sexta-feira, 11 de março de 2022

Morreu o primeiro homem a receber um transplante de coração de porco !


David Bennet, a primeira pessoa a receber um transplante de um coração de porco, morreu na terça-feira, dois meses depois da cirurgia inédita, anunciou hoje o hospital de Maryland, onde o homem tinha sido operado.

O homem de 57 anos, morreu no Centro Médico da Universidade de Maryland, mas os médicos não revelaram a causa, afirmando apenas que a sua condição médica começou a deteriorar-se há vários dias.

O transplante aconteceu no início do ano, em 10 de janeiro, numa tentativa derradeira para salvar a vida de David Bennett e, na altura, a equipa médica responsável disse que o sucesso da cirurgia provava que um coração de um animal geneticamente modificado pode funcionar no corpo humano, sem rejeição imediata.

O filho de David Bennet elogiou a última tentativa do hospital, afirmando que a família espera que possa ajudar esforços futuros para responder à escassez de órgãos.

“Estamos gratos por todos os momentos inovadoras, todos os sonhos loucos, todas as noites não dormidas que este esforço histórico implicou”, sublinhou David Bennett Jr. num comunicado da Universidade citado pela agência norte-americana Associated Press, acrescentando que espera que “esta história possa ser o começo da esperança e não o fim”.

Esta cirurgia foi revolucionária, já que as tentativas anteriores de se fazer um transplante com um órgão animal rapidamente falhavam, com os pacientes a rejeitar o órgão transplantado.

No caso de David Bennet, os cientistas usaram um coração que tinha sido editado geneticamente para que os genes de porco fossem retirados, evitando assim a rejeição imediata e aumentando a probabilidade do corpo aceitar o novo órgão.

Tudo estava a funcionar bem e o hospital estava a emitir atualizações periódicas sobre a recuperação do paciente. Mesmo com a morte de Bennet, a cirurgia foi um grande avanço na Medicina e deu aos clínicos uma nova esperança sobre o uso de órgãos de origem animal nos transplantes para humanos, especialmente devido à enorme escassez de órgãos que limita a esperança de vida destes pacientes.

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Armas termobáricas estão “claramente a ser utilizadas na Ucrânia” ! E armas químicas podem vir a seguir !


O Reino Unido diz que a Rússia confirma estar a usar armas termobáricas na Ucrânia. Este tipo de armamento usa o oxigénio para expandir o efeito da explosão.

As armas termobáricas foram usada pela primeira vez pelos Estados Unidos na guerra do Vietname, e um especialista ouvido pela TSF não tem dúvidas de que está a ser utilizada contra civis na Ucrânia.
A Rússia tem sido acusada, desde o início da invasão da Ucrânia, de usar bombas termobáricas, o que pode configurar um crime de guerra.

De acordo com o Ministério da Defesa do Reino Unido, Moscovo confirma o uso deste tipo de armamento no conflito. A convenção de Genebra proíbe a utilização contra civis das bombas de vácuo, o outro nome pelo qual é conhecida a arma termobárica.

O historiador da Academia Militar, António José Telo, explica que tipo de armamento está em causa.

“As armas termobáricas explodem na atmosfera, um pouco acima do solo, espalham um aerossol que se vai expandindo rapidamente na atmosfera, a partir de um momento em que encontra de oxigénio, até que atinja um ponto de expansão máxima. Nessa altura, explodem. A explosão é de grandes dimensões, tem efeitos incendiários e tem uma imensa onda de choque”, explica.

José Telo revela que as armas termobáricas foram utilizadas pela primeira vez pelos Estados Unidos da América na guerra do Vietname, mas não tinha civis como alvo.

O uso deste tipo de armamento contra civis é proibido pela generalidade dos acordos internacionais. O historiador não tem dúvidas de que estão a ser utilizadas na invasão da Rússia à Ucrânia.

“Claramente estão a ser utilizadas na Ucrânia em zonas de população. Posso dizer claramente porque vi uma reportagem em que aparecia um cidadão ucraniano a filmar na janela da sua casa, de noite e muito ao longe — qualquer coisa a 10 km de distância — viam-se explosões normais”, relata.

“E, de repente, estas explosões convencionais ficam completamente transformadas em anãs por uma gigantesca explosão. Pelo cogumelo que se forma, pela gigante explosão e pela cor que tem, nota-se claramente que é uma arma termobárica“, esclarece o historiador.
Rússia pode “usar armas químicas”

A Casa Branca diz que as denúncias “risíveis” e “falsas” do Kremlin sobre o apoio norte-americano a um programa de armas biológicas na Ucrânia pretendem “montar o palco” para as tropas russas recorrerem a esse tipo de armamento. “É um padrão evidente”, acusa Washington, segundo o Público.

O Governo dos Estados Unidos admitiu a possibilidade de o Exército russo vir a usar armamento químico na guerra com a Ucrânia e acusou o Kremlin de estar a “montar o palco” para esse cenário, recorrendo àquilo a que os norte-americanos descrevem como “propaganda russa clássica“, que já se viu na guerra na Síria.

Em causa está a narrativa promovida nos últimos dias por Moscovo – e apoiada, segundo a Casa Branca, por Pequim – de que os EUA teriam apoiado e financiado laboratórios ucranianos dedicados ao desenvolvimento de armas biológicas.

A Casa Branca afirmou que, para além de pretenderem “tentar justificar um ataque premeditado, não provocado e injustificável à Ucrânia”, correspondem a um “padrão evidente” das autoridades russas para recorrerem, elas próprias, a armas químicas.

“Agora que a Rússia fez estas denúncias falsas – e que, aparentemente, a China apoia esta propaganda – temos de estar atentos à possível utilização de armas químicas e biológicas pela Rússia, na Ucrânia, ou à criação de uma falsa operação clandestina para as usar”, alertou Jen Psaki, assessora de imprensa da Casa Branca, numa série de mensagens publicadas no Twitter, na quarta-feira à noite.

“É o tipo de operação de desinformação dos russos que temos vindo a assistir, repetidamente, ao longo dos anos, na Ucrânia e noutros países, mas que tem sido desmascarada”, acusou.

Antes, Maria Zakharova, porta-voz do Kremlin, tinha revelado que a Federação Russa tem na sua posse “documentos” que confirmam que o Ministério da Saúde da Ucrânia mandou destruir amostras de antraz, de cólera, de peste e de outros agentes patogénicos antes do início da “operação militar especial” da Rússia no país.

Segundo Moscovo, os documentos, não divulgados, foram apreendidos durante a invasão, e mostram uma “tentativa de emergência de apagar provas de programas militares biológicos” financiados pelos EUA.

O Ministério da Defesa russo deu ainda conta de uma operação de “provocação”, recorrendo a armas químicas, que está a ser preparada por “nacionalistas ucranianos”, na cidade de Kharkiv.

Citado pela Reuters, um representante do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, “negou firmemente todas as acusações” russas.

“É a Rússia que tem um histórico, antigo e bem documento, de utilização de armas químicas, incluindo tentativas de assassínio e envenenamento dos inimigos políticos de [Vladimir] Putin, como Alexei Navalny”, denunciou Jen Psaki.

“É a Rússia que continua a apoiar o regime de Assad, na Síria, que usou repetidamente armas químicas. É a Rússia que mantém, há muito tempo, um programa de armas biológicas, em violação do direito internacional“, insistiu a porta-voz de Joe Biden.

“Essa desinformação russa é um absurdo total e não é a primeira vez que a Rússia inventa tais falsas alegações contra outro país. Além disso, essas alegações foram desmascaradas de forma conclusiva e repetida ao longo de muitos anos”, indicou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, em comunicado, segundo o Jornal de Notícias.

Em causa está a tentativa da Rússia de justificar as “suas próprias ações horríveis na Ucrânia” através da invenção de falsos pretextos, segundo Price.

“Os EUA não possuem ou operam nenhum laboratório químico ou biológico na Ucrânia, estão em total conformidade com suas obrigações sob a Convenção de Armas Químicas e a Convenção de Armas Biológicas, e não desenvolvem ou possuem tais armas em nenhum lugar. (…) A Rússia tem um histórico de acusar o Ocidente dos mesmos crimes que a própria Rússia comete“, frisa o comunicado.

Em abril de 2020, a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) atribuiu ao Governo sírio a responsabilidade pelo uso de gás sarin e bombas de cloro na guerra civil da Síria.

A Federação Russa, aliada de Assad, e peça fundamental na reconquista militar de grande parte do território que as forças do Presidente Bashar al-Assad tinham perdido, rejeitou, no entanto, as acusações a OPAQ.

Tal como também negou ter participado ou apoiado as operações de envenenamento do opositor político Navalny, na Sibéria, e do antigo espião Serguei Skripal, na localidade inglesa de Salisbury, com o agente nervoso Novichok – uma arma química altamente tóxica, fabricada nas décadas de 1970 e 1980 na União Soviética.

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Long covid atinge 10% a 20% dos infetados e é “imprevisível e debilitante” !


Entre 10% a 20% das pessoas com covid-19 sofrem de sintomas após recuperarem da fase aguda da infeção, uma condição “imprevisível e debilitante” que afeta também a saúde mental, alertou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Embora os dados sejam escassos, estimativas recentes apontam que 10 a 20% das pessoas com covid-19 experimentam doença contínua durante semanas ou meses após a fase aguda da infeção”, refere o Relatório Europeu da Saúde 2021 da OMS hoje divulgado.

Segundo o documento, esta situação conhecida por “long covid” ocorre em pessoas com um historial de infeção pelo SARS-CoV-2 geralmente três meses a partir do início da covid-19, com sintomas que duram pelo menos dois meses, sendo a fadiga, falta de ar e a disfunção cognitiva os mais comuns.

“A condição pós-covid-19 é imprevisível e debilitante e pode, posteriormente, levar a problemas de saúde mental, tais como ansiedade, depressão e sintomatologia pós-traumática”, alerta o capítulo do relatório dedicado à pandemia.

De acordo com o documento da OMS Europa, o que influencia o desenvolvimento e gravidade do long covid é, até agora, desconhecido, mas não parece estar correlacionado com a gravidade da infeção inicial por SARS-CoV-2 ou com a duração dos sintomas associados, sendo, porém, mais comum em pessoas que foram hospitalizadas.

“Espera-se que o número absoluto de casos aumente à medida que ocorrem novas ondas de infeção na região europeia e é necessária mais investigação e vigilância” a esta condição específica provocada pela covid-19, adianta ainda o documento.

O relatório sobre a Saúde na Europa, que é publicado a cada três anos, refere ainda que as medidas de contenção da pandemia, como os confinamentos, “influenciaram negativamente os comportamentos de saúde” da população europeia.

Estas restrições tiveram impacto nos padrões de consumo de álcool, tabaco e de drogas em “partes significativas da população”, registando-se também “um aumento do comportamento sedentário e alterações negativas” ao nível alimentar.

A OMS adianta também que o encerramento de escolas e universidades em diversos países, durante as fases mais críticas da pandemia, teve um “impacto no bem-estar mental” das crianças e adolescentes.

“Uma análise recente mostra um número significativo de crianças que sofrem de ansiedade, depressão, irritabilidade, desatenção, medo, tédio e distúrbios do sono”, alerta a OMS, ao avançar que o encerramento de escolas durante os picos da pandemia em 2020 e 2021 tem provocado perdas na aprendizagem e perturbação no desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes.

“Os dados emergentes mostram perdas de aprendizagem correspondentes de um terço a um quinto de um ano letivo e foram reportadas mesmo em países com uma aplicação relativamente curta das medidas de saúde pública e sociais e o acesso generalizado à Internet. Isto sugere que as crianças fizeram pouco ou nenhum progresso enquanto aprenderam em casa”, sublinha a organização.

O relatório evidencia ainda que, devido à natureza do seu trabalho, os profissionais de saúde estão em maior risco de infeção por SARS-CoV-2 e a prevalência de infeção é ligeiramente maior entre os profissionais de saúde do que na população em geral.

“As estimativas atuais mostram que cerca de 10% dos profissionais de saúde foram infetados. Cerca de 50% destes eram enfermeiros e 25% eram médicos”, adianta o documento.

A covid-19 provocou pelo menos 6.011.769 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 21.267 pessoas e foram contabilizados 3.367.469 casos de infeção, segundo dados de hoje da Direção-Geral da Saúde.

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quarta-feira, 9 de março de 2022

Carmilla inspirou Drácula - A primeira representação literária de um vampiro foi uma mulher !

Apesar de passar despercebido perante a popularidade de Drácula, o livro Carmilla do escritor irlandês Sheridan Le Fanu foi o primeiro a representar os vampiros na literatura — e a protagonista era uma mulher.

Foi em 1897, com a publicação de Drácula de Bram Stoker, que os vampiros se tornaram criaturas mais conhecidas entre os adeptos de literatura de terror. Mas contrariamente ao que se possa pensar e apesar de ser o mais conhecido, Drácula não foi o primeiro vampiro literário.

Na verdade, a primeira representação em livro destas criaturas sedentas de sangue foi no feminino, no livro Carmilla, do escritor irlandês Sheridan Le Fanu, que foi publicado em 1872. E além de ser uma vampira, Carmilla era também lésbica.

Escrito 26 anos antes de Drácula, Carmilla serviu claramente de inspiração a Stoker, que escolheu uma figura histórica — o famoso Vlad Drácula, o Empalador — e transformou-o num vampiro, recorda o Ancient Origins.

Carmilla é ao mesmo tempo uma obra revolucionária e com elementos comuns da era em que foi escrita. O seu estilo é típico da literatura gótica que era popular na altura, incluindo um castelo sombrio, um ambiente sinistro e elementos sobrenaturais.

Mas outros aspectos do livro foram pioneiros, notoriamente, a escolha de uma protagonista feminina que se sentia atraída pela sua vítima, uma jovem rapariga chamada Laura — e aparentemente, a atracção é recíproca, numa mistura de sentimentos de desejo e repulsão. No austero período Vitoriano, histórias com alusões ao lesbianismo eram inéditas.

A independência feminina era também um tema tabu nesta época, quando as mulheres eram apenas vistas como posses para os homens e não tinham autonomia própria. Além disto, as personagens masculinas do livro também desafiam o arquétipo do homem ideal que costumava protagonizar os livros da altura, sendo fracas e ingénuas em vez de fortes e sábias.

A inspiração histórica em Drácula é evidente, mas será que Le Fanu também se baseou em elementos verdadeiros para escreve o seu livro? De acordo com os estudiosos do assunto, o mais provável é que o autor irlandês se tenha inspirado nos trabalhos do francês Agostinho Calmet, especialmente a sua obra de 1746 — Dissertations sur les apparitions des anges, des démons et des esprits, et sur les revenants et vampires de Hongrie, de Bohême, de Moravie et de Silésie.

Este foi um dos primeiros trabalhos académicos que se debruçou sobre os vampiros, com várias teorias sobre estas criaturas e detalhes sobre os casos contemporâneos mais populares na Sérvia e na Hungria.

A palavra vampiro tem inclusivamente origem sérvia, de onde quase todos os mitos sobre estas criaturas são e onde até hoje ainda há uma crença generalizada de que os vampiros existem, sobretudo nas comunidades rurais.
O caso de Arnaut Pavle

O famoso caso de Arnaut Pavle pode ter sido a inspiração original para Le Fanu. Os habitantes da vila de Pavle afirmavam que o homem os assombrava depois de ter morrido e que em vida, teria sido assediado por um vampiro. Pavle ter-se-ia livrado desta maldição ao comer terra da cova do vampiro e sujar-se com o seu sangue.

No entanto, menos de um ano depois da sua morte, os habitantes da vila de Pavle reportavam casos de assombrações e doenças que estariam ligadas ao falecido, que se teria tornado ele mesmo num vampiro. Em Janeiro de 1726, 17 pessoas já teriam morrido devido a esta doença misteriosa.

A primeira vítima de Arnaut Pavle terá sido uma mulher que terá comido a carne de ovelhas que teriam sido mortas por Pavle. A mulher também se terá manchado com o sangue do vampiro, tendo assim continuado a onda de vampirismo na vila.

As autoridades austríacas terão ainda testemunhado uma exumação dos habitantes da vila ao corpo de Arnaut Pavle, que teria “veias repletas de sangue fluído” e o seu corpo e caixão estariam completamente ensanguentados. A sua pele, unhas e cabelo teriam caído e nascido novamente e o seu corpo estaria vermelho.

Ao verem isto, as pessoas terão empalado o corpo com uma estaca de madeira e o cadáver terá reagido com um grito. Terão depois decapitado o corpo e queimado os seus restos mortais, chegando assim ao fim os relatos de assombrações na vila.

Não há forma termos certeza, mas é provável que Sheridan Le Fany se tenha inspirado nestes detalhes sombrios para escrever Carmilla, já que ambas as histórias têm em comum uma personagem feminina adolescente. Resta-nos especular.

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Zelenskyy citou Shakespeare, Churchill e contou os 13 dias de “terror” na Ucrânia, no parlamento britânico


Foi a primeira vez que um líder estrangeiro falou na Câmara dos Comuns: “Não vamos desistir e não vamos perder. Vamos continuar a lutar até ao fim”, afirmou o Presidente ucraniano.

O Presidente da Ucrânia discursou esta terça-feira na Câmara dos Comuns do Reino Unido. Volodymyr Zelenskyy pediu o endurecimento das sanções contra a Rússia e repetiu o apelo para a criação de uma zona de exclusão aérea nos céus da Ucrânia.

“Não vamos desistir e não vamos perder. Vamos continuar a lutar até ao fim no mar, no ar. Vamos continuar a lutar pelo nosso país qualquer que seja o custo. Vamos lutar nas florestas, nos campos, na costa, nas ruas”, afirmou Zelensky, repetindo as palavras proferidas pelo ex-primeiro ministro britânico Winston Churchill, num dos discurso mais emblemáticos que fez durante a Segunda Guerra Mundial.

“Ser ou não ser? Durante 15 dias esta pergunta podia ter sido colocada, mas agora posso dar-vos uma resposta definitiva. Definitivamente sim, ser”, continuou usando uma das citações mais famosas de Hamlet, obra de William Shakespeare.
O líder da Ucrânia reiterou ainda o pedido de ajuda aos “países civilizados”. “Estou muito agradecido a si, Boris [Johnson]. Por favor aumente a pressão das sanções contra este país [Rússia] e por favor reconheça-os como um Estado terrorista. Por favor garanta que os céus ucranianos são seguros. Por favor garanta que faz o que precisa de ser feito e que a sua consciência lhe disser”.

Zelenskyy discursou por videochamada e em ucraniano (que foi traduzido em tempo real para os membros do parlamento). Esta foi a primeira vez que um líder estrangeiro interveio na Câmara dos Comuns. Este tipo de discursos ocorrem normalmente em Westminster Hall, segundo o Expresso.

“A Ucrânia não queria esta guerra. Somos o país que está a salvar pessoas apesar de ter de lutar um dos maiores exércitos do mundo”, sublinhou o líder ucraniano.

A intervenção foi antecedida e seguida por longas ovações de pé, numa Câmara dos Comuns cheia para a sessão que durou cerca de 15 minutos.

Nas intervenções que se seguiram, os líderes parlamentares de todos os partidos saudaram a coragem de Volodymyr Zelenskyy e do povo da Ucrânia.

Os 13 dias de guerra segundo Zelensky

Zelenskyy abriu o seu discurso a descrever os 13 dias do conflito. “Uma guerra que não começamos, que não queríamos, mas em que temos de travar porque não queremos perder o que temos, o que é nosso, tal como vocês não quiseram perder o vosso país quando os nazis vos atacaram durante a Segunda Guerra Mundial”.

“No dia um, às quatro da manhã, fomos atacados por mísseis cruzeiro. Toda a gente acordou e desde então não temos dormido“, começou.

“No segundo dia, as forças russas exigiram que nós baixássemos as nossas armas, mas nós continuamos a lutar e sentimos a força do nosso povo que se vai opor à ocupação até ao fim”.

“No dia seguinte, a artilharia começou a lutar contra nós”.

“No dia quatro, começamos a manter prisioneiros. Não temos estado a torturá-los. Permanecemos humanos mesmo no quarto dia desta guerra terrível”.

“No dia cinco, o terror contra nós continuou contra crianças e cidades. Os bombardeamentos tinham sido permanentes, incluindo contra hospitais, mas isso não nos vergou”.

“No dia seis, os mísseis russos caíram em Babi Yar, onde os nazis mataram milhares de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial. Oitenta anos depois, os russos atacaram-nos pela segunda vez. Até as igrejas estão a ser destruídas pelos bombardeamentos”.

“No dia oito, vimos tanques russos a disparar contra as plantas nucleares. Todos puderam perceber que este ataque é contra toda a gente”.

“No dia nove, foi a conferência da NATO que não teve o resultado que queríamos. Sim, foi isso que sentimos. Sentimos que infelizmente nem sempre as alianças funcionam devidamente e que a zona de exclusão aérea não podia ser instituída”.

“No dia dez, os ucranianos começaram a protestar em massa e a parar as investidas armadas com as próprias mãos”.

“No dia onze, as crianças, percebemos que os ucranianos se tornaram heróis. Cidades inteiras, crianças, adultos”.

“No dia doze, as perdas do exército russo excederam os 10 mil mortos, incluindo um general. Isso deu-nos esperança que haverá algum tipo de responsabilização por essas pessoas em frente a um tribunal”.

“No dia treze, uma criança foi morta na cidade de Mariupol que estava sob ataque. [As forças russas] não permitiam a entrada de comida e água. As pessoas começaram a entrar em pânico. Mais de 50 crianças foram mortas. Estas são as crianças que podiam ter saído, mas estas pessoas tiraram-nas”.

Parlamento britânico reitera sanções contra Rússia

O final do discurso de Zelensky foi recebido com segunda ovação de pé por parte dos deputados britânicos.

Seguiram-se as intervenções dos líderes dos partidos com assento parlamentar. Todos reiteraram o compromisso do Reino Unido com o povo ucraniano, prometendo endurecer sanções, continuar a fornecer armas e a prestar assistência humanitária.

“Numa grande capital europeia, agora no alcance das armas russas, o presidente Volodymyr Zelenskyy permanece firme pela democracia e liberdade“, afirmou Boris Johnson.

“Neste momento, ucranianos normais estão a defender as suas casas e famílias contra um ataque brutal. E pelas suas ações estão a inspirar milhões com a sua coragem e dedicação”, continuou.

“Este é um momento para pormos as nossas diferenças de lado. A Grã-Bretanha e os nossos aliados estão determinados em continuar a pressionar [o regime russo]. E vamos aplicar todos os métodos que conseguirmos – diplomáticos, humanitários e económicos – até que o Vladimir Putin tenha falhado nesta desastrosa investida e a Ucrânia seja novamente livre”, concluiu o primeiro-ministro britânico.

“Ninguém o teria culpado [Zelensky] por fugir. Em vez disso ficou em Kiev, para liderar os ucranianos e lutar. Recordou-nos que a nossa democracia e liberdade são inestimáveis e levou o mundo a agir, quando demasiadas vezes deixamos Putin levar a sua avante”, considerou o líder do Partido Trabalhista Kier Starmer.

“Devemos fazer tudo o que conseguirmos para enviar apoio à Ucrânia e enviar a mensagem mais clara a Putin: que isto vai acabar em derrota para ele, que vai enfrentar a justiça no Tribunal Internacional”, disse Ian Blackford, líder Partido Nacional Escocês.

Já Ed Davey (Liberal Democratas) sublinhou que situação na Ucrânia deve servir de lembrete de que os valores de liberdade, democracia e segurança não devem ser tomados como garantidos. “Embora nesta Câmara discordemos de muitas coisas, aqui defendemos juntos esses valores”.

“A nossa resposta não vai ser julgada pelo volume ou força do nosso aplauso ao Presidente Zelenskyy”, defendeu por fim Jeffrey Donaldson, do Partido Unionista Democrático. “Vai ser julgada pelo volume ou força da nossa resposta ao seu pedido de ajuda”.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, durante uma entrevista televisiva na segunda-feira, que não vai insistir na adesão da Ucrânia à NATO, uma das questões que motivaram oficialmente a invasão russa.

Num outro sinal de abertura a negociações com Moscovo, durante uma entrevista ao canal televisivo norte-americano ABC, Zelensky disse estar disponível para um “compromisso” sobre o estatuto dos territórios separatistas no leste da Ucrânia, cuja independência o Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu unilateralmente, pouco antes de lançar o ataque militar.

NATO? “Percebi que não estava pronta para aceitar”

“Quanto à NATO, moderei a minha posição sobre esta questão há algum tempo, quando percebi que a NATO não estava pronta para aceitar a Ucrânia“, disse o líder ucraniano numa entrevista transmitida na noite de segunda-feira.

“A Aliança tem medo de tudo o que seja controverso e de um confronto com a Rússia”, explicou Zelenskyy, acrescentando que não quer ser o Presidente de um “país que implora de joelhos” por uma adesão à NATO.

Num outro sinal de abertura a negociações com Moscovo, durante uma entrevista ao canal televisivo norte-americano ABC, Zelenskyy disse estar disponível para um “compromisso” sobre o estatuto dos territórios separatistas no leste da Ucrânia, cuja independência o Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu unilateralmente, pouco antes de lançar o ataque militar.

Por várias vezes, Putin disse que a adesão da Ucrânia à NATO constituía uma ameaça para os interesses de Moscovo, tendo exigido ao Ocidente que não expandisse a sua zona de influência militar junto das suas fronteiras.

O Presidente russo também reconheceu as duas autoproclamadas repúblicas separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, exigindo agora que Kiev também as reconheça, de acordo com a TSF.

Questionado sobre esta exigência russa, durante a mesma entrevista televisiva, Zelenskyy disse estar aberto ao diálogo.

“Estou a falar de garantias de segurança. Penso que quando se trata destes territórios ocupados temporariamente (…), que só foram reconhecidos pela Rússia, (…) podemos discutir e chegar a um compromisso sobre o futuro destes territórios“, explicou o líder ucraniano.

“O importante para mim é como vão viver as pessoas que estão nestes territórios e que querem fazer parte da Ucrânia”, acrescentou Zelenskyy, considerando que a questão é “complexa”.

“Esse é outro ultimato e nós rejeitamos ultimatos. O que é necessário é que o Presidente Putin comece a falar, inicie um diálogo, em vez de viver numa bolha”.

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Kiev atormentada por explosões pouco antes do cessar-fogo


Kiev foi atormentada por várias explosões durante a madrugada. Ouviram-se ainda sirenes de ameaça de bombardeamento depois do início do cessar-fogo.

A Rússia voltou a prometer que vai cumprir o cessar-fogo para permitir a retirada de civis pelos corredores humanitários. A confirmação foi dada pelo chefe do Centro Nacional para o Controlo da Defesa da Rússia, que iria suspender os ataques a partir das 10h de Moscovo (7h em Portugal).

Assim, os corredores humanitários voltam reabrir numa tentativa de retirar civis de cinco cidades ucranianas: Kiev, Chernihiv, Sumy, Kharkiv e Mariupol.

Esta madrugada ficou marcada por várias explosões na capital ucraniana e nas áreas circundantes, sinais de bombardeamentos e combates aéreos.

Poucos minutos antes da hora prometida do início do cessar-fogo, ouviram-se sirenes em Kiev, perante nova ameaça de um ataque aéreo.

“Região de Kiev – alerta aéreo. Ameaça de ataque com mísseis. Toda a gente deve ir de imediato para os abrigos”, escreveu o governador da região, Oleksiy Kuleba, no Telegram.

O The Kyiv Independent escreve que os bombardeamentos em Sumy, ao longo desta madrugada, causaram 22 mortos, incluindo três crianças. Entretanto, o The Guardian escreve que já terá recomeçado a retirada de civis de Sumy.

“Uma série de explosões ruidosas ouvidas em Kiev e arredores agora. A cidade de Kiev lançou outro alerta de sirene para procurar abrigo imediatamente. As explosões são incessantes há três minutos”, escreveu no Twitter o correspondente da BuzzFeedNews, Cristopher Miller, esta madrugada.

As sirenes voltaram a soar já depois do início do cessar-fogo, às 9h locais. As cidades de Zhytomyr e Vasylkiv também estiveram em alerta perante um possível bombardeamento.

O Ministério da Defesa ucraniano diz que as cidades cercadas continuam sob “pesados bombardeamentos”.

Esta não é a primeira vez que se tentam estabelecer rotas de evacuação para civis, com as outras tentativas a falharem devido a uma alegada quebra de cessar-fogo por parte dos russos. Ainda assim, alguns milhares de pessoas conseguiram fugir da cidade de Sumy, no nordeste, na terça-feira.

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Na guerra de sanções, quem vai quebrar primeiro ? Russos já temem o regresso dos tempos da URSS !


O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, responde às sanções do ocidente com a proibição das exportações de produtos e matérias-primas. Uma decisão que surge depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter anunciado o fim das importações de petróleo e gás russo para os EUA.

Numa intervenção na Casa Branca, Biden revelou que “o petróleo russo não será aceite nos portos dos Estados Unidos”, reforçando o aumento das sanções impostas à Rússia para “dar outro forte golpe a Putin”.

A decisão foi tomada “em estreita coordenação” com os aliados dos Estados Unidos, precisou. “Não ajudaremos a subsidiar a guerra de Putin”, afirmou ainda Biden.

A Europa recusou, até agora, decretar um embargo às importações russas que dão resposta a 40% das suas necessidades em termos de gás natural e a 30% das de petróleo.

O Chanceler alemão, Olaf Scholz, já avisou que as importações de energia fóssil da Rússia são “essenciais” para a “vida diária dos cidadãos” europeus.
 
Os EUA, pelo contrário, são exportadores líquidos, ou seja, produzem mais petróleo e gás do que consomem.

“Nós podemos tomar esta decisão, enquanto outros não”, explicou Biden, notando que os EUA estão “a trabalhar em estreita colaboração” com os seus aliados europeus para desenvolver uma estratégia de longo prazo para reduzir a dependência da Europa da energia russa“.

O petróleo russo representa apenas 8% das importações norte-americanas e 4% do consumo de produtos petrolíferos nos EUA.
Reino Unido também trava importações de petróleo russo

Entretanto, o Reino Unido também anunciou que vai deixar de importar crude e produtos petrolíferos russos até ao final de 2022.

“Vamos parar de importar petróleo russo”, afirmou claramente o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

O Governo de Boris prevê implementar uma fase de “transição” para “dar ao mercado, empresas e cadeias de fornecimento mais tempo para substituírem as importações russas, que representam 8% da procura no Reino Unido“, escreveu o ministro da Economia e da Energia britânico, Kwasi Kwarteng, na rede social Twitter.

A ideia é “assegurar uma transição suave para que os consumidores não sejam afectados“, explicou Kwarteng.

Putin proíbe exportações de matérias-primas

Em resposta às sanções que têm sido impostas à Rússia, Putin anunciou “medidas especiais” com um decreto que proíbe “a exportação para fora da Federação Russa” de produtos e (ou) matérias-primas.

Estes produtos e os países alvo da proibição serão especificadas numa lista a ser aprovada pelo governo russo nos próximos dois dias.

O decreto nota ainda que esta medida não se aplica a “produtos e (ou) matérias-primas exportadas da Rússia e (ou) importadas para o país por cidadãos da Federação Russa, cidadãos estrangeiros e apátridas, para uso pessoal”.

O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, também avisou que a Rússia tem todo o direito de tomar acções, no caso de serem impostas sanções às suas exportações de energia, como determinar um embargo ao gás que chega à Europa através do gasoduto Nord Stream 1.

Novak acrescentou que com sanções mútuas em matéria de energia “ninguém ganha”, considerando que os políticos europeus, através das suas reivindicações e acusações, estão a empurrar a Rússia para estas medidas.

Economia russa à beira do colapso

As sanções ocidentais à Rússia já começam a fazer-se sentir na economia, com o valor do rublo a atingir recordes de desvalorização. Os russos já têm corrido aos multibancos para tentarem levantar o seu dinheiro antes que desvalorize ainda mais, para o trocarem por bens duráveis ou outras moedas.

Putin já decretou a proibição da transferência de dinheiro para o estrangeiro e o Banco Central da Rússia subiu as taxas de juro para níveis históricos.

Entretanto, a agência financeira Fitch Ratings voltou a baixar o rating da dívida soberana da Rússia para “C”, o que reflecte um risco iminente de não pagamento.

As estimativas dos especialistas económicos apontam que a economia russa pode encolher uns impressionantes 7%, devido às sanções, o que será quase o dobro do que aconteceu na altura da Grande Recessão nos EUA.

No horizonte, surgem, assim, tempos difíceis para os russos, com negócios a falir, o desemprego a disparar e a fome a afectar milhares de pessoas. É um antecipar de um regresso aos tempos da ex-União Soviética, com escassez de bens.

Mas, no ocidente, também já se vão sentindo os custos da guerra, com um aumento generalizado dos preços e, logo, do custo de vida.

Em países como Portugal, os combustíveis não páram de subir e isso vai ter efeitos em outros produtos. Também nos EUA, os combustíveis têm atingido máximos dos últimos anos.

Nesta guerra de sanções, e no arrastar da guerra militar na Ucrânia, falta saber quem vai quebrar primeiro.
Multinacionais suspendem vendas na Rússia

No meio das sanções decretadas pelos vários Governos, as mais conhecidas empresas multinacionais, como as norte-americanas McDonald’s, Pepsi, Coca-Cola e Starbucks, estão a suspender as suas vendas no mercado russo.

O caso do McDonald’s é especialmente simbólico, pois foi o primeiro restaurante estrangeiro a abrir em Moscovo, em 1990, ainda antes da dissolução da ex-URSS.

Essa abertura foi vista como uma “verdadeira revolução” e um sinal dos ventos de mudança. A suspensão dos serviços é, agora, pelo contrário, um sinal de retrocesso no tempo.

Os 850 restaurantes McDonald’s na Rússia vão suspender de forma temporária, fazendo “uma pausa nas operações”, segundo comunicado da empresa que vai continuar a pagar salários aos cerca de 62 mil empregados que tem no país.

A McDonald’s refere que também continua a pagar os salários aos trabalhadores que tem na Ucrânia, apesar de a guerra ter travado o negócio neste país.

A Shell também já anunciou que vai deixar de comprar gás e petróleo russo e fechar os postos de abastecimento no país, num comunicado em que também se desculpou por ter adquirido matéria-prima russa após a invasão da Ucrânia.

Os lucros do petróleo russo que a Shell ainda tem vão reverter para um fundo que visa ajudar vítimas da guerra, segundo a empresa.

O grupo editorial americano Condé Nast anunciou, igualmente, a suspensão da sua actividade na Rússia, onde publica, em particular, a revista de moda Vogue há mais de 20 anos.

“Continuamos chocados e horrorizados com a violência sem sentido e a trágica crise humanitária na Ucrânia e com a recente adopção pelo Governo russo de novas leis de censura”, avançam responsáveis do Condé Nast.

O grupo também publica na Rússia as revistas GQ, GQ Style, Tatler, Glamour e AD.

Muitas marcas de moda e luxo também anunciaram a interrupção das suas actividades no país, incluindo Chanel, Hermès, Prada e LVMH.

https://zap.aeiou.pt/guerra-de-sancoes-russia-466337

 

O outro foco de deslocados: 80 mil na Austrália, em poucas horas !


Zona de Nova Gales do Sul está a ser afectada desde Fevereiro e já morreram 21 pessoas. Há mais de 250 mil pessoas a pedir ajuda.

A zona sudeste da Austrália, mais concretamente na região de Nova Gales do Sul, está a ser seriamente afectada por chuvas torrenciais.

As inundações começaram ainda no final de Fevereiro, tendo afectado primeiro o estado de Queensland, onde causaram pelo menos 12 mortes. Muitas casas ficaram submersas (mais de 20 mil pessoas tiveram de sair de sua casa) e diversos automóveis foram arrastados.

O governo de Queensland acredita que este fenómeno causará um prejuízo de cerca de 674 milhões de euros.

Na semana passada a tempestade chegou a Nova Gales do Sul, onde se situa a maior cidade australiana: Sidney.  

As autoridades locais elevaram para 21 o número de mortos relacionados com as chuvas fortes e indicou que, só desde a noite desta segunda-feira, já foram deslocadas 80 mil pessoas. A grande maioria (60 mil) foi retirada de 13 distritos da parte ocidental de Sydney.

As casas e as estradas estão inundadas, sobretudo na cidade de Camden e nas zonas ribeirinhas, também na parte ocidental de Sidney. Receiam-se novos deslizamentos de terra e inundações.

O cenário não vai melhorar nos próximos dias: as chuvas torrenciais e os ventos que podem chegar a 90 quilómetros por hora vão prolongar-se, no mínimo, até à próxima quinta-feira.

Cerca de 5 mil soldados australianos deverão reforçar os trabalhos de socorro e de limpeza em Nova Gales do Sul e em Queensland.

Mais de 250 mil pessoas já pediram ajuda extraordinária, devido a estas inundações.

https://zap.aeiou.pt/cheias-australia-deslocados-466191

 

A guerra na Ucrânia ameaça mergulhar a Europa na estagflação - O que é que isto significa ?


A subida nos preços da energia pode ter um efeito bola de neve e causar fazer disparar os preços de todos os outros produtos. Aliada ao desemprego e um reduzido crescimento económico, a inflação leva à estagflação.

Ainda antes do início da guerra na Ucrânia, o cenário já era temido, especialmente com as elevadas taxas de inflação que se registaram logo no início do ano e que levaram a que o Banco Central Europeu revisse em alta as taxas de juro. Mas afinal, o que é a estagflação?

Este fenómeno ocorre quando se atravessa um período de elevada inflação, como o que estamos a viver agora, ao mesmo tempo que a economia estagna ou entra em recessão, com taxas de desemprego elevadas.

O cenário já se verificou no final dos anos 70 e no início da década de 80 — com o boicote da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) aos países do Ocidente, que fez disparar os preços do petróleo — e pode voltar a repetir-se com o efeito de bola de neve causado pelas sanções impostas à Rússia, cujo impacto já de está a sentir nos preços da energia.

Mário Centeno já deixou avisos no início da semana sobre a possibilidade da Europa entrar neste ciclo. “Um cenário próximo da estagflação não está fora das possibilidades que podemos enfrentar“, alertou o governador do Banco de Portugal, aconselhando os responsáveis portugueses e europeus a preparem-se.

“A coisa mais importante é estarmos preparados e disponíveis para salvaguardar a estabilidade financeira”, afirmou o antigo Ministro das Finanças, que acredita que tudo depende da duração do conflito e da resposta “mais ou menos concertada” que a Europa decidir dar.

A Comissão Europeia também já está atenta e acredita que o cenário mais provável, pelo menos por enquanto, é apenas uma desaceleração das economias e não propriamente uma recessão, visto que os PIBs europeus estão ainda numa trajectória de crescimento devido à recuperação do impacto da pandemia.

Paolo Gentiloni, comissário europeu da economia, já avisou que para além da subida dos preços da energia, o efeito na confiança dos consumidores e empresários também não se pode negligenciar.

Isto acontece porque a estagflação funciona quase como uma profecia que se auto-concretiza, ou seja, os empresários e consumidores receiam que venha aí uma crise e começam a mais cautelosos e contidos nos investimentos e compras que fazem — algo que, por si só, pode levar à tão temida recessão.

O Ministro das Finanças também já avançou que as autoridades europeias estão a rever as previsões em baixa e que Portugal não é excepção, mas João Leão assegura que o nosso país vai ser um dos menos afectados.

Já Vítor Constâncio, antigo presidente do Banco Central Europeu e ex-governador do Banco de Portugal, considera que a possibilidade de estagflação é remota e também acredita que Portugal não vai ser dos mais afectados pela guerra na Ucrânia.

“A possibilidade de uma situação de estagflação, entendida como a simultaneidade de uma recessão e de inflação mais alta, é por enquanto remota no que respeita a uma recessão”, refere em declarações por escrito ao ECO.

Constâncio explica que o disparo nos preços da energia vai causar inflação e reduzir o poder de compra das famílias, causando uma quebra no crescimento na economia.

Mas mesmo que este cenário leve a uma redução de 1,5 pontos percentuais no crescimento da economia na zona euro, esta manteria uma “progressão da atividade económica de cerca de 2% a 2,5%”, escapando assim à recessão.

António Ascenção Costa, um dos economistas ouvidos pelo ECO, acredita que este cenário é agora possível devido ao impacto “potencialmente prolongado” da subida dos preços da energia, que leva a uma inflação geral.

Há ainda questões sobre o mercado de trabalho e sobre a “procura turística externa a maior prazo” já que a nossa economia se baseia bastante neste sector.

Já João Borges de Assunção acredita que “os ventos são muito adversos”, mas realça que é “ainda cedo para avaliar de onde virão os principais problemas para a economia portuguesa”.

https://zap.aeiou.pt/guerra-ucrania-europa-estagflacao-466273

 

Quem quer guerra com a Rússia ? Os neocons e seus aliados podem estar fazendo isso acontecer !


Bem, o gênio está bem e verdadeiramente fora da garrafa e não há maneira fácil de incentivá-lo a retornar. Graças a um fluxo implacável de propaganda, o público americano está cada vez mais convencido de que os Estados Unidos “parecem fracos” e devem enfrentar Vladimir Putin . Richard Haass , do Conselho de Relações Exteriores, agora está pedindo “mudança de regime” na Rússia, enquanto o senador Robert Wicker e o congressista Adam Kinzinger , bem como vários ex-chefes de Estado-Maior Conjunto, exigem que os Estados Unidos estabeleçam uma “zona de exclusão aérea”.sobre a Ucrânia, o que exigiria a destruição dos EUA das capacidades de defesa aérea da Rússia e o abate de aviões russos, entre outras medidas. Se isso ocorresse, a guerra poderia rapidamente se tornar nuclear. Outros “especialistas” da mídia e do governo estão especulando que o presidente russo, Vladimir Putin, é insano, com muitas outras desinformações vindas de inimigos da Rússia, como Bill Browder e o ex-embaixador Michael McFaul . Mas o comentarista da FOX, Sean Hannity, possivelmente vence a corrida do ódio, pedindo o assassinato de Putin porque ele “perdeu seu direito de viver”, uma visão também compartilhada pela senadora Lindsey Graham.

O ex-vice-presidente do Partido Republicano, Mike Pence , pediu que qualquer um que apoie a Rússia seja expulso do partido, o que sem dúvida produzirá um expurgo de membros que estão relutantes em ir à guerra em nome de um país estrangeiro e nenhum aliado da Ucrânia. Enquanto isso, um senador completamente perturbado , Mitt Romney , descreveu qualquer um que defenda a Rússia como “quase traidor”, sugerindo que Romney se beneficiaria de procurar a definição de “traição” na Constituição dos EUA. E o televangelista completamente maluco Pat Robertson está alertando que a Rússia atacou a Ucrânia, mas o verdadeiro alvo é Israel, o que resultará em uma grande guerra e Armageddon levando ao “Fim dos Tempos”, quando o mundo terminará e todos os verdadeiros crentes serão arrebatados. até o céu.

Mas outras pessoas mais estáveis ​​estão apresentando dois argumentos básicos para justificar o crescente engajamento de Washington na luta. A primeira é a vaga afirmação de que Ucrânia versus Rússia é a manutenção da “liberdade e democracia” na Europa. Geralmente é assim que o presidente Joe Biden e outros políticos o descrevem, já que não requer mais explicações ou discussões. O outro argumento é mais uma elaboração disso, alegando que havia algum tipo de consenso pós-Segunda Guerra Mundial de que a guerra agressiva para adquirir a terra de outra pessoa deveria ser condenada por todas as nações e medidas deveriam ser tomadas para conter e reprimir qualquer atividade desse tipo. Isso levou à criação das Nações Unidas.

O problema é que nenhuma das justificativas para envolver os EUA em um conflito onde não estão realmente ameaçados requer algo mais substancial, dado o perigo de escalada dos combates ao ponto em que as duas principais potências nucleares do mundo se encontrariam frente a frente . E há a pequena questão da história a ser considerada, que nos diz que nem tudo que está acontecendo pode ser reduzido a termos tão simplistas para justificar a ação. O status quo na Europa Oriental é consequência do desmembramento da União Soviética em 1991-2 e, além disso, da configuração do Império Russo dos Czares que antecedeu o comunismo. A própria Ucrânia teve suas fronteiras ajustadas várias vezes.

Atualmente, o governo ucraniano do presidente Volodymyr Zelenskyy está buscando ampliar o conflito com a Rússia, tentando ingressar na União Europeia, ao mesmo tempo em que pede armas e intervenção militar direta da OTAN. Ele convocou voluntários para se juntarem à luta como uma “legião estrangeira” e também contatou o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett e sugeriu que Bennett persuadisse Putin a participar das negociações de paz em Jerusalém. Também tem havido um apelo menos conciliador ao judaísmo mundial para se juntar ao ataque dirigido contra a economia de Moscou. Em um vídeo circulou entre as organizações internacionais judaicas Zelenskyy disse: “Você não vê o que está acontecendo? É por isso que é muito importante que milhões de judeus em todo o mundo não fiquem em silêncio agora. O nazismo nasce em silêncio.”

Há também mais do que uma medida de hipocrisia no governo Biden que assume a liderança em punir a Rússia por agressão. Os Estados Unidos entraram em guerra com um Vietnã não ameaçador e destruíram governos e se envolveram em ocupações militares completamente ilegais no Afeganistão, Iraque, Somália, Líbia e Síria. Ele assassinou altos funcionários do Irã. Não foi punido por nenhuma dessas ações. Seu aliado Israel bombardeia a Síria quase diariamente, se envolve em assassinatos, mata crianças palestinas e anexa terras árabes que obteve à força nas Colinas de Golã e na Cisjordânia, desapropriando os habitantes originais. Quando isso acontece, o Congresso dos EUA e a Casa Branca fazem vista grossa.

Além disso, a Ucrânia não é uma democracia. O atual governo do país assumiu o poder após o golpe de 2014, planejado pelo Departamento de Estado do presidente Barack Obama, com um custo estimado de US$ 5 bilhões. A mudança de regime foi impulsionada pelo Departamento de Estado Russophobe Victoria Nuland com uma pequena ajuda do globalista internacional George Soros. Ele removeu o presidente democraticamente eleito Viktor Yanukovych, que infelizmente para ele era um amigo da Rússia. A Ucrânia é supostamente o país mais pobre e corrupto da Europa, como testemunha a saga de Hunter Biden. Zelenskyy, que é judeu e afirma ter vítimas do holocausto em sua árvore genealógica é um ex-comediante que venceu as eleições em 2019. Ele substituiu outro presidente judeu, Petro Poroshenko, depois de ser fortemente financiado e promovidopor outro colega judeu e o oligarca mais rico da Ucrânia, Ihor Kolomoyskyi, que também é cidadão israelense e vive em Israel. Como artista, um dos atos musicais de Zelenskyy consistia em tocar piano com seu pênis, sugerindo que o humor ucraniano tem algumas características únicas.

Após a eleição do novo modelo de governo ucraniano pós-golpe em 2014, os partidos da oposição foram declarados ilegais e alguns líderes foram presos por “traição”, a mídia foi censurada e o parlamento proibiu o russo, a língua de um terço da população, como uma língua oficial. Em seguida, o governo declarou guerra às províncias orientais predominantemente russas e, nos últimos oito anos, matou 14.000 pessoas.

Continuo me perguntando, por que os formuladores de políticas de Washington e a mídia, que deveriam saber melhor, se importam tanto com a Ucrânia? Não tem valor estratégico para os Estados Unidos e as exigências russas eram razoáveis ​​e negociáveis. Assim, as alegações de que a defesa da Ucrânia pretende manter a Europa democrática e livre é apenas uma fachada para justificar a guerra econômica contra a Rússia. E, de qualquer forma, a hipocrisia americana é claramente visível em relação à possível intenção do Kremlin de anexar algumas regiões ucranianas fortemente russas. Não é de forma alguma pior do que o que Israel tem feito em Jerusalém, na Cisjordânia e nas Colinas de Golã, todos endossados ​​por sucessivas administrações dos EUA. Então, o que é tudo isso realmente?

Depois de considerar os paralelos com Israel, então me ocorreu que talvez houvesse o ângulo usual, significando que era tudo sobre “proteger” os judeus, o argumento que tem sucesso em Washington onde tudo mais falha e faz com que os Bidens, Blinkens, Pelosis e Schumers se levanta e faz continência. Até mesmo um confuso Donald Trump viu a luz e agora está chamando a intervenção russa de “holocausto” e está brincando sobre a falsa bandeira dos caças F-22 dos EUA como chineses e “bombardeando a Rússia”. A mídia judaica também está elogiando Zelenskyy, referindo-se a ele como um genuíno “herói judeu”, um Macabeu moderno resistindo à opressão, um Davi contra Golias.T-shirts com sua imagem estão sendo vendidas com os dizeres “Resistindo aos tiranos desde o faraó”, enquanto a comunidade judaica de Nova York está arrecadando milhões de dólares para a ajuda ucraniana.

A Agência Telegráfica Judaica relata que uma “pesquisa demográfica de 2020 estimou que, além de uma população 'núcleo' de 43.000 judeus, cerca de 200.000 ucranianos são tecnicamente elegíveis para a cidadania israelense, o que significa que eles têm ascendência judaica identificável. O Congresso Judaico Europeu diz que esse número pode chegar a 400.000.” Se isso for verdade, é uma das maiores comunidades judaicas do mundo e inclui pelo menos 8.000 israelenses , muitos dos quais estão tentando retornar a Israel. Outros judeus ucranianos também estão fugindo do país.

Israel, com laços estreitos com ambas as nações através da diáspora judaica, vem tentando jogar em ambos os lados, oferecendo apoio à Ucrânia sem condenar a Rússia. Seu primeiro-ministro Naftali Bennett está desempenhando cada vez mais o papel de mediador entre os dois adversários, tendo se encontrado com Putin e falado várias vezes com Zelenskyy. Os judeus, alguns dos quais têm cidadania israelense, estão, de fato, desproporcionalmente representados entre os chamados oligarcas em ambos os países, controlando setores-chave das respectivas economias. Vários oligarcas judeus russos já fugiram em seus superiates para portos que oferecem não extradição na tentativa de preservar seus bens das sanções dos EUA e da Europa contra a economia de Moscou.

Portanto, parece haver uma história judaico/israelense que é parte integrante do que está acontecendo na Ucrânia. Há muito tempo é reconhecido por muitos que uma antipatia particular dirigida contra a Rússia permeia a visão de mundo neoconservadora. A maioria dos neocons são judeus e vários deles estão administrando o Departamento de Estado, ao mesmo tempo em que ocupam cargos de alto nível em outros lugares do governo Biden, bem como nos think tanks de política externa, incluindo Haass no influente Conselho de Relações Exteriores. Da mesma forma, os sites de mídia e redes sociais intensamente russófobos dos EUA e do Ocidente são desproporcionalmente judeus em sua propriedade e pessoal. Como as negociações EUA-Rússia que antecederam os combates atuais foram claramente projetadas para fracassar pelo governo Biden, é preciso se perguntar se essa guerra é em grande parte produto de um ódio étnico-religioso de longa data. Estou especulando, é claro, mas há até mesmo algumas evidências históricas para apoiar essa visão na invasão do Iraque e na hostilidade contra o Irã, que foram e continuam a ser impulsionadas por interesses israelenses, não pelos Estados Unidos. A Rússia é o inimigo um artifício semelhante? Tem que ser considerado…

The Unz Review .

 

Donald Trump sugeriu colocar bandeiras chinesas em caças americanos e bombardear a Rússia !


Donald Trump, ex-Presidente dos Estados Unidos, sugeriu bombardear a Rússia com caças norte-americanos disfarçados com a bandeira da China.

O antigo Presidente norte-americano tem uma solução, no mínimo, criativa para travar os planos de Vladimir Putin. No sábado, durante um congresso republicano, Donald Trump sugeriu que os Estados Unidos deveriam bombardear a Rússia com caças americanos disfarçados com a bandeira da China.

Bastaria colocar uma bandeira chinesa em aviões militares F-22 e “bombardear toda a Rússia”, explicou. “[Após o ataque,] logo diremos: foi a China que o fez, não nós. E depois eles começam a lutar uns com os outros e nós recostamo-nos a ver.”

A sugestão motivou risos na plateia.

O Observador escreve que esta estratégia militar teria, à partida, dois problemas. Em primeiro lugar, o facto de os Lockheed Martin F-22 Raptor serem originalmente norte-americanos e nenhum deles estar nas mãos dos chineses, que têm os seus próprios caças de quinta geração, os J-20.

Em segundo lugar, o facto de violar as leis bélicas internacionais. “Usar a bandeira de um Estado neutro ou de qualquer Estado que não seja parte do conflito é proibido”, sublinhou a especialista Laurie R. Blank.

As declarações de Trump surgem numa gravação áudio, obtida pelo The Washington Post. O discurso de sábado, que durou mais de 80 minutos, foi dirigido a cerca de 250 dos principais financiadores do Partido Republicano e centrou-se essencialmente no tema da política externa.

Após ter sido criticado por elogiar Vladimir Putin, em fevereiro, Donald Trump mudou o seu discurso: o líder russo nunca teria invadido a Ucrânia se Trump ainda fosse Presidente.

“Eu conheço muito bem Putin. Ele não o teria feito. Jamais o teria feito!” Porquê? Porque quando Donald Trump era Presidente foi mais duro com Vladimir Putin do que qualquer outro líder norte-americano.

O problema, salientou, “não é que Putin seja inteligente – claramente ele é inteligente -, o problema é que os nossos líderes são burros e, até agora, deixaram-no avançar com essa farsa e ataque à Humanidade”.

https://zap.aeiou.pt/trump-bandeiras-china-cacas-russia-466149

 

Rússia é agora o país com mais sanções do mundo - Já ultrapassou o Irão !


A Suíça é o país que aplicou um maior número de sanções, seguido da União Europeia e da França. Desde 22 de fevereiro, o número de sanções aplicadas à Rússia duplicou.

Rússia passou a ser o país do mundo com mais sanções aplicadas. Assim, a nação liderada por Vladimir Putin ultrapassou o Irão, a Síria e a Coreia do Norte.

Segundo avança uma plataforma que analisa as sanções aplicadas, os países aliados aplicaram um total de 2.778 novas sanções, o que duplicou o número total de sanções aplicadas à Rússia.

De acordo com a Rádio Renascença, antes da invasão da Ucrânia a 22 de fevereiro, o país era alvo de 2.754 e passou para 5.530.

Com este aumento, a Rússia ultrapassou o Irão, que tem 3.616 sanções, a maioria devido ao programa nuclear e ao apoio ao terrorismo.

A maior parte das sanções aplicadas são contra indivíduos, havendo ainda 343 a entidades, como companhias ou agências governamentais.

A Suíça é o país que aplicou um maior número de sanções (568), seguido da União Europeia (518) e da França (512). Os Estados Unidos impuseram 243.

Antes da invasão da Ucrânia, a Rússia já era alvo de sanções devido à interferência nas eleições norte-americanas de 2016 e aos ataques contra dissidentes políticos tanto no território russo como no estrangeiro.

Mais de 1,7 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, de acordo com o balanço divulgado esta segunda-feira pelas Nações Unidas.

Mais de mil civis já foram mortos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Segundo o relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), que abrange o período das 4h de 24 de fevereiro à meia-noite de 4 de março, das "1.058 vítimas civis na Ucrânia, 351 foram mortas, incluindo 10 crianças".

O Papa Francisco enviou dois cardeais para tentar mediar o conflito. O cardeal Konrad Krajewski, responsável pelas obras de caridade do Papa, chegou segunda feira à fronteira da Polónia com a Ucrânia, e o cardeal Michael Czerny, do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, é aguardado amanhã na Hungria.

Entretanto, Portugal recebeu desde o início da invasão russa da Ucrânia 2.674 pedidos de proteção temporária, segundo uma atualização feita hoje pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

https://zap.aeiou.pt/russia-e-agora-o-pais-com-mais-sancoes-do-mundo-ja-ultrapassou-o-irao-466177

 

“Z” de vitória - A origem do maior símbolo de apoio à guerra na Ucrânia !


Na internet, o “Z” branco que surgiu nos veículos militares russos e é agora uma marca da propaganda do Kremlin, já foi apelidado de “suástica de Putin”.

“Z” é o maior símbolo de apoio à invasão da Ucrânia e nem existe no alfabeto cirílico russo. O regime de Putin diz que vem de “za pobedu” — em português, “pela vitória”. Mas há outras teorias, segundo o Observador.

Cinco dias antes de as forças de Moscovo invadirem a Ucrânia e abriram guerra no país, os tanques e carrinhas militares russos colocados na fronteira entre os dois países exibiam uma letra, que nem sequer existe no alfabeto cirílico da Rússia.

Era um “Z” branco, com hastes largas e sem serifas — um símbolo que conquistaria a atenção dos analistas bélicos e tornar-se-ia num símbolo de apoio à investida russa.

De acordo com as Forças Armadas ucranianas, o “Z” tem um significado militar: é uma das cinco letras identificadas até agora no material bélico russo.

Sozinha, a letra “Z” rotula as forças vindas do distrito oriental da Federação Russa, mas se estiver emoldurada num quadrado branco identifica os militares da Rússia colocados na Crimeia, a região ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

Existe também o “O” para as forças da Bielorrússia, o “V” utilizado pelos fuzileiros navais, o “X” para as forças vindas da Chechénia (a república na região do Cáucaso que tem sido palco de conflitos com Moscovo na luta pela independência) e o “A” exibido pelas forças especiais.

Utilizando estes símbolos, os militares garantem que não atacam os próprios companheiros — é fogo amigo.

Mas o “Z” e o “V” têm sido amplamente replicados por atletas olímpicos, instituições e artistas também como forma de apoio a Putin.

Numa fase inicial, julgava-se que o “Z” tinha sido adotado pelos militares russos como símbolo do apoio da Rússia à independência das regiões separatistas ucranianas de Donetsk e Lugansk, expressa a 22 de fevereiro de 2022 — apesar de, no alfabeto cirílico, o símbolo “Z” ser mais semelhante a um “3”.

Mas a letra já tinha sido detetada em tanques militares muito antes dessa data, quando as tropas de Putin se posicionaram na fronteira com a Ucrânia.

A resposta pode estar em duas publicações que o Ministério da Defesa russo, liderado por general Sergey Shoygu, colocou nas redes sociais e que atribui às duas letras outro simbolismo.

O “Z” vinha de “za pobedu”, que em português significa “pela vitória”, e o “V” surgiria de “sila v pravde” ou, em português, “o poder está na verdade”, como sugere a página governamental de Instagram.

O assunto não ficou fechado com as explicações vindas diretamente do governo de Putin, e há quem procure mais respostas nas entrelinhas.

Uma das teorias é que as duas letras foram escolhidas para recordar a Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, a tenacidade da Rússia na investida contra a Ucrânia. Há também quem teorize que o “Z” é uma mensagem de guerra ao Ocidente, palavra que em russo é “zapad”; e que o “V” é um sinal de apoio a Vladimir Putin.

As duas letras, mas sobretudo o “Z”, ganharam tanta importância que se tornaram verdadeiros símbolos da identidade nacional russa.

E o caso do ginasta russo Ivan Kuliak, que tinha um “Z” improvisado com o que parecia ser fita-cola no uniforme quando subiu ao pódio numa prova do campeonato mundial de ginástica artística no Qatar, não é o único.

Segundo o Expresso, a Federação Internacional de Ginástica anunciou que vai instaurar um processo disciplinar a Ivan Kuliak, que competia na Taça do Mundo em Doha.

Um pouco por toda a Rússia, mas também fora dela, circulam carros com o “Z” desenhados nas janelas e nas portas, explica Kamil Galeev, investigador com a bolsa Galina Starovoitova (dissidente russa que batalhou por reformas democráticas no país) pelos Direitos Humanos no Centro Wilson nos Estados Unidos e especialista em História Moderna, no Twitter.

Segundo ele, a expansão da letra como símbolo da ideologia de Putin está a ser tanta que há quem a compare a adoção da suástica pelos apoiantes do regime nazi.

Uma das imagens mais impressionantes partilhadas por Kamil Galeev é a de um “Z” composto por militares russos, com recurso aos distintivos de soldados ucranianos mortos em combate.

Outra é uma fotografia aérea de crianças com doenças terminais dispostas em “Z” numa rua coberta de neve, à porta do hospital onde estão internadas.

“Nas nossas mãos esquerdas, seguramos folhetos com as bandeiras da República Popular de Luhansk e Donetsk, Rússia e Tartaristão e fechamos a mão direita em punho”, explicou o presidente da instituição Vladimir Vavilov, citado pela Sky News.

https://zap.aeiou.pt/z-de-vitoria-a-origem-do-maior-simbolo-de-apoio-a-guerra-na-ucrania-466139

 

Cientistas russos temem pela vida de colegas !


Academia de Ciências da Rússia lembra os “muitos anos” de confrontos na Ucrânia e pede uma resolução imediata do conflito.

Muitos russos têm-se manifestado contra a invasão à Ucrânia, logo desde o primeiro dia do conflito. Agora também a comunidade científica pede o final imediato da guerra.

A Academia de Ciências da Rússia lançou o apelo, num comunicado oficial, afirmando que o cessar-fogo é “extremamente importante” e que todas as partes devem chegar a uma solução pacífica, através de negociações.

A entidade indica que este conflito militar “agudo” é a consequência de “muitos anos” de confrontos na Ucrânia, que originaram a morte de muitos civis.

Os membros da Academia estão “seriamente preocupados” com a saúde e mesmo com a vida das pessoas, incluindo os colegas cientistas que estão na zona de guerra, quer na região de Donbass, quer na Ucrânia no geral.  

Por isso, pede-se uma “resolução imediata” da questão humanitária: garantir a segurança e condições de vida para os civis, além de assegurar a segurança das instituições científicas, educativas e culturais, e dos monumentos do património histórico.

E outro ponto é destacado: evitar a destruição de centrais nucleares, de objectos da indústria química e de outras instalações de infra-estrutura crítica.

A Academia de Ciências da Rússia pede também a todos os cientistas e a todas as associações e academias para que se abstenham de posições e de acções políticas, nesta altura.

São também condenadas eventuais “tentativas de pressão política” sobre investigadores, professores e estudantes com base na sua nacionalidade ou na sua cidadania.

“Consideramos necessário intensificar a diplomacia científica e fortalecer o movimento de cientistas pela paz, pela segurança internacional, pela resolução de conflitos, pela redução da tensão militar e pela prevenção da ameaça de guerra nuclear”, finaliza o comunicado.

https://zap.aeiou.pt/cientistas-russos-temem-pela-vida-de-colegas-466100

 

segunda-feira, 7 de março de 2022

Ataques em Moçambique: 15 mortos em três dias - Receio de fome em comunidades !


Os ataques rebeldes e ocupações militares continuam em Moçambique, mais concretamente a norte, na zona de Cabo Delgado. Fonte local indicou à agência Lusa que, só entre esta sexta-feira e este domingo, morreram 15 pessoas.

Três aldeias foram atacadas: Mbuidi (sexta-feira), Malamba (sábado) e Nangõmba (domingo). Todas pertencem ao distrito de Nangade, em Cabo Delgado, norte do país africano.

A agricultura é o principal meio de subsistência naquela região mas, devido ao receio de novos ataques, a população local deixou de aparecer no campo para trabalhar. E algumas comunidades podem passar por períodos de fome ao longo deste ano.

As matas estão a começar a ficar cheias de corpos abatidos, alguns decapitados. Os cadáveres não são enterrados, começam a decompor-se e o cheiro começa a ficar insuportável.

“Ninguém se atreve a sair sozinho, sem escolta, para Mueda (outro distrito) porque os grupos armados atacam aldeias vizinhas e nalguns casos ao longo da estrada principal”, indicou outra fonte local.

Já no final de Fevereiro, cinco aldeias foram atacadas e 18 pessoas foram portas.

Os criminosos serão elementos de grupos insurgentes que atacam em Cabo Delgado desde 2017. Alguns ataques foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

https://zap.aeiou.pt/ataques-mocambique-fome-465979

 

A verdade sobre carros elétricos e baterias de lítio !


Um navio de carga chamado Felicity Ace, transportando 4.000 carros de luxo coletivamente avaliados em cerca de US$ 438 milhões, pegou fogo no mês passado. Felizmente, os membros da tripulação não foram feridos e conseguiram abandonar rapidamente o navio. O fogo, no entanto, durou uma semana. Isso ocorreu porque as baterias de íons de lítio dentro dos veículos elétricos (EVs) na remessa mantiveram o fogo vivo. O fogo só se extinguiu quando o suprimento de material combustível a bordo se esgotou.

Algo semelhante aconteceu em julho do ano passado. Em Victoria, na Austrália, uma instalação 'Megapack' de 13 toneladas da Tesla – que usa uma vasta gama de baterias de íons de lítio para armazenar energia gerada por fontes renováveis ​​intermitentes – pegou fogo. Este fogo acabou se extinguindo depois de três dias. Naquela época, criou vários riscos ecológicos, incluindo fumaça tóxica, que engoliu os moradores locais. Mas os bombeiros podiam fazer pouco mais do que monitorar os danos ambientais – eles tiveram que esperar que o fogo se apagasse.

“O perigo mais significativo de uma bateria de íon-lítio é que [os incêndios] são quase impossíveis de apagar uma vez que são acesos”, observa o engenheiro Robin Mitchell . 'Não importa quantos sistemas de segurança sejam implementados', diz ele, 'um incêndio iniciado por uma bateria de íons de lítio é muito desafiador para gerenciar'. Tal tecnologia, conclui Mitchell, 'pode ser adequada apenas para sistemas de pequena escala, como smartphones e EVs'. Mesmo assim, os riscos de incêndio apresentados pelas baterias EV não são insignificantes.

A maioria de nós carrega uma bateria de íons de lítio em nosso smartphone sem pensar nisso, e elas são relativamente seguras. O perigo de usar baterias de íons de lítio maiores em configurações maiores foi reconhecido pelas autoridades desde sua introdução comercial em 1991 . Por exemplo, as companhias aéreas dos EUA não permitem laptops com baterias integradas maiores que 100 watts/hora a bordo. A probabilidade de a bateria pegar fogo é relativamente baixa. Mas em caso de incêndio, para extingui-lo, não se pode usar água. Os riscos de incêndio são ainda maiores para um EV, que é um pouco como um sanduíche bem embalado de centenas de baterias de laptop.

Então, o que nossos ativistas ambientais estão fazendo para chamar nossa atenção para esse grande novo perigo? Você deve ter notado uma curiosa ausência de petições, hashtags ou relatórios alarmantes do Change.org de empresas como a BBC News.

Isso é ainda mais surpreendente quando você considera os danos ecológicos e a exploração que envolve a produção das baterias. A extração de lítio é suja e usa enormes quantidades de água subterrânea. No Chile, as atividades de mineração na região do Salar de Atacama consomem 65% da água da área. Produtos químicos tóxicos do processo de mineração são conhecidos por vazar no abastecimento de água. Pesquisadores em Nevada descobriram que peixes até 150 milhas a jusante estavam sendo afetados por operações de mineração.

As baterias de íon de lítio também precisam de muito cobalto – normalmente cerca de 14 kg por bateria de carro. Extrair isso é sujo e perigoso. Na República Democrática do Congo, o maior fornecedor do mundo, crianças de até sete anos lavam e classificam minérios como “mineiros artesanais”, de acordo com um relatório da Anistia de 2016 .

Esta, então, é uma história ambiental que não conseguiu fazer as espécies usuais saltarem de pesquisador acadêmico para ativista de mídia de ONGs para produtor de notícias de TV. Isso é estranho, dado que o princípio da precaução tem sido um elemento básico da campanha ambientalista há cinco décadas. Por exemplo, a exploração de gás de xisto não pode prosseguir, argumentam os ativistas verdes, porque o fracking corre o risco de causar 'terremotos', embora estes tendam a ser em grande parte imperceptíveis . No entanto, quando se trata de EVs e baterias de íons de lítio, o princípio da precaução parece ter sido deixado de lado por um tempo.

Os perigos das baterias de íons de lítio são evidentes no número de recalls de produtos de alto perfil. A Dell fez o recall de quatro milhões de baterias em 2006. A HP fez o recall de mais de 100.000 laptops em 2019 devido aos riscos de incêndio da bateria. Depois de causar incêndios em voos, o smartphone Note 7 da Samsung foi recolhido – duas vezes – e depois deixado de lado completamente.

Os custos e riscos só aumentam com produtos maiores. Estima-se que os incêndios originados na bateria dos veículos Chevrolet Bolt tenham custado à General Motors cerca de US$ 2 bilhões. A Audi teve que fazer o recall de seu SUV E-Tron pelo mesmo motivo. Os Teslas estacionados continuam explodindo em chamas – e a empresa foi castigada por não fazer o recall dos veículos.

Em vez de expor esse grande perigo ambiental, a BBC pode ser encontrada promovendo as baterias . 'Não há dúvida de que as baterias são fundamentais para um futuro de baixo carbono', explicou um filme recente de sua série 'Ideias'. "As baterias de íon de lítio podem armazenar energia limpa para quando o sol não está brilhando e o vento não está soprando, enviando-a em dias cinzentos com a força e confiabilidade que rivaliza com os combustíveis fósseis." Viva!

Ainda mais curioso é que o sacerdócio verde abençoou os EVs movidos a lítio como um sucessor 'ecologicamente correto' dos veículos movidos pelo motor de combustão interna (ICE). O argumento é que, como os VEs não usam um ICE, que é alimentado por um derivado de petróleo (gasolina ou diesel), conduzi-los resulta em menores emissões de CO2.

No entanto, na semana passada, o YouTuber de carros mais popular da Grã-Bretanha, Tim Burton (mais conhecido como Shmee), anunciouque ele estava substituindo seu Porsche elétrico por um Ferrari V12 movido a gasolina – porque é mais verde e mais limpo. Sua razão pode surpreender muitos que acreditam que os EVs são veículos de emissão 'baixa' ou 'zero' de CO2.

Burton citou um estudo que a Volvo divulgou durante a cúpula climática COP26. Este estudo, liderado por Andrea Egeskog do Centro de Sustentabilidade da Volvo, recebeu muito pouca atenção na época. A Volvo é incomum em poder fazer comparações diretas entre duas versões do mesmo modelo de carro, o SUV XC40. Um é elétrico, o outro tem um ICE. A Volvo calculou as emissões de CO2 durante todo o ciclo de vida dos dois produtos: desde a mineração de minerais, como lítio e cobalto, até o fim de suas vidas, incluindo o descarte.

Fora do portão da fábrica, o carro elétrico começa sua vida do lado errado das pistas – tendo gerado muito mais CO2 do que a versão que consome gasolina. Isso se deve ao lítio e a outros minerais de terras raras necessários para fabricar o EV 'economizador do planeta'. As emissões dos materiais e da produção da versão ICE do Volvo XC40 são cerca de 40% mais baixas do que para o EV.

Claro, o modelo ICE continua a consumir combustíveis fósseis enquanto estiver em uso. Mas para a versão elétrica 'empatar', por assim dizer, tem que fazer muitos quilômetros no relógio. Sua ecologia também depende enormemente de como a eletricidade usada para carregar as baterias é gerada. A Volvo informa que, com base em um mix de energia global típico, se você dirigir menos de 93.000 milhas, causará maiores emissões ao escolher um veículo elétrico em vez da versão a gasolina. Na UE, que usa uma proporção maior de energias renováveis, o ponto de equilíbrio ainda é de 52.000 milhas. Daí a decisão de Burton de devolver seu EV. Um carro Ferrari ou Porsche de alto desempenho nunca atingirá essa quilometragem. Nem um carro normal como o meu. Se eu substituir meu carro de 19 anos amanhã, e optar pela 'opção verde' em vez da opção a gasolina, ficarei mais pobre, porque o equivalente EV é muito mais caro, e só finalmente começará a obter economias de emissões de CO2 em relação ao rival a gasolina em algum momento no final da década de 2040. Mas nunca chegará a esse ponto, pois a bateria estará esgotada muito antes disso.

Apesar de tudo isso, os principais fabricantes de automóveis investiram bilhões no desenvolvimento de EVs. Os VEs também têm sido fortemente subsidiados pelos governos como meio de atingir suas metas climáticas. 'E se esses bilhões de dólares tivessem sido investidos no motor de combustão interna, quanto melhor eles teriam sido?', reflete Burton.

Muitos dos EVs vendidos hoje são 'runabouts urbanos' - ou seja, veículos que nunca atingirão o ponto de equilíbrio de CO2 e, portanto, emitirão mais CO2 do que um equivalente a gasolina. Como o valor prático de um EV hoje na redução das emissões de CO2 é zero, seu valor é meramente sinalizar superioridade moral, mostrando aos outros que você se importa e eles não. É um estado bom. Faz o dono se sentir melhor.

A curiosa moral da história é que, mesmo para seus próprios padrões, os ambientalistas não são muito bons em praticar o que pregam. Se, como os ativistas das mudanças climáticas insistem, nossos carros estão 'matando o planeta', então são os virtuosos entre nós que estão matando o planeta mais rapidamente. Que tal hipocrisia das elites verdes não tenha sido contestada por tanto tempo é notável. Certamente não pode durar.

Spiked

 

Putin pondera mobilização em massa para impulsionar seus objetivos na Ucrânia !


Os possíveis mediadores de paz da Ucrânia nas últimas 48 horas, incluindo o primeiro-ministro Naftali Bennett, ficaram impressionados com a determinação do presidente Vladimir Putin de continuar com a guerra na Ucrânia até que seu objetivo seja alcançado. Ele foi relatado preparando as bases para a mobilização em massa e o recrutamento – até mesmo a lei marcial, se necessário – para reforçar seu esforço militar, que ainda está aquém de seus objetivos após 12 dias de violentos combates. Os preços crescentes do petróleo – agora chegando a US$ 139 o barril – estão gerando lucros para financiar seu esforço de guerra. No campo de batalha, enquanto bombardeava cidades ucranianas, o exército russo desacelerou seu avanço para se reagrupar e receber mais mão de obra, combustível, munição e outros suprimentos. Eles estão se preparando para a próxima rodada de ataques violentos para tomar Kiev, Kharkiv e Mikolayiv. O Comando Geral da Ucrânia relata uma grande força russa se concentrando a oeste de Khrakiv – aparentemente pronta para uma ampla viagem ao sudoeste em direção ao rio Dnieper. De acordo com relatos anteriores, Moscou recrutou e mobilizou combatentes sírios com experiência em combate urbano para ajudar a tomar a força Kiev e esmagar a resistência. No domingo, ataques com mísseis russos destruíram o porto internacional de Vinnytsia, perto de Uman, um potencial ponto de entrada para ajuda militar à Ucrânia. Putin, por enquanto, parece ter a intenção de vencer a guerra que lançou contra a Ucrânia e não está demonstrando qualquer disposição de diminuir as hostilidades ou considerar termos que seriam aceitáveis ​​para o Ocidente ou a Ucrânia. Ainda assim, uma delegação russa partiu para a Bielorrússia nesta segunda-feira, 7 de março, para uma terceira rodada de negociações com uma delegação ucraniana. O governo Biden já está considerando seriamente atacar a Rússia com um embargo total de petróleo para privar o esforço de guerra de Putin e isolá-lo ainda mais. O Brent novamente atingiu o pico de US$ 139 o barril - um salto de quase US$ 40 desde a invasão de 24 de fevereiro e o maior desde 2008. Mas os primeiros suprimentos devem ser garantidos para o mercado mundial, disse o secretário de Estado Antony Blinken a um entrevistador da CNN. Para este fim, o presidente Joe Biden está buscando acordos com inimigos ricos em petróleo de Washington como o venezuelano Nicalos Maduras – ou mesmo o príncipe herdeiro saudita Muhammed bin Sultan, que tem sido sistematicamente evitado pelo governo Biden após ser acusado da captura e assassinato de Jamal Khashoggi.

https://www.debka.com

 

Estilo da invasão à Ucrânia tem precedentes - Rússia puxa do manual usado na Síria e Chechénia !


De acordos de cessar-fogo violados a cercos, a invasão russa da Ucrânia encontra precedentes nas operações militares na Síria e na Chechénia.

O estilo da invasão russa à Ucrânia tem precedentes históricos. Acordos de cessar-fogo não respeitados, bombardeamentos indiscriminados e cercos a cidades também fizeram parte do manual russo na Síria e na Chechénia, escreve o Público.

O conflito mais recente entre os chechenos e o Governo russo ocorreu após a queda da União Soviética, com os separatistas chechenos a declararem a independência em 1991.

No final de 1994, a Primeira Guerra da Chechénia eclodiu e, após dois anos de combates, as forças russas retiraram-se da região. Em 1999, os combates foram retomados e concluídos no ano seguinte com as forças de segurança russas a estabelecerem o controlo sobre a Chechénia.

Já a intervenção russa na Guerra Civil Síria começou no fim de setembro de 2015. Os russos lançaram uma série de ataques aéreos e navais feitos contra o autoproclamado Estado Islâmico.

Os bombardeamentos e missões atingiram outras organizações não-jihadistas que lutavam contra o regime do ditador sírio Bashar al-Assad.

“Ele [Putin] agora vai fazer à Ucrânia o mesmo que fez em Alepo, não vai?”, questiona Ahmad al-Khatib, um sírio refugiado na Turquia, em entrevista à Al-Jazeera.

“Havia bombas e sangue em todo o lado. Dormíamos e acordávamos com o som de caças a voar e de ataques aéreos. As casas abanavam, as crianças choravam e nós estávamos todos à espera da morte”, lembrou al-Khatib os ataques russos à sua cidade natal de Alepo.

Enquanto o exército russo cercava a cidade, foram bombardeados hospitais, depósitos de água, prédios residenciais e até colunas de ajuda humanitária.

Apenas numa semana morreram mais de 300 civis e foram quebrados vários acordos de cessar-fogo, recorda o jornal Público. As semelhanças são óbvias com aquilo que está a acontecer atualmente na Ucrânia.

Kiev está cercada e, ao longo da última semana, cidades como Kharkiv e Mariupol sofreram bombardeamentos em larga escala. Os ucranianos também denunciaram por duas vezes a quebra de cessar-fogo.

“Os cercos já existiam na Síria antes de a Rússia se envolver, mas a Rússia instrumentalizou-os. Ajudaram a apertar os cercos e certificaram-se de que a ajuda e outras coisas importantes não podiam entrar nem sair, só com negociação”, disse Emma Beals, analista no European Institute of Peace, à Foreign Policy.

Um relatório sobre refugiados chechenos dos Médicos Sem Fronteiras, de 1999, revela ataques “contra alvos civis” e contra “grupos de refugiados”, com a ajuda humanitária impossibilitada de atuar. 

https://zap.aeiou.pt/russia-manual-siria-chechenia-465944

 

A Rússia foi acusada de usar bombas de vácuo ! Como funcionam estas armas ?


O uso de armas termobáricas é geralmente condenado por organizações de direitos humanos. Tanto governos ocidentais como a Rússia já foram acusados anteriormente de recorrer a estas bombas.

Na segunda-feira, uma explosão destruiu a refinaria de petróleo em Okhtyrka, na Ucrânia, com as autoridades de Kiev a acusar a Rússia de usar armas termobáricas — também conhecidas como bombas de vácuo.

Este tipo de bombas sugam o oxigénio do ar e geram assim uma forte explosão de alta temperatura e o seu uso é geralmente condenado pelos grupos de direitos humanos. Frank Gardner, correspondente da BBC, refere-se a estas bombas como “as mais poderosas” no arsenal russo, além das armas nucleares.

As bombas de vácuo funcionam em duas etapas — a primeira é a carga explosiva que dispersa o combustível numa nuvem que pode então entrar em edifícios ou objetos ao redor e a segunda é a ascensão da nuvem que causa uma enorme bola de fogo e suga o oxigénio das áreas circundantes, causando uma onda de choque.

Segundo Justin Bronk, investigador do Royal United Services Institute, um explosivo normal tem 30% de combustível e 70% de oxidante em peso, mas as bombas de vácuo são “todas combustível e usam o oxigénio do ar“, sendo mais poderosas.

O calor e a pressão que a explosão emite são tão fortes que uma pessoa que esteja na sua proximidade imediata seria instantaneamente vaporizada e alguém que esteja na área circundante ficaria ferida com gravidade.

As bombas matam principalmente devido à “criação de uma onda de choque extremamente poderosa que rompe órgãos e estoura os pulmões” e que se propaga em “espaços confinados”, sendo “particularmente mortal contra pessoas em locais escavados, como porões ou cavernas” e causando também queimaduras graves. 

Rússia já terá usado estas bombas na Chechénia

A embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, Oksana Markarova, acusou a Rússia de usar este tipo de bombas no conflito entre os dois países, após uma reunião com membros do Congresso norte-americano.

“A devastação que a Rússia está a tentar infligir à Ucrânia é grande”, acrescentou Markarova.

As imagens captadas por um repórter da CNN perto da fronteira ucraniana parecem mostrar lançadores de foguetes múltiplos TOS-1 a serem transportados perto da cidade russa de Belgorod.

Outros vídeos cuja veracidade não foi verificada também circulam nas redes sociais que mostram os lançadores a serem transportados noutras partes da Rússia perto da fronteira com a Ucrânia.

Já desde 1960 que os russos e vários exércitos ocidentais usaram estas armas. Os Estados Unidos, por exemplo, já as utilizaram durante a guerra no Afeganistão, para atacar complexos de cavernas onde alegadamente estariam escondidos membros da Al-Qaeda.

A Rússia também terá alegadamente usado bombas de vácuo em 2000, na Chechénia, e mais recentemente Moscovo foi acusada de usar estas armas juntamente com o Governo sírio na luta contra os rebeldes.

https://zap.aeiou.pt/russia-bombas-vacuo-funcionam-465754

 

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