terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Tragédia nos Camarões - 16 mortos, CAN e denúncias de detenções !

País africano chora a tragédia relacionada com um incêndio, enquanto prepara festa desportiva. Amnistia Internacional deixou um alerta.

Camarões não é propriamente um país que apareça frequentemente nas notícias em Portugal. Aqui no ZAP, por exemplo, a última referência foi escrita ainda em 2019, por causa de deslizamentos de terra e de inundações. Mas, no início desta semana, quem escrever “Camarões” na secção de notícias do Google, verá vários e distintos assuntos em destaque.

Há uma tragédia a colocar novamente o país africano nas notícias em diversos países. Na capital Yaoundé um incêndio numa discoteca provocou a morte de 16 pessoas, durante a madrugada de domingo. O Governo local anunciou também a existência de oito feridos graves.

O incêndio acidental teve origem em fogo-de-artifício, numa discoteca no bairro Bastos, zona de mansões, embaixadas e residências de diplomatas.
Adversário sem guarda-redes

Esta tragédia surge na fase em que os Camarões acolhem a Taça das Nações Africanas – competição que também aparece nas notícias, mas por outro motivo.

Nesta segunda-feira, segundo dia de oitavos-de-final, a selecção da casa (liderada pelo português António Conceição) vai defrontar Comores, equipa que em princípio não deverá apresentar qualquer guarda-redes neste jogo.

Um surto de COVID-19 atingiu a selecção de Comores. Ficaram infectados 12 elementos e, nessa lista, estão dois guarda-redes: Moyadh Ousseini e Ali Ahamada. O outro guarda-redes convocado para o torneio, Salim Ben Boina, está lesionado.

Denúncia da AI

Noutro contexto, a Amnistia Internacional indicou que mais de 100 pessoas continuam presas nos Camarões apenas por “exercerem o direito à liberdade de expressão e reunião”.

O comunicado explica que todas as detenções ocorreram nas regiões de língua inglesa naquele país africano.

A contabilidade regista as detenções dos últimos cinco anos e mais de 1.000 pessoas anglófonas foram detidas durante esse período, em 10 estabelecimentos prisionais locais.

Os detidos são jornalistas, defensores dos direitos humanos, activistas e apoiantes da oposição. E alguns já foram “torturados”.

https://zap.aeiou.pt/camaroes-16-mortos-can-e-denuncias-de-detencoes-459032

 

Tensão aumenta - EUA escolhe militares que tentarão travar russos !


Administração de Joe Biden identifica unidades militares e avisa os cidadãos locais: “Não viajem para a Ucrânia”.

O Governo dos Estados Unidos da América reforçou neste domingo o aviso aos cidadãos: não viajem para a Rússia. O Departamento de Estado responsável continua a colocar a Rússia no nível 4, ou seja, no nível em que a indicação é clara: “não viajar”.

Os norte-americanos justificam esta indicação com vários factores: a tensão com a Ucrânia, os eventuais problemas para cidadãos dos EUA, os limites de auxílio na embaixada na Rússia, a COVID-19, o “terrorismo”, o “assédio a estrangeiros” por parte de funcionários do Governo russo e a “aplicação arbitrária da lei local”.

Obviamente o foco nesta altura é a possível invasão à Ucrânia: “A situação na fronteira é imprevisível e a tensão aumenta”.

No nível 4 está também a Ucrânia, pelo mesmo motivo. A indicação do Governo dos EUA reforça que têm surgido mais ameaças de invasão russa ao território ucraniano, onde pode aumentar “o crime e a agitação civil”.

As áreas mais críticas são Donetsk e Luhansk, onde a capacidade de resposta e de auxílio aos cidadãos dos EUA é (ainda) menor nessas regiões. Ficam também alertas sobre “crimes contra estrangeiros”, atentados políticos e ataques violentos de radicais contra grupos minoritários e polícias.

Miltares identificados

Entretanto, estão quase a ser enviados militares para a zona Leste da Europa, junto à Ucrânia e à Rússia.

A CNN informou nesta segunda-feira que a administração do presidente Joe Biden já está na fase final de identificação, de selecção das unidades militares que irão viajar paratravar a Rússia, caso seja necessário. Cerca de 100 mil militares russos já estarão junto à fronteira com a Ucrânia.

O envio de tropas será em breve – porque o Governo dos EUA acredita que a invasão também será em breve. Deverão ser enviados entre 1.000 e 5.000 soldados, que se juntarão aos já existentes e aos navios e aviões enviados pela NATO.

Foi reduzido o número de funcionários norte-americanos na respectiva embaixada em Kiev, capital da Ucrânia, neste domingo. Uma medida de “cautela”.

https://zap.aeiou.pt/tensao-aumenta-eua-escolhe-militares-russia-459002

 

As simulações do sistema para um grande reiniciar - Simulação de um ataque cibernético contra o sistema financeiro global; Operação de Israel “Força Coletiva” !

Em 2020-2021, o Fórum Econômico Mundial (WEF) patrocinou uma simulação estratégica de um ataque cibernético global intitulado exercício Concept 2021. A simulação do WEF consistiu em:

“Uma iniciativa internacional de capacitação destinada a aumentar a resiliência cibernética global”. Os participantes incluíram empresas de alta tecnologia, vários bancos e instituições financeiras, empresas de internet, agências de segurança cibernética, mídia corporativa e governamental, grupos de reflexão, agências de aplicação da lei, incluindo a Interpol, com representantes de 48 países, incluindo a Rússia e países da antiga União Soviética. Simulação de “força coletiva” de Israel
“O exercício único e inovador realizado hoje mostrou a importância de uma ação global coordenada dos governos em conjunto com os bancos centrais diante de ameaças cibernéticas financeiras”, disse Greenberg. (Times of Israel, 9 de dezembro de 2021)
Em 9 de dezembro de 2021, um exercício semelhante foi realizado em Jerusalém sob os auspícios do Ministério das Finanças de Israel. Com exceção da Reuters, este evento não foi noticiado pela mídia internacional, nem foi formalmente reconhecido pelo Ministério das Finanças
A simulação patrocinada por Israel se concentrou nos perigos de “um grande ataque cibernético ao sistema financeiro global na tentativa de aumentar a cooperação que poderia ajudar a minimizar qualquer dano potencial aos mercados financeiros e bancos”. (Veja Steven Sheer, Reuters, 9 de dezembro de 2021)
O exercício intitulado “Força Coletiva” contou com a presença de representantes de dez países, incluindo Israel (país anfitrião), EUA, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, Áustria, Suíça, Alemanha, Itália, Holanda e Tailândia. Também estiveram presentes altos funcionários do FMI, do Banco Mundial e do Banco de Compensações Internacionais (BIS).
A economista-chefe do Ministério das Finanças, Shira Greenberg, chefiou a equipe israelense. O exercício foi “mais uma evidência da liderança global de Israel” no campo da defesa cibernética financeira, disse ela.


Imagem: Reuters

Vale a pena notar que Klaus Schwab, fundador e Diretor Executivo do WEF e arquiteto do “Great Reset” havia insinuado que:

“O cenário assustador de um ataque cibernético abrangente pode interromper completamente o fornecimento de energia, transporte, serviços hospitalares, nossa sociedade como um todo. A crise do COVID-19 seria vista a esse respeito como um pequeno distúrbio em comparação com um grande ataque cibernético”. (enfase adicionada)
Havia uma dimensão geopolítica definida no cenário de ataque cibernético de Israel. Não havia representantes de várias grandes potências econômicas, incluindo Rússia, China e Japão.
O Fórum Econômico Mundial (WEF), que patrocinou as simulações anteriores de ataques cibernéticos em 2020-2021, envolvendo a participação de 48 países, não esteve presente no evento patrocinado pelo Ministério das Finanças de Israel. Para ler a íntegra em original

Reuters Report click here

 

O Debacle Rússia-EUA-Ucrânia: os perigos de um conflito global completo !


Os Estados Unidos e a Rússia negociam a limitação da corrida armamentista, que agora é ainda mais óbvia.

A mídia centro-europeia ameaça o público com o slogan “Nova Yalta”, ao mesmo tempo prometendo a vitória inevitável do único sistema euro-atlântico correto.

Entretanto, a situação geopolítica e geoestratégica é mais complexa e muito mais perigosa, não só para toda a Europa, sendo algo fundamentalmente diferente de uma nova demarcação de esferas de influência entre a Rússia e o Ocidente. Zona sem mísseis
A Guerra Fria sempre esteve mais próxima da transição para uma quente quando se trata de equilíbrio estratégico de poder medido pela implantação e alcance dos sistemas de mísseis. Foi o caso quando em 1962 a União Soviética reverteu uma tentativa de localizar mísseis americanos na Turquia, o que é conhecido com o nome enganoso de Crise Cubana. Isso foi seguido na década de 1980, quando os símbolos da implantação agressiva de Reagan-Thatcher de Pershings, Tomahawks e do Sistema Trident.
Dependendo da vontade dos estados-nação interessados, tratados semelhantes também podem ser assinados na Ásia e em outras regiões do mundo. Caso contrário, estamos ameaçados por um estado permanente de guerra híbrida universal – com a possibilidade de se transformar em um conflito global completo a qualquer momento.
Sempre que os falcões de guerra prevalecem na zona euro-atlântica, invariavelmente resulta na translocação de sistemas de combate ofensivos, aproximando-se cada vez mais das fronteiras da Federação Russa.
Na prática, desde que a política anti-chinesa de Donald Trump matou o INF (ДРСМД) – não há nenhum procedimento (ou regulamento) internacional efetivo referente à nova corrida armamentista em andamento, embora não oficialmente anunciada, entre os EUA e o resto do mundo.
Claro, uma corrida muito unilateral, porque embora ninguém negue a modernidade e o treinamento das Forças Armadas da Federação Russa e o poder do Exército Popular de Libertação – os americanos são os que gastam mais (US$ 778 bilhões) em armamentos do que os próximos onze países nesta lista combinados, oito dos quais são aliados americanos e países dependentes.
Essa dependência maciça da política dos EUA em relação aos interesses do complexo militar-industrial, inalterada desde a Guerra Fria, sempre deixa uma margem de preocupação se um arsenal tão grande tentará alguém a usar essas armas em uma guerra aberta. Mesmo apenas para “fazer algum espaço” disponível para novas compras multibilionárias… O desarmamento ou pelo menos as negociações de não proliferação são, portanto, uma necessidade, tão urgente quanto durante as crises mais perigosas da era dos dois blocos.
Na década de 1950, um exemplo de tal iniciativa foi o Plano Rapacki. O Ministro dos Negócios Estrangeiros polonês, Adam Rapacki, propôs o estabelecimento de uma zona livre de armas nucleares na Europa Central, abrangendo os territórios de ambos os Blocos, ou seja, Alemanha Oriental e Ocidental, Polônia e Tchecoslováquia. Apesar do apoio de Moscou, Praga e Berlim Oriental, bem como uma recepção muito simpática pelos círculos ocidentais antiguerra – esta proposta fracassou diante da resistência dos militaristas atlânticos.
No entanto, certamente valeria a pena referir-se a ela hoje, criando uma tal zona que excluiria a realocação de sistemas de mísseis, incluindo pelo menos Polônia, Ucrânia, Romênia, República Tcheca, Eslováquia, Escandinávia e Estados Bálticos.
Os russos invadirão a Ucrânia? Eu os convido para jantar!

É claro que os EUA, o Reino Unido e a OTAN explicam todas as suas ações expansivas no Oriente como uma resposta aos “planos agressivos da Rússia em relação à Ucrânia”.

Devemos acrescentar que esses planos são tão secretos e diabólicos que, graças à mídia e aos políticos ocidentais, as pessoas falam sobre eles tomando uma cerveja em um pub e em almoços de família. Eles são tão óbvios e conhecidos por todos…
A Rússia poderia ter “libertado” ou “conquistado” toda a Ucrânia há muito tempo, e ninguém, muito menos no Ocidente, poderia ter feito algo a respeito.
Provavelmente não é difícil adivinhar que, se algo é objeto de uma campanha de propaganda tão clara e intrusiva – podemos ter certeza absoluta de que não há relação com a realidade.
Repeti muitas vezes, nos últimos sete anos, quando quase todos os dias após o Euromaidan, a invasão russa na Ucrânia era rotineiramente anunciada em coro pela mídia.
Se ao menos a Rússia quisesse que, depois da chamada matinal em Rostov, seus soldados almoçassem em Kharkiv, jantassem em Kiev e ainda tivessem tempo suficiente para o chá da tarde nos cafés de Lviv. E para jantar convido-os para a atual fronteira polaco-ucraniana, perto da qual moro… Felizmente, porém, a Rússia não atacou – porque os russos não são responsáveis ​​por resolver os problemas de outras nações.
Como sabemos mais sobre os primeiros anos das Repúblicas Populares no Donbass, lemos e ouvimos mais sobre o papel moderador da Rússia, que tentou impedir a escalada do conflito.
Este não é o lugar para julgar se era certo agarrar as mãos dos comandantes de campo do Donbass, não deixando-os ir muito longe para o Ocidente.

Por que então a Rússia mudaria repentinamente sua política e interferiria (como sugerido pela mídia ocidental) em toda essa bagunça ucraniana? Apenas para ajudar os falcões de guerra ocidentais?
De qualquer forma, mesmo na mídia ocidental podemos ouvir trombetas para recuar agora.
Após vários meses de contagem contínua, quantos milhares de tanques russos estão prestes a invadir uma pacífica Ucrânia – de repente podemos ouvir e ler que provavelmente foi… “O blefe de Putin” e possivelmente a Rússia não quer invadir ninguém.
Portanto, não há dúvida de que o período de unipolaridade mundial chegou ao fim, mas a nova ordem internacional ainda não foi claramente moldada.
Para os leitores experientes na leitura nas entrelinhas – a mudança da mensagem é, portanto, clara: “Nunca vamos admitir que mentimos, mas agora podemos dizer que não haverá guerra”.
Bem, olhando para o impressionante orçamento de guerra da Ucrânia (323 bilhões de hryvnias, mais de 11 bilhões de dólares!), deve-se notar que a “guerra russo-ucraniana” já cumpriu algumas de suas tarefas. O dinheiro que o Ocidente “empresta” a Kiev retorna ao Ocidente na forma de compras militares, o negócio está crescendo e o complexo industrial militar com a mídia em seus serviços conta os lucros. Pela Nova Ordem Internacional
É assim que eles entendem seu prestígio, essas são suas necessidades internas, e é assim que eles querem garantir a subordinação dos vassalos remanescentes.
Todas essas colisões e conflitos são uma forma absolutamente natural de estabelecer novas regras e definir novas esferas de influência.
Os impérios descendentes muitas vezes lutam com esses problemas, especialmente anteriormente escondendo e negando a própria fraqueza e decadência. Os Estados Unidos simplesmente devem fazer cara de mau, flexionar os músculos e mostrar os mísseis mais longos.

Escapar da crise com uma tentativa recente de expansão, distrair os rivais, adiar o inevitável – esses são truques táticos normais. Infelizmente, tentar deslocar a realidade jogando tudo em uma só carta e criando uma ameaça de guerra global – isso também é uma opção na mesa. E não é segredo que existem círculos americanos que não hesitariam em incendiar o mundo acreditando que “tudo ou nada” e “se não nós – ninguém!”. Claro, porém, há também os pragmatistas, assim como aquela parte do capital financeiro cética em relação às políticas implementadas pelos Estados, apontando que se trata de grandes corporações, não das grandes potências, que se tornaram os verdadeiros sujeitos da ordem internacional. Esses grandes interesses decidirão GUERRA ou PAZ e até aqui (como podemos ver) os argumentos estão pesados. Não apenas entre Washington e Moscou, mas ainda mais entre Wall Street, a cidade de Londres e Pequim/Xangai. E no que diz respeito à pobre Ucrânia… Bem, será objeto de um conflito entre o Ocidente e a Rússia enquanto ainda houver algo que “deixe para ser roubado”. Embora a pilhagem organizada tenha ocorrido praticamente desde os primeiros momentos após o Euromaidan – a Ucrânia ainda é um país potencialmente muito rico. Não nos lembramos de como, durante a Guerra Mundial anterior, os alemães até arrancaram solos negros e os levaram de trem de volta para a Alemanha? Se os próprios ucranianos não fizerem nada a respeito, seu país só ficará entregue a si mesmo quando o último trem com seus recursos partir para o Ocidente. E mesmo assim, será atribuído à Ucrânia o papel de um campo de batalha, incluindo um nuclear. Como sabemos, a equipe de Zelensky já legalizou a privatização de terras, privilegiando grandes propriedades estrangeiras, antes escondidas na forma de arrendamentos e joint ventures. Em 2022 haverá uma barganha com 700 das 3.500 estatais restantes, com destaque para a indústria de energia, mineração e metalúrgica. Esta é a razão pela qual Zelensky anunciou seu cabaré “guerra com os oligarcas” (isso significa consigo mesmo?) – para que ninguém impedisse que o capital ocidental se alimentasse da riqueza ucraniana. Para consumi-lo em paz – o capital deve ameaçar com a guerra. Esse é todo o segredo dos “planos de agressão russos contra a Ucrânia”… Não haverá outro fim do mundo Então, a ameaça de conflito global é apenas uma espécie de truque de marketing? Não exatamente ou provavelmente não só. Há alguns anos, havia uma teoria bastante popular de que a Terceira Guerra Mundial já havia começado, mas ainda não vemos todos os seus sintomas. A escassez de momentos mais dramáticos fez os céticos questionarem essa hipótese – afinal melhor, pior, mas vivemos de alguma forma. A situação internacional é bastante normal, embora de crise em crise e no geral possamos focar em outras questões, de celebridades a clima de pandemia. O problema é que os profetas da Terceira Guerra Mundial estavam certos. Só que, como no poema do poeta polaco-lituano Czesław Miłosz sobre o fim do mundo, ninguém percebeu – talvez não haja mais guerra global do que uma guerra permanentemente híbrida. E os habitantes de partes não infectadas do mundo duvidarão se é real. Mas uma guerra sem fim pela Nova Ordem Mundial se espalhará por toda parte em mais e mais frentes. A guerra que já conhecemos do Donbass, Síria, Iêmen, Transcaucásia, agora também Cazaquistão, em breve talvez Taiwan, Ucrânia ou Estados Bálticos. Mas também muitos, muitos outros conflitos em que os inimigos de um teatro de operações se tornarão, muitas vezes e de repente, aliados táticos em outros lugares. Esta pode ser uma guerra não só entre estados, porque já sabemos que é possível lutar quase inteiramente com capital privado, apenas contratando estados para realizar ataques aéreos mais pesados. Finalmente, é uma guerra em que cidades inteiras podem desaparecer sob bombas e mísseis, como tem sido até agora. Mas também aquele em que algum assassino silencioso voará por uma janela e essa coisa de brinquedo de criança vencerá a batalha decisiva. E a maioria de nós, se tivermos um pouco de sorte – podemos nem perceber…

*https://www.globalresearch.ca

 

EUA tentando incendiar o mundo - Washington bombeando a febre da guerra. A mídia ocidental: “A guerra com a Rússia está chegando” !

É ininterrupto na mídia ocidental. A mensagem – a guerra com a Rússia está chegando.

Um amigo meu americano, que agora vive na Rússia, tem dois filhos no Exército dos EUA. Um deles disse a ele hoje: “seus dois filhos vão lutar contra sua amada Rússia”. Então, obviamente, as tropas estão sendo instruídas a se preparar para a guerra. Um desses filhos, um soldado das Forças Especiais do Exército, foi enviado várias vezes ao oeste da Ucrânia para treinar os esquadrões da morte nazistas que foram trazidos para o Exército ucraniano desde o golpe de Estado orquestrado pelos EUA em 2014.

A Rússia afirmou repetidamente que não tem intenção de invadir a Ucrânia – a menos que a Ucrânia ataque primeiro a Crimeia ou o Donbass (o leste da Ucrânia que faz fronteira com a Rússia, onde estão localizadas duas repúblicas de etnia russa que são continuamente alvos do governo de direita de Kiev desde 2014) .
A Rússia diz constantemente que não deseja assumir o estado ucraniano fracassado – na verdade, Moscou diz que os EUA-OTAN levaram esse país ao chão desde o golpe de 2014 e devem ajudá-lo a se recuperar. Mas a agenda de Washington é um caos – assim como Iraque, Síria, Líbia e outros lugares que os EUA-OTAN destruíram com sua “máquina de guerra da liberdade”.
Vamos dar uma olhada nas possíveis razões para a agitação diária EUA-OTAN pela guerra.

As potências corporativas ocidentais veem seu reinado como “governantes globais” desaparecendo rapidamente e sabem que esta é a última chance de derrubar a Rússia e a China antes que o mundo “multipolar” se concretize nos próximos anos.
O oeste é liderado pelo mal, psicopatas sedentos de guerra. Os neo-cons vêm à mente.

É tudo um grande esquema de relações públicas para criar uma rara “vitória” para o ocidente. Se a Rússia não invadir a Ucrânia, os EUA-OTAN podem alegar que foi tudo porque enfrentaram o “urso russo”, provando que sua aliança desatualizada ainda tem um papel no mundo de hoje.
Os oligarcas ocidentais não podem permitir que a Rússia tenha todos os recursos naturais do Ártico que estão se tornando possíveis de extrair devido ao derretimento do gelo. Assim, a Rússia deve ser dividida em nações menores, dando a Mr. Big a chance de tomar posse. Veja o estudo da RAND Corporation que apresenta o plano para balcanizar a Rússia aqui. Assim, não há como parar esta corrida para a guerra. EUA-OTAN estão blefando. É tudo uma grande distração para ajudar a aliviar a campanha global de vacinas da Big Pharma e os crescentes problemas econômicos internacionais.
Você escolhe - dê-nos a sua opinião nos comentários.

Agora vamos rever algumas das razões pelas quais a guerra pode ser evitada.
 
Se os EUA-OTAN realmente entrassem em guerra total com a Rússia, provavelmente se tornaria nuclear. A China provavelmente seria puxada. Se isso acontecer, esqueça o covid – dê adeus à sua família. Os EUA-OTAN são estúpidos o suficiente para tentar isso? Sim, eles são, mas há alguns líderes sensatos na Europa que sabem que isso não seria uma grande ideia. Vamos torcer para que eles tenham o material necessário para ajudar a acabar com essa insanidade.
A constante agressão EUA-OTAN é um grande gerador de dinheiro para o complexo industrial militar, então essa conversa de guerra atual é uma vaca de dinheiro para eles. Mas eles não são estúpidos e sabem que a guerra nuclear não ajuda sua linha de lucro.
Pense em 2003 e no malfadado ataque de "choque e pavor" de George W. Bush ao Iraque, que transformou aquela nação em um estado caótico e fracassado. Antes do ataque EUA-Reino Unido, houve protestos massivos em todo o mundo pela paz. Desta vez, enquanto Washington-Bruxelas fazem sua enxurrada diária de mídia de preparação para a guerra, há poucos protestos globais. Na verdade, há alguns no “movimento pela paz dos EUA” que compram o hype e acreditam que a Rússia quer refazer a União Soviética invadindo a Europa. Qualquer um que esteja realmente prestando atenção neste momento sabe que essa linha de história é besteira. Mas, infelizmente, alguns que deveriam estar protestando contra as provocações e agressões EUA-OTAN não estão fazendo isso. Isso enfraquece nossa capacidade de parar a Terceira Guerra Mundial.

Organizing Notes

 

“Vários feridos” em tiroteio em auditório de universidade alemã !


Um tiroteio na universidade de Heidelberg, no sudoeste da Alemanha, fez vários feridos esta segunda-feira de manhã. O suspeito que terá estado na origem do incidente morreu.

Várias pessoas ficaram feridas num tiroteio dentro de uma sala de aula na universidade de Heidelberg, no sudoeste da Alemanha, durante a manhã desta segunda-feira.

As autoridades alemãs, citadas pela Associated Press, dizem que o atirador morreu, mas ainda não são conhecidas as circunstâncias.

“Um agressor a solo feriu várias pessoas num auditório com uma arma de fogo. O agressor morreu”, disse apenas a polícia de Mannheim, em comunicado, no qual também não especificou quantas pessoas foram feridas, nem com que gravidade.

Até ao momento, o gabinete de imprensa da universidade alemã recusou-se a dar quaisquer pormenores sobre o tiroteio.  

As forças de segurança isolaram a área de Neuenheimer Feld, onde se situa o campus universitário. Num apelo divulgado no Twitter, a polícia pediu aos residentes que se mantivessem afastados do local.

A Reuters informa ainda que há uma grande mobilização de polícias e serviços de emergência no local.

Heidelberg está localizada a sul de Frankfurt e tem cerca de 160 mil habitantes. A universidade é uma das mais conhecidas da Alemanha.

https://zap.aeiou.pt/varios-feridos-tiroteio-universidade-alema-458944

 

Testes rápidos: “O problema são os falsos negativos” !


Fazer um teste rápido em casa é muito mais…rápido, comparando com a espera por um teste PCR. Mas o resultado pode enganar.

Para detectar se uma pessoa está infectada pelo coronavírus, o ideal é realizar testes PCR. Mas em muitos locais só encontramos vaga disponível vários dias depois, ou então semanas depois. Em Portugal é assim e nos Estados Unidos da América não é diferente.

Esta tendência de esperar dias e dias por uma vaga, ou então horas e horas numa fila para pessoas sem marcação, reforçou outra tendência: procurar testes rápidos à COVID-19 e testar em casa. Mas esses testes serão como o algodão? Ou enganam?

Esta questão originou um artigo do portal Prevention, focado precisamente na fiabilidade que merecem os testes realizados em casa.

E o aviso principal não é novidade: é mais provável encontrar falsos negativos do que falsos positivos. Ou seja, se um teste caseiro indica positivo, a pessoa estará mesmo infectada pelo vírus; mas um teste caseiro que indica negativo não é sinónimo (a 100 por cento) de que a pessoa não está infectada – aliás, este aviso surge quase sempre nas instruções, na bula de cada teste.

“O problema dos testes caseiros, nesta altura, não são os falsos positivos. O problema é o outro lado: os falsos negativos. Porque não são muito sensíveis“, avisa o médico Geoffrey Baird, da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington. Sobretudo porque são feitos por um cidadão comum, não por um especialista; e o método de inserção, muitas vezes, não é o adequado.

Por outro lado, encontrarmos um teste falso positivo “não é comum. Acontece, mas é raro”, de acordo com outra especialista, Gigi Gronvall, do Johns Hopkins Center.

Para evitar um resultado que não engane, a pessoa deverá sobretudo limpar bem as narinas antes da realização de um auto-teste. “Muita gente pensa que o objectivo é ir o mais fundo possível no nariz. Mas isso pode realmente originar falsos positivos porque apanhamos ranho, cabelo, sangue… Queremos que o cotonete raspe a camada superficial de células no nariz. É aí que o vírus está. É isso que queremos”, avisa Baird.

Limpar bem o nariz é o ideal mas… Não convém assoar o nariz à vontade em casa, num dia em que pensamos que estamos doentes e que estamos numa sala com várias pessoas à nossa volta.

Por isso, uma ideia é reforçada: o “teste de ouro” em relação à COVID-19 é mesmo o teste PCR, a reacção em cadeia da polimerase.

Os testes rápidos, apesar de muito eficazes, só apresentam uma sensibilidade igual aos testes PCR quando a pessoa tem sintomas.

E outro pedido é realçado: a vacina é a melhor forma de protecção. Tem havido uma diminuição no número de infecções em pessoas vacinadas.

https://zap.aeiou.pt/testes-rapidos-o-problema-sao-os-falsos-negativos-458850

 

domingo, 23 de janeiro de 2022

Macacos "INFECTADOS COM VÍRUS", que podem ser transmssveis a humanos, escapam após acidente de trânsito nos EUA !!!

Hoje temos uma notícia realmente perturbadora. Macacas fascicularis conhecido como macaco-cinomolgo usados ​​em laboratório e que podem abrigar vírus que são transmissíveis a humanos escaparam de um caminhão após um acidente de trânsito. Alguns dos animais foram capturados, porém o restante está sendo revistado com helicópteros e militares. Em um tempo normal, em um mundo normal, um incidente envolvendo um caminhão em algum lugar da Pensilvânia, EUA, pode virar notícia de segunda página em um jornal local. Mas agora toda a mídia internacional escreveu sobre isso.
Foto cedida pela policia estadual 
Um dos macacos fugitivos foi encontrado em uma arvore de Danville na noite de sexta-feira
 
Macacos Infectados

Segundo as autoridades vários macacos escaparam após a colisão entre a van e um caminhão basculante mas até a manhã de sábado apenas um permanecia não identificado. Várias agências governamentais estão constantemente procurando por eles. O caminhão estava indo para um laboratório disse a policial estadual Andrea Pelachick ao jornal  Daily Item .

Até agora eles não revelaram a localização do laboratório e o tipo de pesquisa a que se destinavam os macacos, mas geralmente são usados ​​em pesquisas médicas. Um artigo publicado no site do National Center for Biotechnology Information refere-se a esses animais como o primata mais utilizado em estudos de toxicologia pré-clínica.

A agente Laura Lesher disse que a polícia estadual garantiu o local do acidente para o Departamento de Saúde da Pensilvânia e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Uma testemunha Michelle Fallon, disse à mídia local que conversou com o motorista do caminhão e um passageiro após o acidente. O motorista parecia estar desorientado e o passageiro pensou que ele poderia ter sofrido ferimentos graves na perna.

Caixotes cobriam o asfalto enquanto soldados armados procuravam os macacos. Os bombeiros de Valley Township usaram imagens térmicas e um helicóptero para localizar os animais. O caminhão estava indo para o oeste na Interestadual 80 quando saiu da saída de Danville e imediatamente tentou voltar, cruzando a outra pista.

Fallon explicou que estava atrás do caminhão quando o caminhão de lixo atingiu o lado do passageiro arrancando o painel frontal do trailer e enviando mais de uma dúzia de caixas pelos ares. Ela e outro motorista que parou para ajudar estavam perto do local do acidente quando o outro motorista disse que pensou ter visto um gato atravessando a rua correndo. Fallon foi até uma caixa e viu um macaquinho olhando para ela.

Na manhã de sábado, as autoridades haviam encontrado três dos macacos fugitivos, mas ainda procuravam o quarto. As autoridades alertaram os cidadãos do condado da Pensilvânia para não se aproximarem de um dos macacos que ainda esta desaparecido. A polícia estadual pediu às pessoas que não procurem ou capturem o macaco.

“Quem vê ou localiza o macaco é solicitado a não se aproximar, tentar pegar ou entrar em contato com o macaco. Ligue para o 911 imediatamente", dizia um tweet.

Em  comunicado  após o acidente, a People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) disse que não há como garantir que os macacos estejam livres do vírus, observando que os registros mostram que macacos em laboratórios dos EUA foram encontrados com tuberculose, doença de Chagas, cólera e MRSA.

“Como esses 100 macacos de cauda longa estavam a caminho de um laboratório para serem enjaulados atormentados e mortos eles já estavam em perigo, mas agora as pessoas também estão ”, disse a PETA no comunicado. “Os quatro que escaparam estão sem dúvida, aterrorizados e provavelmente feridos e podem abrigar vírus que são transmissíveis aos humanos”.
As autoridades dos EUA não confirmaram nem negaram as informações fornecidas pela PETA. O que está claro é que esta é uma notícia realmente preocupante e que macacos infectados com um vírus estão à solta. E infelizmente a ficção nos ensinou os efeitos devastadores desses tipos de incidentes . Basta lembrar o filme de Danny Boyle 28 Days Later (2002), quando um grupo de ativistas invade um laboratório e libera um dos chimpanzés de teste infectado com o vírus da raiva. Esse chimpanzé ataca e infecta um dos ativistas  que então infecta um cientista e os outros ativistas. Daquele ponto em diante o vírus da raiva modificado se espalhou por toda a Grã-Bretanha. Vamos torcer para que não seja esse o caso.

Você acha que o macaco fugitivo poderia infectar a população com um vírus modificado?

 http://ufosonline.blogspot.com/

O interior da Terra está a arrefecer mais depressa do que pensávamos e vai causar estragos !

A Terra formou-se há cerca de 4,5 mil milhões de anos e, desde então, tem vindo a arrefecer lentamente a partir do seu interior.

De acordo com o Science Alert, enquanto as temperaturas da superfície e da atmosfera vão aumentando, devido ao aquecimento global, o interior do planeta tem estado a arrefecer.

O “coração” da Terra é o que gera o seu vasto campo magnético, uma estrutura invisível que os cientistas acreditam proteger o nosso planeta e permitir que a vida seja possível.

Além disso, pensa-se que a convecção do manto, a atividade tectónica e o vulcanismo ajudam a sustentar a vida através da estabilização das temperaturas globais e do ciclo do carbono.

Como o interior da Terra ainda está a arrefecer, e assim se prevê que continue, vai eventualmente acabar por solidificar, e cessar a atividade geológica, possivelmente transformando a Terra numa rocha estéril, semelhante a Marte ou Mercúrio.

Um novo estudo, publicado em janeiro na ScienceDirect, revela que isso poderá acontecer mais cedo do que pensávamos.

A explicação pode ser um mineral na fronteira entre o núcleo exterior de ferro-níquel da Terra, e o manto inferior do fluido derretido acima dele.

Este mineral chama-se bridgmanite, e a rapidez com que conduz o calor influencia a velocidade com que o calor penetra no núcleo e sai para dentro do manto.

Determinar essa taxa não é tão simples como testar a condutividade da bridgmanite em condições atmosféricas ambientais.

A condutividade térmica pode variar com base na pressão e temperatura, que são bastante diferentes no interior do nosso planeta.

Para resolver este problema, uma equipa de especialistas, liderada pelo cientista planetário Motohiko Murakami, da ETH Zurique, irradiou um único cristal de bridgmanite com lasers pulsados, aumentando a sua temperatura para 2.440 Kelvin, e a pressão para 80 gigapascals.

Estas são as condições que os cientistas acreditam existirem no manto inferior — até 2.630 Kelvin e 127 gigapascals de pressão.

“Este sistema de medição permite-nos mostrar que a condutividade térmica da bridgmanite é cerca de 1,5 vezes superior à suposta”, referiu Murakami.

Por sua vez, o fluxo de calor do núcleo para o manto é mais elevado do que se pensava, o que mostra que o ritmo a que o interior da Terra está a arrefecer é mais rápido do que se previa.

E o processo pode estar a acelerar. Quando arrefece, a bridgmanite transforma-se noutro mineral, chamado pós-perovskite, que é ainda mais condutivo termicamente e, portanto, aumentaria a taxa de perda de calor do núcleo para o manto.

“Os resultados do estudo dão-nos uma nova perspetiva sobre a evolução da dinâmica da Terra”, salientou Murakami. “Sugerem que a Terra, tal como os outros planetas rochosos Mercúrio e Marte, está a arrefecer e a ficar inativa muito mais rapidamente do que o esperado”.

O quão mais depressa, já é um fator desconhecido. O arrefecimento de um planeta inteiro não é algo que se compreenda muito bem.

Marte está a arrefecer um pouco mais depressa, porque ser significativamente mais pequeno do que a Terra, mas há outros fatores que podem desempenhar um papel na rapidez com que o interior do planeta arrefece.

Por exemplo, a decomposição dos elementos radioativos pode gerar calor suficiente para sustentar a atividade vulcânica.

Esses elementos são uma das principais fontes de calor no manto terrestre, mas a sua contribuição carece de estudos mais aprofundados.

“Ainda não sabemos o suficiente sobre este tipo de eventos para definir o seu calendário”, sublinhou Murakami.

No entanto, não deve ser um processo rápido em escalas humanas. Na verdade, é possível que a Terra se torne inabitável por outros mecanismos muito antes disso.

Por esse motivo, talvez tenhamos um pouco de tempo para trabalhar mais sobre o problema para o resolver.

https://zap.aeiou.pt/o-interior-da-terra-esta-a-arrefecer-mais-depressa-do-que-pensavamos-e-vai-causar-estragos-457898

A IA já consegue descobre a autoria das jogadas de xadrez ! Com riscos para a privacidade !


Investigadores da Universidade de Toronto optaram por não revelar o código do software que usaram, reconhecendo os riscos para a privacidade que a sua tecnologia acarreta.

Ao longo dos últimos anos, a inteligência artificial já provou em inúmeras ocasiões as suas capacidades, sejam na identificação da caligrafia e da voz de cada indivíduo, mas também nos traços do pincel dos pintores, permitindo a identificação de autores de obras cuja autoria está confirmar. No entanto, a tecnologia parece ter dado um próximo passo, ao conseguir identificar pessoas tendo por base a forma como jogam xadrez, o que pode acarretar um perigos ao nível da privacidade. A tecnologia, no campo das stylometrics pode ajudar os computadores a serem melhores professores de xadrez ou a tornarem o seu jogo “mais humano”. Ainda assim os prejuízos superam largamente os ganhos.

“As ameaças ao nível da privacidade estão a crescer rapidamente” explica Alexandra Wood, advogada e membro da Universidade de Harvard à revista Science. Segundo a própria, estudos como este, que detetou esta capacidade da inteligência artificial, quando conduzidos de forma responsável, podem ser úteis por chamarem a atenção para aspetos da perda de privacidade.

Há muito que os softwares de xadrez, como o Deep Blue ou o AlphaZero, são vistos como super homens. No entanto, Ashton Anderson, da Universidade de Toronto, — envolvido neste novo projeto — não os considera muito úteis para o consumidor comum, devido ao seu estilo “alien” pouco pedagógico e instrutivo para quem pretende aprender a jogar ou melhorar as suas capacidades. Na realidade, são bons a adaptar os seus conselhos aos jogadores individuais, no entanto, precisam de captar a essência de cada jogador.

Nesta nova investigação, para proceder ao design e ao treino da tecnologia, os investigadores exploraram um recurso amplo: mais de 50 milhões de jogos completados por humanos no site Lichess. Procederam à recolha de jogos cujos participantes tinham jogado pelo menos mil vezes e sequenciaram até 32 jogadas dessas mesmas partidas. Codificaram cada movimentação e inseriram-nas numa rede neural que representava cada jogo como um ponto num espaço multidimensional, de forma a que o jogo de cada participante formasse um conjunto de pontos.

A rede foi treinada para maximizar a densidade do conjunto de pontos de cada participante e a distância entre os pontos de diferentes jogadores. Isto obrigou o sistema a reconhecer que características eram distintivas no estilo de jogo de cada um dos participantes. Posteriormente, os investigadores tentaram apurar quão bem o sistema conseguia fazer essa distinção. Como? Dando-lhe cem jogos de cada um dos 3000 jogadores identificados e 100 novos jogos de um participante mistério. O sistema procurou o perfil mais idêntico, conseguindo adivinhar 86% dos perfis, explicaram os cientistas numa conferência no último mês.

“Não conseguimos acreditar nos resultados na altura”, apontou Raid Mcllroy-Yong, um dos autores da investigação. Ainda assim, a equipa reconhece os riscos ao nível da privacidade que estão implícitos ao uso da tecnologia — que também pode ser usada para desmascarar jogadores anónimos, por exemplo. O mesmo raciocínio também pode ser usado e aplicado ao póquer e a outras atividades que não passam por jogo, ou seja, a condução e o tempo e localização do uso dos telemóveis. Talvez por isso, os investigadores optaram por não lançar o código de software que desenvolveram e usaram.

https://zap.aeiou.pt/ia-identificar-autoria-jogadas-xadrez-457671

 

Em 1976, o FBI confiscou o trabalho de um universitário que concebeu uma bomba atómica !


Em 1976, John Aristotle Phillips estudava Ciências Aeroespaciais e Mecânicas quando viu um trabalho seu ser confiscado pelo FBI. O projeto, que acabaria por lhe dar a alcunha de The A-Bomb Kid, continha os planos para a criação de uma bomba atómica.

John Aristotle Phillips trabalhou na criação de um aparelho, do tamanho de uma bola, durante vários meses.

Segundo o IFL Science, o seu objetivo era demonstrar como seria fácil para os terroristas criar uma bomba nuclear utilizando informações disponíveis publicamente.

Utilizando material não classificado do Gabinete de Impressão do Governo dos Estados Unidos e conhecimentos adquiridos na biblioteca escolar, o jovem de 21 anos elaborou o plano de criação de uma bomba nuclear.

Os desenhos de John Aristotle Phillips foram bem sucedidos, tanto que até o cientista nuclear Frank Chilton disse que era “praticamente garantido que o equipamento funcionava”.

A sua bomba teria funcionado teoricamente e teria sido cerca de um terço mais poderosa do que a bomba que os Estados Unidos lançaram sobre Hiroshima no fim da II Guerra Mundial.

Além de ter obtido nota A – a mais alta – no trabalho, Phillips atraiu a atenção do FBI e da CIA.

Algumas semanas após a entrega do documento, regressou para o procurar no Departamento de Física e descobriu que já lá não estava. Foi então que descobriu que o projeto tinha sido confiscado, assim como a maquete que tinha construído no seu quarto.

O portal explica que muitos outros estudantes universitários tinham tentado realizar projetos semelhantes, mas sempre com o mesmo obstáculo relacionado com o explosivo convencional que desencadeia a onda de implosão em direção ao centro da bomba.

Para esclarecer esta dúvida, John Aristotle Phillips contactou a empresa química DuPont. Mais tarde, e já depois de ter sido chamado ao gabinete do presidente do departamento, percebeu que a informação que obteve da empresa era, muito provavelmente, classificada.

https://zap.aeiou.pt/1976-fbi-confiscou-trabalho-universitario-458336

 

Aumenta a tensão entre a Rússia e a Ucrânia !


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A pandemia está a fazer com que muitas pessoas percam a fé em Deus !


A fé em Deus e a confiança de que existe um poder superior diminuiu ao longo da pandemia de covid-19, descobriu um novo estudo, realizado na Alemanha.

O senso comum leva-nos a pensar que a crença em Deus e a confiança em instituições religiosas aumentam durante os períodos de crise, mas pode não ser bem assim.

No verão de 2020, uma sondagem do Pew Research Center revelou que, pelo menos nos Estados Unidos, a pandemia estava a fortalecer a fé religiosa. “Quase três em cada dez norte-americanos (28%) relatam uma fé pessoal mais forte devido à pandemia.”

Este novo estudo analisou o período de junho de 2020 até novembro de 2021 e inquiriu cerca de 5.000 pessoas na Alemanha. Segundo o New Atlas, os investigadores descobriram que quanto mais tempo durava a pandemia, mais pessoas perdiam a sua fé em Deus ou num poder superior.

“As análises revelaram que com a segunda vaga da pandemia e o segundo confinamento, a confiança numa fonte superior, juntamente com a oração e a meditação, diminuiu“, escreveram os investigadores do novo estudo, publicado recentemente no Journal of Religion and Health.

“Além disso, o acentuado aumento do stress relacionado com o vírus foi associado a um declínio do bem-estar e a uma contínua perda de fé. Estes desenvolvimentos foram observados tanto em católicos como em protestantes, e tanto em pessoas mais jovens como mais velhas”, acrescentaram.

Se em junho de 2020 eram cerca de 3% aqueles que indicavam ter perdido a fé devido à pandemia de covid-19, esse número aumentou para 21,5% no inquérito final, realizado entre agosto e novembro do ano passado.

Os responsáveis pelo estudo colocam a hipótese de que esta tendência geral de perda de fé durante a pandemia se deve a uma rutura dos laços sociais em que muitas comunidades religiosas confiam.

Devido ao distanciamento social e às restrições derivadas da crise sanitária, “os laços sociais e religiosos mais ou menos vitais entre as pessoas e as comunidades religiosas locais foram afetados e até mesmo perturbados”, escreveram no artigo.

“Quando os espaços sagrados não são facilmente acessíveis, as pessoas podem perder o acesso ao centro da sua vida religiosa pública”, destacam, salientando que “podem desenvolver novas formas de práticas espirituais em privacidade ou simplesmente habituar-se à perda“.

Um inquérito recente realizado pelo Pew Research Center sugere que este declínio na crença religiosa pode não se ter feito sentir nos Estados Unidos. Embora os investigadores tenham encontrado um declínio consistente na filiação religiosa nos últimos 15 anos, não detetaram qualquer queda invulgar nos últimos 24 meses.

https://zap.aeiou.pt/a-pandemia-esta-a-fazer-com-que-muitas-pessoas-percam-a-fe-em-deus-458356

 

Instalação de captura de carbono da Shell emite mais gases poluentes do que capta !


O Complexo Scotford, uma instalação de captura de carbono da Shell em Alberta, tem a mesma pegada de carbono por ano que 1,2 milhões de automóveis movidos a combustível.

Entre 2015 e 2019, a instalação de captura e armazenamento de carbono Quest da Shell capturou cerca de 5 milhões de toneladas de dióxido de carbono na sua fábrica de produção de hidrogénio no Complexo Scotford.

Contudo, um novo relatório da organização de direitos humanos Global Witness descobriu que a fábrica de hidrogénio emitiu 7,5 milhões de toneladas de gases com efeito de estufa no mesmo período, entre eles metano.

A VICE destaca que a fábrica tem a mesma pegada de carbono por ano que 1,2 milhões de carros movidos a combustível.

“Consideramos que a Shell está a enganar o público e a dar-nos apenas um lado da história”, disse Dominic Eagleton, autor do relatório, acrescentando que a indústria tem pressionado os governos a subsidiar a produção de hidrogénio fóssil (hidrogénio produzido a partir de gás natural), que é complementado com a tecnologia de captura de carbono como uma alternativa “amiga do clima”.  

“A Quest foi originalmente concebida como um projeto de demonstração para provar a tecnologia (de captura de carbono) e, de um modo geral, cumpriu ou excedeu as nossas expectativas”, disse o porta-voz da Shell Canadá, Stephen Doolan.

Quanto à alegação de que a fábrica terá emitido 7,5 milhões de toneladas de gases com efeito de estufa, a empresa não respondeu, notando apenas que, à medida que o tempo passa, a instalação captura mais carbono, mas também emite mais.

O relatório da Global Witness indica ainda que os governos federal e de Alberta gastaram centenas de milhões de dólares de fundos públicos – pelo menos 654 milhões – para pagar o projeto Quest, de mil milhões de dólares.

À data de publicação deste artigo, o Ministério da Energia de Alberta recusou-se a fazer comentários por não ter lido integralmente o relatório.

Aos jornalistas, Joanna Sivasankaran, secretária de imprensa do Ministro dos Recursos Naturais, disse que “a utilização e armazenamento da captura de carbono não é uma bala de prata para a crise climática, mas uma ferramenta importante para alcançar os ambiciosos objetivos climáticos do Canadá e reduzir as emissões em muitas indústrias”.

https://zap.aeiou.pt/instalacao-captura-carbono-da-shell-458574

 

China acredita que a Ómicron chegou ao país por correio !


A China detetou um caso da variante Ómicron e acredita que a mulher terá sido infetada através de correio que chegou do estrangeiro.

As autoridades de Pequim estão a dizer aos 23 milhões de moradores da cidade para pararem de encomendar bens do exterior depois de ter detetado o primeiro caso da Ómicron, escreve a BBC.

A mulher infetada não tem histórico de viagens ao estrangeiro e a China acredita que a variante chegou ao país através do correio. Isto porque as autoridades de saúde chinesas descobriram cartas na sua posse com traços da variante.

O correio foi enviado do Canadá e passou pelo Hong Kong antes de chegar até à China, esclarece a Business Insider.

Nenhum dos 69 contactos próximos da chinesa deu positivo à covid-19. No entanto, foram encontrados vestígios do coronavírus em correspondência internacional por abrir.

O Canada Post, o serviço de correios do Canadá, escreve no seu site que não é possível apanhar covid-19 através de encomendas.

Ainda assim, a China não toma meias medidas. Pequim pediu para as pessoas evitarem o correio internacional e o abrissem ao ar livre com luvas e máscara.

Em Portugal — e no resto do mundo —, a Ómicron tem sido responsável pelo aumento exponencial de novos casos. Esta quinta-feira, por exemplo, foi batido o recorde nacional de novas infeções, com 56.426 casos registados nas últimas 24 horas.

A China prepara-se para receber os Jogos Olímpicos de Inverno, que começam dia 4 de fevereiro. Embora os eventos desportivos não sejam abertos ao público, o surgimento da Ómicron em Pequim foi um alerta. A política “zero covid” da China não descansa e qualquer caso é altamente reprovável.

https://zap.aeiou.pt/china-omicron-chegou-pais-por-correio-458184

 

Sul-coreano esfaqueou 60 vezes a avó ! Tribunal decidiu que não cometeu o crime por “maldade” !


Um sul-coreano foi considerado culpado por ter esfaqueado a sua avó cerca de 60 vezes até à morte. A pena, no entanto, é leve, uma vez que o tribunal decidiu que o homicídio foi “acidental”.

Segundo os meios de comunicação social da Coreia do Sul, o indivíduo, de 19 anos de idade, matou a avó num momento de fúria por ser picuinhas e por tê-lo repreendido.

Ele e o irmão viviam com a idosa desde 2012, depois de os seus pais se terem divorciado.

A VICE escreve que o mais velho, considerado culpado do homicídio, foi condenado entre sete e 12 anos de prisão. A acusação tinha pedido prisão perpétua, a pena máxima por homicídio no país, mas tal não foi aceite pelo tribunal, que considerou que o esfaqueamento repetido foi “acidental“.

A análise psicológica mostrou que o mais velho tinha uma tendência para “expressões emocionais explosivas“, pelo que o tribunal concluiu que não cometeu o crime por “maldade“.

O irmão mais novo, de 17 anos, foi condenado a uma pena de prisão dois anos e meio, depois de ter sido considerado culpado de ajudar o mais velho no homicídio, fechando as janelas para que os gritos da idosa de 77 anos não pudessem ser ouvidos a partir do exterior.

O caso está a provocar uma onda de revolta no país, com cidadãos a criticarem o sistema judicial sul-coreano por ser demasiado permissivo para com os adolescentes.

Na Coreia do Sul, o principal objetivo do sistema de justiça juvenil é reabilitar os delinquentes, em vez de os punir severamente. Os tribunais encorajam os infratores a participar em programas que visam modificar o comportamento em vez de lhes aplicar uma pena de prisão mais longa.

No entanto, há legisladores a defender que, tal como está, o sistema dá “injustamente” imunidade aos delinquentes mais novos, menores de 19 anos, simplesmente porque são jovens.

https://zap.aeiou.pt/sul-coreano-esfaqueou-60-vezes-avo-458565

 

Ambições Neo-Otomanas da Turquia no Oriente Médio e Ásia Central: “A agitação no Cazaquistão é uma ameaça para a Rússia e a China” !


Recentemente, o Cazaquistão estava em caos quando a violência eclodiu nas ruas, no que parecia ser o início de uma revolta popular, semelhante à “Primavera Árabe” de 2011. Depois que a poeira baixou e as prisões foram feitas, surgiu a história completa de que se originou com a Irmandade Muçulmana e foi apoiado pelo presidente Erdogan da Turquia, como parte de seu sonho de um Império Neo-Otomano, com Erdogan desempenhando o papel de sultão. Steve Sahiounie, do MidEastDiscourse, entrevistou Ararat Kostanian em um esforço para entender a história por trás dos eventos no Cazaquistão e como eles se relacionam com conflitos regionais, como a Armênia, e os principais atores, como a Rússia. Ararat Kostanian é especialista em estudos do Oriente Médio e Relações Internacionais. Atualmente trabalha como Junior Fellow e doutorando no Instituto de Estudos Orientais da Academia Nacional de Ciências da Armênia, e publicou ensaios e artigos sobre o Islã Político, a Turquia, a Guerra da Síria e o surgimento do mundo multipolar e sobre a Armênia. política estrangeira. * Steven Sahiounie (SS): Relatórios recentes dizem que a Armênia e a Turquia estão em negociações. Como você vê o progresso dessas conversas e o que você espera como resultado? Ararat Kostanian (AK): Representantes especiais do lado armênio e turco se reuniram em Moscou recentemente para conversas sobre a normalização das relações entre a Armênia e a Turquia sem pré-condições. Essas conversas são a recriação da tentativa anterior de normalização das relações que foi realizada em 2008, que resultou na assinatura dos protocolos “Sobre o Estabelecimento de Relações Diplomáticas” e “Sobre o Desenvolvimento das Relações entre a República da Armênia e a República da Turquia”. Após a assinatura, a Turquia recusou o acordo com uma pré-condição para o assentamento de Nagorno-Karabakh. Por outro lado, embora a Armênia afirme normalizar as relações com a Turquia sem condições prévias, a maioria dos armênios na Armênia e na diáspora veem as relações entre Armênia e Turquia devem ser vistas no contexto das relações armênias e turcas, nas quais exigimos a pleno reconhecimento, condenação e reparação do Genocídio Armênio. Pelo contrário, a Turquia há décadas exige do governo armênio que recuse o reconhecimento internacional do genocídio armênio como condição prévia para normalizar as relações com a Armênia. Além disso, a Turquia fechou unilateralmente suas fronteiras com a Armênia em 1993 devido ao conflito de Nagorno-Karabakh e apoiou o Azerbaijão política e economicamente. Nesse sentido, o comportamento da Turquia em relação à Armênia é uma violação do Direito Internacional. Nesse sentido, tanto na Armênia quanto na Turquia, os defensores da normalização das relações sem pré-condições são minorias políticas que têm valores neoliberais e anseiam por impulso econômico nas fronteiras. Acredito que as negociações atuais em geral são um jogo político para a Armênia mostrar que não tem empatia com a Turquia, independentemente de sua política anti-Armênia, e para a Turquia é uma tentativa de mostrar ao mundo sua vontade de normalizar as relações com um país vizinho que tem estado em inimizade por mais de cem anos. SS: A Armênia e o Azerbaijão já viram guerras de fronteira no passado. Qual é a situação atual do conflito? Na sua opinião, qual foi o papel da Rússia no conflito armênio e na região?

AK: O Azerbaijão atacou a República de Nakorno-Karabakh há um ano e a Armênia enfrentou outra guerra conhecida como a segunda guerra de Nagorno-Karabakh. Um acordo de cessar-fogo foi assinado na Rússia entre a Armênia e o Azerbaijão e a Rússia e as forças de paz russas entraram em Nakorno-Karabakh e concordaram por ambos os lados em permanecer lá por cinco anos. Sem dúvida, o movimento militar da Rússia salvou os armênios de Artsakh de outro genocídio e hoje a República de Artsakh, embora ainda não reconhecida internacionalmente, mas no terreno, está sob o controle total das forças de paz russas. O conflito ainda não foi resolvido, pois há tropas do Azerbaijão em terras armênias e tanto a Turquia quanto o Azerbaijão estão buscando o controle da parte sul da Armênia, para que a Turquia chegue por terra ao Azerbaijão e cumpra seu desejo de estabelecer o Império neo-otomano avançando para a Ásia Central em nome da Armênia e do povo armênio. Gostaria de mencionar que na segunda guerra do Nakorno-Karabakh, a Turquia entrou na guerra apoiando o Azerbaijão e é outra violação do Direito Internacional. Conhecemos muito bem as ambições da Turquia quando analisamos as suas violações e intervenções ilegais na Síria, Iraque, Líbia, Chipre e desta vez no Sul do Cáucaso contra a Arménia e o Nagorno-Karabakh. É necessário formar não uma coalizão política e econômica contra a Turquia como vimos ultimamente, mas uma aliança militar para poder deter os avanços da Turquia em territórios que nunca lhe pertenceram. Esta ameaça tornou-se séria quando a Turquia começou abertamente a nutrir terroristas e enviá-los para diferentes regiões, como aconteceu na segunda guerra de Nagorno-Karabakh. Ao contrário, a Rússia tem atuado na região e em nível global desde a guerra na Síria. Nas guerras contra sírios e armênios, as estratégias diplomáticas e militares russas visam interromper as ambições da Turquia de estabelecer o Império neo-otomano e o avanço de extremistas para as fronteiras próximas à Rússia. Em outras palavras, a Rússia está agindo como uma barreira na frente da ideologia pan-turânica da Turquia, que é apoiada pelo Ocidente. SS: Recentemente, o Cazaquistão viu agitação e violência. Como resultado, a Armênia e outros vizinhos enviaram tropas de paz cumprindo um tratado existente. Qual é a situação das tropas armênias no Cazaquistão? AK: A agitação e a violência ocorrida no Cazaquistão é uma continuação do cenário do que aconteceu como nas guerras impostas à Síria, Armênia e desta vez foi uma preparação no Cazaquistão. A agitação no Cazaquistão é uma ameaça tanto para a Rússia quanto para a China. Derrubar governos ou iniciar guerras diretas com a ajuda dos terroristas abrigados pela Turquia. O Cazaquistão é um país essencial para a Turquia estabelecer o Império Neo-Otomano e tem havido defensores desta política entre os indivíduos presos no Cazaquistão. A este respeito, considero muito importante que a Arménia tenha aderido à missão de manutenção da paz realizada pela Organização do Tratado de Segurança Colectiva (CSTO) não só porque a Arménia está a presidir, mas também é uma mensagem clara de que a Arménia pode ser apresentada em outras regiões também que a Turquia tem grandes ambições e que a Arménia está na luta contra o terrorismo. A unidade de missão de paz armênia vem protegendo os assentamentos nacionais do Cazaquistão de um ataque esperado pelos terroristas. SS: O Genocídio Armênio foi reconhecido por vários países ao redor do mundo como: França, Rússia, Canadá, Síria, Irã, Alemanha e muitos outros. Na sua opinião, por que a ocupação israelense não reconheceu o Genocídio Armênio até agora?

AK: Por motivos morais, Israel deveria ser um dos primeiros países a reconhecer o Genocídio Armênio, considerando o incidente do holocausto, mas o governo israelense não apenas traiu a noção de condenar qualquer ato de genocídio contra qualquer raça ou etnia, mas também mostrando uma política de duplo padrão ao trazer a resolução de reconhecer o Genocídio Armênio ao Knesset sem ratificação e reconhecimento oficial como um ato para pressionar a Turquia. Além disso, o lobby israelense nos Estados Unidos trabalhou por décadas contra os esforços do lobby armênio no caminho do reconhecimento do genocídio armênio. Além disso, o governo israelense não mostra uma simpatia única pelos armênios de Jerusalém, uma presença armênia há mais de dois mil anos com seu bairro armênio, e a maioria dos armênios não tem cidadania israelense. A política do Estado israelense tem sido não defender a presença armênia em Jerusalém e essa é uma das razões pelas quais os armênios estão e historicamente têm relações mais estreitas com os palestinos. Além disso, Israel declarou ser aliado do Azerbaijão e na segunda guerra do Nagorno-Karabakh apoiou o Azerbaijão política, econômica e militarmente. A mídia israelense tem apoiado principalmente o Azerbaijão. A este respeito, considero que o Azerbaijão, a Turquia e Israel travaram uma guerra direta ou indireta contra o Nagorno-Karabakh. Sobre este assunto, acredito que o mundo muçulmano em geral, e o mundo árabe em particular, devem interpretar que o conflito entre armênios e turcos não é um conflito religioso e Israel é um aliado da Turquia e do Azerbaijão com o apoio do Ocidente.

Mideast Discourse.

 

Coreia do Norte alerta que 'ameaças dos EUA' podem forçar Pyongyang a retomar testes de mísseis nucleares e de longo alcance !

A Coreia do Norte suspendeu unilateralmente os testes de armas nucleares e mísseis de longo alcance em 2018, em meio ao aquecimento das relações com Seul e Washington sob Donald Trump, que estabeleceu um relacionamento pessoal com Kim Jong-un. Os laços RPDC-EUA começaram a esfriar depois que Pyongyang rejeitou o desarmamento unilateral de Trump em 2019 e azedaram ainda mais com Joe Biden. A Coreia do Norte alertou que pode abandonar suas moratórias autoimpostas sobre testes nucleares e de mísseis de longo alcance, dizendo que as “ameaças militares” dos EUA que “atingiram uma linha de perigo” são as culpadas. “Avaliando que a política hostil e as ameaças militares dos EUA atingiram uma linha de perigo que não pode mais ser ignorada, apesar de nossos sinceros esforços para manter a maré geral de relaxamento das tensões na Península Coreana desde a cúpula RPDC-EUA em Cingapura, o [Politburo] reconheceu unanimemente que devemos fazer uma preparação mais completa para um confronto de longo prazo com os imperialistas dos EUA”, informou a Agência Central de Notícias da Coreia na quinta-feira, citando decisões tomadas em uma reunião da liderança do país, presidida pelo secretário-geral Kim Jong- un. O relatório da KCNA indicou que nos anos desde os esforços diplomáticos realizados por Kim e autoridades dos EUA em 2018 e 2019 para aliviar as tensões, os EUA “realizaram centenas de exercícios de guerra conjuntos”, entregaram “meios de ataque ultramodernos” à Coreia do Sul. e colocou “armas estratégicas nucleares na região ao redor da península coreana”, assim “ameaçando seriamente a segurança de nosso estado”. O Politburo da RPDC também acusou os EUA de “maltratar violentamente” Pyongyang e cometer um “ato tolo” ao aplicar mais de vinte pacotes de sanções contra a nação asiática. Prometendo “ação prática para aumentar de forma mais confiável e eficaz” o potencial militar do país, o Politburo instruiu suas forças armadas a “reforçar imediatamente meios físicos mais poderosos que possam controlar eficientemente os movimentos hostis dos EUA contra a RPDC ficando cada vez mais sério a cada dia. .” Foram dadas instruções “para reconsiderar em escala geral as medidas de construção de confiança que tomamos por iniciativa própria em um terreno preferencial e examinar prontamente a questão de reiniciar todas as atividades temporariamente suspensas”, afirmou o relatório. Loucura de mísseis A Coreia do Norte suspendeu unilateralmente armas nucleares e testes de mísseis de longo alcance em 2018 em meio a um aquecimento dos laços com Seul e Washington, e manteve sua promessa mesmo depois que as negociações entre Kim e Trump fracassaram em 2019. As relações esfriaram ainda mais sob Biden em 2021. 2018, o país limitou seus testes de mísseis a projéteis de curto alcance. Nas últimas duas semanas, a Coreia do Norte aumentou drasticamente suas atividades de teste, testando com sucesso projéteis hipersônicos, lançando dois mísseis balísticos convencionais de um sistema ferroviário e disparando um par de mísseis guiados táticos.

Em 12 de janeiro, o Tesouro dos EUA aplicou sanções a seis funcionários norte-coreanos, acusando-os de envolvimento na aquisição de componentes para os programas de armas de destruição em massa e mísseis de Pyongyang. Um empresário russo e sua empresa também foram acusados ​​de “atividades ou transações que contribuíram materialmente para a proliferação de armas de destruição em massa ou seus meios de entrega”. Biden não falou sobre a Coreia do Norte em uma coletiva de imprensa solo na quarta-feira, marcando seu primeiro aniversário no cargo. Um porta-voz da Casa Branca se recusou a “entrar nas hipóteses” de uma possível resposta dos EUA à retomada dos testes de mísseis nucleares e de longo alcance por Pyongyang, mas disse que o objetivo de Washington continua sendo a desnuclearização da península coreana. No início deste mês, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, caracterizou os testes de mísseis da Coreia do Norte como “profundamente desestabilizadores” e disse que os EUA trabalhariam com seus aliados regionais para encontrar uma solução.

Pyongyang expressou vontade de trabalhar com Seul e Washington para reduzir as tensões na região, mas rejeitou as exigências dos EUA de que abandone unilateralmente as armas nucleares. Pyongyang supostamente vê as armas de destruição em massa como uma garantia de sua segurança estratégica contra a agressão estrangeira. O país construiu gradualmente as capacidades de seus mísseis, em maio de 2017 ganhando capacidade teórica para atingir Guam, e realizando dois testes de mísseis balísticos intercontinentais - o Hwasong-14 e o Hwasong-15 - em julho e novembro de 2017. Este último diz-se que duas armas são capazes de atingir o continente dos EUA. O país demonstrou outro ICBM - o Hwasong-17 - em outubro de 2020, com esse míssil com alcance de até 13.000 km e um peso potencial de ogiva de 2.000-3.500 kg.

https://sputniknews.com

 

Rússia teme que ameaças dos EUA contra Moscovo possam desencadear nova guerra dentro da Ucrânia !

Alguns cabeças quentes na liderança ucraniana podem desenvolver a ilusão de que podem tentar reiniciar a guerra civil em seu país ou tentar lidar com o problema do Sudeste usando a força, observou Dmitry Peskov

MOSCOU, 20 de janeiro. /TASS/. As ameaças dos Estados Unidos contra a Rússia podem instilar falsas esperanças em algumas autoridades ucranianas e tentá-las a reacender uma guerra civil no país, disse o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov à mídia nesta quinta-feira. "Todas essas declarações podem causar uma desestabilização, porque alguns cabeças quentes da liderança ucraniana podem desenvolver a ilusão de que podem tentar reiniciar a guerra civil em seu país ou tentar lidar com o problema do Sudeste usando a força", disse o porta-voz do Kremlin. . "Sentimos certos temores a esse respeito", disse ele quando solicitado pela TASS para comentar as alegações do presidente dos EUA, Joseph Biden, de que a suposta intrusão da Rússia na Ucrânia resultaria em desastre para Moscou. "Acreditamos que eles [declarações dos EUA] de forma alguma promovem o alívio das tensões que surgiram na Europa", disse Peskov. Ele chamou a atenção para o fato de que "declarações contendo ameaças contra a Rússia e alertas de que a Rússia teria que pagar caro por algumas ações hipotéticas são uma ocorrência diária". "Eles podem ser ouvidos todos os dias no nível médio de especialistas e no nível mais alto, o nível do chefe de Estado também", disse Peskov, acrescentando que "isso vem acontecendo com notável persistência pelo menos no último mês. " Ele lembrou que Moscou tem feito comentários regulares sobre essas alegações. Em sua opinião, "não devem seguir mais comentários, pois essas declarações são apenas repetições de anteriores".

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Rússia pede que EUA, Alemanha e França parem de ser coniventes com as ações de Kiev - Lavrov

Os parceiros ocidentais continuam "fugindo" da pergunta sobre o que eles acham que realmente aconteceu na Ucrânia em 2014, o ministro das Relações Exteriores da Rússia também observou

GENEBRA, 21 de janeiro. /TASS/. Em seus contatos com Estados Unidos, Alemanha e França, a Rússia continua pedindo que parem de ser coniventes com as ações da Ucrânia, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, nesta sexta-feira, após conversar com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. "Mais uma vez hoje e quando recebemos o ministro das Relações Exteriores alemão, e em contatos com nossos colegas franceses, insistimos que já é hora de parar de fechar os olhos ao que o regime de Kiev está fazendo e obrigá-lo a implementar o que prometeu e o que foi aprovado pelo Conselho de Segurança [da ONU]", disse ele. De acordo com o alto diplomata russo, os parceiros ocidentais continuam "fugindo" da pergunta sobre o que eles acham que realmente aconteceu na Ucrânia em 2014. Em suas palavras, eles preferem dizer que o ponto de partida da tragédia na Ucrânia foram os acontecimentos na Crimeia. Mas a Rússia, frisou, continua a lembrar que o acordo de paz entre o então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, e a oposição, onde Alemanha, França e Polônia atuavam como fiadores, foi rompido. "A oposição quebrou e imediatamente saiu com declarações russófobas exigindo que os russos fossem expulsos da Crimeia. Então enviou militantes para lá e depois disso <…> Crimeanos se levantaram e organizaram seu referendo", explicou ele.

https://tass.com/world/1391589

 

Porque é que o 5G lançou o caos na aviação dos EUA e o que não aprenderam com a Europa !


O 5G tornou-se num grande problema para a aviação norte-americana e lançou o caos em vários aeroportos, com voos cancelados ou alterados. Mas, afinal, o que está em causa? Entre acusações e desentendimentos, faltou olhar para o exemplo da Europa.

As companhias de telecomunicações norte-americanas AT&T e Verizon lançaram o serviço 5G nos EUA, nesta semana, o que gerou muitas perturbações no sector da aviação.

Grandes companhias aéreas tiveram que cancelar ou mudar planos de voos devido aos receios de segurança com o lançamento da tecnologia sem fios de quinta geração (5G).

O principal medo está relacionada com uma potencial interferência do 5G com as leituras de altitude em alguns aviões, nomeadamente os Boeing 777.

A AT&T e a Verizon anunciaram que suspenderiam o lançamento do 5G perto dos aeroportos. Mas, mesmo assim, várias companhias aéreas cancelaram voos ou fizeram alterações nas suas escalas.

Uma complicação “à 11ª hora” que poderia ter sido resolvida muito antes, como refere o gerente de pesquisa da consultora International Data Corporation (IDC), Jason Leigh, em declarações ao The National, um media do Médio Oriente.
Uma questão de frequências…

Jason Leigh destaca que houve discussões durante “os últimos 12 meses sem uma resolução”.

“A Boeing indicou que há um problema com os altímetros no seu 777, mas não foi capaz de dizer porque é isso um problema apenas para os aeroportos dos EUA e não para aeroportos em outros países, onde o mesmo espectro de banda média foi implantado”, nota ainda Leigh.

Os rádio-altímetros dos aviões dão leituras precisas da altura aquando da aproximação ao solo, pelo que são essenciais para as aterragens.

Esses equipamentos operam nas faixas 4,2 GHz a 4,4 GHz, enquanto as frequências leiloadas para o 5G operam entre 3,7 GHz a 3,98 GHz, o que é muito próximo.

Quanto maior for a frequência, mais rápido será o serviço 5G, pelo que as operadoras de telecomunicações apontam sempre às frequências mais altas.

Contudo, em outros países, como na Europa, por exemplo, o 5G funciona em frequências mais baixas, entre 3.4 GHz a 3.8 GHz, e, portanto, fica mais longe das frequências usadas pelos altímetros.

Até agora, “nenhum risco de interferência insegura foi identificado na Europa”, revelou a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia no passado mês de Dezembro.

Em França, as antenas de 5G em torno dos grandes aeroportos foram colocadas afastadas das rotas de voo para minimizar os riscos de interferência, revelou à CNN um dirigente da Agência Nacional de Frequências do país (ANFR), Eric Fournier.

Na Coreia do Sul, o 5G funciona nas frequências de 3.42 a 3.7 GHz e também não foram reportados incidentes desde que foi lançado em Abril de 2019.

“Um dos assuntos mais delinquentes que já vi”

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA na sigla original em Inglês) já apelou às partes envolvidas para partilharem toda a “informação técnica” e para trabalharem em conjunto rumo a uma solução.

É necessário encontrar um ponto de encontro entre os vários interesses das companhias de aviação, das operadoras de telecomunicações e das autoridades que controlam a segurança aérea.

Mas para alguns especialistas, como Jason Leigh, fica evidente que as “operadoras móveis [dos EUA] não fizeram um bom trabalho” para articular todo o processo, considerando as questões de segurança.

Já o director da consultora de aviação Bauer, Linus Bauer, considera ao The National que a falta de “coordenação e de cooperação entre o Governo, as agências federais, os cientistas e a indústria levou ao caos que estamos a testemunhar”.

“É um dos assuntos mais delinquentes, totalmente irresponsáveis, que eu já vi na minha carreira na aviação”, desabafa, por seu turno, o presidente da Dubai Emirates, Tim Clark, em declarações à CNN.

“Alguém lhes deveria ter dito os riscos e os perigos que o uso de uma certa frequência coloca em torno de aeródromos e campos metropolitanos”, lamenta ainda Tim Clark.

A Dubai Emirates foi uma das companhias que cancelou voos para cidades como Boston, Chicago, Miami e S. Francisco, entre outras.

Entretanto, a Boeing revelou, em comunicado, que está a trabalhar com as companhias aéreas e com os responsáveis das empresas de telecomunicações para encontrar uma “solução orientada por dados” que possa ser usada “a longo prazo” e que garanta que “todos os modelos de aviões comerciais possam operar com segurança à medida que o 5G for implantado nos EUA”.

https://zap.aeiou.pt/5g-caos-aviacao-eua-458628

 

Pelo menos 70 mortos em bombardeamento de prisão controlada pelos rebeldes no Iémen !


Pelo menos 70 pessoas foram hoje mortas num ataque aéreo contra uma prisão de Saada, bastião dos rebeldes Huthis no norte do Iémen, indicaram os Médicos Sem Fronteiras (MSF), numa comprovação da escalada da violência no país.

Previamente, Bachir Omarom, porta-voz do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICR) no Iémen, tinha-se referido a “mais de 100 mortos ou feridos”, ao citar o balanço dos hospitais após o ataque cometido durante a noite e que não foi reivindicado no imediato, apesar de as suspeitas recaírem sobre a coligação liderada pela Arábia Saudita e que intervém no país desde 2015.

Os MSF, uma organização não governamental (ONG), também descreveram um “ataque horrível”, e segundo indicou um porta-voz, o balanço de 70 mortos apenas se referia a um hospital de Saada. “Outros dois estabelecimentos receberam numerosos feridos e prosseguem as buscas nos escombros da prisão”, acrescentou.

Durante a noite, a coligação dirigida pelos sauditas, que apoia as antigas autoridades iemenitas, flagelou a cidade portuária de Hodeidah (oeste), também controlada pelos rebeldes, o que provocou uma falha da internet em todo o país. Pelo menos três crianças foram mortas nestes ataques.

Grande parte da ajuda humanitária destinada ao Iémen transita pelo porto de Hodeidah, um eixo vital na guerra que opõe os Huthis, apoiados pelo Irão xiita, às forças do Governo instalado no sul, apoiada pela coligação da Arábia Saudita sunita.

Os rebeldes difundiram um vídeo que mostra cenas macabras na sequência do bombardeamento, com edifícios destruídos e equipas de socorro a retirarem corpos dos escombros com cadáveres mutilados nas proximidades, indicou a agência noticiosa AFP.

Por sua vez, a agência noticiosa saudita declarou que a coligação efetuou em Hodeidah “ataques aéreos dirigidos para destruir a capacidade de ação da milícia Huthi” e que visaram “uma placa giratória da pirataria e do crime organizado”, num ataque descrito pela AFP como “de grande envergadura”.

Os Huthis reivindicaram um ataque de segunda-feira passada com mísseis e ‘drones’ em Abu Dhabi, que provocou três mortos e incendiou um depósito de combustível no aeroporto internacional.

Em Nova Iorque, os membros do Conselho de Segurança da ONU reunem-se esta tarde à porta fechada, numa sessão de emergência sobre os ataques dos Huthis contra os Emirados Árabes Unidos, membros da coligação saudita, e a pedido expresso deste país, membro não permanente do Conselho desde 01 de janeiro.

À entrada da reunião, a embaixadora da Noruega na ONU, Mona Juul, afirmou que o ataque aéreo contra a prisão mantida pelos rebeldes “não é aceitável”.

“Estamos muito preocupados (…) e pedimos refreamento e contenção“, disse à imprensa a diplomata, que preside este mês ao Conselho de Segurança da ONU, pouco antes do início da reunião de emergência.

https://zap.aeiou.pt/iemen-70-mortos-bombardeamento-prisao-458596

 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

“Ameaça enorme”: super-bactérias matam muito mais do que a COVID-19 !


Atenções centradas no coronavírus mas multiplicam-se os casos de bactérias que “escapam” aos antibióticos.

As super-bactérias originaram a morte de cerca de 5 milhões de pessoas ao longo de 2019, sendo que quase 1.3 milhões de pessoas morreram directamente por causa de bactérias que resistem a antibióticos.

Os números foram revelados nesta quarta-feira, num estudo publicado na revista médica The Lancet e será a análise mais detalhada realizada até hoje.

Este estudo prova que as super-bactérias transformaram-se numa das principais causas de morte em todo o mundo, sobretudo em países com recursos limitados a cuidados de saúde, higiene, entre outros. Só as doenças coronárias e os acidentes vascular cerebral provocaram mais falecimentos.

Foram analisadas 23 bactérias e quase 90 combinações de infecções e medicamentos utilizados para tratar essas infecções – nenhuma resultou.

As consequências mais prováveis causadas pelas super-bactérias são infecções respiratórias, como a pneumonia, as infecções sanguíneas e as infecções abdomninais.

Para já, e como foi referido, durante um ano quase 1.3 milhões de pessoas morreram directamente por causa das super-bactérias e as mortes associadas sobem para 5 milhões. Números que superam os falecimentos devido a SIDA, malária ou cancro de pulmão, traqueia e brônquios.

Mas o pior está para vir, avisam os autores do estudo: até 2050 a média anual de mortes relacionadas com as super-bactérias vai subir para 10 milhões. Muito mais do que os números actuais da COVID-19, por exemplo (média de quase 3 milhões de mortos por ano).

Cerca de 20% dos mortos são crianças com menos de cinco anos de idade.

A análise, que incluiu dados de 204 países/estados, indica que a região da África Subsariana é a que apresenta maior incidência de super-bactérias: 27 mortes por cada 100 mil habitantes. A região com menor incidência é a Australásia, com 7 falecimentos por cada 100 mil habitantes. A média nos países desenvolvidos é de 13 mortes por 100 mil pessoas.

As seis bactérias que originaram mais óbitos foram, por esta ordem: Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Streptococcus pneumoniae, Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa.

E há vacina para apenas uma destas infecções. Nos outros casos, os antibióticos não têm a eficácia desejada. “Isto é uma ameaça enorme para a saúde global”.

Principal causa? Utilização indiscriminada, aleatória e descuidada de antibióticos desde, sensivelmente, a década 1950.

Alguns especialistas já tinham avisado: poderemos estar a dar um passo atrás nos avanços da medicina. Recuar quase um século e voltar aos tempos em que qualquer ferida pode ser fatal.

Possível solução? Melhorar o acesso a cuidados médicos, aos antibióticos adequados. Porque cerca de 70% das mortes deveram-se ao facto de a pessoa afectada não ter tido acesso a um medicamento, mais caro, como “segunda escolha”. A bactéria não foi travada pelo primeiro medicamento apresentado, mas haveria outras soluções, geralmente administradas apenas em hospitais e por via intra-venosa (embora indisponíveis para muitas pessoas, sobretudo nas regiões mais pobres).

Por isso, os autores do estudo sublinham que é essencial: haver uma mudança nas decisões políticas sobre este assunto, insistir em programas de prevenção e controlo de infecções, melhorar o acesso a antibióticos essenciais e aumentar a pesquisa e o desenvolvimento de novas vacinas e de novos antibióticos.

https://zap.aeiou.pt/ameaca-enorme-super-bacterias-matam-muito-mais-do-que-a-covid-19-458315

 

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