segunda-feira, 7 de março de 2022

Temor de Terceira Guerra Mundial - NATO teme que Rússia avance para outros países e diz que protegerá “cada centímetro” da Aliança !


O secretário-geral da NATO disse hoje temer que “os dias vindouros sejam piores” na Ucrânia, devido à guerra causada pela invasão russa, e que a Rússia avance para outros países da Aliança, como a Geórgia ou a Bósnia-Herzegovina.

“É provável que os dias vindouros sejam piores, com mais mortes, mais sofrimento e mais destruição, à medida que as Forças Armadas russas trazem armamento mais pesado e continuam os seus ataques por todo o país”, disse Jens Stoltenberg.

O responsável falava em conferência de imprensa na sede da NATO, em Bruxelas, após uma reunião extraordinária do Conselho do Atlântico Norte, o principal organismo de decisão política da organização e no qual cada país membro tem assento ao nível dos chefes de diplomacia.

“Esta é a pior agressão militar da Europa em décadas, com cerco a cidades e a escolas, hospitais e edifícios residenciais e ações imprudentes de bombardeamento em torno de uma central nuclear ontem [quinta-feira] à noite e muitos civis mortos ou feridos”, assinalou.

“A ambição do Kremlin é recriar uma esfera de influência e negar a outros países o direito de escolherem o seu próprio caminho e, por isso, os ministros [da NATO] discutiram a necessidade de apoiar os parceiros que possam estar em risco, incluindo a Geórgia e a Bósnia-Herzegovina”, referiu Jens Stoltenberg.

De acordo com o secretário-geral da Aliança Atlântica, “a agressão da Rússia criou um novo normal para a segurança”.
NATO protegerá “cada centímetro” da Aliança

A NATO sublinhou esta sexta-feira que é uma organização defensiva, que não procura o conflito armado com a Rússia, mesmo à luz da agressão à Ucrânia, mas advertiu que, se o conflito chegar à Aliança, protegerá “cada centímetro” do seu território.

“Somos uma aliança defensiva, não procuramos conflitos, mas se o conflito chegar a nós, estamos prontos e vamos defender cada centímetro do território da NATO”, advertiu o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à chegada ao quartel-general da Aliança, em Bruxelas, para uma reunião do Conselho do Atlântico Norte ao nível de chefes de diplomacia.

A seu lado, Jens Stoltenberg realçou igualmente que “a NATO não faz parte do conflito, a NATO é uma aliança de defesa”, que “não procura o conflito bélico com a Rússia”, mas advertiu também para a intransigência da organização na defesa de todos os seus membros.

“Ao mesmo tempo, temos que assegurar que não há quaisquer mal-entendidos sobre o nosso compromisso em defender e proteger todo os aliados, e daí termos aumentado a presença de forças da NATO na zona leste da Aliança”, declarou.

Também Blinken disse que os Aliados estão igualmente a preparar “o futuro da NATO”, comentando que “os acontecimentos das últimas semanas forjarão ainda mais esse futuro”, a ser desenhado com o novo conceito estratégico da organização e a próxima cimeira da NATO, “dentro de alguns meses”, em junho, em Madrid.

O chefe da diplomacia norte-americana saudou a forma como, “face à agressão premeditada da Rússia contra a Ucrânia, a Aliança juntou-se com velocidade, unidade e determinação“, apontando que, “cada aliado, de uma forma ou outra, está a assistir a Ucrânia e o reforço da NATO”.

Relativamente aos mais recentes acontecimentos no terreno, o secretário-geral da organização apontou que o ataque russo à central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, “demonstra bem a imprudência desta guerra, a importância de lhe por fim, e a importância de a Rússia retirar todas as tropas e comprometer-se de boa fé com os esforços diplomáticos”.

https://zap.aeiou.pt/nato-teme-russia-avance-outros-paises-465718

 

Há 36 grandes cidades em risco de ficar submersas - Lisboa é uma delas !

Há poucas dúvidas de que o nível do mar está a subir, e há cidades que correm o risco de ficar submersas. Lisboa está em 17º lugar na lista das primeiras cidades submersas nas próximas décadas.

Já não se trata de uma questão de se, mas de quando. No entanto, ninguém pode prever exatamente a altura em que vai acontecer.

Mas de acordo com o The Swiftest, com base em simples mapas de elevação do Coastal Risk Screening Tool, podemos prever quais as principais cidades do mundo com maior probabilidade de ficarem debaixo de água primeiro.

Os mapas interativos da Coastal Risk Screening Tool, criados pela Climate Central, comunidade de cientistas e jornalistas independentes, permitem aos utilizadores visualizar mapas de diversas partes do mundo, filtrados por área de risco.

Algumas previsões colocam o nível do mar a taxas muito mais elevadas à medida que nos aproximamos do ano 2100, mesmo até 2,5 metros, se nada for feito para abrandar as emissões de gases com efeito de estufa.

1,5 metros é uma estimativa realista que muito provavelmente ocorrerá dentro dos próximos 80 anos. Este cenário é possível dadas as atuais projeções, o aumento da temperatura global, e a inação dos principais líderes políticos e industriais mundiais.

O Euromonitor permitiu dentificar as 36 maiores das cidades mais visitadas do mundo, que serão afetadas pela subida do nível do mar. Estas serão as primeiras cidades submersas nos próximos 80 anos.

Utilizando os mapas gerados para estas cidades, é possível observar as principais atrações turísticas em risco, por estarem total ou parcialmente submersas dentro das zonas identificadas que serão afetadas pela subida do nível do mar.

O The Swiftest classificou estas 36 cidades por população, para destacar os destinos de maior risco, que terão a maior deslocação de vida tal como a conhecemos.

Tóquio, a capital do Japão e a cidade mais populosa do mundo, encabeça a lista. A sua população aumenta em 2,4 milhões ao longo do dia, devido aos estudantes e trabalhadores de distritos vizinhos, que se mudam para Tóquio.

Mumbai, na Índia, com mais de 20 milhões de habitantes, e Nova Iorque, nos Estados Unidos, com uma população semelhante, completam o Top 3 das cidades.

Em 7º encontra-se a cidade de Banguecoque, na Tailândia, com cerca de 10 milhões e 700 mil habitantes.

O governo tailandês não conseguiu implementar qualquer ação no sentido de evitar a situação precária da gestão costeira e está a receber críticas de cientistas climáticos. Algumas previsões colocam Banguecoque debaixo de água até 2050.

Em 8º lugar na lista está Jacarta. A cidade da indonésia, que já se está a afundar, vai ser brevemente transferida para o Bornéu, onde os indonésios estão a construir a sua nova capital, Nusantara.

Com uma população de 10 milhões de habitantes, Jacarta é considerada por alguns como “a cidade que mais rapidamente se vai afundar no mundo”, estimando-se que estará “inteiramente submersa até 2050“.

Em dezembro de 2021, Jarcarta foi novamente submersa, tendo partes da capital ficado 2,7m debaixo de água.

Lisboa entre as grandes cidades submersas

Lisboa é a 17ª cidade na lista. A capital portuguesa, que já foi atingida por um megatsunami em 1755 e está “em cima de um barril de pólvora”, pode afinal ficar submersa apenas pela subida do nível das águas do mar.

Lisboa é uma das 36 cidades em risco de ficar submersas

                        Lisboa é uma das 36 cidades em risco de ficar submersas

Em 22º na lista está Nova Orleães. A cidade norte americana, que em 2005 foi já devastada pelo furacão Katrina, corre o risco de enfrentar novamente a água do mar.

Amesterdão, situado nos Países Baixos, um país já de si conquistado ao mar pela sua população através de diques e barragens, é a 25ª na lista. Será também uma das primeiras cidades submersas.

Veneza, que há anos sofre com o problema da sua baixa altitude — está apenas a 1 metro acima do nível das águas do mar — sofre prejuízos todos os anos com as cheias, e encontra-se em 27º na lista.

Pela primeira em 1.200 anos, em outubro do ano passado, a cidade italiana foi capaz de travar a subida do nível da água, recorrendo a barreiras móveis recentemente instaladas no mar.

O sistema de defesa MOSE, nome italiano para para Moisés, derivado do Modulo Sperimentale Elettromeccanico (Módulo Eletromecânico Experimental), visa reter a subida das águas e a consequente inundação das cidades.

Macau, cidade chinesa, encontra-se em 28º na lista. Com 661 mil habitantes, pode ver submersos o seu aeroporto e a AJ Hackett Macau Tower.

Destinos turísticos em risco

Algumas destas cidades submersas nos próximos anos são também destinos turísticos populares, que já estão a lutar contra o aumento do nível das águas e os danos causados pelas inundações frequentes.

Veneza é um exemplo fácil de um destino turístico que sofre uma tensão significativa e crescente devido a inundações frequentes.

A Basílica de St. Mark em Veneza já sofreu graves inundações e danos causados pela água.

Apesar dos esforços para introduzir um sistema de barreira de inundação, a Praça de St. Mark foi danificada em 2020 quando a barreira de inundação não foi utilizada, demonstrando que mesmo quando existem infraestruturas para prevenir os efeitos da crise climática, estas só resolverão alguns dos problemas.

O destino turístico popular Waikiki Beach no Havai já está a lutar com a subida do nível do mar e requer maior proteção contra a crescente erosão costeira.

Já desapareceram 13 milhas da praia havaiana no século passado. As suas atuais tentativas de reabastecer as praias com areia importada são medidas dispendiosas e temporárias.

O estado da Florida está a investir 4 mil milhões de dólares na prevenção de mais danos, em particular em Miami Beach, um destino turístico popular com quase 1.200 casas atualmente em risco de inundação. Na verdade, as inundações estão a tornar-se uma ocorrência anual nesta região.

Segundo a UNESCO, a famosa Ilha de Páscoa e as suas icónicas estátuas estão gravemente em risco devido à subida do nível do mar e às chuvas. A ilha está já a sofrer uma erosão significativa e as ondas aproximam-se todos os anos do local.

Ilha de Páscoa, um dos primeiros destinos a desaparecer com as cidades submersas

                     A famosa Ilha de Páscoa está em risco

Mais de 90 ilhas nas Maldivas sofrem inundações todos os anos e prevê-se que percam 80% ou mais das suas ilhas nas próximas três décadas.

Já estão a ser feitos planos pelo governo local para adquirir terras noutros países como um seguro para deslocalizar a população das Maldivas, se necessário.

O Wadden Sea faz parte do património europeu da UNESCO e é visitado por milhões de pessoas todos os anos.

A miríade de espécies vegetais e animais está em risco devido à subida do nível do mar e à erosão, o que causará danos significativos. Estão a ser feitos esforços para evitar que isto aconteça.

Embora a região de Eifel não se encontre na costa, os rios estão também sujeitos a grandes catástrofes de alterações climáticas.

Como exemplo, Eifel, localizada no epicentro das adegas e festivais de vinho na Alemanha, foi atingida por inundações maciças em 2021 que nivelaram edifícios e arruinaram empresas. Mais de 220 pessoas morreram na Alemanha e na Bélgica durante estas inundações.

Key West, na Flórida, já investiu em infraestruturas e projetos de relocalização antes de se verificarem danos incalculáveis.

Os peritos estimam que partes da Key West estarão submersas em 2040, e o dinheiro que custaria para se preparar para isso está nos milhares de milhões.

A cidade de Nova Iorque está a experimentar uma frequência e gravidade crescentes das cheias, recebendo a primeira emergência de inundação instantânea da cidade na história registada em novembro de 2021.

Este é um problema para o qual Nova Iorque não está estruturalmente preparada.

Entre as suas atrações turísticas mais emblemáticas, a Estátua da Liberdade foi danificada durante o furacão Sandy e corre o risco de sofrer danos imediatos devido à subida do nível do mar.

Porque é que a subida do nível do mar é importante?

De acordo com as Nações Unidas, aproximadamente 10% da população mundial (ou 790 milhões de pessoas) vive na linha costeira. Muitas das maiores cidades do mundo têm evoluído ao longo das costas do mundo.

Historicamente, estas cidades costeiras têm prosperado devido à facilidade do comércio e das trocas comerciais.

Estes polos económicos são também algumas das cidades mais povoadas, o que coloca milhões de habitantes em risco. Estima-se que dois terços das cidades com mais de 5 milhões de habitantes se situam em regiões costeiras ameaçadas.

A erosão costeira é uma grande ameaça sem sequer ter em conta o aumento do impacto de catástrofes naturais, como furacões ou tsunamis.

Isto significa que as cidades irão enfrentar grandes cataclismos, antes de ficarem completamente submersas de forma permanente.

Vários destinos turísticos populares estão em risco

 2/3 das cidades com mais de 5 milhões de habitantes estão em regiões costeiras

A perda de terreno não é a única preocupação

A subida do nível do mar é um tema de grande preocupação, mas a isto acresce o aumento das catástrofes naturais que acompanha o aumento da temperatura. Prevê-se que secas, incêndios, furacões e tempestades tropicais aumentem.

Os animais estão também a ser afetados pelo aumento das temperaturas globais, à medida que os locais naturais de vida são perturbados ou já não são habitáveis, o que tem um impacto enorme na biodiversidade e na capacidade de sobrevivência nos seus habitats naturais.

A extinção de espécies animais está na realidade a prejudicar ainda mais o desembolso de sementes de plantas, o que por sua vez prejudica a adaptação ao clima natural.

O impacto da subida do nível do mar varia, em grande medida, em função da capacidade dos governos locais de reconhecer o problema suficientemente cedo e de dispor dos recursos necessários para mitigar os danos graves.

Por exemplo, Jacarta está em vias de construir um muro marítimo de 40 mil milhões de dólares para travar a maré. Além disso, o governo aprovou uma lei que permite que a capital seja transferida de Jacarta para uma zona de selva não desenvolvida na ilha vizinha de Bornéu.

O United States Geological Survey está atualmente a trabalhar num estudo de avaliação de risco da paisagem costeira da região nordeste dos Estados Unidos para (eventualmente) fazer recomendações sobre como enfrentar a crise climática.

Tal como a nação insular de Kiribati, algumas nações literalmente não têm para onde ir e já estão a preparar o seu povo para a migração em massa.

Não há dinheiro ou terras suficientes para opções alternativas, e o governo está a comprar propriedades noutros países para deslocar o seu povo quando o inevitável acontecer. Tuvalu deve desaparecer dentro das próximas duas décadas.

Não é demasiado tarde

Mas mesmo os países mais pro-ativos não podem evitar completamente os efeitos da subida do nível do mar sobre as suas populações.

Medidas preventivas não evitarão unilateralmente os efeitos devastadores de um aumento global da temperatura do mar, especialmente quando alguns políticos ainda hesitam em chamar às mudanças climáticas extremas “mudanças climáticas”.

De facto, já foram gastos biliões de dólares em resposta a eventos de catástrofes naturais e isto só irá aumentar à medida que as calamidades crescerem em frequência e gravidade.

Mesmo quando se discute a erosão das linhas costeiras, a destruição das cidades, a perda de vidas, e a incalculável pressão financeira da crise climática, ainda pode ser muito difícil para muitos conceptualizar exatamente a gravidade do problema.

De acordo com a NASA, a NOAA, e outros grupos de defesa da ciência, não é demasiado tarde para abrandar ou prevenir muitos dos efeitos devastadores das alterações climáticas.

Entretanto, podemos aprender muito com a forma como os holandeses têm vindo a lidar com este problema há décadas.

A Dutch Delta Works é uma das sete maravilhas do mundo moderno e tem mantido a Holanda acima do nível do mar com a sua rede de barragens, diques, e outros sistemas de prevenção de cheias, desde os anos 50.

https://zap.aeiou.pt/36-cidades-risco-submersas-lisboa-uma-delas-465304

 

 

PÂNICO GERAL - Ameaça nuclear de Putin faz com que europeus “paranoicos” procurem iodo !!!!


Bruxelas está nervosa. Há um medo real de que a Europa possa estar a caminhar em espiral para a sua pior crise de segurança, em décadas.

Mas a angústia dos belgas não está totalmente centrada no atual conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

A preocupação dominante no Ocidente — Washington, NATO, Reino Unido e UE — está mais relacionada com Moscovo procurar dividir e desestabilizar a Europa, abalando o equilíbrio do poder continental a favor do Kremlin.

O primeiro-ministro polaco Mateusz Morawiecki, no final do ano passado, sublinhou que o Ocidente precisava de “acordar do seu sono geopolítico” em relação às intenções da Rússia, de acordo com a BBC News.

As consequências da invasão da Ucrânia pelo Presidente russo Vladimir Putin e o anúncio de que colocou o sistema de dissuasão nuclear russo em “alerta máximo” continuam a ecoar em toda a Europa Central.

Segundo a Raw Story, as pessoas que vivem nos antigos Estados da era soviética têm ido a correr para as farmácias para comprar iodo, na crença de que este as protegerá de envenenamento por radiação.

Para além de levantarem dinheiro dos bancos e encherem os seus depósitos de gás, dezenas de pessoas tentam armazenar iodo para o caso de Putin se virar para o ataque nuclear.

Hugo, um português que mora na Bélgica, explicou ao ZAP que, “por causa das centrais nucleares, é habitual haver pessoas a procurar essas pastilhas”.

“Mas, agora, claro que com as notícias de possível guerra nuclear”, acrescenta,
as pessoas andam “paranoicas”.

“Nos últimos seis dias, as farmácias belgas venderam tanto [iodo] como durante um ano”, disse Nikolay Kostov, presidente do Sindicato das Farmácias, à Reuters.

“Algumas farmácias já nem têm em stock. Encomendámos mais quantidades, mas receio que não durem muito tempo”, acrescenta.

Segundo relata o La Voix du Nord, os mísseis russos com alcance de até 2500 km, que podem ser carregados com ogivas convencionais ou nucleares, preocuparam imediatamente o público.

As farmácias belgas foram tomadas de surpresa, segundo Le Soir. Cerca de 1.500 caixas de 10 comprimidos de iodeto de potássio foram entregues na quinta feira passada, e quase 4.000 por dia na sexta feira e no sábado. Na segunda feira, o número aproximava-se das 30.000 caixas.

De acordo com o Courrier International, na Bélgica, os comprimidos de iodo são distribuídos gratuitamente nas farmácias, há quatro anos, devido ao mau estado das instalações nucleares do país.

As pessoas que viviam num raio de 20 quilómetros à volta das centrais nucleares em atividade no país em 2018 – Tihange, no leste, e Doel, no norte – receberam, na altura, cápsulas.

Em setembro do mesmo ano, também as autoridades alemãs tinham distribuído pastilhas de iodo aos habitantes da cidade de Aachem, a 70 km da central nuclear belga. As autoridades alegaram que a central estava tão próxima que, em caso de emergência, não haveria tempo para distribuir os comprimidos.

Miroslava Stenkova, representante das farmácias Dr. Max na República Checa, onde algumas lojas tinham ficado sem iodo depois de a procura ter disparado, admitiu que “tem sido uma loucura“.

O iodo — tomado em comprimidos ou xarope — é considerado uma forma de proteger o corpo contra condições como o cancro da tiroide em caso de exposição radioativa. As autoridades japonesas recomendaram em 2011 que as pessoas em redor da central nuclear de Fukushima tomassem iodo.

Mas alguns funcionários da região advertiram que o iodo não iria ajudar em caso de guerra nuclear. Dana Drabova, chefe do escritório estatal checo de Segurança Nuclear, escreveu no Twitter: “Pergunta-se muito sobre as pastilhas de iodo como proteção contra a radiação, mas quando (Deus nos livre) as armas nucleares são utilizadas, são basicamente inúteis“.

No entanto, na Polónia, o número de farmácias que vendem iodo mais do que duplicou, segundo o Gdzie po lek, um site polaco que ajuda os doentes a encontrar a farmácia mais próxima com o medicamento que procuram.

“Dados internos no nosso site mostram que o interesse pelo iodo aumentou cerca de 50 vezes desde quinta-feira passada”, disse Bartlomiej Owczarek, co-fundador da plataforma.

A Agência Federal Belga de Controlo Nuclear escreveu no Twitter, na segunda-feira, que “a situação atual na Ucrânia não requer pastilhas de iodo. Ainda estão livremente disponíveis nas farmácias, mas não são necessárias neste caso específico. Tomar apenas iodo por recomendação das autoridades”.

https://zap.aeiou.pt/ameaca-nuclear-de-putin-faz-com-que-europeus-paranoicos-procurem-iodo-465416

 

Revelados planos russos para tomar Ucrânia em 15 dias e instalar o terror com execuções públicas !

O presidente russo, Vladimir Putin ouve o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Russas, Valery Gerasimov.
A Rússia planeia tomar a Ucrânia em 15 dias, ou seja, até ao próximo domingo, 6 de Março, de acordo com alegados documentos secretos revelados pelas Forças Armadas da Ucrânia. Putin planeia controlar as principais cidades ucranianas e demover a resistência com execuções públicas.

Numa altura em que a Rússia ganha terreno a sul da Ucrânia, são divulgados os alegados planos russos para a ofensiva que preveem a conquista do país em 15 dias, ou seja, de 20 de Fevereiro a 6 de Março.

Estes documentos são publicados no Facebook pelo Comando de Operações das Forças Armadas Conjuntas da Ucrânia (COFACU) que garante que os planos foram aprovados a 18 de Janeiro passado.

“Graças às acções bem-sucedidas de uma das unidades das Forças Armadas da Ucrânia, os ocupantes russos perdem não apenas equipamento e força viva”, mas, “em pânico, também deixam documentos secretos”, aponta o COFACU na publicação na rede social.

O COFACU publica o que serão os “documentos de planeamento de uma das unidades do grupo táctico do batalhão 810.a”, da “brigada marinha da Frota do Mar Negro da Federação Russa”, incluindo “um mapa de trabalho, tarefas de combate, mesa de chamadas, mesas de sinais de controlo, mesas de gestão ocultas, lista de armazém de pessoal”, entre outros elementos.

Derrotar os ucranianos com execuções públicas

Entretanto, a jornalista da Bloomberg News Kitty Donaldson assegura que os serviços secretos da Rússia também têm planos para realizar “execuções públicas” logo que o exército russo passe a controlar as principais cidades ucranianas.

Uma estratégia para “desencorajar os ucranianos de lutarem” contra a ocupação, como refere.

A jornalista cita uma fonte da Inteligência Europeia e nota que os planos passam ainda pelo “controle violento das multidões” e por “detenções repressivas de organizadores de protestos” de forma a “quebrar a moral ucraniana”.

A Rússia continua a ganhar terreno às forças ucranianas e já controla a cidade estratégica de Kherson, no sul da Ucrânia, junto ao Mar Morto.

Contudo, os soldados de Putin têm enfrentado algumas dificuldades, sobretudo devido à resistência ucraniana, cujas forças armadas têm sido reforçadas por muitos civis voluntários.

Mas há também algum espanto pelo facto de a Rússia não ter conseguido afirmar a sua superioridade aérea.

Pelo meio, começa a ser evidente alguma desmoralização das tropas russas e há rumores de que alguns soldados acreditavam que iam, apenas, fazer exercícios militares.

Mas no sul da Ucrânia, os russos estão a fazer valer a sua superioridade naval no Mar Negro. Ao mesmo tempo, mantêm a pressão sobre a capital Kiev e sobre a segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv.

Nesta altura, Putin está a isolar a Ucrânia nas suas fronteiras a sul, a oeste e a norte, na confluência com os territórios russo e bielorrusso.

O país tem apenas a parte ocidental livre de tropas russas, nas fronteiras com Moldávia, Roménia, Hungria, Eslováquia e Polónia. Mas o plano russo também pode passar por entrar na Moldávia.

https://zap.aeiou.pt/planos-russos-ucrania-execucoes-465489

 

quinta-feira, 3 de março de 2022

Vladimir Putin coloca toda a Força Nuclear da Rússia no "NÍVEL 1 do DEFCON" !

Preocupação séria com a decisão muito séria e irresponsável do presidente russo, Vladimir Putin, de colocar toda a sua força nuclear em alerta máximo. Você está pronto para lançar uma bomba atômica na Ucrânia por sua feroz resistência?
No jargão norte-americano o termo DEFCON ( DEFense CONdition, Condição de Defesa ) é o termo utilizado para medir o nível de prontidão e defesa das Forças Armadas.


Jargão DEFCON

Estas condições de defesa descrevem estados progressivos de Alerta e prontidão que são ativados pelo Estado-  Maior Conjunto  e pelos comandantes das forças armadas. Os níveis de DEFCON são ajustados com base na gravidade da situação militar. Em tempos de paz o DEFCON 5 é ativado que diminui à medida que a situação se torna mais crítica. 
DEFCON 1 representa a previsão de um ataque iminente e Nunca foi Alcançado.
Durante o estado de emergência, podem ser ativados sete níveis de alerta chamados  LERTCON . Os sete LERTCONs correspondem a cinco condições de defesa , denominadas DEFCONs  e duas outras situações de emergência, denominadas  EMERGCONs . Neste domingo, Vladimir Puton ativou o alerta equivalente ao DEFCON nível 1 .

- DEFCON 5 . Considere a situação normal em tempos de paz. 
 
- DEFCON 4 . Refere-se a uma situação em que a atividade dos serviços de inteligência é ligeiramente aumentada e as medidas de Segurança Nacional são reforçadas. Este nível foi mantido durante a maior parte da Guerra Fria e durante a  Crise da Crimeia .
 
- DEFCON 3. Implica um aumento da disponibilidade de forças acima do normal. Os militares dos EUA atingiram este nível de alerta em 1962 durante a  crise dos mísseis cubanos .

Todo o exército dos Estados Unidos foi para o DEFCON 3 pela segunda vez durante a Guerra do Yom Kippur em 1973.

Este nível foi alcançado pela terceira vez durante os  ataques de 11 de setembro de 2001  ao World Trade Center em Nova York.

- DEFCON 2. É atribuído quando se atinge o nível imediatamente abaixo do máximo. Só foi declarado duas vezes quando a  Crise dos Mísseis de Cuba foi tributada e na fase inicial da Operação Tempestade no Deserto durante a  Guerra do Golfo . Este seria o passo anterior para uma Guerra Nuclear.

- DEFCON 1 . É o nível de Alerta mais Alto. Nunca foi usado pelos Estados Unidos.

Rússia Ativa Sua Força Nuclear

Surpreendentemente o presidente russo Vladimir Putin ordenou que as forças de dissuasão de seu país que incluem armas nucleares fossem colocadas em alerta máximo.

"Os altos funcionários dos principais países da OTAN se entregaram a comentários agressivos sobre nosso país portanto ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe do Estado-Maior que coloquem a Força de Dissuasão do Exército Russo em Alerta de combate."

Ele anunciou isso em uma reunião televisionada com o ministro da Defesa Sergei Shoigu e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Russas, Valery Gerasimov .

"Sim, senhor", respondeu Shoigu . Notícias da RIA Novosti  citando o Ministério da Defesa , as forças estratégicas “são projetadas para deter a agressão contra a Rússia e seus aliados, bem como para derrotar o agressor, mesmo em uma guerra com o uso de armas Nucleares.
A ordem de Vladimir Putin  de colocar as forças de dissuasão de seu país incluindo armas nucleares em alerta máximo é parte de "retórica perigosa", disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg , a Dana Bash , da CNN .

"Se você combinar essa retórica com o que eles estão fazendo na Ucrânia, travando uma guerra contra uma nação soberana independente, realizando uma invasão completa da Ucrânia isso aumenta a gravidade da situação", acrescentou.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki  afirmou que isso faz parte de um padrão maior de escalada não provocada e "ameaças fabricadas" pelo Kremlin . "Este é realmente um padrão que vimos do presidente Putin ao longo deste conflito que ele está fabricando ameaças que não existem para justificar mais agressão e a comunidade global e o povo americano devem dar uma olhada nisso através disso. prisma", disse Psaki a George Stephanopoulos , da ABC , em This Week .
 
"Isso tudo é um padrão do presidente Putin e temos a capacidade de nos defender, mas também devemos denunciar o que estamos vendo aqui do presidente Putin.

Questionado sobre mais ajuda militar ou sanções, Psaki disse que o Os Estados Unidos estão preparados para enviar mais suprimentos militares humanitários, econômicos e defensivos observando os mais recentes anúncios de ajuda do governo desde o início do conflito de um sistema bancário com a comunidade global", disse Psaki . 

Psaki acrescentou que os Estados UnidosEle permanece em contato próximo com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o elogiou por sua liderança ao longo dos primeiros dias da atual guerra. "Ele se opõe corajosamente à invasão do presidente Putin e da liderança russa", disse Psaki . "Permaneceremos em contato próximo com ele", disse.
 
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Ameaça geológica - Deslizamento de terra no fundo do Mar Vermelho pode desencadear um Tsunami !


O Mar Vermelho esconde poderosas forças geológicas que poderiam colocar em risco as comunidades na costa do Egito e da Arábia Saudita.

Um deslizamento de terra aquático, que aconteceu há cerca de 500 anos no Mar Vermelho, produziu ondas de até 10 metros que atingiram a costa egípcia.

Agora, escreve o Science Alert, um estudo levado a cabo pela Universidade de Miami, nos Estados Unidos, prevê que a instabilidade geológica da região possa produzir eventos ainda mais intensos no futuro e até mesmo tsunamis.

O investigador Sam Purkis olhou pela janela de um submarino a 900 metros de profundidade no Estreito de Tiran e, à luz da lanterna do veículo, observou um fosso de três metros de largura e oito metros de altura.

“Percebi imediatamente que o que estávamos a ver era o resultado de alguma força geológica, que tinha partido o fundo do mar“, contou Purkis, um geocientista marinho da Universidade de Miami.

Investigações posteriores acabaram por revelar que a formação íngreme era o resultado de um deslizamento de 30 metros de terra no fundo do mar, que terá desencadeado ondas de 10 metros de altura que atingiram a costa do Egito há 500 anos – tudo isto em apenas alguns minutos.

A porção de terra que “sobrou” no fundo do mar pode desabar, provocando um tsunami duas vezes maior do que o de há meio século. Este evento ameaça a costa povoada do Egito e da Arábia Saudita.

Segundo o portal, se a porção de terra no fundo do mar deslizar 50 metros, a cidade egípcia de Sharm El Sheikh seria atingida por ondas com até 21 metros de altura em apenas um minuto e meio. Com um deslizamento de 100 metros, as ondas alcançariam os 45 metros de altura.

O artigo científico com as mais recentes descobertas foi recentemente publicado na Geophysical Research Letters.

https://zap.aeiou.pt/deslizamento-de-terra-tsunami-465024

 

Lukashenko pode ter revelado acidentalmente um mapa dos planos de invasão russa na Ucrânia !


Alexander Lukashenko, Presidente da Bielorrússia, pode ter partilhado, acidentalmente e em direto na televisão, os planos de invasão russa na Ucrânia.

O jornalista bielorrusso Tadeusz Giczan partilhou, no Twitter, um pequeno vídeo no qual é possível ver Alexander Lukashenko a apontar para um mapa da Ucrânia segmentado em quatro partes, noticia o Business Insider.

“Parece ser um verdadeiro mapa de invasão“, escreveu Giczan. O Presidente da Bielorrússia apresentou o mapa durante uma reunião do conselho de segurança do país.

Segundo alguns meios de comunicação social, os alvos militares e a ordem pela qual as cidades ucranianas estão a ser atacadas parecem coincidir com o mapa, que mostra as instalações militares ucranianas destruídas por mísseis lançados a partir da Bielorrússia, assim como o sentido e a direção dos ataques russos.

O mapa reflete também a incursão da Rússia no norte da Ucrânia em direção a Kiev e desde a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, à cidade de Kherson, que terá sido capturada pela Rússia esta quarta-feira.

O que se mantém incerto, e ao mesmo tempo perturbador, é se a informação contida no mapa que ainda não se materializou é real ou não.

O vídeo de Lukashenko revela um ataque na cidade portuária ucraniana de Odessa em direção à Moldávia, um antigo país soviético no radar do Kremlin. Lá existe um pequeno enclave, a Transnístria, apoiado pelo Kremlin e onde a Rússia tem destacado tropas permanentemente.

Se for verdade, as revelações do mapa sugerem que Moscovo planeia enviar militares para este pequeno país de três milhões de pessoas nos próximos dias.

O Parlamento ucraniano anunciou, na terça-feira, que as tropas bielorrussas tinham entrado na região de Chernihiv, no norte da Ucrânia, perto da fronteira com a Bielorrússia. A informação foi confirmada por Vitaliy Kyrylov, porta-voz das Forças de Defesa do Território Norte da Ucrânia.

Lukashenko, conhecido como “o último ditador da Europa”, está no poder desde 1994.

A Bielorrússia desempenha um papel importante nesta guerra, uma vez que foi a partir do seu território que o Ministério da Defesa da Rússia lançou parte das suas tropas para invadir a Ucrânia.

https://zap.aeiou.pt/lukashenko-mapa-planos-invasao-russa-465391

 

Kherson foi tomada pelas tropas russas - Mais de um milhão de pessoas já saíram da Ucrânia !


Autoridades ucranianas confirmaram hoje a tomada da cidade portuária de Kherson, no sul do país, por parte de tropas russas, uma captura que a Rússia tinha anunciado na manhã de quarta-feira.

Kherson, com cerca de 290 mil habitantes, é o maior centro urbano capturado pelas forças russas desde que a invasão começou, a 24 de fevereiro, segundo a LUSA.

O chefe da administração regional de Kherson, Gennadi Lakhouta, pediu aos moradores, através da plataforma Telegram, que fiquem em casa, indicando que “os ocupantes estão em todas as partes da cidade e são muito perigosos“.

O presidente da câmara municipal da cidade, Igor Kolykhaiev, anunciou que se havia reunido com tropas russas num prédio da administração de Kherson.

“Não tínhamos armas e não fomos agressivos. Mostramos que estamos a trabalhar para proteger a cidade e a tentar lidar com as consequências da invasão”, disse, numa publicação na rede social Facebook.

“Estamos a ter enormes dificuldades com recolha de corpos e enterros, entrega de alimentos e remédios, recolha de lixo, gestão de acidentes, etc.”, acrescentou Kolykhaiev.

O responsável assegurou que “não fez promessas” aos russos e “simplesmente pediu para não disparar.
Mais de um milhão de pessoas já saíram da Ucrânia

De acordo com as Nações Unidas, mais de um milhão de pessoas já terão saído da Ucrânia desde o início do conflito armado com a Rússia.

Filippo Grandi, responsável pela pasta dos refugiados na ONU, disse, no Twitter, nesta quinta-feira, que para milhões de pessoas, na Ucrânia, “é hora de as armas se silenciarem, para que a assistência humanitária, que salva vidas, possa ser fornecida”.
Três escolas e catedral Kharkiv atingidas

Os ataques aéreos russos atingiram várias infra-estruturas na cidade ucraniana de Kharkiv, incluindo três escolas e a catedral, noticiou esta quinta-feira a cadeia de televisão CNN.

Pelo menos três escolas na segunda maior cidade da Ucrânia foram atingidas por ataques aéreos russos nos últimos dias, de acordo com vídeos e fotografias publicadas nas redes sociais, verificadas pela cadeia de televisão norte-americana.

Na quarta-feira, as autoridades ucranianas informaram que o bombardeamento russo tinha resultado na morte de pelo menos 21 pessoas, destruindo diversos prédios.

“Kharkiv é hoje a Estalinegrado do século XXI“, disse Oleksiy Arestovich, conselheiro da Presidência ucraniana, fazendo a comparação com um episódio histórico, quando, durante cinco meses, o Exército soviético defendeu a cidade russa das forças nazis, durante a Segunda Guerra Mundial.

Os ataques russos, muitos com mísseis, fizeram explodir o telhado do prédio da sede da polícia regional em Kharkiv e também atingiram a sede dos serviços de informações e um prédio da universidade, além de edifícios residenciais, detalharam.

https://zap.aeiou.pt/kherson-foi-tomada-pelas-tropas-russas-465373

 

Quatro caças russos violam espaço aéreo da Suécia !

Aeronave Su-27 da Força Aérea Russa.
Quatro caças russos violaram hoje o espaço aéreo sueco a leste da ilha de Gotland, no mar Báltico, adiantou o Exército, numa altura em que crescem as tensões entre a Rússia e o Ocidente devido à invasão da Ucrânia.

“Dois Sukhoi Su-27 e dois Sukhoi Su-24 violaram o espaço aéreo sueco”, disse o Exército da Suécia em comunicado.

A invasão russa da Ucrânia reacendeu o debate sobre a adesão da Suécia à NATO.

Em janeiro, a Suécia enviou tanques e dezenas de militares armados para as ruas de Visby, uma cidade portuária na ilha de Gotland, no mar Báltico, numa ação incomum tomada em resposta ao aumento da “atividade russa” na região.

“As Forças Armadas estão a tomar as medidas necessárias para proteger a integridade da Suécia e demonstrar a nossa capacidade de proteger a Suécia e os interesses dos suecos”, adiantou à agência de notícias AFP o ministro da Defesa, Peter Hultqvist, através de ‘e-mail’, na ocasião.

A medida surgiu depois de três navios russos terem navegado no mar Báltico, cruzando o estreito do Grande Cinturão na Dinamarca.

Em comunicado, os militares disseram que as tropas seriam enviadas para “reforçar as operações em muitos locais”, devido ao “aumento da atividade russa no mar Báltico”.

Hutqvist disse também à agência de notícias TT que as patrulhas na ilha de Gotland mostravam que a Suécia estava a levar a situação a sério e que não seria “apanhada de surpresa”.

As Forças Armadas da Suécia disseram ter detetado uma crescente atividade russa no mar Báltico, ao indicarem a existência de “elementos que se desviam no quadro normal” e decidiram reforçar a preparação militar no país escandinavo.

A Defesa sueca considerava, no entanto, que o risco de ataque ao país escandinavo era “baixo”.

A tensão entre a Suécia e a Rússia acentuou-se nos últimos anos, coincidindo com o início do conflito russo-ucraniano, com denúncias mútuas de violações do espaço aéreo, em particular pela parte sueca.

https://zap.aeiou.pt/cacas-russos-violam-espaco-aereo-suecia-465356

 

Rússia admite morte de 498 soldados russos na invasão. Kiev fala em quase 6 mil !


O Ministério da Defesa russo admitiu hoje a morte de 498 soldados russos na guerra que iniciou há sete dias contra a Ucrânia, além de 1.597 militares feridos.

A informação, a primeira que a Rússia divulga desde que a guerra começou, a 24 de fevereiro, foi fornecida pelo porta-voz da Defesa russo, Igor Konashenkov, num comunicado.

“Lamentavelmente, entre os nossos camaradas que participam na operação militar especial, há perdas: 498 militares russos morreram no cumprimento do seu dever. Oferecemos toda a ajuda possível às famílias dos mortos”, declarou.

A vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Malyar, disse hoje que, segundo dados preliminares de Kiev, são 5.840 os soldados russos mortos até agora na guerra.

O major-general russo sublinhou que na ofensiva não participam nem recrutas do serviço militar geral, nem cadetes dos centros de estudos militares da Rússia.  

“As informações difundidas por muitos meios de comunicação ocidentais e alguns russos sobre as supostas ‘incontáveis’ baixas russas são desinformação deliberada”, afirmou.

De acordo com Konashenkov, as baixas entre as forças ucranianas são consideravelmente maiores e ascendem a 2.870 mortos e cerca de 3.700 feridos.

“Segundo dados confirmados, o número de militares ucranianos prisioneiros é de 572 pessoas”, acrescentou.

Por sua vez, a ONU disse na terça-feira que já morreram, pelo menos, 136 pessoas — um número que poderá ser muito superior, alertou a organização.

O militar russo afirmou que, no âmbito da ofensiva, as Forças Armadas russas destruíram 47 aviões ucranianos em terra e 13 no ar, 484 tanques e blindados, 63 lançadores múltiplos, 217 peças de artilharia, 336 equipamentos especiais de combate e 47 ‘drones’ (aparelhos aéreos não-tripulados).

No total, indicou, a Rússia destruiu 1.533 alvos militares, entre os quais 54 centros de controlo e comunicações, 39 sistemas de mísseis antiaéreos e 52 radares.

“Os militares russos, o Exército russo, estão a cumprir dignamente a sua missão, estão a erradicar a ameaça real à Rússia proveniente do território ucraniano – um território no qual, contra a vontade do povo ucraniano, iriam futuramente surgir bases da NATO e armas nucleares”, concluiu.

Desde que começou a invasão à Ucrânia, a Rússia já terá feito “mais de 450 lançamentos de mísseis, contabilizou um oficial da Defesa dos Estados Unidos.

As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

https://zap.aeiou.pt/russia-admite-morte-498-russos-465349

 

“A 3.ª guerra mundial seria uma guerra nuclear devastadora”, avisa chefe da diplomacia russa !


O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, disse hoje que o Presidente norte-americano, Joe Biden, sabe que a única alternativa às sanções contra Moscovo é uma terceira guerra mundial, que seria “uma guerra nuclear devastadora”.

Biden “tem experiência e sabe que não há alternativa às sanções, senão a guerra mundial”, disse Lavrov à televisão do Qatar Al Jazeera, citado pela agência espanhola EFE.

“A terceira guerra mundial seria uma guerra nuclear devastadora”, disse o diplomata veterano, de 71 anos.

Na sequência da invasão da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, a Rússia enfrenta sanções da União Europeia (UE) e de diversas entidades e países, incluindo a tradicionalmente neutra Suíça, que estão a atingir setores como a banca, aviação, energia ou o desporto.

Lavrov disse que a Rússia estava pronta para enfrentar as sanções, mas admitiu que não esperava que visassem atletas, intelectuais, artistas e jornalistas.

Mas “a Rússia tem muitos amigos e não pode ser isolada”, disse, de acordo com a Al Jazeera.

Lavrov reiterou a disponibilidade de Moscovo para realizar uma segunda ronda de negociações com o Governo ucraniano, que acusou de estar a atrasar estas conversações “sob ordens norte-americanas”.

Sobre as razões do atual conflito com a Ucrânia, Lavrov disse que os países ocidentais se recusaram a atender às exigências da Rússia para a formulação de uma nova arquitetura de segurança europeia.

A operação militar russa, que vai no sétimo dia, visa desarmar a Ucrânia e impedi-la de adquirir uma arma nuclear, disse Lavrov, citado pela Al Jazeera.

“Não podemos permitir a presença de armas ofensivas na Ucrânia que ameacem a nossa segurança”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/terceira-guerra-mundial-nuclear-465266

 

Navalny apela a manifestações contra a guerra e descreve Putin como “czar louco” !


O opositor russo Alexei Navalny, atualmente preso na Rússia, convocou hoje os seus compatriotas a saírem às ruas contra a invasão da Ucrânia ordenada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, a quem descreveu como um “czar louco”.

“A Rússia quer ser uma nação de paz. Infelizmente, poucas pessoas nos chamariam assim agora. Mas, pelo menos, não nos tornemos num país de pessoas assustadas e silenciosas, de cobardes que fingem não notar a guerra contra a Ucrânia desencadeada pelo nosso, obviamente, czar louco”, escreveu Navalny na rede social Twitter.

“Putin não é a Rússia. E se há algo agora na Rússia do qual nos podemos orgulhar são essas 6.824 pessoas que foram detidas porque – espontaneamente – saíram às ruas com cartazes a dizer: ‘Não à guerra'”, declarou o opositor.

Navalny estava a referir-se aos milhares de pessoas que foram detidas nos últimos dias em várias cidades russas por se manifestarem contra a guerra.

“Não posso, não quero e não vou ficar em silêncio a ver absurdos pseudo-históricos sobre eventos de há 100 anos tornarem-se uma desculpa para os russos matarem os ucranianos e os ucranianos matarem os russos para se defenderem”, afirmou Alexei Navalny, o principal opositor do regime de Putin.

“É a terceira década do século 21 e estamos a ver notícias sobre pessoas a serem queimadas e casas a serem bombardeadas. Estamos a ver ameaças reais do início de uma guerra nuclear em nossas televisões”, acrescentou.

O opositor lembrou que está preso e não pode comparecer aos protestos, mas reiterou o seu apelo aos cidadãos para que se manifestem diariamente contra a invasão da Ucrânia.

“Não podemos esperar mais. Onde quer que esteja, na Rússia, Bielorrússia e mesmo do outro lado do planeta, vá à praça principal da sua cidade todos os dias”, declarou.

“Devemos cerrar os dentes e vencer o medo, sair e exigir o fim da guerra. Cada detido [nas manifestações] deve ser substituído por dois recém-chegados” aos protestos, declarou.

Navalny foi envenenado em agosto de 2020 com um agente químico de fabricação russa (Novichok) e acusa os serviços secretos russos de tentativa de assassínio.

Depois de retornar à Rússia em janeiro de 2021, após ter passado vários meses a convalescer na Alemanha, Navalny foi detido e condenado a dois anos e meio de prisão. Desde então, o Ocidente exige insistentemente pela sua libertação.

O opositor russo está a ser julgado novamente por novas acusações de corrupção, que o Ocidente e algumas organizações não-governamentais (ONG) consideram meramente políticas.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de milhares de deslocados e refugiados ucranianos na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/navalny-apela-manifestacoes-guerra-465237

 

Europa exclui sete bancos russos do SWIFT: Sberbank e Gazprom fogem a sanções


A União Europeia adotou hoje a decisão de excluir sete grandes bancos russos do sistema de internacional de comunicações bancárias SWIFT, acordada com Estados Unidos e Reino Unido no quadro das sanções aplicadas à Rússia pela invasão da Ucrânia.

A medida, a entrar em vigor em 12 de março, que visa isolar a Rússia e condicionar fortemente o financiamento da sua máquina de guerra — e que havia sido anunciada no passado sábado —, abrange os bancos VTB (o segundo maior banco russo), bem como o Banco Otkritie, o Novikombank (finanças industriais), o Promsvyazbank, o Rossiya Bank, o Sovcombank e o VEB (banco de desenvolvimento do regime).

Duas grandes instituições bancárias russas não são abrangidas por esta exclusão do sistema SWIFT, designadamente o maior banco da Rússia, o Sberbank, e o Gazprombank, o braço financeiro do gigante dos hidrocarbonetos, através do qual é canalizada a maior parte dos pagamentos para as entregas de gás e petróleo russo à UE, pelo que alguns Estados-membros seriam muito afetados negativamente.

Ainda assim, cerca de um quarto do volume do sistema bancário russo é afetado por esta exclusão, segundo fontes europeias, lembrando que esta é apenas uma das sanções de um pacote mais vasto. O executivo comunitário sublinha também que, “em função do comportamento da Rússia, a Comissão está preparada para acrescentar outros bancos russos a curto prazo”.

“À velocidade da luz, a União Europeia adotou três vagas de pesadas sanções contra o sistema financeiro russo, as suas indústrias de alta tecnologia e a sua elite corrupta. Este é o maior pacote de sanções da história da nossa União. A decisão de hoje de desligar os principais bancos russos da rede SWIFT irá enviar mais um sinal muito claro a Putin e ao Kremlin”, comentou a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.

De acordo com a Comissão Europeia, a decisão, “estreitamente coordenada com os parceiros internacionais da UE, tais como os Estados Unidos e o Reino Unido, “impedirá estes bancos de realizarem as suas transações financeiras em todo o mundo de uma forma rápida e eficiente”.

Apontando que “os bancos visados pela medida de hoje foram escolhidos porque estes bancos já estão sujeitos a sanções por parte da UE e de outros países do G7”, Bruxelas explica que a medida só entrará em vigor dentro de dez dias, em 12 de março, para permitir “à SWIFT e a outros operadores um breve período de transição para implementar a decisão, mitigando assim quaisquer possíveis impactos negativos para as empresas e mercados financeiros da UE”.

O sistema financeiro SWIFT (‘Society for Worldwide Interbank Financial Communications’) movimenta diariamente milhares de milhões de dólares em mais de 11.000 bancos e outras instituições financeiras em todo o mundo.  

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/europa-exclui-sete-bancos-russos-swift-465241

 

Infeções por covid-19 batem recorde em Hong Kong - Política de separação de menores contestada pelos EUA !


Departamento de Estado dos Estados Unidos da América desaconselhou os cidadãos a viajar para Hong Kong, alertando para o risco de separação dos menores.

Apesar de em alguns locais do mundo a covid-19 estar, neste momento, a dar tréguas, este não é um cenário global. Em Hong Kong, o número de infeções tem atingido valores recordes e, em função da política das autoridades locais de isolar em infraestruturas destinadas para o efeito todos os casos positivos (mesmo os assintomáticos), os seus hospitais estão sobrelotados. Os números atuais contrastam com os registados nos primeiros vinte meses da pandemia. Durante esse período, foram detetadas 12 mil infeções e 200 mortes, no entanto, a variante Ómicron veio alterar o panorama.

Desde o início de janeiro, contabilizam-se mais de 220 mil casos e o número de mortes diárias sobe às dezenas. Há ainda relatos, por parte de especialistas, que dão conta de números reais muito mais elevados face à decisão dos cidadãos de se auto-isolarem após um teste negativo, optando por não contactar as autoridades de saúde para evitar os isolamentos forçados.

Esta política já deu origem a situações sociais questionáveis, como a separação de filhos menores dos seus pais – quando os bebés ou crianças testam positivo e os progenitores não. Num comunicado emitido ontem, os Estados Unidos da América alertaram precisamente para esta política, desaconselhando os seus cidadãos a viajar para o território. “Em alguns casos, as crianças que tiveram resultados positivos em Hong Kong foram separadas dos pais e mantidas em isolamento até cumprirem os requisitos do hospital local para a alta”, explicou o Departamento de Estado.

A política também já tinha sido “protestado veemente” pelo Reino Unido, apesar de o passo dado pelos Estados Unidos ser único.

Atualmente, as unidades hospitais e mortuárias estão sobrelotados, falta pessoal médico e ambulâncias e há relatos de invasões a supermercados por residentes em pânico. Nos planos das autoridades está também uma testagem em massa a toda a população de Hong Kong (7,4 milhões de pessoas) três vezes seguidas em março, de forma a isolar todos os casos positivos.

Neste sentido, foram requisitadas dezenas de milhares de quartos de hotel e unidades de alojamento público desocupados, e estão a ser construídos vários campos pré-fabricados, com a ajuda da China, para isolar todas as pessoas infetadas. Cerca de 70.000 vagas para isolamento deverão estar disponíveis nas próximas semanas. Ao ritmo atual, mal cobre o número de novas infeções verificadas nos últimos dois dias.

https://zap.aeiou.pt/infecoes-por-covid-19-batem-recorde-em-hong-kong-politica-de-separacao-de-menores-contestada-pelos-eua-465197

 

Rússia investigada por crimes de guerra - Se for condenada, Putin pode ser preso !


Ataques a zonas habitacionais, hospitais, escolas e orfanatos e uso de bombas de fragmentação e de estilhaços. O Tribunal Penal Internacional (TPI) vai avançar com uma investigação à Rússia pela prática de eventuais crimes de guerra e crimes contra a Humanidade.

De acordo com o Público, Karim Khan, procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, anunciou esta segunda-feira que decidiu “abrir uma investigação à situação na Ucrânia o mais rapidamente possível”.

As autoridades ucranianas encontram-se a recolher provas para entregar ao TPI. O Presidente russo, Vladimir Putin, poderá mesmo ser acusado de fomentar crimes de guerra e crimes contra a Humanidade na Ucrânia, quer no passado, quer na invasão russa em curso.

A instância já promoveu uma investigação preliminar, com base em alegações de que estariam a ser cometidos crimes de guerra e crimes contra a Humanidade no conflito armado que, desde 2014, opõe na região de Donbass, o Governo ucraniano e forças separatistas apoiadas pela Rússia.

Na altura, os observadores do TPI confirmaram que “existe uma base razoável” para se acreditar nas alegações de “crimes de guerra e crimes contra a Humanidade” na Ucrânia.

Agora, e “perante a expansão do conflito nestes últimos dias”, vão ser investigadas “novas alegações de crimes que que caiam na alçada do TPI e que tenham sido cometidos por qualquer uma das partes envolvidas no conflito em qualquer parte do território”.

O processo pode ser moroso não só por estar a decorrer uma guerra, como pelo facto de a Rússia e a Ucrânia não terem ratificado o Estatuto de Roma, um tratado adotado em 1998 e que deu origem ao Tribunal Penal Internacional, a única instância capaz de avaliar e condenar crimes de guerra.

Daniela Nascimento, doutorada em Política Internacional e Resolução de Conflitos pela Universidade de Coimbra, investigadora do Centro de Estudos Sociais e professora auxiliar no Núcleo de Relações Internacionais da Faculdade de Economia, explicou à CNN Portugal que “se um Estado não ratificar [um tratado internacional], à partida não ficaria obrigado ao seu cumprimento”.

No entanto, “há uma consideração que vai além dessa limitação da vinculação, que tem que ver com o cumprimento de standards mínimos humanitários em contexto de guerra”, o que significa que não quer dizer que não haja sanções só pelo facto de os países não fazerem parte das nações que se vincularam ao Estatuto de Roma.

Ainda assim, os especialistas ouvidos pela CNN avisam que podem decorrer meses ou anos até que haja consequências efetivas. “É um processo moroso, não é de hoje para amanhã”, referiu Daniela Nascimento.

O que pode acontecer à Rússia?

Se os crimes de guerra foram confirmados, não é a Rússia que será julgada, “mas sim indivíduos que serão levados à justiça internacional“.

“À luz do Estatuto de Roma, qualquer indivíduo que seja comprovadamente responsável ou que tenha tido um papel decisivo na autorização destes crimes de guerra, pode ser julgado ou condenado, independentemente da sua patente, no caso dos militares, ou do cargo de chefia político que possa ocupar”, afirmou Daniela Nascimento.

Enquanto Presidente da Rússia, Vladimir Putin é o número um da lista. “O Tribunal Penal Internacional nasce com a intenção de responsabilizar os dirigentes do Estado e Putin seria julgado, condenado e preso”, destacou Elizabeth Accioly, especialista em Direitos Internacionais e professora na Universidade Europeia.

Para este crime, o TPI “prevê a prisão perpétua”, mas que esse tema é “algo que foi muito discutido porque muitos Estados não preveem a prisão perpétua – e quando assinaram fizeram uma ressalva com essa questão da prisão perpétua”, ficando o tempo de pena efetiva dependente de cada situação.

https://zap.aeiou.pt/russia-investigada-por-crimes-de-guerra-465172

 

Cinco crianças detidas com as mães em Moscovo por tentarem deixar flores junto à embaixada da Ucrânia !


Cinco crianças, entre os 7 e os 11 anos, foram levadas com as respetivas mães para uma esquadra de Moscovo esta terça-feira, por tentarem deixar flores na embaixada da Ucrânia.

Cinco crianças, entre os 7 e os 11 anos, terão sido detidas e levadas para a esquadra de Presnenskoye, em Moscovo, depois de esta terça-feira terem saído de casa com as respetivas mães, munidas de flores e de um cartaz colorido a apelar à paz, que tentaram depositar junto à embaixada da Ucrânia naquela cidade.

Segundo o Observador, a situação foi denunciada através do Facebook por uma antropóloga, professora na Universidade Estatal Russa para as Humanidades, que, para além de relatar o sucedido, partilhou várias imagens das crianças, dentro da carrinha da polícia e na esquadra, atrás de grades.

“Foram todos detidos pela polícia, que os manteve primeiro numa carrinha e que depois os levou para a esquadra de polícia de Presnenskoye”, escreveu Alexandra Arkhipova na rede social, esta terça-feira ao início da noite.

“Os telefones foram retirados às mães (ou serão em breve) e os polícias estão a gritar-lhes e a ameaçar estas corajosas mães e as suas crianças, dizendo-lhes que os filhos vão ser entregues à segurança social e que elas vão perder os seus direitos parentais”, acrescentou, exortando comunidade, jornalistas e ativistas dos direitos humanos a intervir para ajudar.

Mais tarde, a professora e antropóloga atualizou a informação, dizendo que Ekaterina Zavizion e a amiga Olga Alter já tinham sido libertadas, juntamente com os filhos. “Agora irão enfrentar um julgamento em tribunal“, escreveu.

Nas fotografias e no vídeo que entretanto partilhou, também no Facebook, podem ver-se as crianças — Sofya e Liza Gladkova, de 7 e 11 anos, e Gosha, Matvey e David Petrov, de 11, 9 e 7 — assustadas e a chorar.

“Que crime terrível — as crianças fizeram um cartaz!”, ironizou Alexandra Arkhipova, cujos posts, escritos em russo e em inglês, entretanto se tornaram virais em todo o mundo.

Via Twitter, Julian Röpcke, jornalista do alemão Bild, fez uma montagem e colocou, lado a lado, as imagens destas crianças e de outras, ucranianas, num abrigo em localização não nomeada.

“À esquerda: crianças na Ucrânia hoje à noite. À direita: crianças na Rússia hoje à noite”, legendou. “São todas vítimas dos crimes de Putin. Vamos vencer este criminoso juntos!”.

https://zap.aeiou.pt/cinco-criancas-detidas-em-moscovo-por-tentarem-deixar-flores-junto-a-embaixada-da-ucrania-465159

 

Oligarcas russos próximos de Putin perdem fortunas com as sanções e o crash do rublo !


Os homens mais ricos da Rússia, cujas empresas estão cotadas na bolsa de Londres, têm notado uma quebra enorme no valor de mercado das ações.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia e as consequentes sanções de que Moscovo tem sido alvo têm trazido também muitas dores de cabeça aos oligarcas russos. Oleg Tinkov é um deles, tendo acabado de perder o seu estatuto de bilionário.

Tinkov tornou-se um dos homens mais ricos na Rússia depois de ter registado o seu banco digital Tinkoff na bolsa de Londres. Desde o início da guerra, as ações da empresa caíram mais de 90%, tendo a fortuna de Tinkov também levado um rombo de mais de 5 mil milhões de dólares em menos de um mês, o que levou a que perdesse o seu estatuto de bilionário na terça-feira, revela a Forbes.

A publicação estima que o património de Tinkov caiu agora para os 800 milhões de dólares. Esta queda deve-se à ligação de uma porção significativa da sua fortuna à tomada por parte da Rússia na Capital One. O valor de mercado do Tinkoff Bank caiu de 23 mil milhões de dólares em Novembro para pouco mais de mil milhões agora.

A bolsa russa tem estado fechada, mas as empresas do país que estão cotadas em Londres têm notado uma quebra abrupta no valor das ações, como foi o caso da Lukoil, a maior produtora independente de petróleo do país detida por Vagit Alekperov, cujas ações caíram quase 93%.

Pelo menos 10 russos caíram do grupo restrito de bilionários desde o início do conflito armado e do consequente crash da bolsa russa e do valor do rublo causados pelas sanções económicas impostas pelo Ocidente a Moscovo. Arkady Volozh, CEO do motor de busca russo Yandex, também se inclui neste grupo.

Mesmo com a grande redução da sua fortuna, Tinkov ainda é detentor da coleção de vilas de luxo La Dacha, de chalets de ski nos alpes franceses e de um Dassault Falcon 7X, apesar dos produtos de aviação russos estarem agora banidos do espaço aéreo europeu.

O oligarca já se tinha gabado da sua proximidade a Putin anteriormente, mas foi um dos que se juntou ao coro de vozes da elite russa que se pronunciou publicamente contra a guerra.

Tinkov, que sofre de leucemia, afirma que a sua doença lhe mostrou como a vida humana é frágil e apelou ao fim da “operação especial” na Ucrânia, sublinhando que os países devem gastar dinheiro nas pesquisas para derrotar o cancro e não na guerra.

https://zap.aeiou.pt/oligarcas-russos-putin-fortunas-sancoes-465170

 

Rússia avisa que vai atacar alvos em Kiev - Moradores aconselhados a deixar as suas casas !


A Rússia avisou que vai atacar alvos específicos em Kiev e instou os moradores da capital ucraniana a deixarem as suas casas.

O Ministério da Defesa russo emitiu um aviso para os habitantes de Kiev, alertando que vai atacar alvos específicos da capital ucraniana. Os moradores de Kiev foram instados por Moscovo a deixar as suas casas.

As autoridades russas falam em “ataques de alta precisão” contra centros do Serviço de Segurança Ucraniano e serviços de espionagem.

“Instamos os cidadãos ucranianos que estão envolvidos nas provocações dos nacionalistas contra a Rússia, bem como os residentes de Kiev que vivem perto de estações de retransmissão, a deixar as suas casas”, lê-se no comunicado do Ministério da Defesa russo.

A Ucrânia teme que a Rússia esteja prestes a deitar por terra a sua capacidade de transmissão antes de distribuir notícias falsas de uma rendição ucraniana.  

De acordo com a BBC, autoridades alegaram que os ataques estão a ser levados a cabo para “evitar ataques de informação contra a Rússia”.

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, também alertou sobre o possível “ataque psicológico” da Rússia.

“Haverá uma distribuição massiva de notícias falsas sobre a liderança político-militar ucraniana supostamente concordar com a capitulação”, escreveu Reznikov no Facebook.

“Para comprovar as notícias falsas, eles publicarão fotos de documentos assinados e um vídeo falso. Isto é uma mentira”, lê-se ainda na publicação.

https://zap.aeiou.pt/russia-avisa-atacar-alvos-kiev-465013

 

Ucrânia exposta a um invasor silencioso: A Covid-19 !


A invasão russa da Ucrânia originou um grande fluxo migratório dentro do país. Várias pessoas foram forçadas a entrincheirar-se em abrigos improvisados e sobrelotados, o que, num mundo a braços com uma pandemia, causa uma preocupação acrescida.

De acordo com o Expresso, as autoridades ucranianas estão a reportar, em média, 26 mil novas infeções por dia e a incidência está nos 63 casos por 100 mil habitantes.

Apesar de não parecerem números alarmantes para um país com 44 milhões de habitantes, a verdade é que apenas um terço dos ucranianos estão totalmente vacinados contra a covid-19.

Além disso, a própria Rússia pode ser um foco de transmissão, uma vez que apesar de ter sido dos primeiros países a desenvolver uma vacina, ainda não conseguiu imunizar metade da população.

Eric Toner, investigador da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg (JHSPH), considera que a população ucraniana está “bastante vulnerável“.

“À medida que as pessoas se amontoam, abrigam ou se deslocam para campos de refugiados, isso causará uma regressão no progresso” feito para travar o avanço do vírus, e ao mesmo tempo “será cada vez mais complicado rastrear os casos”, disse, ao The New York Times.

“Suspeito que vamos parar de obter dados da Ucrânia”, até porque “os hospitais e autoridades de saúde não vão ter como prioridade” reportar todas as infeções, acrescentou.

Nos hospitais, as prioridades passarão a ser outras. “Vão cuidar os pacientes covid juntamente com vítimas de guerra. Isso irá prejudicar as condições para manter os doentes em isolamento ou assegurar o distanciamento social entre eles”, antevê Toner.

Com a situação ucraniana, é provável que a Hungria, a Polónia, a Eslováquia e a Roménia verifiquem um aumento de casos.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-exposta-a-um-invasor-silencioso-a-covid-19-464958

 

Kharkiv acorda debaixo de fogo - Coluna militar russa a caminho de Kiev !

Coluna militar russa a caminho de Kiev, Ucrânia

Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, esteve debaixo de fogo durante toda a noite. O exército russo está a amontoar soldados, tanques, artilharia e outro material militar na região norte de Kiev, a capital da Ucrânia.

O centro da segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, está a ser alvo de novos bombardeamentos russos esta terça-feira.

Segundo o chefe da administração regional, Oleh Sinehubov, o edifício da administração, no centro da cidade, e vários prédios residenciais foram alvo das forças russas.

Ihor Terekhov, presidente da câmara, disse que os mísseis provocaram a morte de pelo menos 10 civis, incluindo três crianças. “Hoje tivemos um dia muito difícil. Mostrou-nos que isto não é uma guerra, é um massacre da população ucraniana”, escreveu Terekhov, no Telegram.

De acordo com a CNN Portugal, os mísseis atingiram prédios residenciais, “matando e ferindo vários civis”. Quatro pessoas morreram quando saíram do abrigo para procurar água e uma família de dois adultos e três crianças morreu dentro de um carro. Pelo menos 37 pessoas ficaram feridas.

Já esta manhã, o ataque aéreo perto de um edifício da administração local de Kharkiv provocou muitos danos. O momento da explosão foi partilhado nas redes sociais.

Esta madrugada, Kherson também foi palco de um ataque de grande escala por parte das forças de Putin. A cidade, com quase 300 mil habitantes, foi cercada por tropas russas que estabeleceram postos de controlo em todos os seus acessos.

Durante a noite, pelo menos 70 soldados ucranianos foram mortos depois de os russos terem atingido uma base militar em Okhtyrka, uma cidade entre Kharkiv e Kiev, avançou o vice-ministro da Infraestrutura da Ucrânia, no Telegram.

No Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros classificou o ataque a Kharkiv como “bárbaro”, pedindo mais sanções contra Moscovo.

“Mísseis russos bárbaros atingem a Praça da Liberdade central e bairros residenciais de Kharkiv. Putin é incapaz de quebrar a Ucrânia. Comete mais crimes de guerra por fúria, assassina civis inocentes”, escreveu Dmytro Kuleba “O mundo pode e deve fazer mais. Aumente a pressão, isole a Rússia totalmente.”

Coluna militar russa com 64 quilómetros

Imagens de satélite da empresa norte-americana Maxar Technologies, obtidas esta segunda-feira, mostram uma escolta militar russa a norte de Kiev que se estende por cerca de 64 quilómetros, a cerca de 25 quilómetros do centro da cidade.

Segundo o Público, as fotografias da Maxar dão ainda conta de destacamentos adicionais de forças terrestres e unidades de helicópteros de ataque terrestre no sul da Bielorrússia, a menos de 32 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

“Para o inimigo, Kiev é o alvo chave”, sublinhou o Presidente ucraniano Volomidir Zelenskii, numa mensagem divulgada na segunda-feira à noite. “Não permitimos que quebrassem a defesa da capital e eles enviam-nos sabotadores. Vamos neutralizá-los a todos.”

O relatório diário do Ministério britânico da Defesa sobre a situação no terreno salienta que, nas últimas 24 horas,as tropas russas registaram pequenos progressos na marcha sobre Kiev, “provavelmente por causa de contínuas dificuldades logísticas”.

O documento indica que a Rússia aumentou o uso de artilharia a norte de Kiev, em Kharkiv e em Chernihiv, o que aumenta o risco de baixas entre os civis, e dá conta do aumento das operações noturnas depois de Moscovo não ter conseguido garantir o controlo do espaço aéreo.

https://zap.aeiou.pt/kharkiv-acorda-debaixo-de-fogo-464981

 

Economia russa já vacila perante pressão das sanções: “Se eu pudesse deixar a Rússia agora mesmo, deixaria” !


Queda abrupta da divisa e filas às portas dos bancos na Rússia, no dia em que o banco central foi forçado a colocar as taxas de juro a 20%, para travar a depreciação da moeda e a escalada da inflação.

A economia russa deu esta segunda-feira sinais claros de poder estar a entrar num círculo vicioso de queda da divisa e escalada da inflação.

Segundo o Público, o banco central revela sérias dificuldades em contrariar uma crise com características semelhantes às que ocorreram em economias emergentes no passado, mas que desta vez é provocada pelas sanções económicas e financeiras com que o Ocidente respondeu ao ataque da Rússia à Ucrânia.

As medidas decididas durante o fim de semana pelos EUA, União Europeia e Reino Unido parecem ter sido o golpe capaz de fazer vacilar a economia russa.

O bloqueio do acesso de parte dos bancos russos ao sistema de mensagens para transações internacionais SWIFT e, principalmente, o congelamento das reservas de divisas estrangeiras detidas pelo banco central russo na Europa e nos Estados Unidos, acentuou a quebra de confiança dos mercados no sistema financeiro da Rússia e na sua divisa.

Logo ao início do dia, a queda do rublo face ao dólar superou os 30%, com a divisa a bater sucessivamente novos mínimos históricos.

O banco central russo não demorou a responder, mas, em vez de, como fez na última quinta-feira, intervir diretamente no mercado comprando rublos com as divisas estrangeiras que acumulou ao longo dos últimos anos, o que fez foi anunciar um aumento drástico das suas taxas de juro de referência de 9,5% para 20%.

“Se eu pudesse deixar a Rússia agora mesmo, deixaria. Mas não posso deixar o meu emprego”, diz Andrey, em entrevista à BBC.

Andrey explica que não tem dinheiro para conseguir uma hipoteca em Moscovo, agora que as taxas de juro foram aumentadas.

“Estou a planear encontrar novos clientes no estrangeiro o mais rapidamente possível e sair da Rússia com o dinheiro que estava a poupar para a primeira prestação”, diz o desenhador industrial de 31 anos.

Milhões de russos como começam a sentir o efeito das sanções económicas ocidentais destinadas a punir o país por invadir a vizinha Ucrânia.

O banco central russo decretou ainda a obrigação das principais empresas exportadoras russas, que incluem as produtoras de petróleo e gás natural, de trocarem 80% das suas receitas em divisas estrangeiras por rublos.

O anúncio das medidas fez reverter parte das perdas do rublo face ao dólar, mas mesmo assim, ao fim do dia a tendência já era outra vez de descida e depreciação ao dia anterior cifrava-se acima dos 20%.

“Quando a operação em Donbas começou, fui ao multibanco e retirei as poupanças que tinha em Sberbank em dólares. Agora guardo-as literalmente debaixo da minha almofada”, conta Anton, um cidadão russo.

“O resto das minhas poupanças ainda estão nos bancos: metade em dólares e o resto em rublos. Se as coisas piorarem, eu retiro o lote. Estou assustado porque espero uma onda de assaltos. Mas é o que é”, acrescenta.

“Tem-se dado muita importância ao SWIFT, mas parece-me que o congelamento das reservas do banco central é a sanção mais importante. Impede que a autoridade monetária russa consiga intervir de forma significativa no mercado cambial para defender a sua moeda, já que não tem à sua disposição as divisas estrangeiras que precisa para comprar rublos. Isto abre a porta a ataques especulativos à moeda e cria o risco de entrada num círculo vicioso de queda da divisa e subida da inflação”, explica Miguel Faria e Castro, economista na Reserva Federal de St. Louis, nos EUA.

Esta quebra abrupta do valor da divisa, para além de levar a uma subida imediata da inflação, faz com que as pessoas optem por gastar imediatamente o seu dinheiro para comprar bens que não percam o seu valor e tentem ficar na sua mão com o máximo de divisas estrangeiras, como o dólar ou o euro.

Esses passos já começam a ser evidentes na Rússia, com relatos de aumentos das compras de jóias e com o surgimento de filas maiores que o normal junto aos bancos e às caixas de levantamento automático.

“Em economias emergentes, como a da Rússia, é comum as pessoas terem contas bancárias em divisas estrangeiras. Mas agora, o facto de o banco central ter perdido o acesso a parte das suas divisas, faz essas pessoas terem dúvidas de que o seu banco terá os dólares ou os euros suficientes no caso de quererem levantar o dinheiro. É por isso que começam as corridas aos bancos“, diz o economista.
A arma económica que falta

Com o aumento das taxas de juro que agora realizou, o banco central tenta dar um incentivo aos aforradores para manterem os seus depósitos (já que os bancos comerciais irão também subir os juros oferecidos), limitar a subida da inflação e, principalmente, tentar contrariar a queda da divisa nos mercados internacionais.

É, como explica Miguel Faria e Castro, “uma das únicas coisas que conseguem fazer, mas tem um custo, que é encaminhar ainda mais a economia para uma recessão“.

Uma subida das taxas de juro, ainda para mais da dimensão agora decidida na Rússia, constitui um obstáculo ao acesso ao crédito e, por isso, tem como resultado uma contração do consumo e do investimento ainda maior do que a que já aconteceria tendo em conta o efeito negativo na confiança que a atual conjuntura está a gerar.

A outra medida tomada esta segunda-feira pelo banco central – a de obrigar as empresas a venderem as divisas estrangeiras que obtém com as suas exportações – também pode constituir uma ajuda para a evolução do rublo nos mercados internacionais.

No entanto, isso apenas acontecerá enquanto for possível às empresas russas continuarem a vender petróleo e gás natural.

Até agora, para evitarem a imposição de custos mais severos para as suas economias, EUA e Europa têm tido a preocupação de poupar o comércio de produtos energéticos com a Rússia. Por exemplo, existem isenções no bloqueio do acesso ao SWIFT para as transações deste tipo de bens.

“É a última grande medida que falta tomar: acabar com as exportações de petróleo e gás natural. Mas face à grande dependência que ainda existe na Europa relativamente às exportações destes bens por parte da Rússia, a verdade é que é bastante prejudicial para os dois lados. Aliás, qualquer um dos lados pode usar esta arma”, afirma o investigador da Reserva Rederal de St. Louis.

A possibilidade de não ser apenas a Rússia a registar perdas nesta guerra económica está a ser colocada pelos próprios mercados, tendo-se registado esta segunda-feira perdas significativas nos principais índices em Wall Street e nas bolsas europeias, principalmente no que diz respeito ao sector financeiro.

No mercado petrolífero, a tendência continua a ser a manutenção do nível muito elevado de preços, acima de 100 dólares por barril, algo que se irá repercutir junto dos consumidores de todo o mundo.

Mas também aqui, as empresas petrolíferas russas começam a ter mais dificuldades em saírem beneficiadas.

O preço do petróleo vendido pela Rússia já está, nos mercados internacionais, a registar um desconto face ao petróleo vendido no mercado do mar do Norte ou no mercado norte-americano.

Isto é, certamente receosos do risco que constitui atualmente estar à espera de produtos provenientes da Rússia, os compradores estão a tentar encontrar petróleo noutros mercados e isso faz com que o preço do barril recebido pelas empresas russas fique mais baixo do que o registado noutros mercados.

https://zap.aeiou.pt/economia-russa-ja-vacila-perante-pressao-das-sancoes-464943

 

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