares russas mantidas na Armênia e Ngorno Karabakh estão se preparando para sair e seguir para a Ucrânia. Enquanto isso, navios de guerra russos fecharam seu bloqueio ao porto de Odesa, no Mar Negro .
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Documento secreto - Abramovich fez fortuna com corrupção e foi protegido pelo Kremlin !


Roman Abramovich terá viajado para Moscovo numa altura em que está a ser alvo de severas sanções, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia. Um documento secreto confirma que parte da sua fortuna foi obtida com negócios corruptos e que só não foi julgado por ser protegido do Kremlin.

Abramovich está a ser alvo de sanções do Reino Unido, da União Europeia e da Austrália devido às suas ligações ao presidente russo, Vladimir Putin, numa altura em que aperta o cerco internacional à Rússia devido à invasão da Ucrânia.

O oligarca russo tens os bens congelados e foi removido da direcção do Chelsea, clube que colocou à venda e que está em risco de falência nesta altura.

O homem que já chegou a ser apontado como “testa-de-ferro” de Putin terá viajado para Moscovo num jacto privado, depois de ter passado por Israel e Turquia.

A agência Reuters divulgou imagens do milionário russo no aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv, Israel, na segunda-feira. Abramovich terá partido daí para Istambul, na Turquia, de onde terá seguido para Moscovo, de acordo com a mesma fonte.

Note-se que Abramovich tem as cidadanias israelita e portuguesa. No caso de Portugal, o processo de atribuição da nacionalidade está a ser investigado por suspeitas de corrupção.

Documento revela negócios corruptos e protecção de Yeltsin

Entretanto, uma investigação da BBC descobriu “novas provas sobre negócios corruptos que fizeram a fortuna de Roman Abramovich”, como aponta a estação britânica.

O ainda dono do Chelsea fez milhões depois de ter comprado a companhia de petróleo Sibneft ao Governo russo, em 1995. Pagou cerca de 250 milhões de dólares num leilão, mas, em 2005, voltou a vender a Sibneft ao Governo russo por 13 mil milhões de dólares.

Em 2012, Abramovich admitiu num tribunal britânico que fez “pagamentos corruptos” para ajudar a concretizar o negócio da Sibneft, como apurou a BBC.

O magnata russo estava a ser processado pelo antigo sócio Boris Berezovsky.

Abramovich ganhou o processo depois de ter dito que deu a Berezovsky 10 milhões de dólares para pagar a um responsável do Kremlin para intermediar a seu favor no negócio, conta a BBC.

A estação britânica alega que “obteve um documento que se acredita ter sido contrabandeado da Rússia” por uma “fonte confidencial” que garante que foi “secretamente copiado dos ficheiros sobre Abramovich” que estariam sediados em agências governamentais russas ligadas à Justiça.

O documento de cinco páginas realça que o Estado russo foi “enganado” em 2,7 mil milhões de dólares no negócio da Sibneft, vinca a BBC. Um dado que constará de uma investigação parlamentar russa de 1997 que alega também que as autoridades russas queriam processar Abramovich por fraude.

“Os investigadores do Departamento de Crimes Económicos chegaram à conclusão de que se Abramovich pudesse ser levado a julgamento, teria enfrentado acusações de fraude… por um grupo criminoso organizado“, aponta-se no documento.

O Procurador-chefe do Ministério Público russo da altura, Yuri Skuratov, não tinha conhecimento desse documento secreto, mas confirmou à BBC vários dos detalhes referidos.

“Basicamente, foi um esquema fraudulento, onde aqueles que participaram da privatização formaram um grupo criminoso que permitiu que Abramovich e Berezovsky enganassem o Governo e não pagassem o dinheiro que essa empresa realmente valia”, conta Skuratov ao canal britânico.

O documento ainda sugere que Abramovich foi protegido pelo antigo presidente russo, Boris Yeltsin. Assim, salienta que os ficheiros judiciais sobre Abramovich foram enviados para o Kremlin e que “a investigação foi travada pelo presidente Yeltsin” e que “Skuratov foi demitido do cargo”.

Em 1999, Skuratov foi despedido no seguimento da divulgação de uma sex-tape. O antigo procurador-chefe considera que foi alvo de uma armadilha para o desacreditarem e à sua investigação.

“Esta coisa toda foi, obviamente, política porque na minha investigação, fiquei muito perto da família de Boris Yeltsin, incluindo através desta investigação da privatização da Sibneft”, relata Skuratov à BBC.

Em 1999, Yeltsin designou Putin como primeiro-ministro, preparando a sua sucessão no poder, e Abramovich continuou a fazer parte do círculo próximo do Kremlin.

Outro negócio polémico com um rapto pelo meio

Além do negócio com a Sibneft, Abramovich está ainda envolvido noutra aquisição polémica relacionado com mais uma companhia petrolífera, a Slavneft.

O dono do Chelsea fez uma parceria para comprar a Slavneft que também estava a ser cobiçada por uma grande empresa chinesa, a CNPC, que oferecia o dobro do valor.

“Muitas pessoas poderosas” teriam perdido dinheiro se os chineses tivessem ganho o negócio, aponta a investigação da BBC.

O documento secreto obtido pelo canal refere que um elemento da empresa chinesa foi raptado à chegada a Moscovo, quando pretendia participar no leilão pela Slavneft, o que levou a CNPC a desistir da compra. Só depois disso, o executivo chinês foi libertado.

Fontes contactadas pela BBC, como o ministro da Energia da Rússia da altura que não conheciam o documento, asseguram que os responsáveis políticos “já tinham decidido que a parceria do senhor Abramovich ia ganhar o leilão”, mesmo com a proposta “a preço muito mais alto” da CNPC.

A BBC ressalva que o documento não indica que Abramovich tenha participado ou tido conhecimento do rapto. Os seus advogados asseguram à estação que “não teve conhecimento de tal incidente”.

Certo é que a parceria de Abramovich ficou com o controle da Slavneft “a um preço arrasador“, como constata a BBC

Os advogados do oligarca russo garantem ainda à BBC que este não obteve lucros com quaisquer práticas criminosas.

https://zap.aeiou.pt/documento-secreto-abramovich-corrupto-467441

 

“Não acreditem na propaganda”: Manifestante interrompe transmissão da televisão estatal russa !

Maria Ovsyannikova na televisão estatal russa, Canal 1

Maria Ovsyannikova interrompeu o principal programa de notícias da estação estatal russa Canal 1, onde trabalha, para denunciar a guerra russa contra a Ucrânia.

Uma manifestante antiguerra interrompeu esta segunda-feira o principal programa de notícias do Canal 1, uma estação televisiva estatal na Rússia, segundo o Público.

A mulher atrás da apresentadora em estúdio, a segurar um cartaz com uma mensagem que denunciava a guerra na Ucrânia.

“Não à guerra. Parem a guerra. Não acreditem na propaganda. Estão a mentir-vos aqui”, podia ler-se em inglês e russo. O cartaz tinha assinatura dos “Russos contra a guerra””.

Segundo o órgão de comunicação Kyiv Independent, a manifestante é Maria Ovsyannikova, que trabalha na estação televisiva. Entrou no estúdio a gritar as frases que empunhava no cartaz: “Parem a guerra. Não à guerra“.
 
A manifestante pôde ser vista e ouvida durante alguns segundos antes de o canal a retirar do ecrã, ao mesmo tempo que a jornalista subia o tom de voz para abafar Maria Ovsyannikova.

O momento do protesto foi partilhado nas redes sociais. Uma das pessoas que o fez foi Kira Yarmysh, a porta-voz de Alexei Navalny, na sua conta no Twitter. Acompanhou o vídeo com um curto elogio: “Uau, aquela rapariga é fixe”.

Maria gravou um vídeo antes de interromper a transmissão, no qual critica o Kremlin e denuncia o horror da guerra na Ucrânia. Manifesta também vergonha por trabalhar no Canal 1, que divulga “propaganda do Kremlin“.

“Lamentavelmente, durante alguns anos trabalhei no Canal 1 e na propaganda do Kremlin, estou muito envergonhada por isso neste momento. Envergonhada por me ter sido permitido contar mentiras a partir do ecrã da televisão. Envergonhada por ter permitido a ‘zombificação’ do povo russo. Ficámos em silêncio em 2014, quando isto estava apenas a começar. Não saímos para protestar quando o Kremlin envenenou Navalny”, disse Maria Ovsyannikova.

“Estamos apenas a observar silenciosamente este regime anti-humano. E agora o mundo afastou-se de nós e as próximas 10 gerações não serão capazes de se limparem da vergonha desta guerra fratricida”, continuou.

Com um colar azul e amarelo — cores da bandeira ucraniana — Ovsyannikova disse na sua declaração em vídeo que o seu pai é ucraniano e a sua mãe é russa.

“O que está a acontecer na Ucrânia é um crime e a Rússia é o agressor“, disse a manifestante. “A responsabilidade desta agressão recai sobre os ombros de apenas uma pessoa: Vladimir Putin”.

Apelou aos colegas russos para se juntarem aos protestos anti-guerra e pôr fim ao conflito. “Só nós temos o poder de parar toda esta loucura. Vão aos protestos. Não tenham medo de nada. Eles não podem prender-nos a todos“.

É a primeira vez que um trabalhador dos meios de comunicação estatais russos denuncia publicamente a guerra que a Rússia está a travar, numa altura em que o regime russo tem apertado na censura à comunicação sobre o conflito que continua a descrever como uma “operação militar especial”.

Segundo avança o jornal britânico The Guardian, outros programas de notícias que divulgaram os instantes do protesto desfocaram a mensagem do cartaz levado pela manifestante.

Segundo a agência de notícia russa TASS, Oysyannikova pode ser condenada segundo a legislação que proíbe atos públicos que “desacreditem o uso das forças armadas russas”.

Quem já reagiu ao gesto protagonizado por esta russa foi o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy.

“Sou grato aos russos que não param de tentar mostrar a verdade, que lutam contra a desinformação e contam os factos reais aos amigos e familiares”, disse.

“É importante continuar a protestar antes que a Rússia fique complemente fechada, transformando-se numa Coreia do Norte“, sublinhou, dando ainda conta que as negociações entre os representantes russos e ucranianos recomeçam esta terça-feira.

Edgars Rinkēvičs, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia, afirmou no Twitter: “Enquanto há pessoas corajosas como Maria Ovsyanikova, uma produtora no Canal 1 da Rússia, a protestar contra a guerra e propaganda da Rússia esta noite, ou manifestantes nas ruas, a Rússia ainda tem uma hipótese de um futuro melhor“.

https://zap.aeiou.pt/nao-acreditem-na-propaganda-estao-a-mentir-vos-manifestante-antiguerra-interrompe-transmissao-da-televisao-estatal-russa-467396

 

Dois mortos em Kiev após ataque russo contra edifício residencial


Durante a madrugada foram ouvidas várias explosões na capital ucraniana. Até agora, foram registadas duas mortes.

Pelo menos duas pessoas morreram esta terça-feira num ataque russo contra um edifício residencial de 15 andares, no oeste de Kiev, disseram os serviços de emergência ucranianos.

“Dois cadáveres foram encontrados no local“, na sequência do ataque, e 27 pessoas foram retiradas ilesas do edifício, onde deflagrou um incêndio, indicaram os serviços, na rede social Facebook.

Um outro ataque atingiu um prédio de nove andares no noroeste da capital ucraniana, disseram os mesmos serviços.

O ataque causou um incêndio, que foi rapidamente extinto pelos bombeiros, e obrigou à hospitalização de um ferido, segundo a TSF.

A explosão destruiu todas as janelas do prédio e janelas de edifícios vizinhos, de acordo com um jornalista da agência de notícias France-Presse no local.

Ao início da manhã, várias pessoas estavam a atirar destroços pelas janelas dos apartamentos devastados do prédio.

Os serviços de emergência ucranianos disseram que um outro ataque causou um incêndio numa casa no distrito de Ossokorky, no sudeste de Kiev, sem causar vítimas.

A agência de notícias ucraniana Ukrinform mencionou pelo menos quatro explosões esta manhã em Kiev.

Os arredores da capital, uma cidade quase completamente cercada pelas forças russas, têm sido há vários dias palco de intensos combates. Mais de metade dos três milhões de habitantes deixaram Kiev desde o início da ofensiva russa.

De acordo com o canal de televisão Ucrânia 24, as sirenes de ataques aéreos foram também ouvidas esta manhã em Odessa, no sul do país, e em Uman, no centro.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil, e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/dois-mortos-em-ataque-russo-contra-edificio-residencial-de-kiev-467404

 

Já é possível praticar o despedimento de alguém em realidade virtual !


Barry tem um único objetivo na vida: ouvir pacientemente e protestar ou soluçar um pouco enquanto o despedem de um trabalho imaginário, através da realidade virtual.

A nova tecnologia foi criada pela Talespin, uma empresa que oferece formação em realidade virtual no local de trabalho, segundo a MIT Technology Review.

Barry e outras personagens na realidade virtual foram desenvolvidos para ajudar a ensinar às pessoas “soft skills” de gestão — tais como como despedir alguém sem causar uma cena.

Se for demasiado agressivo com Barry, ele vai colocar a cabeça nas mãos, e outros passos em falso vão fazer com que grite.

Pode parecer um método de aprendizagem um pouco bizarro, mas a realidade virtual está a ganhar terreno como ferramenta de treino.  

A tecnologia pode proporcionar um sentido de realismo acrescido, que auxilia o processo de aprendizagem, e permite que as pessoas pratiquem coisas que, de outra forma, seriam impossíveis.

A realidade virtual é utilizada para ensinar as pessoas a realizar tarefas de segurança, por exemplo. Mas também é cada vez mais utilizada para formar novos funcionários em locais como Walmart e Chipotle.

Esta tendência pode espalhar-se por vários escritórios nos próximos anos. “Estamos a assistir ao interesse repetido em criar produtos de formação relativos a competências de entrevista, conversas difíceis, venda consultiva, avaliações de desempenho, e melhores práticas de inclusão, para citar algumas”, sublinha Kyle Jackson, CEO da Talespin.

Computadores e algoritmos são por vezes utilizados para monitorizar a produção e o desempenho dos trabalhadores.

Mas embora seja comum pensar que as aptidões sociais e emocionais estão isentas desta automatização, Barry sugere o contrário.

“As soft skills estão classificadas como sendo das mais importantes para qualquer organização, quando discutem as suas necessidades para um trabalho futuro”, realça Jackson. “Não vemos isto a abrandar tão cedo“.

O problema de Barry e outras personagens virtuais é que a sua eficácia depende de quão convincentes eles são. Barry parece bastante realista para um avatar, mas Jackson diz que a personagem segue um guião definido — por isso não pode interagir de uma forma muito natural.

Os avatares comportam-se de forma mais natural se forem alimentados pela aprendizagem mecânica — mas vai demorar muito tempo até que estes personagens respondam à linguagem corporal de forma realista.

“Se não for capaz de escapar à noção de que não é uma pessoa real, não vai necessariamente ser transferida”, explica Danielle Levac, professora da Universidade Northeastern, especializada na utilização da realidade virtual.

https://zap.aeiou.pt/ja-e-possivel-praticar-o-despedimento-de-alguem-em-realidade-virtual-467380

 

Unidades hoteleiras têm tratamentos distintos para clientes negros e asiáticos, mostra estudo !


Investigadores contactaram hotéis, via email, utilizando nomes associados a cidadãos negros e asiáticos, tendo identificado diferenças nos tratamentos.

Com o verão quase ao virar da esquina e os números de casos de covid-19 a descerem, espera-se um ressurgir do setor do turismo a nível mundial, com muitos dos potenciais viajantes a fazerem marcações já de forma antecipada. Do lado dos prestadores de serviço, existe a preocupação de serem capazes de providenciar a melhor experiência possível, daí que alguns operadores tenham optado por investigar e tentado perceber se têm algum tipo de enviesamento racial nos seus protocolos.

Esta preocupação já originou, de resto, uma pesquisas na Universidade de Harvard, que concluíram que os funcionários de hotéis oferecem um melhor serviço a clientes brancos do que a negros e asiáticos. Num conjunto de estudos conduzidos entre 2016 e 2020, Alexandra Feldberg e Tami Kim contactaram mais de seis mil hotéis, no sentido de obterem recomendações relativas aos seus restaurantes. Nos e-mails que endereçaram, usaram nomes que sugeriam não só a diferentes raças e géneros, mas também níveis académicos (como Dr. ou Eng.).

As suas conclusões apontam que os funcionários dos hotéis respondem a 43% dos emails que recebem provenientes de potenciais clientes brancos, a 40% de clientes negros e a 36% de clientes asiáticos. A pesquisa foi ainda mais fundo, explorando, para além dos níveis de resposta, a qualidade da mesma. Por exemplo, os académicos encontraram diferenças na quantidade de informação disponibilizada e na facilidade com que os clientes eram encaminhados para outros estabelecimentos.

“Não deveriam existir diferenças no número de restaurantes recomendados, mas os nossos resultados mostram que os emails de resposta a “Mei Chen” continham menos recomendações do que os enviados a “Brad Andersen”, descrevem os investigadores. Os autores também explicaram que os nomes que expectavelmente pertenciam a pessoas brancas recebiam mais emails de respostas com cumprimentos ou saudações personalizadas, incluindo os seus nomes: 74% para os potenciais clientes brancos, 61% para os negros e 57% para os asiáticos.

“Se os gestores de hotéis estivessem apenas a verificar as taxas de resposta, não veriam quaisquer diferenças na forma como os seus representantes aos e-mails das pessoas”, disse Tami Kim à Harvard Business School. “Por isso, poderiam pensar: ‘Oh, os meus colaboradores estão a trabalhar muito bem. Não há nada que se possa melhorar aqui“. Mas o que os nossos resultados estão a mostrar é que é preciso ir além disso, porque, mesmo que estejam a responder a todos, isso não significa que todos estejam a ser tratados de forma igual”.

Parante estes resultados, os investigadores sugerem uma estratégia de três pontos para inverter a tendência acista e xenófoba. Primeiramente, o envio de questionários para os clientes de diferentes contextos para que seja possível avaliar a qualidade do apoio ao cliente. A dupla de investigadores sublinha ainda a importância de analisar desde os dados de como os trabalhadores na linha da frente tratam os clientes até à forma como são distribuídos os bónus, por exemplo, uma atualização para quartos com mais luxos.

Finalmente, os académicos também recomendam a realização de experiências como os próprios realizaram para se perceber como os empregados tratam os clientes de forma distinta, em função da sua raça ou origem. “Antes de fazer qualquer coisa, é preciso primeiro diagnosticar o problema“, explicou Feldberg. “Vemos frequentemente que as empresas não o fazem, embora seja provável que tenham muitas das ferramentas de que necessitam à sua disposição para tal.”

https://zap.aeiou.pt/unidades-hoteleiras-tem-tratamentos-distintos-para-clientes-negros-e-asiaticos-mostra-estudo-466961

 

“Partido da Traição”: A relação polémica entre o Partido Republicano e Putin !


O Partido Republicano está a ser rotulado de “Partido da Traição”, devido a polémicas com tudo o que tem acontecido desde que a Rússia invadiu a Ucrânia.

De acordo com a HuffPost, foi lançado um vídeo pelos Really American, um comité de ação política progressista (PAC).

O vídeo destaca o Dia da Independência de 2018, quando vários legisladores republicanos viajaram para Moscovo para visitar o Kremlin, segundo a Raw Story.

“Um dia após o Comité de Inteligência do Senado ter confirmado que a Rússia interferiu nas nossas eleições, 8 republicanos voaram para a Rússia para uma ‘photo-op’. Agora estão a culpar Biden pela invasão da Ucrânia enquanto repetem os pontos de conversa do Kremlin”, publicou o PAC no Twitter,

Embora a viagem se destinasse alegadamente a abordar a interferência russa, o vídeo assinala que o Senador Ron Johnson (R-Wis.), “minimizou a ameaça estabelecida apenas dias depois“.

O narrador do vídeo fez uma série de perguntas aos legisladores republicanos: “Porque é que os republicanos têm ‘tomado constantemente’ o lado do Presidente russo Vladimir Putin, entre outras coisas, votando para bloquear as leis de segurança eleitoral e apoiando Donald Trump por ameaçar reter a ajuda militar à Ucrânia em troca de podres sobre Joe Biden, conduta imprópria que levou ao primeiro impeachment do antigo presidente?”.

“Putin mostrou que o seu objetivo é desestabilizar a democracia ocidental da Ucrânia para os Estados Unidos. Não podemos permitir que as suas marionetas afundem mais as garras no nosso governo”, concluiu o narrador.

Em apenas um curto período de tempo, o vídeo tornou-se viral. Desde o seu lançamento a 10 de Março, já recebeu mais de 850.000 visualizações, sendo que continua a circular nas redes sociais.

https://zap.aeiou.pt/partido-da-traicao-a-relacao-polemica-entre-o-partido-republicano-e-putin-467368

 

Ucrânia: FMI alerta para possível recessão sem precedentes !


O Governo ucraniano continua funcional, o sistema bancário estável e a dívida viável a curto prazo, mas a guerra na Ucrânia pode levar a uma recessão sem precedentes, alertou hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O conflito também põe em perigo a segurança alimentar mundial, segundo a instituição.

“No mínimo”, o Produto Interno Bruto (PIB) ucraniano registará uma contração de 10% em 2022, na hipótese de “uma resolução rápida” do conflito e contando com ajuda internacional “substancial”, de acordo com uma primeira estimativa do FMI.

Mas a incerteza quanto a previsões é “enorme” e, se o conflito se prolongar, tendo como base o que se passou em guerras anteriores no Líbano, no Iraque, na Síria e no Iémen, o PIB ucraniano pode afundar entre 25 e 35%, muito mais do que a contração de 10% registada em 2015, num contexto da ofensiva russa na Crimeia.

O crescimento na Ucrânia pode ter atingido no ano passado 3,2%, impulsionado pela procura interna e pelas exportações.

Mas desde a invasão do país pela Rússia, a 24 de fevereiro, a “economia ucraniana mudou radicalmente”, sublinhou Vladyslav Rashkovan, diretor-executivo do FMI que representa a Ucrânia, numa declaração de 9 de março e publicada hoje.

“No dia 6 de março, 202 escolas, 34 hospitais, mais de 1.500 habitações, dezenas de quilómetros de estradas e numerosas infraestruturas em várias cidades ucranianas foram total ou parcialmente destruídas pelas tropas russas“, indicou, com base em informações comunicadas pelo Governo ucraniano.

Os aeroportos e portos marítimos foram fechados devido à “destruição maciça” e desde essa data muitos outros danos foram causados.

A 10 de março, Oleg Ustenko, conselheiro económico do Presidente ucraniano, deu uma primeira estimativa dos danos de 100 mil milhões de dólares. Apesar dos importantes estragos, o Governo e o país continuaram até agora funcionar.

“Os bancos estão abertos e funcionam mesmo ao fim de semana”, assinalou Vladyslav Rashkovan, a 9 de março. No curto prazo, a viabilidade da dívida “não parece ameaçada”, segundo o FMI.

“Dados preliminares mostram que a 1 de março de 2022, as reservas internacionais da Ucrânia eram de 27,5 mil milhões de dólares, cobrindo 3,8 meses das atuais importações, valor suficiente para a Ucrânia cumprir os seus compromissos”, detalhou Rashkovan.

Além das perdas humanas e económicas, o FMI está preocupado com as consequências do conflito no mundo.

Em três semanas de conflito, os preços da energia, das matérias-primas e produtos agrícolas dispararam. No que diz respeito ao trigo, os efeitos podem ser ainda mais dramáticos, assinalou a instituição.

“As perturbações na temporada agrícola da primavera podem travar as exportações, bem como o crescimento e comprometer a segurança alimentar” mundial, segundo os autores do relatório.

Tanto a Ucrânia como a Rússia estão entre os maiores exportadores mundiais de trigo. A maior parte do trigo ucraniano é exportado no verão e no outono.

Quanto mais a guerra durar, mais as exportações ficarão comprometidas, com impacto nas reservas atuais e futuras.

“As perturbações nas exportações no Mar Negro têm efeitos imediatos para países como o Egito, que são fortemente dependentes das importações de cereais provenientes da Rússia e da Ucrânia”, destacou o Programa Mundial de Alimentos (PAM) num relatório divulgado na sexta-feira.

O impacto também será significativo em países como o Afeganistão, Etiópia, Síria e Iémen “devido à sua dependência do trigo”, apontou.

“A guerra na Ucrânia significa fome em África“, afirmou no domingo Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI, em declarações na CBS News.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-fmi-alerta-para-possivel-recessao-sem-precedentes-467344

Boicote do gás e petróleo russos “pode causar pobreza na Alemanha” !


Ministro da economia e energia alemão avisa que uma paragem imediata dos abastecimentos pode prejudicar mais a população alemã do que Putin.

A Alemanha alertou que um boicote imediato ao fornecimento de gás e petróleo russo poderia prejudicar a população alemã, aumentando o desemprego e a pobreza.

“Se ligarmos imediatamente um interruptor, haverá escassez de abastecimento, mesmo paragens de abastecimento na Alemanha”, disse o ministro da economia e energia Robert Habeck, enquanto a maior economia da Europa procura intensamente diversificar o seu abastecimento energético a médio prazo.

O político do Partido Verde previu “desemprego em massa, pobreza, pessoas sem conseguir aquecer as suas casas e pessoas sem gasolina”, se o seu país deixasse de utilizar o petróleo e gás russo, segundo o The Guardian.

Habeck afirmou que o governo estava a trabalhar arduamente para garantir que a Alemanha estaria em condições de renunciar ao carvão russo até ao verão, e de eliminar gradualmente o petróleo russo até ao final do ano, mas que uma proibição a curto prazo do gás russo poderia deixar o seu país demasiado exposto.

“Com carvão, petróleo e mesmo gás, estamos passo a passo a tornar-nos independentes”, disse o antigo líder do Partido Verde.

Mas não o podemos fazer num instante. Isso não é uma coisa agradável de confessar moralmente, mas ainda não o podemos fazer”, acrescentou.

Os Estados Unidos, que importaram cerca de 8% de petróleo bruto da Rússia em 2021, anunciaram uma proibição do bem com efeito imediato na semana passada, enquanto o Reino Unido anunciou que iria eliminar gradualmente as importações de petróleo russo até ao final do ano.

Desde o início da guerra na Ucrânia, o chanceler alemão, Olaf Scholz, inverteu uma série de linhas vermelhas de política externa, concordando em entregar armas letais à Ucrânia, apoiando o corte da Rússia do sistema de pagamento SWIFT, e congelando o gasoduto Nord Stream 2, concluído mas ainda não funcional, sob o Mar Báltico.

Mas o líder de centro-esquerda realçou que está de mãos atadas quando se trata de proibir a energia russa.

“Atualmente não há outra forma de assegurar o abastecimento energético da Europa para gerar calor, para a mobilidade, para o fornecimento de energia e para a indústria”, sublinhou Scholz, na semana passada.

Dependendo das previsões de vários institutos económicos, uma paragem imediata no fornecimento de gás russo poderia reduzir o PIB da Alemanha em apenas 0,1 ou até 5,2 pontos percentuais.

Numa carta aberta, vários cientistas, escritores e ativistas alemães proeminentes apelaram ao governo a dar o passo ousado de se libertar da energia russa.

O partido da União Democrática Cristã da antiga chanceler Angela Merkel propôs o encerramento do gasoduto Nord Stream 1, permitindo simultaneamente a importação de gás através de outras rotas.

Entretanto, o governo liberal-esquerdo da Alemanha está a tentar ganhar tempo para encher as reservas de gás, que no ano passado, foram sub-abastecidas pelas empresas energéticas russas e estão em grande parte esgotadas no final do inverno.

Na sua procura por fontes alternativas de energia, também é difícil encontrar soluções a curto prazo. A simplificação do processo de autorização de novos parques eólicos e solares foi uma das promessas do acordo de coligação governamental “semáforo”, mas a construção por si só levará tempo.

A construção de terminais portuários para gás natural liquefeito (GNL), como a Alemanha prometeu agora fazer nas cidades de Brunsbüttel und Wilhelmshaven, leva pelo menos cinco anos.

“Não se pode fazer é uma declaração altamente problemática”, disse a especialista em energia Claudia Kemfert à ARD. “Porque o provável desafio que enfrentamos é que não temos outra escolha senão a de poder fazer”.

https://zap.aeiou.pt/boicote-do-gas-e-petroleo-russos-pode-causar-pobreza-na-alemanha-467324

 

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